Portuguesa Vision-Box vai instalar equipamentos em quatro aeroportos da Indonésia

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2022

Nova tecnologia biométrica para controlo automático de fronteiras avança em quatro outros aeroportos indonésios, incluindo Jacarta e Bali, depois da estreia no país em 2017.

A empresa portuguesa Vision-Box venceu um concurso internacional para instalar nova tecnologia biométrica para controlo automático de fronteiras em quatro aeroportos da Indonésia, incluindo Jacarta e Bali.

Pedro Pinto, responsável global de desenvolvimento de negócio da Vision-Box, disse à Lusa, num contacto telefónico a partir de Jacarta, que o projeto segue o sucesso da primeira instalação da empresa levada a cabo em 2017 num dos terminais do aeroporto internacional de Jacarta.

“Tivemos muito sucesso nessa instalação em 2017. Há agora uma estratégia muito agressiva do Governo de conseguirem abrir novamente para o turismo e querem que todo o processo de chegadas e partidas seja o mais simples e eficaz possível, para reduzir as filas de espera na imigração”, explicou.

“Com um parceiro local respondemos a um concurso público internacional e fomos selecionados para implementar nova tecnologia biométrica para controlo automático de fronteira. Um projeto de um ano que começa pelo Terminal 2 do Aeroporto de Jacarta, depois Bali e dois outros aeroportos”, acrescentou.

A indonésia é um país com imenso potencial para o nosso crescimento orgânico, com 200 milhões de pessoas, 30 aeroportos, grande potencial de crescimento.

Pedro Pinto

Responsável de desenvolvimento de negócio da Vision-Box

Pedro Pinto sublinha que para a Vision-Box o foco de internacionalização está agora virado para a Ásia, tendo a empresa vencido um concurso internacional para cinco aeroportos no Vietname, e mantendo a presença em países como a Malásia, o Japão e outros, incluindo, eventualmente no futuro, Timor-Leste.

“A indonésia é um país com imenso potencial para o nosso crescimento orgânico, com 200 milhões de pessoas, 30 aeroportos, grande potencial de crescimento”, disse, destacando o apoio da diplomacia económica da Embaixada de Portugal em Jacarta.

“O nome de Portugal nas tecnologias é bem visto”

O responsável da empresa – com sede em Lisboa, mais de 500 funcionários de 25 nacionalidades em todo o mundo e vários projetos em curso em várias geografias – disse que Portugal é “um país muito bem visto” na Indonésia e na região com uma “boa reputação tecnológica”.

“O nome de Portugal nas tecnologias é bem visto em todos os 35 países onde estamos. Há muitas empresas tecnológicas portuguesas com imenso potencial e começamos a ver cada vez mais empresas a iniciarem o processo de internacionalização”, disse.

“Penso que para isso contribui a aposta do Governo em novas tecnologias, formação nas escolas, dar computadores aos mais jovens, o que está a tornar-se mais-valia para a qualificação. O setor das IT vai continuar a ter um grande contributo para as exportações”, completou o gestor.

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Grupo estatal chinês duplica participação em bloco petrolífero no Brasil

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2022

China National Offshore Oil Company comprou uma participação de 5% à Petrobras, passando a deter 10% do crude extraído do maior campo de petróleo do pré-sal em águas profundas do mundo.

O grupo estatal chinês China National Offshore Oil Company (CNOOC) disse esta quinta-feira ter pagado 10,3 mil milhões de reais (1,9 mil milhões de euros) para duplicar a participação num campo petrolífero no sudeste do Brasil.

O CNOOC anunciou que a subsidiária CNOOC Petroleum Brasil comprou uma participação de 5% à petrolífera estatal brasileira Petrobras, passando a deter 10% do crude extraído do campo de Búzios, de acordo com um comunicado.

O presidente do CNOOC, Xia Qinglong, sublinhou, na mesma nota, que o negócio “expande ainda mais a presença da empresa na região de águas profundas do pré-sal do Brasil, onde existem abundantes recursos de petróleo e gás”.

A transação faz parte do “desenvolvimento internacional” do CNOOC, disse Xia, que prometeu trabalhar “em estreita colaboração com o governo e os parceiros do projeto para promover o desenvolvimento sustentável” do campo de Búzios.

O negócio, anunciado em março pela Petrobras, estava ainda dependente da aprovação pelo Ministério de Minas e Energia brasileiro, o Conselho Administrativo de Defesa Económica e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

A Petrobras passa assim a deter uma participação de 85% no consórcio, com os restantes 5% nas mãos de uma outra petrolífera estatal chinesa, a China National Oil and Gas Exploration and Development Company (CNODC).

Em outubro do ano passado, o CNOOC tinha ativado uma cláusula que permitia expandir a participação no consórcio, algo que a CNODC decidiu não fazer. A petrolífera estatal chinesa tinha demonstrado interesse em deter uma quota maior já aquando do leilão dos direitos sobre o campo de Búzios, em novembro de 2019.

Situado na Bacia de Santos, Búzios é o maior campo de petróleo do pré-sal em águas profundas do mundo, com uma produção que ronda os 600 mil barris por dia, extraídos a uma média de 2.200 metros de profundidade.

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Fundador da FTX: “Tinha a obrigação de preservar os interesses dos acionistas e clientes”

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2022

Na primeira intervenção pública desde a falência da FTX, Sam Bankman-Fried admitiu estar "profundamente desolado" e reconhece que tinha a obrigação de proteger clientes e acionistas.

O ex-líder e fundador da plataforma de criptomoedas FTX diz estar “profundamente desolado” após a empresa ter falido. “Estou profundamente desolado pelo que aconteceu”, disse Sam Bankman-Fried na sua primeira entrevista pública desde a falência da FTX.

Apanhada numa onda de pânico que levou os utilizadores a tentar retirar os seus fundos da plataforma, a FTX suspendeu primeiro os levantamentos, antes de ser forçada a declarar falência em 11 de novembro.

Fui diretor-geral da FTX, o que significa que aconteça o que acontecer, tinha a obrigação de preservar os interesses dos acionistas e clientes”, admitiu Bankman-Fried, questionado numa conferência do jornal The New York Times. “Cometi muitos erros claramente, coisas que daria tudo para poder corrigir hoje”, continuou o empresário de 30 anos.

Bankman-Fried é suspeito de ter usado, com colaboradores, recursos depositados na plataforma por clientes da FTX para realizar transações financeiras especulativas com a sua outra empresa, a Alameda Research. Se forem comprovados, esses factos podem levar a um processo criminal.

“Não estou a pensar nisso. O importante não é isso”, disse o ex-líder da FTX sobre uma possível audiência no tribunal. O gestor disse estar mais interessado em “tentar fazer todo o possível para ajudar” investidores e clientes da plataforma.

Bankman-Fried chegou a ter uma fortuna avaliada em 26 mil milhões de dólares (cerca de 25 mil milhões de euros) – baseada na avaliação da FTX e da Alameda –, mas perdeu tudo com a falência da plataforma.

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Semapa foi a “estrela” mais brilhante na entrada bolsista no mês do Natal

  • ECO
  • 1 Dezembro 2022

Em reação às palavras de Jerome Powell, que sinalizou alívio na política monetária nos EUA, investidores estão mais otimistas. Acompanhe aqui todas as notícias com impacto nos mercados e na economia.

A Bolsa de Lisboa fechou esta quinta-feira em terreno positivo, com o índice PSI (Portugal Stock Index) a subir 1,1%, para 5.927,23 pontos, naquele que foi o melhor resultado em dois meses e meio. O dia ficou marcado pelas reações dos investidores ao discurso de Jerome Powell, presidente da Fed.

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Paulo de Sá e Cunha é o novo presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados

Paulo de Sá e Cunha vai substituir Paula Lourenço na liderança do Conselho Superior da Ordem dos Advogados no triénio 2023-2025. Venceu com 6.010 votos.

Já foi escolhido o novo presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados: Paulo de Sá e Cunha. O advogado é quem vai substituir Paula Lourenço no cargo no triénio 2023-2025. O advogado ganhou com 6.010 votos (34,51%). Maria Manuel Candal ficou em segundo com 4.188 votos, Isabel Menéres Campos com 3.808 votos e Ana Sofia de Sá Pereira com 3.408 votos.

Durante os últimos três dias, os advogados tiveram a eleger os novos representantes para a Ordem dos Advogados. O Conselho Superior da OA é o supremo órgão jurisdicional da Ordem dos Advogados. Tem competência para julgar os recursos das decisões dos Conselhos de Deontologia em matéria disciplinar e para dar laudo sobre os honorários a pedido dos tribunais, dos advogados ou dos seus constituintes.

O sócio da Cuatrecasas apresentou a candidatura em junho, alinhado com o candidato a bastonário Rui Silva Leal. Paulo de Sá e Cunha desenvolve a sua atividade na área de Corporate Governance and Compliance e de Contencioso Penal e das Contraordenações, com vasta experiência em alguns dos processos mais mediáticos relativos a crimes de colarinho branco.

Com mais de 30 anos de experiência, foi diretor do Departamento Jurídico do SUCH – Serviço de Utilização Comum dos Hospitais, entre 1998 e 2002, chefe de Gabinete do Secretário de Estado da Administração da Saúde entre 1989 e 1990, e ainda presidente do Fórum Penal – Associação dos Advogados Penalistas, no biénio 2012-2014. Foi vogal do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados (triénio 2011-2013).

Paulo de Sá e Cunha é associado fundador da APDI – Associação Portuguesa de Direito Intelectual e da Gestautor – Associação de Gestão Colectiva do Direito de Autor, associado da ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores e associado fundador e Vice-Presidente do OSCOT – Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo. É o fundador do Fórum Penal – Associação dos Advogados Penalistas.

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João Massano é reeleito presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados

João Massano foi reeleito presidente do Conselho Regional da Ordem dos Advogados para o triénio 2023-2025. O advogado obteve 5.493 votos, face aos 2.668 votos do oponente Telmo Guerreiro Semião.

João Massano foi reeleito presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados. O advogado obteve 5.493 votos (67,31%), face aos 2.668 votos do oponente Telmo Guerreiro Semião (32,69%). Votaram para o Conselho Regional de Lisboa 8.161 advogados.

O Conselho Regional de Lisboa abarca cerca de 15 mil advogados e tem como funções promover a formação inicial e contínua dos advogados, submeter à aprovação da assembleia regional o orçamento e o plano de atividades, receber do Conselho Geral a parte que lhe caiba nas contribuições dos advogados para a OA, cobrar diretamente as receitas próprias dos serviços e institutos a seu cargo e autorizar despesas, receber e tramitar as inscrições dos advogados e dos advogados estagiários, entre outras.

Na altura do anúncio da candidatura, em junho, João Massano defendeu que se candidata com base em quatro valores principais: “ser um candidato pela positiva, candidatando-se pelo programa que apresenta e não contra outros candidatos, ser um candidato independente e autónomo de qualquer outra candidatura nacional nas próximas eleições, ser uma candidatura regional na forma mas de abrangência nacional no seu programa, por considerar que os temas que defende importam a toda a classe; E ser uma candidatura que representa o advogado em prática individual, dando expressão ao trabalho de tantos colegas, quase sempre invisíveis e desconsiderados”.

Das linhas gerais da candidatura fazem parte ideias como “melhorar a reputação da classe, promover a união da classe, modernizar o exercício da profissão, combater a procuradoria ilícita, exigir uma remuneração justa dos serviços prestados pelos advogados inscritos no sistema de acesso ao direito, construir uma proteção social com futuro para os advogados promovendo a concretização da decisão tomada em referendo, aproximar o cidadão da justiça pela via económica, promovendo junto das autoridades a necessidade de melhoria do apoio judiciário e defendendo a urgência de construir um sistema de custas justo.

João Massano fez ainda questão de explicar as razões que o levaram a não se candidatar, agora, a bastonário da Ordem dos Advogados, cargo ao qual já tinha admitido estar a ponderar a possibilidade de uma candidatura. Defendeu que grande parte do projeto que se tinha proposto fazer no CRL ficou incompleto, por força da pandemia, e que quer ver esse trabalho concluído.

Por outro lado, tendo iniciado a sua prática individual no início de 2021, considerou não ser o momento certo para uma candidatura nacional (que, se ganhadora, lhe exigiria dedicação exclusiva), numa altura em que o seu escritório – que está numa fase emergente – e as pessoas que o acompanham necessitam da sua dedicação alargada.

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Bastonário será conhecido à segunda volta: escolha recai entre Fernanda de Almeida Pinheiro e Paulo Pimenta

Fernanda de Almeida Pinheiro e Paulo Pimenta vão a votos a 13, 14 e 15 de dezembro para o cargo de bastonário da Ordem dos Advogados. A única mulher na corrida foi a mais votada na primeira volta.

Já há uma short-list de candidatos ao próximo bastonário da Ordem dos Advogados. Os advogados Paulo Pimenta (4.228 votos) e Fernanda de Almeida Pinheiro (4.381 votos) foram os mais votados no ato eleitoral que decorreu de segunda a quarta-feira por voto eletrónico. A única mulher concorrente ao cargo foi a mais votada, com cerca de 21,14%.

Paulo Pimenta, atual presidente do Conselho Regional do Porto, obteve 20,41% dos votos. O atual bastonário, Luís Menezes Leitão, ficou em terceiro lugar, com 3.349 votos (16,16%), seguido de Rui da Silva Leal, com 2.705 votos (13,06%), de António Jaime Martins, com 2.673 votos (12,9%), Paulo Valério com 2.285 votos (11,3%) e Varela de Matos, com 1.098 votos (5,30%). No total, votaram 23.915 advogados, cerca de 50% do total da classe: 2.954 votaram em branco e 242 votos foram considerados nulos. No último ato eleitoral — em 2019 — votaram 24126 advogados.

Fernanda de Almeida Pinheiro foi a candidata mais votada.

“O resultado eleitoral determinou a realização de segunda volta com a participação da Lista A. Estando tudo em aberto, impõe-se felicitar a candidatura que participará na segunda volta e cumprimentar as demais candidaturas que se apresentaram à eleição. Entraremos nesta nova etapa com a noção da expectativa criada em torno da Lista A e das responsabilidades inerentes”, disse Paulo Pimenta, ao final da noite de quarta-feira.

“Continuaremos fiéis aos propósitos que motivaram a nossa candidatura e continuaremos a defender aquilo que entendemos ser o melhor para o futuro da Ordem dos Advogados, da advocacia e de todos os colegas. Continuaremos a contar com o apoio e a dedicação dos nossos mandatários – tanto o mandatário nacional, Bastonário Rogério Alves, como os mandatários regionais –, bem assim com o empenho de todos quantos, ao longo da campanha eleitoral, nos mais diversos pontos do país e nas mais diversas circunstâncias, se associaram à nossa candidatura e, naturalmente, com todos os Colegas que escolheram a Lista A para assumir a condução dos destinos da Ordem dos Advogados”, acrescentou.

“Procuraremos levar mais longe e a mais Colegas a nossa mensagem, sempre guiados pela preocupação de devolver à Ordem dos Advogados a reputação e o prestígio institucional que lhe são inerentes, de dignificar a advocacia e de melhorar as condições em que os Advogados exercem a sua atividade. Tudo será feito num espírito construtivo, com moderação e com sentido de responsabilidade, com inteiro respeito pela candidatura adversária e com a noção que a imagem que resultar desta nova etapa eleitoral se repercutirá na imagem que a comunidade e os cidadãos terão da Ordem dos Advogados e da advocacia“.

Advocatus Summit Porto - 22SET20
Paulo Pimenta, presidente do Conselho Regional do Porto da Ordem dos AdvogadosHugo Amaral/ECO

Assim, o próximo bastonário da Ordem dos Advogados (OA) está cada vez mais perto de ser revelado. As votações para os representantes dos 33.937 advogados do país para eleger os novos órgãos nacionais e regionais da OA foram conhecidas esta quinta-feira, mas a sucessão de Luís Menezes Leitão só será conhecida em meados de dezembro, já que nesta primeira volta nenhum dos candidatos conseguiu mais de 50% dos votos. Para a liderança da OA no triénio 2023-2025 estavam sete candidatos: António Jaime Martins, Fernanda de Almeida Pinheiro, Luís Menezes Leitão, Paulo Pimenta, Paulo Valério, Rui da Silva Leal e Varela de Matos.

As votações para eleger o 28.º bastonário decorreram eletronicamente desde as 0h00 de segunda-feira e encerraram às 20h desta quarta-feira. Nesta votação são necessários 50% dos votos validamente expressos para que o próximo bastonário seja eleito na primeira volta. Como tal não aconteceu, irá decorrer uma segunda volta com as duas listas mais votadas. Esta segunda volta está agendada para decorrer entre dia 13 e 15 de dezembro.

A votação decorreu numa plataforma com acesso limitado à devida credenciação. Desde o último ato eleitoral, em 2019, que os advogados utilizam o método de voto eletrónico. A extinção do voto em papel foi aprovada em julho de 2019, em assembleia geral, ainda assim não foi consensual a implementação do novo método.

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Wall Street gostou do que ouviu de Powell e sobe 4%

  • ECO
  • 30 Novembro 2022

Depois da intervenção do presidente da Fed, o Nasdaq Composite subiu 4,4%, para 11.468 pontos, renovando máximos de dois meses.

O presidente da Fed, Jerome Powell, revelou que o tempo de abrandar o ritmo de subida das taxa de juro poderá chegar após a reunião de dezembro da Fed, e isso foi música para os ouvidos dos investidores em Wall Street. Depois a intervenção de Powell, o Nasdaq Composite subiu 4,4%, para 11.468 pontos, renovando máximos de dois meses, enquanto o Standard & Poor’s 500 subiu 3,1% para 4.080,11 pontos, o que permitiu encerrar novembro com a segunda valorização mensal consecutiva.

Jerome Powell, presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), revelou que o tempo de abrandar o ritmo de subida das taxa de juro poderá chegar após a reunião de dezembro da Fed. Atualmente, os contratos de futuros sobre a taxa de juro do dólar revelam uma probabilidade de 75% de a Fed realizar uma subida das taxas de juro em 50 pontos base na reunião de dezembro, versus uma probabilidade de 25% de essa subida ser novamente de 75 pontos base.

Ainda assim, Powell admitiu que há um caminho a fazer para restaurar a estabilidade dos preços. “Fizemos progressos significativos com uma política suficientemente restritiva, mas ainda temos muito caminho pela frente”, sublinhou Powell.

(Em atualização)

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PAN e CHEGA querem prazos de prescrição maiores mas PS diz que já está previsto na Estratégia Anti-Corrupção

  • Lusa
  • 30 Novembro 2022

O PAN e o Chega querem aumentar os prazos de prescrição de certos crimes económico-financeiros. Mas PS e PSD defendem que tais prazos já foram devidamente alterados no pacote Anti-Corrupção.

Os partidos PAN e Chega defenderam no parlamento projetos-lei para aumentar os prazos de prescrição de certos crimes económico-financeiros, tendo PS e PSD contraposto que tais prazos já foram devidamente alargados com a aprovação da Estratégia Nacional Anticorrupção.

Em debate no plenário da Assembleia da República esteve um projeto-lei do PAN para aumentar os prazos de prescrição para os crimes de falsificação de documentos e crimes fiscais, o qual prevê novas causas de suspensão ou de interrupção na contagem dos prazos de prescrição do procedimento criminal, bem como de um diploma do Chega para alteração dos prazos de prescrição dos crimes sexuais contra menores e de um conjunto de crimes ligados à corrupção.

Em análise esteve ainda uma petição pública a solicitar a promoção de uma alteração legislativa para que seja de 20 anos, a contar da data da denúncia ou do conhecimento do Ministério Público, o prazo de prescrição para os crimes de corrupção ativa e passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos, crimes informáticos e fraude e evasão fiscal.

O debate iniciou-se com Inês Sousa Real (PAN) a considerar que, apesar da aprovação da Estratégia Anticorrupção, são “ainda insuficientes” os prazos de prescrição para determinados crimes que “roubam milhares de euros” ao erário público, como sejam os crimes de falsificação de documentos e fraude fiscal.

A deputada alertou para a facilidade com que as “ações dilatórias” atrasam os processos-crime e defendeu a necessidade de “combater de forma mais séria e eficaz o flagelo da corrupção” que, disse, “mina a democracia”.

André Ventura (Chega) argumentou, por seu lado, que os “prazos de prescrição estão desatualizados” e justificou que o diploma do seu partido visa “aumentar os limites máximos de prescrição” para que haja mais tempo para os processos mais complexos e que causam maior danosidade.

O líder do Chega enfatizou que “os mais avançados juridicamente” não têm prazos de prescrição e a propósito dos crimes sexuais declarou: “Para mim, um pedófilo pode ser perseguido para sempre”.

Claudia Santos (PS) criticou que os projetos-lei do PAN e do Chega se “ocupam de problemas que já não existem” desde as alterações legislativas introduzidas pelo Pacote Anticorrupção, observando que o que é preciso é “uma justiça penal mais eficiente” e não investigações que durem 15 anos em que se perde a “frescura da prova” e a “verdade material”.

Também Mónica Quintela (PSD) entendeu que “não há margem para alargar prazos de prescrição que são intoleráveis”, dando exemplos práticos de como a lei atual já contempla situações em que esses prazos podem atingir 15, 45 anos e meio e até, no limite, 60 anos.

De acordo com a deputada social-democrata, os crimes em análise devem ser “julgados no mais curto prazo”, em vez de se fomentar a “inércia da justiça”, concedendo prazos ainda mais longos aos que já existem na lei. Daí que, sublinhasse, o PSD é favorável ao combate à “morosidade da justiça”.

Patrícia Gil Vaz (IL), Joana Mortágua (BE), Alma Rivera (PCP) e Rui Tavares (Livre) referiram também nas suas intervenções que a mera dilatação dos prazos de prescrição não resolve o problema da justiça penal em relação aos crimes de colarinho branco, manifestando todos sintonia na necessidade de dotar a Polícia Judiciária, o Ministério Público e os tribunais dos meios humanos e materiais necessários para que a justiça obtenha maior eficácia na investigação criminal.

Alma Rivera falou ainda da necessidade de maior cooperação judiciária internacional no combate à corrupção e crimes conexos, ligados às ‘offshores’, aproveitando o momento para criticar a política de “Vistos Gold”.

Joana Mortágua admitiu que se deve ponderar os prazos de prescrição dos crimes sexuais, mas alertou que o alargamento dos prazos por si só não “resolvem o problema da ineficácia da justiça” e o combate à corrupção.

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Interpol confirma “alerta vermelho” para detenção de Isabel dos Santos

  • ECO
  • 30 Novembro 2022

A agência internacional confirmou esta quarta-feira que emitiu um "alerta vermelho", a pedir às forças policiais para localizar e deter a angolana Isabel dos Santos.

A Interpol emitiu um “alerta vermelho” para que as autoridades localizem e detenham a angolana Isabel dos Santos, confirmou a Reuters esta quarta-feira junto da agência de polícia internacional.

O “alerta vermelho” não é um mandato de captura internacional, como chegou a ser avançado pela agência Lusa há duas semanas, mas sim um “pedido às forças policiais de todo o mundo para localizarem e deterem preventivamente uma pessoa pendente de extradição, entrega ou ações legais semelhantes”. E que este alerta tinha sido emitido a pedido das autoridades angolanas,

A filha do ex-presidente angolano – que tinha entretanto afastado a existência de um mandato de captura internacional sobre si – é procurada, segundo o documento a que a Lusa teve acesso, por suspeitas de “crimes de peculato, fraude qualificada, participação ilegal em negócios, associação criminosa e tráfico de influência, lavagem de dinheiro”, numa pena máxima de 12 anos de prisão.

O mesmo documento indica também que a angolana costuma estar entre Portugal, Reino Unido e os Emirados Árabes Unidos.

Entre 2015 e 2017, a Interpol explica que Isabel dos Santos criou mecanismos financeiros “com intenção de obter ganhos financeiros ilícitos e branquear operações criminosas suspeitas”, através de “informação sobre dinheiros públicos do Estado angolano” que conseguiu na qualidade de administradora da petrolífera estatal Sonangol. A angolana terá prejudicado o Estado angolano em mais de 200 milhões de euros.

Isabel Santos, em várias entrevistas, diz que está a ser vítima de uma “perseguição política” no país natal. “Não há dúvidas de que estamos perante um cenário de perseguição política. Olhando para Angola e para o seu sistema jurídico, é fácil de entender que o Procurador-Geral da República recebe ordens diretamente do Presidente João Lourenço. Acredito que haja uma vingança política e uma perseguição política em relação à minha pessoa e à minha família”, disse esta terça-feira, em entrevista à CNN Portugal.

Nas últimas semanas, a angolana voltou a estar no meio de uma polémica em Portugal depois do ex-governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, ter acusado o primeiro-ministro de intromissão política junto do supervisor bancário para defender os interesses de Isabel dos Santos.

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Galp estima descida das faturas da luz a partir de janeiro, mas ainda não diz quanto

Empresa diz que estima uma descida do valor das faturas a partir de janeiro numa carta aos clientes com a atualização dos preços da eletricidade em janeiro. Redução deverá ser muito ligeira.

A Galp está a enviar cartas aos clientes com a atualização das tarifas de eletricidade a partir de janeiro, estimando que o valor das faturas irá descer. A diminuição do preço do termo fixo deverá compensar o aumento do custo da energia.

“Considerando a redução proposta pela ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) para as tarifas de acesso às redes a vigorar em 2023, apresentada no comunicado publicado a 17 de outubro de 2022, estima-se que se verifique uma redução do preço final da sua fatura”, diz a missiva que está ao chegar aos clientes.

Segundo explicou fonte oficial da Galp ao ECO, a redução será ligeira e não pode ser quantificada até a ERSE publicar os valores finais das tarifas, o que acontecerá a 15 de dezembro de 2022. No já referido comunicado, o regulador afirma que, “em 2023, as tarifas de Acesso às Redes observam reduções significativas, passando o seu valor a ser negativo para os consumidores em todos os níveis de tensão”.

“Face ao nível de preços observado em 2022 no mercado regulado, esta redução da tarifa de Acesso às Redes contribui para uma diminuição de cerca de -35% na fatura final dos consumidores industriais e de cerca de -80%, na fatura final dos consumidores domésticos, aliviando assim a pressão dos aumentos dos preços de energia registados no mercado grossista nos preços finais pagos pelos clientes, tanto no mercado regulado como no mercado liberalizado”, acrescenta a ERSE.

É a descida destas tarifas de acesso à rede, que correspondem ao termo fixo ou termo de potência, que justificam a estimativa de diminuição do valor das faturas feita pela Galp, compensando o aumento do custo da energia. A atualização de preços enviada aos clientes da Galp considera ainda as tarifas de acesso às redes atualmente em vigor, sendo posteriormente.

A potencial descida da fatura será tanto maior quanto menor for o consumo de eletricidade. Isto porque enquanto o termo de potência é um valor diário fixo, a energia é variável. Por exemplo, para um cliente com uma potência contratada de 6,9 kva que consuma 5.000 KWh de eletricidade por ano, o termo de potência representa 10% da fatura e a energia 90%. Se a potência contratada for de 10,35 kva, o peso será de 14% e 86%, respetivamente.

Além da atualização das tarifas, os clientes poderão ver o preço cobrado mudar caso exista renovação do contrato, já que poderão passar a pagar o valor referente ao custo do mecanismo ibérico que permite limitar a subida dos preços.

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Ibersol passa de prejuízos a lucros de 14,6 milhões até setembro

  • Lusa
  • 30 Novembro 2022

O volume de negócios consolidado atingiu os 398,6 milhões de euros, um acréscimo de 65% em termos homólogos. Ibersol espera concluir venda dos restaurantes Burger King esta quarta-feira.

A Ibersol registou, nos primeiros nove meses deste ano, lucros consolidados de 14,6 milhões de euros, que comparam com prejuízos de mais de 20 milhões de euros no período homólogo, de acordo com um comunicado divulgado ao mercado.

Por outro lado, o volume de negócios consolidado atingiu os 398,6 milhões de euros, um acréscimo de 65% em termos homólogos. O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) consolidado foi de 68,5 milhões de euros, aumentando 27% em relação a igual período de 2021.

A cadeia de restaurantes indicou ainda que “durante os primeiros nove meses do ano verificou-se o encerramento definitivo de 13 unidades, oito das quais franquiadas”.

Por outro lado, “adicionalmente às nove aberturas ocorridas no primeiro semestre concretizou-se no terceiro trimestre a abertura de quatro novos restaurantes: dois operados pela Pizza Hut, um pela KFC e uma nova concessão no aeroporto de Barcelona”, disse a Ibersol, acrescentando que “o encerramento dos cinco restaurantes próprios, três dos quais em Espanha resultou da opção de não renovação dos contratos de arrendamento”.

De acordo com a empresa, “no final do setembro, o número total de unidades era de 621 (552 próprias e 69 franquiadas)”. A Ibersol indicou ainda que, “no final dos primeiros nove meses do ano, a dívida líquida ascendia a 186,8 milhões de euros, cerca de 24 milhões de euros inferiores ao valor em dívida no final de 2021”, lê-se no comunicado.

O grupo disse também que, na sequência “da assinatura, no dia 02 de agosto de 2022, de contrato de compra e venda de ações respeitante à alienação à BK Portugal, S.A. e à Burger King Spain, S.L.U (sociedades controladas pela Restaurant Brands Iberia, S.A.) das ações representativas da totalidade do capital social, respetivamente da Iberking, Restauração S.A. e da Lurca S.A.U, foram verificadas ou renunciadas em 16 de novembro de 2022 as condições suspensivas previstas no referido contrato”.

“Sujeita aos termos e condições previstos no contrato de compra e venda, a conclusão da operação encontra-se prevista para a data de publicação destes resultados no dia 30 de novembro de 2022”, salientou.

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