Mota-Engil supera 13 mil milhões em encomendas este ano, um valor “histórico”

Construtora prepara-se para anunciar carteira de encomendas “histórica” acima de 13 mil milhões. “Dá grande estabilidade à gestão da empresa nos próximos anos”, explica o CEO Gonçalo Moura Martins.

A Mota-Engil EGL 1,48% fechou o primeiro semestre com uma carteira de encomendas de 9,6 mil milhões de euros no primeiro semestre e “vai atingir valores históricos que poderão rondar os 13 mil milhões e 14 mil milhões de euros” no final do ano, anunciou o CEO, Gonçalo Moura Martins, esta terça-feira.

“Do ponto de vista comercial e nos mercados que mais nos interessam, as coisas tem corrido verdadeiramente bem, mas verdadeiramente bem”, vincou. “Isso não é apenas sinal de confiança dos mercados e clientes, mas também é um fator de tranquilidade para a empresa”, disse na apresentação dos resultados do empréstimo obrigacionista, na Euronext.

Para Moura Martins, ter uma carteira de encomendas por “excesso” vai permitir à Mota-Engil ter “uma atividade comercial muito mais prudente e conservadora”, sobretudo nestes tempos de incerteza e maior volatilidade. “Podemos hoje escolher os projetos que queremos fazer, os mercados que queremos, se intensifico ou não a minha atividade comercial”, explicou.

“Dá grande estabilidade à gestão da empresa nos próximos anos”, sustentou o CEO da construtora nacional, adiantando que o financiamento de 70 milhões concretizado esta terça-feira vai permitir reforçar o investimento em formação do pessoal e aquisição de equipamento para os seus projetos em curso. “Não quero saber de novos mercados”, disse.

Moura Martins disse que a Mota-Engil cresceu 20% no primeiro semestre e que vai continuar a crescer significativamente em 2023.

África representa 51% dos negócios da Mota-Engil, seguida da América Latina (33%). A construtora fechou o primeiro semestre com lucros de 12 milhões.

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ASF vai apresentar resultados do questionário IFRS 17

  • ECO Seguros
  • 18 Outubro 2022

No dia 24 de outubro de 2022 será realizada, por videoconferência, a sessão de apresentação do relatório dos resultados do questionário qualitativo relativo à IFRS 17.

Com o objetivo de verificar o estado evolutivo do processo de implementação do normativo contabilístico, e em cumprimento com o planeamento estabelecido pela ASF, foi realizado, durante o mês de maio de 2022, o segundo questionário qualitativo sobre o assunto, cujos resultados serão partilhados, por videoconferência, no dia 24 deste mês.

A entrada em vigor da IFRS 17, no primeiro dia de 2023, irá constituir uma alteração muito
significativa na mensuração das responsabilidades com contratos de seguros em termos
contabilísticos.

A adoção da referida IFRS provocará ainda alterações relevantes ao nível das
demonstrações financeiras das empresas de seguros, com impactos significativos nos
sistemas, processos, informação e dados utilizados para a produção do reporte financeiro.

Na sessão será efetuada uma apreciação global da dinâmica evolutiva da implementação deste normativo, seguida de uma perspetiva com maior granularidade dos elementos técnicos relevantes, bem como dos principais desafios na adoção da IFRS 17.

O encontro terá a abertura por Filipe Aleman Serrano, Vice-Presidente da ASF, e consistirá na apresentação do relatório do questionário qualitativo relativo ao IFRS17.

Os oradores José Filipe Jardim, Carlota Porto Cruz e Francisco Loureiro, parte do grupo de trabalho IFRS 17, irão partilhar as suas perspetivas, e discutir o tema “Desenvolvimentos relevantes do processo de implementação da IFRS 17”.
Ana Cristina Santos, Diretora do Departamento de Supervisão Prudencial de Empresas de Seguros irá analisar o assunto “IFRS 17 – Supervisão prudencial”.

A IFRS 17 é uma Norma Internacional de Relato Financeiro que foi emitida pelo International Accounting Standards Board em maio de 2017. Irá substituir a IFRS 4 sobre contabilidade para contratos de seguros e tem uma data efetiva de 1 de janeiro de 2023.

A sessão terá emissão em direto no site da ASF.

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Medidas para a habitação serão apresentadas muito em breve, diz Medina

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

“É preciso ter rigor e precaução na construção da legislação porque não queremos que ninguém saia prejudicado ao fazer este processo de negociação com o banco", disse o ministro das Finanças.

As medidas no âmbito da habitação com soluções para mitigar o impacto da subida dos juros para quem tem empréstimo serão apresentadas “muito em breve” disse esta terça-feira Fernando Medina, precisando o rigor com que têm de ser desenhadas.

Estamos a trabalhar para muito em breve, nas próximas semanas, podermos apresentar essa solução que permitirá às famílias que venham a sofrer um aumento da sua taxa de esforço [com o crédito] com significado poderem desenvolver, numa base negocial com os seus bancos, uma solução para reduzir os seus encargos”, disse o ministro das Finanças, Fernando Medina.

O ministro, que falava à margem de um encontro organizado pelo International Club of Portugal no qual foi o orador convidado, precisou o objetivo de evitar que os créditos entrem na classificação de estarem em incumprimento, salientando também o “rigor e precaução” com que esta legislação está a ser construída.

“É preciso ter rigor e precaução na construção da legislação porque não queremos que ninguém saia prejudicado ao fazer este processo de negociação com o banco que, por aplicação de regras europeias, pudesse conduzir ao que não é uma melhor solução”, afirmou.

Antes, enquanto discursava perante os convidados do encontro, Fernando Medina tinha já referido que a solução que está a ser trabalhada com o Banco de Portugal é um “caminho que tem de ser fazer com muito rigor e atenção”, mas que é “um caminho eficaz”.

O ministro referiu ainda alguns dados, apontando que 90% dos créditos à habitação têm uma prestação mensal de cerca de 400 euros e que cerca de metade têm uma prestação mensal a rondar os 270 euros.

No início deste mês, o secretário de Estado do Tesouro, João Nuno Mendes, disse no parlamento que a resposta que está a ser preparada passa por várias medidas, como a extensão do prazo do empréstimo (com possibilidade de o cliente poder voltar mais tarde ao prazo inicial) ou a suspensão da comissão de amortização durante 2023.

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Parlamento estónio classifica Rússia como “regime terrorista”

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Em agosto, outro Estado báltico, a Letónia, tinha declarado a Rússia “Estado patrocinador do terrorismo”, acusando Moscovo de “genocídio do povo ucraniano”.

O parlamento da Estónia condenou esta terça-feira as anexações de territórios ucranianos por Moscovo e classificou a Rússia como um “regime terrorista”. A declaração foi aprovada por 88 deputados do hemiciclo, que tem 101 assentos. Dez deputados estiveram ausentes e três abstiveram-se.

O parlamento estónio “declara a Rússia um regime terrorista e a Federação da Rússia um país que apoia o terrorismo”, indicou, num comunicado. “O regime [do Presidente russo, Vladimir] Putin, com as suas ameaças de ataque nuclear, fez da Rússia o maior perigo para a paz na Europa e para o mundo inteiro”, acrescentou.

Esta tomada de posição é uma resposta aos repetidos apelos do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O parlamento de outro país báltico, a Letónia, declarou a Rússia “Estado patrocinador do terrorismo” em agosto, acusando Moscovo de “genocídio do povo ucraniano”.

Mas o Governo do Presidente norte-americano Joe Biden anunciou em setembro que não utilizará tais termos, por considerar que “não são a forma mais eficaz ou a mais segura de seguir em frente”.

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Nigéria já fez Galp perder até 245 milhões de euros em dois trimestres, calcula o CaixaBank

"A probabilidade de futuras falhas é elevada", consideram os analistas, que calculam que, nos últimos dois trimestres, as perdas com fornecimentos da Nigéria terão ascendido a 245 milhões de euros.

“Notícias negativas”. É desta forma que os analistas do CaixaBank BPI recebem a informação divulgada pela Galp esta segunda-feira, de que as inundações que estão a ser vividas na Nigéria vão causar uma “redução substancial” na produção e fornecimento de gás natural liquefeito vindo deste país, que é o principal fornecedor da empresa.

Esta avaliação consta de uma nota de investimento a que o ECO/Capital Verde teve acesso, na qual os mesmos analistas consideram que as restrições no fornecimento de gás natural por parte da Nigéria têm sido um obstáculo para a Galp.

Sempre que a Nigéria falha um carregamento, a Galp terá de abastecer-se no mercado spot, “a preços muito mais elevados”, pelo que a casa de investimento calcula que a petrolífera tenha sofrido perdas de cerca de 65 milhões de euros ao longo do segundo trimestre do ano, às quais se devem somar entre 150 a 180 milhões de euros de perdas no terceiro trimestre.

“Com esta declaração de ‘força maior’ por parte da Nigéria a probabilidade de futuras falhas é elevada“, o que sugere que no quarto trimestre se verifiquem novas perdas, cuja magnitude dependerá não só da evolução dos preços de mercado do gás e do número de falhas nigerianas, mas também da dimensão da mudança de clientes do mercado livre para o regulado, diz o CaixaBank BPI.

A petrolífera fechou a sessão desta terça-feira nos mercados com uma quebra de 4,47% para os 9,66 euros.

A Galp, antes de ser privatizada, assinou contratos de longo prazo com a Nigéria que se destinam a cobrir o mercado regulado de gás natural, onde a empresa ainda atua como comercializador. A 25 de agosto, para proteger os consumidores domésticos e os pequenos negócios do aumento de preços marcados para outubro no mercado de gás natural, o Governo permitiu que a generalidade dos consumidores regressasse ao mercado regulado de gás.

A medida irá vigorar durante 12 meses e poderá abranger 1,5 milhões de consumidores domésticos. A empresa declarou-se contra esta medida mas o Governo negou que a petrolífera tivesse direito a indemnização por perdas resultantes da mesma. “Se a Galp tiver alguma alteração do seu mix, o que pode acontecer é uma revisão da tarifa regulada”, disse.

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BE pede audição de ministro sobre preços e garantia de abastecimento de gás

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Os bloquistas querem ouvir Duarte Cordeiro sobre "a questão dos preços da energia e a salvaguarda do abastecimento do nosso país no que é fundamental nos próximos meses que é o gás”.

O BE pediu esta terça-feira a audição do ministro do Ambiente para discutir os preços da energia e a salvaguarda do abastecimento de gás, exigindo uma resposta do Governo que garanta a redução da fatura energética para os portugueses.

“Ou nós temos uma solução que passa por ter mão no setor energético, garantindo que respondemos a qualquer escassez, mas também que não aceitamos que a especulação vá ser o saque do país nos próximos meses, ou então teremos problemas nas famílias, na economia, da desigualdade que vai ser criada”, alertou, em declarações aos jornalistas no parlamento, o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares.

O bloquista anunciou o requerimento para a audição parlamentar do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, que tutela a energia, para “discutir a questão dos preços da energia e a salvaguarda do abastecimento do nosso país no que é fundamental nos próximos meses que é o gás”.

De acordo com Pedro Filipe Soares, assiste-se a várias dinâmicas em termos energéticos, “todas elas negativas para o bolso das famílias”, entre as quais o “potencial resultado da escassez de gás em Portugal e na Europa que está a fazer disparar os preços do gás”.

“A Comissão Europeia tomou duas decisões que nós consideramos que vão no caminho certo, esperamos nós é que elas sejam bem executadas. Por um lado, haver um mecanismo de compra, solidária, à escala europeia e por outro lado a limitação de preços no gás”, referiu.

No entanto, na análise dos bloquistas, o “Governo português tem tardado a retirar estes ensinamentos para Portugal”, criticando a ausência de uma verdadeira limitação nos preços da energia e o galopar do preço combustíveis “para valores inaceitáveis e incomportáveis para a larga maioria da população”.

“O Governo olha para a Europa, que admite colocar limites máximos no preço do gás, e nada faz na especulação a que assistimos nas bombas de gasolina. O Governo assiste impávido e sereno a este saque que à Galp tem dado centenas de milhões de lucro, mas que ao Governo não lhe retira um minuto de sono”, condenou.

Para Pedro Filipe Soares “deveria existir uma resposta quer na parte da energia elétrica, quer na parte dos combustíveis quer na parte do gás do Governo que garantisse uma redução da fatura junto das pessoas”.

“Associamos esta causa a uma outra dinâmica porque basta ver os dados estatísticos mais recentes que comprovam o empobrecimento generalizado da população que não só é generalizado como é acelerado e temos na vertente energética uma das vias desse empobrecimento”, alertou.

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Câmara de Comércio e Indústria do Distrito de Aveiro premeia melhores ideias de negócio

AIDA – Câmara de Comércio e Indústria do Distrito de Aveiro vai premiar as três melhores ideias empreendedoras de um negócio inovador, sustentável, no âmbito do concurso “Big Ideas Challenge”.

“Se és jovem, tens um espírito empreendedor e gostavas de te aventurar num negócio inovador e sustentável, na resposta aos desafios sociais, este desafio é para ti”. É desta forma que a AIDA CCI – Câmara de Comércio e Indústria do Distrito de Aveiro lança o desafio do concurso “Big Ideas Challenge” para premiar as três melhores ideias com um valor monetário total de cinco mil euros.

“Incentivar o espírito empreendedor e o surgimento de novas empresas inovadoras e sustentáveis” é o principal propósito deste desafio, que surge no âmbito do projeto “YEP 5.0 – Young Entrepreneurship Program. E que vai também premiar 20 projetos com um programa de mentoria, a decorrer durante meio ano, avança a AIDA.

As candidaturas estão abertas até 30 de outubro. O projeto divide-se em três etapas: uma convocatória para apresentação de ideias de negócio, uma jornada de pitch de ideias e um processo de avaliação, classificação e seleção dos projetos vencedores do concurso.

Segundo a AIDa, “O YEP 5.0 é uma verdadeira alavanca na área do empreendedorismo, que, além do Big Ideas Challenge, contempla ações de sensibilização, dirigidas a jovens estudantes do 3.ª ciclo e ensino secundário, assim como workshops sobre esta temática.

O projeto em causa é co-financiado pelo Compete 2020 e pelo Fundo Social Europeu.

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Mais de 4.300 investidores emprestam 70 milhões à Mota-Engil

Construtora portuguesa obteve um financiamento de 70 milhões de euros de mais de 4.300 investidores para financiar expansão internacional e alongar maturidade da dívida.

Gonçalo Moura Martins, CEO da Mota-Engil, toca o sino da bolsa de Lisboa.Euronext Lisbon

Mais de 4.300 investidores participaram no empréstimo obrigacionista sustentável no valor de 70 milhões de euros da Mota-Engil EGL 1,48% , de acordo com os resultados da operação divulgados esta terça-feira pela Euronext.

É uma operação que nos “dá mais responsabilidade perante os novos investidores”, sendo “um sinal da confiança do mercado na marca e no trajeto da empresa”, disse Gonçalo Moura Martins, CEO da Mota-Engil, na apresentação dos resultados da emissão.

Emitir dívida sustentável “vai ser uma auto-obrigação para o futuro para a Mota-Engil“, acrescentou o responsável, dizendo que “cumprir critérios de sustentabilidade é uma prioridade da empresa”. Moura Martins lembrou que a empresa tem “uma gestão dos custos muito eclética e muito oportunística”. “Temos fontes de financiamento mais baratas, vamos fazendo essa gestão em função dos momentos do mercado”, explicou o gestor.

A procura válida superou os 93 milhões de euros, ficando 1,34 vezes acima do pretendido pela construtora nacional, adianta a operadora da bolsa portuguesa. O dinheiro obtido nesta operação visa, entre outros, financiar a atividade corrente e de expansão internacional e alongar a maturidade da dívida da empresa liderada por Gonçalo Moura Martins.

Em causa estavam duas ofertas que decorreram em simultâneo nas últimas semanas: uma oferta de subscrição de novos títulos ligados a indicadores de sustentabilidade com uma taxa de juro de 5,75% e maturidade em 2027 e uma oferta de troca de obrigações que venciam este ano por estes novos títulos.

Em relação à oferta de subscrição, com a procura a atingir os 79 milhões de euros, quase 3.600 investidores compraram um total de 55,15 milhões de euros em obrigações. Já outros 716 investidores decidiram trocar as obrigações antigas por estes novos títulos (acrescidos de um prémio de 2,375 euros por obrigação e juros corridos de 8,875 euros), num total de 14,85 milhões de euros.

Por se tratar de um financiamento associado a fatores de sustentabilidade, a Mota-Engil comprometeu-se a melhorar o desempenho de sustentabilidade até 2026 e, caso não cumpra o objetivo, vai pagar uma remuneração adicional de 1,25 euros por obrigação na data de reembolso final do empréstimo.

Qual é o indicador relevante? Diminuir o índice de acidentes de trabalho, de 4,55 em 31 de dezembro de 2021 para 2,76 em 31 de dezembro de 2026.

A operaçãoque inicialmente visava um financiamento de 50 milhõesteve um custo de mais de 2,4 milhões de euros para a Mota-Engil, entre impostos e encargos com os bancos, marketing e outras comissões, pelo que a construtora obteve 67,6 milhões de euros líquidos com esta transação.

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Furacão Ian: Swiss Re com prejuízo de 500 milhões

  • ECO Seguros
  • 18 Outubro 2022

A Swiss Re prevê perdas líquidas de cerca de 500 milhões de dólares no terceiro trimestre. A resseguradora absorveu os sinistros preliminares do Furacão Ian em cerca 1,3 mil milhões de dólares.

A Swiss Re previu hoje perdas líquidas de cerca de 500 milhões de dólares no terceiro trimestre, após a companhia de resseguros ter absorvido os sinistros preliminares do Furacão Ian de cerca de 1,3 mil milhões de dólares.

“Embora a meta de 10% de ROE do Grupo 2022 seja pouco provável de ser atingida dado o impacto de catástrofes naturais, a guerra da Ucrânia e a volatilidade dos mercados financeiros, o Grupo apresenta-se confiante nas perspetivas a médio prazo e empenhado nos seus objetivos de rentabilidade para 2024″, disse a resseguradora, em declarações.

A Swiss Re estimou a perda total do mercado segurado preliminar do furacão Ian no intervalo entre 50 mil milhões de dólares e 65 mil milhões de dólares.

As ações da empresa, sediada em Zurique, foram indicadas para negociar 0,7% mais baixas.

A empresa disse que os ramos vida e saúde, L&H Re e Corporate Solutions, continuam alinhados com os objetivos de 2022, enquanto o ramo propriedade e acidentes P&C Re tem poucas probabilidades de atingir os objetivos de rácio combinado normalizado de menos de 94% em 2022, dado o aumento dos sinistros de pequena e média dimensão.

“A Swiss Re mantém a posição de capital muito forte, com um rácio de grupo (Teste de Solvabilidade Suíça) de 274%, a partir de 1 de julho de 2022. Isto permite à Swiss Re prosseguir oportunidades lucrativas num mercado de resseguro mais duro, mantendo-se ao mesmo tempo empenhada nas suas prioridades de gestão de capital”, afirmou a Swiss Re antes dos resultados trimestrais de 28 de outubro.

 

 

 

 

 

 

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Eurodeputados recusam-se a aprovar contas de 2020 da Frontex

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Os eurodeputados consideram que a Frontex não conseguiu proteger os direitos humanos dos migrantes e requerentes de asilo.

O Parlamento Europeu (PE) recusou-se esta terça-feira a aprovar as contas de 2020 da Frontex – Agência Europeia de Fronteiras e Guarda Costeira –, no valor de cerca de 40 mil milhões de euros.

No total, 345 eurodeputados seguiram a recomendação da Comissão de Controlo Orçamental do PE para recusar aprovar a quitação, ou execução orçamental, da Frontex, sendo que 284 votaram a favor de aprovar as contas e oito abstiveram-se.

O PE criticou a “magnitude da má conduta cometida” pelo anterior diretor executivo da agência, que se demitiu em 28 de abril de 2021, na sequência da publicação de um relatório do Gabinete Europeu de Luta Antifraude (OLAF). Os eurodeputados consideram que a Frontex não conseguiu proteger os direitos humanos dos migrantes e requerentes de asilo e, alegadamente, terá expulsado ilegalmente pelo menos 957 refugiados entre março de 2020 e setembro de 2021.

Por outro lado, houve ainda denúncias de 17 casos de abuso sexual, um dos quais terá resultado, alegadamente, no suicídio de um membro do pessoal da agência, sendo que 15 denúncias foram encerradas sem que tenha havido qualquer investigação. Numa outra votação, o PE recusou-se a conceder a quitação orçamental ao Conselho da UE, o que acontece há mais de dez anos, por falta de cooperação da instituição.

Já o Comité Económico e Social viu as suas contas serem aprovadas pelos eurodeputados. O Parlamento Europeu, desde o Tratado de Lisboa, exerce um controlo democrático para assegurar que a Comissão Europeia e as restantes instituições gerem de forma adequada os fundos europeus, decidindo se é concedida a quitação, isto é, a aprovação final da forma como foi executado o orçamento para determinado ano.

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“Desde há 13 anos que o orçamento da Justiça não tinha tanta verba”, diz Maria Emília Teixeira

O painel dedicado ao que se pode esperar do novo executivo em questões de justiça contou com a participação de Maria Emília Teixeira e José da Silva Lopes, ambos da Universidade Portucalense.

Maria Emília Teixeira, docente investigadora da Universidade Portucalense, e José da Silva Lopes, professor auxiliar da Universidade Portucalense, reuniram-se na Advocatus Summit Porto para debater o que se pode esperar do novo executivo em questões de justiça.

Sobre o Orçamento de Estado para 2023, Maria Emília Teixeira começou por sublinhar que este é o orçamento da Justiça com maior verba disponível desde há 13 anos. “O Governo prevê um gasto de 1.701 milhões de euros. No entanto, o seu saldo orçamental positivo global continua a ser 197 milhões. Ou seja, prevê-se que a receita proveniente da Justiça será maior que a despesa”, explicou.

Cerca de 117 milhões de euros serão injetados na Justiça por força da aplicação do PRR. Portanto este aumento de verbas disponíveis irá permitir uma remodelação da justiça e, uma delas, sabemos já, será gastos em serviços informatizados e com serviços do sistema prisional de reinserção social e de menores”, acrescentou.

José da Silva Lopes começou por referir que há uma grande aposta, “declarada no Programa do Governo”, de que a informatização, digitalização e desmaterialização de todos os serviços é um denominador comum em todas as áreas da Justiça. “Há um conjunto de propostas do Governo, desde logo na base informática dos tribunais, inclusive nos tribunais superiores, e é bem preciso, por exemplo a plataforma Citius merecerá um cuidado maior”, considerou.

Face à facilidade do acesso à Justiça aos cidadãos, o professor da Portucalense deixa um alerta ao Governo. “Deveria haver o cuidado de especificar mais com checklist aquilo que um cidadão necessita de ter, recolher e observar para obter o resultado que pretende”, notou.

O advogado considerou ainda que os funcionários judiciais é um tema que merece da parte do governo alguma atenção, “uma vez que a falta de funcionários está evidente”, sendo poucos para a tramitação que se verifica.

Relativamente ao combate à corrupção, José da Silva Lopes acredita que o Governo está a tentar dominar a corrupção “por todos os ângulos”. “A corrupção no mundo é impossível de eliminar”, completou.

A conversa entre os dois intervenientes já está disponível. Veja aqui o vídeo.

Esta iniciativa é considerada o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia e contou com o patrocínio de AVM Advogados, Gama Lobo Xavier, Luis Teixeira e Melo e Associados e PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados. Contamos ainda da Universidade Portucalense.

Programa

Painel 1 – “Regime da transparência fiscal dos advogados”

  • Com José Moreira da Silva, presidente da ASAP – Associação das Sociedades de Advogados de Portugal, José Alves do Carmo, sócio da AVM e Matilde Freitas Fortes, Consultora Fiscal. Moderado por Frederico Pedreira, jornalista do ECO/Advocatus. Vídeo aqui.

Painel 2 – O que se espera deste novo Executivo em questões de Justiça?”

  • Com José Augusto da Silva Lopes, professor auxiliar na Universidade Portucalense, e Maria Emília Teixeira, docente investigadora da Universidade Portucalense.

Painel 3 – “Igualdade de género nos escritórios de advogados ainda é uma miragem?”

19 de outubro no digital

  • Com Pedro Sá, sócio da PRA, e Maria Helena Almeida, Head of Sustainability na Sonae Capital.

Painel 4 – “O novo Estatuto do Denunciante: estão as empresas preparadas?”

20 de outubro no digital

  • Com José Pinto de Almeida, sócio da Gama Lobo Xavier, Luís Teixeira e Melo e Associados, Margarida Machado, sócia da Gama Lobo Xavier, Luís Teixeira, Melo & Associados, e César Araújo, CEO e CFO da CALVELEX e Presidente da ANIVEC – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Moda.

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Chefe da cibersegurança da Alemanha demitido após denúncias de ligações à Rússia

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

A demissão de Arne Schoenbohm foi justificada por acusações que “afetaram a necessária confiança do público na neutralidade e imparcialidade" do diretor da agência BSI.

O diretor da agência nacional de cibersegurança da Alemanha foi demitido na sequência de denúncias de possíveis ligações aos serviços secretos russos, anunciou esta terça-feira o Ministério do Interior.

Segundo a mesma fonte, a ministra do Interior, Nancy Faeser, demitiu Arne Schoenbohm do cargo de diretor da agência BSI após acusações que “afetaram a necessária confiança do público na neutralidade e imparcialidade” da sua gestão, indicou a agência de notícias alemã DPA.

Schoenbohm cofundou há uma década um grupo de cibersegurança que reúne especialistas de instituições públicas e do setor privado. A comunicação social alemã noticiou que um dos seus membros é uma empresa fundada por um ex-agente dos serviços secretos russos.

O Governo alemão afirmou há mais de uma semana que estava a investigar as denúncias em pormenor. Arne Schoenbohm, de 53 anos, era o diretor da agência BSI desde fevereiro de 2016. Não foi ainda anunciado quem lhe sucederá no cargo.

O ministério indicou que a decisão de o substituir é também do interesse dos 1.500 funcionários da agência e da sua necessidade de trabalhar sem especulações envolvendo o pessoal, noticiou a DPA. Existe na Alemanha uma preocupação cada vez maior de que infraestruturas essenciais do país sejam alvo da Rússia, por causa do apoio de Berlim à Ucrânia, invadida no início deste ano pelas forças militares russas.

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