PCP inicia legislatura com proposta para aumento do salário mínimo para 850 euros

  • Lusa
  • 29 Março 2022

A bancada do PCP também vai apresentar a reposição do pagamento das horas extraordinárias, através da restituição do pagamento a 50% na primeira hora, “75% nas horas e frações subsequentes".

O grupo parlamentar do PCP vai iniciar a XV legislatura com a apresentação de propostas para o aumento do salário mínimo nacional (SMN) para os 850 euros e a reposição do pagamento das horas extraordinárias. Em conferência de imprensa, nos Passos Perdidos da Assembleia da República, a líder parlamentar comunista, Paula Santos, considerou que “o custo de vida é cada vez mais elevado”, enquanto os salários e as pensões “são cada vez mais curtos”.

“São problemas que exigem soluções. Soluções que o PS recusou e que a maioria absoluta do PS deixa mais longe”, criticou Paula Santos, adiantando que a bancada vai apresentar seis iniciativas legislativas que o PCP considera que respondem a uma “emergência nacional”.

O PCP vai avançar com a apresentação de uma proposta para o aumento do salário mínimo para os 850 euros e outra para a reposição do pagamento das horas extraordinárias, através da restituição do pagamento a 50% na primeira hora, “75% nas horas e frações subsequentes e para 100% no caso de ser prestado em dia de descanso semanal, obrigatório ou complementar, ou em dia de feriado”, prosseguiu Paula Santos, sucessora de João Oliveira na liderança da bancada do PCP.

Entre as iniciativas para o início da legislatura, o partido vai propor a “valorização do trabalho prestado em regime de trabalho noturno e por turnos, “limitando-o às situações que sejam, técnica e socialmente justificadas, e com a fixação por negociação e contratação coletiva de subsídios e compensações adequadas”.

Paula Santos acrescentou que esta proposta também vai contemplar a antecipação da idade da reforma para os trabalhadores por turnos, por causa do “desgaste e penosidade” associados. Ladeada pelos deputados e dirigentes comunistas Alma Rivera e Bruno Dias, a líder parlamentar do PCP disse que o partido também vai propor a “urgente revisão da tabela remuneratória única, assegurando a sua proporcionalidade”, assim como a revogação das quotas do Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho da Administração Pública (SIADAP).

Paula Santos esclareceu que o partido considera que é preciso haver uma “justa progressão, com uma consequente tradução remuneratória”, assim como a substituição do modelo de avaliação por um que seja “transparente, equitativo e justo”.

“Estas são soluções necessárias e possíveis. A valorização dos salários dos trabalhadores é condição para o desenvolvimento e progresso”, sustentou. Apesar de serem as primeiras propostas apresentadas, a parlamentar não avançou com uma data para entrega dos projetos.

Questionado pelos jornalistas sobre se o PCP também vai apresentar uma iniciativa no sentido de repor o modelo de debates quinzenais com a presença do primeiro-ministro, Paula Santos referiu que “o PCP não acompanhou essa alteração” feita ao regimento do parlamento, mas não esclareceu se o partido avançaria com uma proposta própria.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

São Jorge: Seguradora Açoreana prepara 1600 clientes para minimização de perdas

  • ECO Seguros
  • 29 Março 2022

A marca da Generali, que é a seguradora líder no mercado açoriano, está a partilhar medidas de prevenção para minimizar danos com clientes, agentes e colaboradores da ilha de São Jorge.

A Açoreana, marca do grupo Generali/Tranquilidade para o arquipélago dos Açores, está a preparar os 1600 clientes com que conta na ilha de São Jorge para um eventual agravamento da crise sísmica que teve início no passado dia 19 de março.

Carlos Bettencourt, diretor Comercial Ilhas da Açoreana, tem na ilha de São Jorge cerca de 1600 clientes particulares e empresariais, com vários tipos de seguros destacando-se os seguros de Habitação e Comércio.

“Partilhámos com os nossos clientes, agentes e colaboradores da ilha as medidas de prevenção que devem ser adotadas para minimizar as perdas ou estragos de bens, assim como os procedimentos para a participação de sinistros, no caso de se verificar uma situação de sismo ou erupção”, afirma Carlos Bettencourt, Diretor Comercial Ilhas da Açoreana, acrescentando que no website da seguradora foi criada “uma zona informativa para que os clientes possam fazer a participação eletrónica de eventuais sinistros ou ligar para uma linha dedicada para o efeito”.

A Açoreana tem 11 lojas e 80 Corretores e Agentes dos Açores, sendo reconhecida como líder de mercado naquela Região Autónoma. Carlos Bettencourt refere que “desde o primeiro momento em que a atividade sísmica na ilha de São Jorge se intensificou, começámos a monitorizar a situação de perto”. Segundo o gestor a Açoreana tem na ilha de São Jorge cerca de 1600 clientes particulares e empresariais, com vários tipos de seguros destacando-se os seguros de Habitação e Comércio.

Salientando que “as medidas de prevenção e o cumprimento das indicações da Proteção Civil, são muito importantes para ultrapassar esta situação em segurança”, o diretor da companhia conclui que “estamos no terreno para apoiar os seus clientes e as autoridades naquilo que é a nossa responsabilidade”.

A ilha de São Jorge contabilizou mais de 14 mil sismos, mais de 200 dos quais sentidos pela população, desde o início da crise sísmica em 19 de março, segundo os dados oficiais desta terça-feira.

Ainda esta terça-feira, às 21h56, a ilha de São Jorge registou o sismo mais forte desde o início da crise. O abalo teve uma magnitude de 4 na escala de Richter, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, e de 3,8 na medição feita pelo Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).

O número de sismos registados é mais do dobro do total contabilizado em toda a Região Autónoma dos Açores durante o ano de 2021.

A ilha está com o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Somague “ganha” projeto de 21 milhões nos Açores

A Sacyr Somague lidera o consórcio que vai intervir nos molhes dos portos comercial e de recreio de Vila do Porto, na Ilha de Santa Maria, Açores. Uma empreitada de quase 21 milhões de euros.

Com um orçamento de quase 21 milhões de euros e um prazo de execução de 33 meses, a empreitada de Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, contempla trabalhos de reabilitação no molhe do porto de comércio e reperfilamento da respetiva estrada de acesso, o terrapleno e outros acessos (comércio e pesca), além do molhe e a entrada do porto de recreio. Estas obras, adjudicadas pelos Portos dos Açores ao consórcio liderado pela Sacyr Somague – com uma participação de 60% -, visam regularizar e otimizar as capacidades operacionais dos portos comercial e de recreio de Vila do Porto que sofrerem danos devido à passagem do furacão Lorenzo.

Ainda por causa dos prejuízos resultantes do furacão, a Sacyr Somague tem em curso a requalificação do porto das Poças, em Santa Cruz das Flores, para aumentar a capacidade de transporte de passageiros, assim como a empreitada de proteção de emergência ao terrapleno portuário e cais a-5M (ZH) do porto das Lajes das Flores. Ainda neste porto, a construtora também tem em mãos, em regime de consórcio, a construção de ponte cais. Estas empreitadas ascendem a um valor superior a 46 milhões de euros.

O projeto de construção de rampa para navios Ro-Ro e ferry, assim como as obras complementares para melhoria da operacionalidade e do abrigo do porto das Pipas, em Angra do Heroísmo, são mais alguns dos projetos que a construtora tem em mãos, com um valor já contratualizado de cerca de 17 milhões de euros. Além da edificação de novas instalações para a Escola Básica Integrada de Arrifes, em São Miguel, com um valor contratual superior a 12 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal abaixo da média da UE na utilização de TIC pelas empresas em 2020

  • Joana Abrantes Gomes
  • 29 Março 2022

Portugal ficou abaixo da média da UE tanto na percentagem de trabalhadores com acesso remoto ao e-mail das empresas e a outros sistemas tecnológicos, como na percentagem de reuniões realizadas online.

As restrições implementadas devido à pandemia de Covid-19 forçaram muitas empresas ao teletrabalho, aumentando o uso de tecnologias digitais para se manterem em atividade. Contudo, em Portugal, esse aumento ficou abaixo da média da União Europeia (UE) em 2020, tanto na percentagem de trabalhadores com acesso remoto ao sistema de e-mail das empresas e a outros sistemas tecnológicos, como na percentagem de reuniões realizadas online.

Segundo dados publicados esta terça-feira pelo Eurostat, 33% das empresas da UE aumentaram a percentagem de funcionários com acesso remoto ao sistema de correio eletrónico da empresa, sendo que a mesma percentagem (33%) aumentou a proporção de pessoal com acesso remoto a outros sistemas de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Em Portugal, estes números baixam para 30% e 27%, respetivamente.

Fonte: Eurostat

Malta foi o país que registou a percentagem mais elevada de empresas que aumentaram a percentagem de trabalhadores com acesso remoto ao e-mail da empresa (55%) ou a outros sistemas de TIC que não o correio eletrónico (58%), seguida pelos Países Baixos (42% para ambos os indicadores), Alemanha (42% e 39%, respetivamente) e Bélgica (40% e 43%, respetivamente).

Pelo contrário, a percentagem mais baixa de empresas que aumentaram o acesso remoto ao seu correio eletrónico (12%) ou a outros sistemas de TIC (12%) verificou-se na Lituânia.

47% das empresas em Portugal aumentou reuniões virtuais

Metade das empresas do bloco comunitário relatou ter aumentado o número de reuniões realizadas via remota em 2020, uma percentagem que, em Portugal, baixa para 47%, de acordo com o gabinete de estatísticas da UE

Fonte: Eurostat

Entre as percentagens mais altas neste indicador, encontram-se a Finlândia (79%), Malta (76%) e Suécia (71%), enquanto as quotas mais baixas de aumento de reuniões virtuais foram registadas na Bulgária (23%), seguida da Polónia (29%) e Letónia (33%).

Estas estatísticas contaram com dados de apenas 19 dos 27 Estados-membros da UE, visto que a Croácia, Espanha, Estónia, França, Grécia, República da Irlanda, República Checa e Roménia não disponibilizaram dados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Otimismo com negociações entre Rússia e Ucrânia anima Wall Street

Sinais de progresso nas negociações entre a Rússia e a Ucrânia dão fôlego às bolsas norte-americanas. Os principais índices dos EUA registam subidas próximas de 1%.

Os principais índices de Wall Street abriram a segunda sessão da semana em terreno positivo, prolongando assim os ganhos sentidos já nas últimas negociações. Os investidores estão otimistas perante sinais de progresso nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia.

Moscovo decidiu cortar drasticamente a atividade militar focada em Kiev e Chernihiv na Ucrânia, disse o vice-ministro da Defesa russo, após as conversações entre as equipas de negociação russas e ucranianas que aconteceram esta manhã em Istambul. O que parece ter animado as bolsas.

O índice de referência financeiro (S&P 500) avança 0,90%, para 4.616,87 pontos no arranque da sessão, acompanhado pelo industrial Dow Jones, que soma 1,02%, para 35.313,40 pontos. Já o índice tecnológico Nasdaq ganha 1,09%, para 14.511,94 pontos.

Apesar de os três principais índices dos Estados Unidos estarem a caminho de encerrar o mês de março em alta, a verdade é que devem também registar o pior trimestre desde os primeiros três meses de 2020, quando a pandemia de Covid-19 causou estragos de monta nos mercados financeiros.

Já olhando para as matérias-primas, perante as notícias de uma redução da atividade militar, os preços aliviaram. O barril de Brent, que serve de referência a nível europeu, recua 5,78%, para os 103,16 dólares, enquanto o crude WTI cai 5,98%, para os 99,62 dólares. O ouro está também a desvalorizar: o preço do metal precioso, que é um ativo de refúgio em tempos de crise, está a ceder 1,5%, para 1.894,76 dólares a onça.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Gás natural sobe 5,5% para os 108 euros por MWh

Preço do gás natural está a subir 5,5%, aliviando da subida de mais de 11% registada esta manhã. Este movimento acontece depois de a Rússia ter anunciado que vai reduzir ataques em Kiev e Chernihiv.

O aumento dos futuros de referência do gás natural na Europa está a aliviar para os 108 euros por MWh (megawatt-hora), acumulando uma subida inferior a 8% nos últimos cinco dias. Este desempenho acontece depois a Rússia ter anunciado que vai reduzir os ataques nas cidades de Kiev e Chernihiv para criar condições para o diálogo de paz com a Ucrânia.

O contrato Dutch TTF Gas para entrega em abril, que ganhou um impulso adicional com o eclodir da guerra na Europa, está ao início da tarde a subir 5,53% para 108,22 euros por MWh, aliviando, assim, da subida de mais de 11% registada esta manhã. Apesar destes aumentos, a cotação do gás natural continua bastante abaixo do pico observado no início de março.

Evolução do preço do gás natural na Europa desde o início de março.

Este abrandamento na subida dos preços acontece depois de a Rússia ter informado que vai reduzir os ataques nas cidades de Kiev e Chernihiv de forma a criar condições para dialogar com a Ucrânia, avança a Reuters.

“As negociações para um acordo de neutralidade e do estatuto não nuclear da Ucrânia entraram numa dimensão prática”, escreveu o ministro da Defesa russo, no Twitter. “Foi decidido, para aumentar a confiança mútua para as negociações futuras de um acordo de paz com a Ucrânia, reduzir radicalmente a atividade” nestas duas cidades, acrescentou Alexandre Fomine.

Depois destas declarações, os mercados começaram a reagir, com o petróleo a afundar quase 5% nos mercados internacionais. O barril de Brent, negociado em Londres, e que serve de referência às importações portuguesas, está a desvalorizar 5,25% para 103,74 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, está a ceder 5,62% para 100 dólares.

Pela Europa, o índice de referência Stoxx-600 soma 1,93%, para 462,96 pontos, enquanto o alemão DAX avança 3,10%, o francês CAC-40 sobe 3,36%, o espanhol Ibex-35 ganha 2,87% e o britânico FTSE 100 valoriza 1,26%.

Por sua vez, Lisboa contraria as subidas das congéneres europeias. O PSI está a deslizar 0,04% para 5.902,54 pontos, penalizado, sobretudo, pelas cotadas do setor energético. Ainda assim, o BCP está a travar uma descida mais acentuada ao subir 3,66% para 0,1699 euros.

Este aumento do preço do gás acontece também depois de ter sido noticiado que a Rússia quer exigir que os países “hostis” paguem pelo seu gás natural em rublos. De acordo com a informação avançada pela agência russa Interfax, citando Vladimir Putin, essa lista de países “hostis” inclui os Estados Unidos, Reino Unido e os Estados-membros da União Europeia.

Contudo, os países do G7 já afirmaram ser “inaceitável” fazer esse pagamento na moeda russa. “Todos os ministros do G7 concordaram que esta é uma violação unilateral e clara dos acordos existentes”, disse o ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck. Depois destas declarações, o deputado russo Ivan Abramov, citado pela Reuters, avisou ainda que isso pode levar a uma “interrupção inequívoca” no fornecimento do gás russo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Gonzalo Sánchez, PwC Espanha: “Os bancos serão a chave para a recuperação económica”

  • Servimedia
  • 29 Março 2022

Gonzalo Sánchez, Presidente da PwC Espanha, falou do papel fundamental do setor financeiro no apoio à economia nestes tempos de incerteza.

O Presidente da PwC Espanha, Gonzalo Sánchez, destacou esta terça-feira o papel fundamental do setor financeiro no combate aos graves efeitos da invasão da Ucrânia, especialmente humanitários, mas também económicos, que estão a piorar o panorama em que, segundo ele, coexistem empresas e sociedade, noticia a Servimedia.

“Tanto o sistema financeiro como as instituições têm sido capazes de responder ao desafio, desempenhando um papel fundamental no apoio à economia espanhola com moratórias e mantendo uma política prudente sem fechar abruptamente o crédito. Nestes tempos de incerteza, as instituições financeiras são uma parte importante e necessária da solução”, sublinhou, citado pela agência de notícias espanhola.

Gonzalo Sánchez fez este diagnóstico durante a apresentação do relatório “União Bancária, um clima de mudança”, elaborado pela PwC e que contou com a presença da Vice-Governadora do Banco de Espanha, Margarita Delgado.

Para o presidente da PwC Espanha, “passámos de um contexto em 2019 de crescimento moderado, mas de um ambiente estável e bastante previsível, para um contexto completamente diferente, de muito maior fraqueza e incerteza económica, especialmente para alguns setores específicos em que a pandemia e a crise na Ucrânia tiveram um impacto mais abrupto, tais como o turismo, os transportes ou o comércio”, adiantou.

Gonzalo Sánchez expressou a sua esperança de que “saberemos como reagir a um ambiente que será certamente difícil de navegar, com agilidade, diligência e responsabilidade de grupo. Para que os sonhos se tornem realidade, teremos de ter em mente três palavras que sempre foram a chave para histórias de sucesso pessoal e profissional: esforço, empenho e determinação“.

E, neste sentido, indicou que “os bancos serão a chave para a recuperação económica“. Como disse no início, as instituições financeiras devem continuar a ser uma parte fundamental e necessária da solução”.

Guerra e inflação

O estudo conclui que a situação gerada pela invasão russa da Ucrânia e o crescimento da inflação estão a agravar o cenário de permanente incerteza em que vive o setor financeiro, com a atenção concentrada no risco de crédito e na evolução do crédito malparado, por enquanto, contida.

O documento considera que, embora a exposição direta da invasão à economia e ao sistema financeiro espanhóis pareça muito limitada, o seu impacto indireto poderia ter efeitos prejudiciais.

A ameaça de um agravamento da inflação, que poderia estrangular o crescimento económico, significa que um aumento da taxa de incumprimento e do custo do crédito não pode ser excluído a médio prazo, especialmente nos setores mais afetados, tais como os transportes.

A crise pode também atrasar as expectativas de um aumento das taxas de juro oficiais na zona euro, “o que significaria uma injeção nas contas de resultados das instituições financeiras”.

Para além destes dois fatores, existe também o controlo rigoroso “que os bancos devem levar a cabo sobre o cumprimento das sanções impostas pela Comissão Europeia à Rússia e à Bielorrússia – muitas delas ligadas a transações financeiras”.

O relatório “União Bancária, um clima de mudança” faz um balanço do impacto da pandemia no setor financeiro e conclui que os efeitos do coronavírus são relativamente limitados. A pandemia, “muito pelo contrário”, teve um efeito positivo no setor financeiro e nas autoridades europeias, que conseguiram quebrar o paradigma da crise financeira de 2008-2013 e articular medidas para que empresas e indivíduos recuperem do colapso sanitário, social e económico.

O documento analisa também outros fatores estruturais que estão a impulsionar a mudança no setor. Entre eles está a sustentabilidade como um dos maiores desafios que surgem no horizonte próximo para a banca.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Em nome da sustentabilidade, Chopard deixa de comprar diamantes russos

A decisão enquadra-se na iniciativa Journey to Sustainable Luxury. A marca analisa continuamente as suas cadeias de fornecimento para garantir a aquisição de pedras de origem sustentável.

A marca suíça de joalharia de luxo Chopard anunciou esta terça-feira que “à luz do atual contexto internacional, cessou a compra de diamantes recém-extraídos, de entidades russas sancionadas, com efeito imediato”.

A decisão enquadra-se como parte da sua iniciativa Journey to Sustainable Luxury, de acordo com a qual a marca analisa continuamente as suas cadeias de fornecimento para garantir a aquisição de pedras de origem responsável.

“A Chopard leva muito a sério o seu compromisso com os mais altos padrões de
fornecimento ético e continuará a monitorizar a situação na Rússia para garantir que os seus princípios nunca sejam comprometidos”, pode ler-se no comunicado.

De acordo com a marca, o setor diamantífero passou por transformações muito significativas nos últimos 15 anos. Ao longo deste tempo, o Processo Kimberley tem vindo a eliminar gradualmente os chamados “diamantes de conflito” (ou diamantes de sangue”) do mercado. Este processo “incorpora o acordo de consenso internacional mais bem-sucedido em termos de regulamentação da mineração de diamantes”, diz a marca suíça.

Na mesma linha, o Conselho de Joalharia Responsável também forneceu padrões e códigos de prática eficazes para a auto regulação da indústria.

“Na Chopard, apoiamos e seguimos os princípios de transparência estipulados pelo Kimberley Process Certification Scheme e pelo World Diamond Council System of Warrants. Também implementamos uma iniciativa de autorregulação para todos os fornecedores de diamantes, exigindo que eles se abstenham de comprar ou vender diamantes de conflito, diamantes de fontes suspeitas ou desconhecidas, bem como diamantes de países e regiões que não implementaram a Certificação do Processo Kimberley. Pedras que não cumpram este esquema são imediatamente recusadas”, garantem.

Já em 2020, a marca de joalharia de luxo, que usa ouro 100% ético nas suas peças, deu mais um passo no caminho rumo à sustentabilidade e assinou uma parceira com a Swiss Better Gold Association que visa obter ouro através de mineiros artesanais colombianos. Desde 2018 que a Chopard só usa ouro 100% ético nas suas coleções (relógios e joias).

“Enquanto empresa empresa familiar, a ética sempre foi uma parte importante da nossa filosofia de trabalho”, disse nessa altura Caroline Scheufele, copresidente e diretora criativa da Chopard.

O ouro ético é aquele que vem de minas artesanais, com uma exploração de pequena escala. Estas minas são certificadas e obtêm o selo de qualidade “Fairmined”. Significa que nos processos de extração e transformação do ouro respeitam os direitos humanos, as condições de trabalho e o ambiente. Exploração infantil e o envenenamento por mercúrio são dois dos riscos associados à mineração de ouro, da qual dependem para sobreviver 100 milhões de pessoas no mundo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Certificado Covid de vacinação de menores deixa de ter prazo de validade

  • Lusa
  • 29 Março 2022

Apenas os certificados digitais Covid-19 da União Europeia dos maiores de 18 anos estão agora sujeitos a um prazo de validade de 270 dias, após a administração da última dose da vacinação primária.

Os menores de idade que tenham recebido pelo menos a vacinação primária contra a Covid-19 estão isentos do prazo de validade de nove meses do certificado digital europeu, segundo as novas regras adotadas esta terça-feira pela Comissão Europeia.

Segundo as novas regras, apenas os certificados digitais Covid da União Europeia (UE) dos maiores de 18 anos estão agora sujeitos a um prazo de validade de 270 dias (nove meses) após a administração da última dose de vacinação primária.

Para a vacina Johnson&Johnson, tal significa 270 dias após a primeira e única injeção. Para uma vacina de duas doses, significa 270 dias após a segunda injeção.

Esta flexibilização das regras deve-se ao facto de nem todos os Estados-membros da UE recomendarem o reforço da vacinação a menores. A isenção deverá ser aplicada por cada Estado-membro – através da adaptação das aplicações que verificam a validade dos certificados – até 6 de abril.

O Certificado Digital Covid da UE é uma prova digital de que uma pessoa está vacinada contra a doença, recebeu um resultado negativo de um teste ou recuperou da Covid-19.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.914.829 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China. A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Prémios para a melhor Comunicação Interna arrancam. Candidaturas até 8 de abril

O processo de candidatura de todos os projetos para consideração do Observatório de Comunicação Interna termina já no dia 8 de abril.

Com o objetivo de reconhecer, premiar e divulgar as melhores práticas de estratégia, inovação e avaliação em comunicação interna, bem como trabalhos académicos e editoriais de maior relevo na área, os Prémios OCI – Excelência em Comunicação Interna — uma iniciativa do Observatório de Comunicação Interna (OCI), que resulta da parceria entre a Atrevia e a Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica — estão de volta para a sua 11.ª edição. As candidaturas estão abertas até 8 de abril.

“A comunicação interna tem sido crucial para a gestão do negócio das organizações. Acreditamos que nas organizações estão a ser desenvolvidos muitas campanhas de comunicação estratégicas que deviam ser submetidas a estes prémios”, comenta Ana Margarida Ximenes, presidente da Atrevia em Portugal, em comunicado.

Os Prémios OCI contam com oito categorias — “Estratégia Integrada de Comunicação Interna”; “Inovação e Transformação Digital na Comunicação Interna”; “Estratégia para a Gestão da Mudança e Transformação”; “Prática de Comunicação Interna em Responsabilidade Social”; “Eventos Internos”; “GLOBAL: Campanhas Internacionais”; “Líder Inspirador” e “Trabalho Académico” — onde serão avaliados os melhores projetos de comunicação interna realizados em Portugal em 2021.

Qualquer entidade pública ou privada, empresarial ou não empresarial, instituto ou instituição de ensino superior é convidada a submeter um projeto relevante para a comunicação interna que tenha desenvolvido em Portugal ao longo de 2021.

Basta submeter-se ao processo de inscrição aqui, completando todos os passos indicados e anexando a documentação requerida.

As candidaturas submetidas serão avaliadas por um júri composto por profissionais da área da comunicação em Portugal, que representam os membros fundadores e assessores do OCI – Atrevia, Universidade Católica Portuguesa, Banco Santander, BP, EDP, Grupo Nabeiro, Mercadona, MDS Group, Novartis e Coca-Cola Europacific Partners.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ERSE vai manter leilões de renováveis por tempo indefinido

O regulador decidiu prolongar as medidas que visam assegurar uma maior flexibilidade da atividade de comercialização de energia em mercado e evitar custos e riscos acrescidos para os consumidores.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos anunciou esta terça-feira que decidiu prolongar as medidas extraordinárias para os setores elétricos e do gás natural, aprovadas em novembro de 2021, destinadas a atenuar o impacto negativo dos preços máximos históricos nos mercados grossistas ibérico de energia.

Estas medidas incluem:

  • Prolongar por mais três meses, até 30 de junho de 2022, a medida que permite aos consumidores de eletricidade serem fornecidos pelos comercializadores de último recurso (tanto na luz como no gás), em caso de falência da empresa com quem tenham contrato de energia.

Diz a ERSE que “esta medida está especialmente orientada para uma saída controlada e programada dos agentes de mercado e uma adequada contenção de eventuais riscos sistémicos para o setor”.

  • Outra medida que se manterá, sem prazo definido, é a possibilidade de os comercializadores mais vulneráveis ao preços grossistas e sem outras formas de cobertura de riscos adquirirem energia através de leilões extraordinários de produção de origem renovável. Isto permite a aquisição de energia em condições de maior estabilidade de preço e com menor imprevisibilidade para os consumidores finais.

De acordo com o regulador, esta decisão foi tomada após uma consulta de interessados aos agentes do setor, de modo a prolongar as medidas já existentes que visam assegurar uma maior flexibilidade da atividade de comercialização de energia em mercado e evitar custos e riscos acrescidos para os consumidores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal recebe mais 523 milhões para apoiar o emprego

Esta era a última tranche prevista no financiamento que Portugal recebeu da Comissão Europeia para apoiar o emprego.

Portugal recebeu mais uma fatia de apoio financeiro ao abrigo do SURE, um instrumento de Apoio ao Emprego criado pela União Europeia (UE) durante a pandemia. Esta tranche foi no valor de 523 milhões de euros, segundo anunciou esta terça-feira a Comissão Europeia.

Além de Portugal, mais dois Estados-membros da UE receberam um desembolso: a Hungria recebeu 147 milhões e a Polónia 1,5 mil milhões, nesta que foi já a oitava prestação de apoio financeiro do SURE. No total, a Comissão Europeia desembolsou esta terça-feira 2,17 mil milhões de euros a três países da UE.

“Após oito emissões de obrigações ao abrigo do SURE, fornecemos cerca de 92 mil milhões de euros a 19 Estados-membros“, sinalizou o comissário Johannes Hahn, citado em comunicado, apontando que estes fundos “ajudarão a proteger os empregos das pessoas, apoiar as empresas e, finalmente, mitigar as consequências adversas da pandemia na União”.

Estes empréstimos vão ajudar os Estados-membros “a lidar com aumentos repentinos nos gastos públicos para preservar o emprego após a pandemia”, sendo que poderão ser usados para cobrir os custos diretamente relacionados com o financiamento dos regimes nacionais de trabalho a tempo reduzido (como o lay-off, em Portugal) e outras medidas semelhantes de resposta à pandemia, inclusive para os trabalhadores independentes.

Com esta última tranche (cujo valor previsto era de 524 milhões), o apoio recebido através deste mecanismo perfaz um total de 5,9 mil milhões de euros entregues em 2020, 2021 e 2022 por causa da pandemia.

Os empréstimos com juros mais baixos (relativamente ao custo de financiamento nos mercados financeiros da República Portuguesa) da Comissão Europeia substituem parcialmente as idas ao mercado do IGCP, com o executivo comunitário a fazer esse papel, através de garantias prestadas pelos Estados, emprestando posteriormente aos países que pediram verbas. Contudo, eventualmente essas obrigações terão de ser reembolsadas no futuro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.