Lisboa aprova contrato com a JCDecaux para a exploração de publicidade

A MOP fica com 40% do contrato e, no total, as duas empresas vão pagar à CML 8,3 milhões de euros por ano. A dreamMedia já reagiu.

Teríamos preferido ficar com o contrato inteiro, mas estamos muito felizes por ter sido encontrada uma solução. As coisas vão começar agora, Lisboa vai ficar a cidade mais digital da Europa“. É assim que Philippe Infante, desde julho diretor-geral da JCDecaux em Portugal, reage à decisão da autarquia de Lisboa, que aprovou o contrato de concessão para a instalação e exploração do espaço publicitário no município. Lisboa vai receber, anualmente, 8,3 milhões de euros. “É um contributo importante para os cofres do município”, diz o responsável ao ECO.

No total serão 2 mil abrigos, 900 mupis – 250 dos quais digitais – e 125 painéis digitais que serão explorados pela JCDecaux e pela Mop, que ficará com 40% das posições. As empresas, têm agora duas semanas para entregar à autarquia o levantamento das posições que pretendem implementar. “Vamos ter menos mobiliário e mais digital”, adianta o responsável. Está previsto que a implementação comece no prazo de seis meses, decorrendo ao longo do próximo ano. Philippe Infante não se compromete com a data final da substituição do mobiliário, “cuja localização vai depender da decisão da Câmara”. Quando o processo começar, podem ser substituídos até “60 a 70 posições por noite”. O responsável não adianta quanto é que vai ser investido na alteração do mobiliário, montante que será repartido entre as duas empresas de publicidade exterior.

A autarquia fica, para com comunicação institucional, com 40 mupis amovíveis (exclusivos do município), 20 mupis digitais cinco painéis digitais.

Concurso para publicidade em Lisboa aberto em 2017

A Câmara Municipal de Lisboa aprovou na quarta-feira o contrato de concessão à JCDecaux para a instalação e exploração publicitária na cidade, por um prazo de 15 anos, com a empresa a pagar 8,3 milhões de euros por ano.

Quatro anos após a Câmara Municipal de Lisboa (CML) ter decidido “adjudicar a concessão de utilização de domínio público para instalação e exploração publicitária de mobiliário urbano ao concorrente n.º 5 – JCDecaux Portugal, Mobiliário Urbano e Publicidade, Lda.”, o contrato com esta empresa, escolhida no âmbito do concurso público, foi aprovado pelo executivo camarário, com 15 votos a favor, designadamente sete da liderança PSD/CDS-PP, cinco do PS, dois do PCP e um do BE, e duas abstenções do Livre e da vereadora independente eleita pela coligação PS/Livre, informou hoje à Lusa fonte do município.

O contrato de concessão entre a CML e a JCDecaux para uso privativo do domínio público do município de Lisboa para a instalação e exploração publicitária refere-se ao lote 3, que abrange as peças de mobiliário urbano dos lotes 1 e 2, que inclui “900 mupis, dos quais pelo menos 10% devem ser de natureza digital”, 2.000 abrigos e 75 sanitários públicos dos quais, no mínimo 10%, terão de estar preparados para receber utilizadores com mobilidade condicionada, nomeadamente em cadeira de rodas.

Outros dos dispositivos previstos no contrato são “40 mupis amovíveis, para publicidade institucional; um número de painéis digitais de grande formato não superior a 125 e que, no seu conjunto, compreenda uma área total de faces publicitárias entre 2.500 m2 [metros quadrados] e 3.000 m2; e 20 mupis de natureza digital e cinco painéis digitais (4×3 metros), a utilizar exclusivamente como equipamento informativo municipal”, lê-se no contrato, a que a Lusa teve acesso.

Como contrapartida da atribuição da concessão, a JCDecaux obriga-se a pagar à CML “a remuneração anual de 8,3 milhões de euros”, segundo o contrato, que determina que esse valor é atualizado anualmente de acordo com a taxa de variação média anual do Índice de Preços no Consumidor nos últimos 12 meses.

A empresa tem de comunicar à CML, até 15 dias após o início do contrato, os locais onde pretende instalar as peças de mobiliário urbano e, após aprovação, tem que apresentar um plano de instalação.

“O prazo de exploração publicitária do mobiliário urbano é de 15 anos a contar do termo do terceiro mês após a data da aprovação pelo primeiro outorgante [a CML] do plano de instalação relativo a todas as peças do mobiliário urbano, sem prejuízo da possibilidade de início de exploração publicitária imediata à medida que as peças de mobiliário urbano sejam aceites”, de acordo com o contrato.

Neste âmbito, a CML autoriza a JCDecaux a “subcontratar, parcialmente, os direitos e obrigações, decorrentes do presente contrato à MOP – Multimédia Outdoors Portugal – Publicidade, S.A.”.

Em junho de 2018, a CML aprovou a adjudicação da exploração da publicidade no mobiliário urbano à JCDecaux, por 15 anos, após um processo polémico que gerou contestação de empresas concorrentes, que suscitou a intervenção da Autoridade da Concorrência para determinar “se a transação em causa consubstanciaria uma operação de concentração”, o que culminou, passados quatro anos, com a apresentação da proposta de contrato.

Em janeiro deste ano, a JCDecaux apresentou “uma proposta formal de compromissos”, envolvendo a subcontratação à MOP de 40% do lote 1 (mupis, abrigos e sanitários públicos) do contrato de concessão, e sete painéis médios digitais de dupla face (12 m2) do lote 2, a qual foi submetida a teste de mercado, para permitir que as entidades do setor se pronunciassem quanto ao potencial impacto jusconcorrencial e, “após audiência prévia em que intervieram vários dos contrainteressados, a Autoridade da Concorrência emitiu decisão de não oposição à concentração, com aposição de condições e obrigações”.

De acordo com a proposta do atual executivo camarário, apresentada pelo vereador da Economia e Inovação, Diogo Moura (CDS-PP), a decisão da Autoridade da Concorrência de não oposição ficou condicionada à celebração de contrato de subcontratação com a MOP.

No início do processo, a JCDecaux enviou à CML os documentos de habilitação e entregou o comprovativo de subscrição de caução por garantia bancária, a favor do município de Lisboa, no valor de 2,49 milhões de euros, uma vez que a aprovação do contrato só podia acontecer depois da prestação da caução pelo adjudicatário.

Em 2015, terminaram os contratos para a publicidade exterior de Lisboa que o município tinha celebrado com a JCDecaux e com a Cemusa em 1995 e, desde aí, a autarquia tem vindo a fazer aditamentos.

Em causa estão abrigos em paragens de transportes públicos, colunas de informação, painéis de divulgação de informação institucional do município de Lisboa e de outras entidades com as quais colabora e sanitários públicos.

Entretanto, a dreamMedia já reagiu. Em comunicado lembra que “tem um processo em tribunal visando a anulação do concurso de 2017, para além de ir contestar judicialmente esta outorga agora concretizada. A procedência da ação poderá acarretar o dever de indemnização dos concorrentes que foram ilegalmente preteridos. Isto quer dizer que se a Câmara de Lisboa, por ter assinado este contrato com a JCDecaux, será responsabilizada em Tribunal, com forte fundamento, o que redundará certamente em indemnizações milionárias, que podem chegar à centena de milhões de euros, tendo em conta os montantes da concessão”.

 

(notícia atualizada às 19h com declarações de Philippe Infante e a posição da dreamMedia)

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Despesas com eletricidade e gás natural com majoração de 20% no IRC

As despesas das empresas com a eletricidade e gás vão ter uma majoração de 20% para efeitos de IRC. Taxa sobre os lucros excessivos "continua em cima da mesa", diz Costa Silva.

As despesas das empresas com eletricidade e gás natural vão sentir uma majoração de 20% no IRC. A medida, anunciada esta quinta-feira, pelo ministro da Economia e do Mar integra o programa de apoio às empresas “Energia para Avançar” orçada em 1,4 mil milhões de euros.

A medida apresentada por António Costa Silva, prevê uma majoração de 20% no IRC nos gastos com eletricidade e gás natural, mas também nas despesas com fertilizantes, rações e outra alimentação para a atividade de produção agrícola. A medida terá uma execução imediata.

É um instrumento do ponto de vista fiscal mais adequado às empresas. Aquilo que estamos a fazer é atuar é na diminuição do resultado fiscal que as empresas possam vir a ter“, começou por referir António Mendonça Mendes, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, também presente na conferência de imprensa. “Estamos a considerar que as empresas tenham um aumento maior com os seus custos com a eletricidade e o gás e, por isso, esses custos vão ser considerados de forma majorada quando calculados os resultados para efeito de tributar os seus lucros”, explica o governante.

Além desta, ficará suspensa, até ao final do ano, o Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP) e a taxa de carbono sobre o gás natural utilizado na produção de eletricidade e cogeração. Esta medida fiscal, avaliada em mais de 25 milhões de euros, tem execução imediata, ressalvou o ministro da Economia e do Mar.

Costa Silva deu ainda conta da prorrogação do mecanismo de gasóleo profissional extraordinário (GPE) até ao final do ano e a aprovação do prolongamento da redução temporária do ISP aplicável ao gasóleo agrícola, também até dezembro.

Questionado sobre se o Governo está a ponderar a aplicação de uma taxa sobre os lucros extraordinários ao setor energético, Costa Silva relembrou que esses lucros estão a ser usados para financiar o mecanismo ibérico, ferramenta acordada entre Portugal e Espanha para limitar o preço do gás para a produção de eletricidade. No entanto, admitiu que Portugal está a acompanhar a evolução da discussão desta proposta a nível europeu.

“É sempre uma opção em cima da mesa, mas temos especificidades no sistema fiscal”, afirmou o governante em resposta aos jornalistas. “Já temos tributação e contribuições extraordinárias do setor, estamos a analisar isso tudo para reservarmos sempre o equilíbrio entre a capacidade produtiva das empresas e o interesse publico”, frisou, acrescentando que “o mecanismo ibérico e a tarifa regulada [do gás] são mecanismos que contém a geração desses lucros excessivos“.

Ainda assim, o ministro da Economia e do Mar garantiu que o Governo vai “continuar a monitorizar e decidir, caso seja necessário” mas alertou que é preciso “cuidado no desenho das medidas”.

Esta quarta-feira, a Comissão Europeia propôs um teto nas receitas das empresas que produzem eletricidade a baixo custo — tipicamente, os produtores renováveis — de 180 euros/MWh (megawatt-hora) e ainda a cobrança de uma contribuição solidária de 33% às petrolíferas.

(Notícia atualizada às 16h32 com mais informações)

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Governo decreta três dias de luto nacional pela morte da rainha Isabel II

  • Lusa
  • 15 Setembro 2022

O decreto de três dias de luto nacional é a “justa homenagem a sua Majestade a Rainha Isabel II”.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o decreto que declara três dias de luto nacional pela morte da Rainha Isabel II do Reino Unido, cumprindo-se nos dias 18, 19 e 20 de setembro.

“Sua Majestade a Rainha Isabel II do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte marcou profundamente a segunda metade do século XX e o primeiro quartel do século XXI. Assim, neste momento de prolongado e profundo luto no nosso mais antigo Aliado, entende o Governo declarar o luto nacional nos dias 18, 19 e 20 de setembro de 2022”, justifica o Conselho de Ministros.

Em comunicado, sublinha-se que o decreto de três dias de luto nacional é a “justa homenagem a sua Majestade a Rainha Isabel II”. Um dos dias do luto nacional coincide com o dia do funeral de Estado da monarca britânica, que se realizará no dia 19 de setembro e no qual Portugal estará representado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A rainha Isabel II morreu na passada quinta-feira no Castelo de Balmoral, na Escócia, após mais de 70 anos do mais longo reinado da história do Reino Unido. A urna da monarca encontra-se em câmara ardente no Palácio de Westminster até ao funeral de Estado na segunda-feira na Abadia de Westminster, também em Londres.

Durante os próximos quatro dias, o salão onde está colocada a urna estará aberto ao público 24 horas por dia. Elizabeth Alexandra Mary Windsor nasceu em 21 de abril de 1926, em Londres, e tornou-se Rainha de Inglaterra em 1952, aos 25 anos, na sequência da morte do pai, George VI, que passou a reinar quando o seu irmão abdicou. Após a morte da monarca, o seu filho primogénito assume aos 73 anos as funções de rei como Carlos III.

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Programa de 100 milhões dá formação nas “horas vazias” da produção

Na área do emprego, a opção do Executivo passa por lançar programa de formação que “aproveita as horas vazias" na produção, por causa dos custos da energia, em vez de repetir lay-off simplificado.

O Governo anunciou esta quinta-feira um programa de formação no valor de 100 milhões de euros, que será executado “no contexto da produção, no local de trabalho, para manter a atividade das empresas e para elas contribuírem para as exportações”.

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, argumentou que esta medida na área do emprego e da formação qualificada dos trabalhadores é mais adequada à atual conjuntura do que o lay-off simplificado, que vigorou durante a pandemia. “Achamos que não é adequado à situação presente. Essa foi a resposta quando houve um colapso mundial e houve um apoio para manterem o tecido produtivo”, referiu.

O secretário de Estado da Economia, João Neves, detalhou que este programa é uma resposta específica às necessidades de planeamento da produção que é “afetado pelas alterações de preço das fontes energéticas ao longo do dia” e que “aproveita as horas vazias para encontrar formas de melhorar a capacidade e as competências dos trabalhadores, para que tenhamos no futuro empresas mais competitivas”.

“Temos um planeamento de produção que é hoje muito diferente do que acontecia no passado, em função dessas alterações de preço. E temos a possibilidade de gerir melhor esses planeamentos de produção, de forma a libertar horas que podem ser usadas para a formação dos próprios trabalhadores”, acrescentou.

Esta é uma das medidas que faz parte de um pacote global de 1.400 milhões de euros aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros e que está a ser apresentada esta tarde pelo ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, e pelos secretários de Estado da Economia (João Neves), dos Assuntos Fiscais (António Mendonça Mendes) e do Trabalho (Miguel Fontes).

Ainda nesta área do emprego, o Governo orçamento perto de 20 milhões de euros para um chamado programa de “formação e requalificação em competências verdes”, que fica a cargo do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Abrange trabalhadores no ativo e desempregados e deverá avançar até ao final de outubro, particularizou o secretário de Estado do Trabalho.

Já na área da internacionalização, e numa fase de transição entre quadros comunitários, vai ser lançado um novo Aviso, a executar em setembro e no valor de 30 milhões, para promover a participação das empresas em feiras internacionais, sobretudo com o objetivo de diversificar o destino das exportações portuguesas.

António Costa Silva salientou que esta diversificação é “decisiva” numa fase em que 60% das vendas portuguesas para o exterior são feitas na União Europeia e que para 2023 está projetado um abrandamento da economia europeia. “É importante haver uma diversificação de mercados para fazer face a essa contingência. A promoção externa é determinante”, acrescentou.

Novidades para a ferrovia e construção

Para o setor do transporte ferroviário de mercadorias, o Executivo socialista preparou uma subvenção direta por locomotora: para a tração elétrica de 2,11 euros por quilómetro; e nas locomotoras a diesel de 2,64 euros por quilómetro. A medida vai estar em execução a partir de 1 de outubro, estando reservados cerca de 15 milhões de euros para as operadoras ferroviárias.

O sucessor de Pedro Siza Vieira anunciou ainda esta tarde, em conferência de imprensa, a prorrogação da revisão de preços dos contratos públicos, com foco nas empreitadas de obras públicas, que terminaria no final deste ano. O mecanismo extraordinário em vigor desde 21 de maio vai ser prolongado até junho de 2023 “para dar serenidade às empresas de construção”.

Este regime excecional permite a qualquer empreiteiro, fornecedor de bens ou fornecedor de serviços apresentar um pedido de revisão extraordinária de preços desde que um determinado material, tipo de mão-de-obra ou equipamento de apoio represente, ou venha a representar durante a execução, pelo menos 3% do preço contratual e a taxa de variação homóloga do custo seja igual ou superior a 20%.

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Governo avança com pacote para empresas de 1,4 mil milhões. Veja o documento

Pacote inclui linhas de crédito, o alargamento dos apoios às empresas intensivas de gás e programas de formação para os trabalhadores.

O Governo já apresentou as medidas para as empresas fazerem face ao aumento de preços da energia e custos de produção, que incluem linhas de crédito e financiamento (uma de 600 milhões de euros e outra de 120 milhões), alargamento de apoios às empresas intensivas de gás e programas de formação para os trabalhadores.

Depois de um pacote de medidas destinadas às famílias de 2,4 mil milhões de euros, o Governo avançou com apoios para as empresas, num conjunto que tem o valor de 1,4 mil milhões de euros.

Veja todas as medidas aqui:

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Wall Street segue hesitante no início da sessão

  • Lusa
  • 15 Setembro 2022

No arranque da sessão, o Dow Jones subia 0,28%, o Nasdaq avançava 0,12% e o S&P 500 recuava 0,26%.

A bolsa de Nova Iorque negociava esta quinta-feira mista no começo da sessão, procurando uma orientação, após a forte queda de terça-feira e a ligeira subida de quarta-feira.

Às 14:56 (hora de Lisboa), o índice Dow Jones subia 0,28% para 31.221,24 pontos e o Nasdaq avançava 0,12% para 11.733,56 pontos. No entanto, o índice alargado S&P 500 recuava 0,26% para 3.935,79 pontos.

Desde o início da semana, a bolsa nova-iorquina tem registado um desempenho irregular, marcado por uma forte queda na terça-feira, na sequência da divulgação de dados sobre a inflação, que atingiu um nível acima do esperado em agosto.

Mas, na quarta-feira, os três principais índices da bolsa nova-iorquina terminaram com ligeiras subidas, depois de ter sido anunciado que o índice de preços no produtor recuou ligeiramente em relação ao mês anterior.

A inflação e as medidas de política monetária que a Reserva Federal (Fed) vai adotar na reunião da próxima semana para a travar continuam a ser a maior preocupação dos acionistas, numa altura em que analistas antecipam que o banco central pode aumentar a sua taxa de juro de referência em 100 pontos base.

Entre as 30 cotadas do Dow Jones destacavam-se as perdas da Chevron (-1,77%) e da Salesforce (-1,47%).

Nos outros mercados, o barril de petróleo do Texas baixava para 86,88 dólares e o rendimento das obrigações do Tesouro norte-americano a 10 anos subia para 3,44%.

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PSD propõe que pensionistas também recebam 125 euros. E que pensões aumentem entre 8 e 9% em 2023

PSD vai apresentar duas alterações à proposta de lei do Governo: que o "cheque" de 125 euros seja alargado aos pensionistas e as pensões aumentem entre 8% a 9% em 2023.

Joaquim Miranda Sarmento revelou que o PSD vai apresentar duas alterações à proposta de lei do Governo, que visam atribuir um “cheque” de 125 euros aos pensionistas, bem como que as pensões para o próximo ano seja aumentadas entre 8% a 9%.

O líder do PSD reiterou que o pacote do Governo dirigido às famílias é “um pacote com muita ilusão e engano”, acusando o executivo de “fazer um corte permanente nas pensões no valor de mil milhões de euros“, na sequência do suplemento extraordinário correspondente a meio mês de pensão para os reformados que será pago em outubro.

Para o PSD, este suplemento é também uma “ilusão e uma forte injustiça social”, dado que “antecipa 2.500 a um pensionista que ganha 5.000 euros e antecipa 200 a quem ganha 500 euros”, diz, acrescentando que “é insensível porque não apoia os que mais vão sofrer”, sinalizando ainda que lembra o PEC IV no governo de José Sócrates.

Nesse sentido, “amanhã na discussão da proposta de lei do Governo iremos apresentar duas alterações”, começou por explicar o líder parlamentar dos sociais-democratas, numa reunião plenária na Assembleia da República, sobre o programa de emergência do social do PSD para atenuar o impacto da inflação.

Em causa está a atribuição de um “cheque” de “125 euros na exata medida que o Governo atribuiu a quem está na vida ativa”, bem como a “revogação do artigo do aumento das pensões”, por forma a garantir que os pensionistas não vão receber em 2023 “um aumento entre 3,5% e 4,5%, mas sim aquilo que estava previsto na lei, ou seja, um aumento entre 8% e 9%”, explicou.

Recorde-se que no programa de emergência social apresentado pelo PSD, os “laranjas” defendiam a “atribuição, entre setembro e dezembro deste ano, de um vale alimentar no valor de 40 euros por mês a todos os pensionistas e reformados que recebem uma pensão/reforma até 1.108 euros”, abrangendo cerca de 2 milhões e 300 mil pessoas e com um impacto de 360 milhões.

O líder parlamentar do PSD referiu ainda que a proposta apresentada pelos sociais-democratas é “mais ambiciosa”, defendendo ainda a redução do IVA dos combustíveis.

Em resposta, o deputado socialista Carlos Pereira defende que a proposta do Governo é “mais abrangente”, dado que o programa do Executivo chega a dez milhões de portugueses, enquanto o do PSD abrange 6,9 milhões de euros, e bem mais robusto, já que o pacote do Executivo está estimado em 2,4 mil milhões de euros, ao passo que o do PSD ronda os 1,5 mil milhões.

Já João Cotrim Figueiredo considera que o pacote do Governo “é um saco de trupes”, mas avisa que “o PSD fará mal se entrar a jogar de igual por igual neste campeonato do quem dá mais”. O presidente da Iniciativa Liberal sinaliza ainda que “o programa do PSD não mente mas chega atrasado”, dado que os “laranjas” podiam ter aprovado a proposta dos liberais, aquando da discussão do Orçamento do Estado, “para reduzir o IRS para os cinco primeiros escalões, em vez de agora propor cheques para os três primeiros escalões e reduções para os três seguintes”.

Por outro lado, Rui Tavares elogiou o facto de “tanto PS como PSD” que “há pouco tempo” consideravam que dar “dinheiro diretamente” às famílias era prejudicial para a inflação “viram alguma luz de Damasco”, mas sublinha que o pacote podia “facilmente atingir o dobro dos montantes que estamos aqui a falar”, se fossem tomadas outras medidas, nomeadamente aproveitando o “excedente do IVA e a folga de défice e das regras europeias que há”, bem como ao taxar os “lucros extraordinários injustificados” das empresas. O deputado do Livre defende que o Governo deve centrar a sua aposta não só a apoiar as famílias, mas também a produção.

Na declaração de encerramento, o deputado do PSD Ricardo Baptista Leite sinalizou que o partido propostas de forma aberta e transparente” que respondem às “necessidades dos portugueses”, criticando a ausência do Governo no debate. “Um Governo que foge do povo não merece liderá-lo”, apontou Baptista Leite. O pacote de emergência social apresentado pelo PSD foi rejeitado, com os votos contra de PS e PCP, abstenção de Chega, IL, BE, PAN e livre e voto a favor de PSD.

(Notícia atualizada às 17h28 com as declarações de encerramento do deputado social-democrata Ricardo Baptista Leite e resultado da votação sobre o pacote do PSD)

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Governo lança linha de crédito de 600 milhões para empresas de todos os setores

Linha será destinada a todos os setores e operacionalizada pelo Banco de Fomento. Governo espera "que esteja no terreno a partir da segunda quinzena de outubro".

O Governo vai lançar uma linha de crédito de 600 milhões de euros para as empresas de todos os setores, que sejam “afetadas por perturbações”, desde os altos preços da energia, das matérias-primas e às disrupções nas cadeias de abastecimento.

A linha será de “garantia mútua” e terá um prazo de oito anos, com uma carência de capital de 12 meses. É destinada às “empresas afetadas por perturbações, quer nos preços da energia, quer nos preços das matérias-primas, quer nas cadeias de abastecimento e nas disrupções das cadeias de abastecimento”, disse esta quinta-feira o ministro da Economia, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros.

É uma linha abrangente, para todos os setores. Não só para os setores envolvidos com custos de energia elevados, mas também para os setores com outros efeitos da cadeia de abastecimento e das matérias-primas”, continuou António Costa e Silva, detalhando que “cobre o comércio e os serviços”.

Como explicou o secretário de Estado Adjunto e da Economia, presente na conferência de imprensa, esta linha de crédito “não tem limitações”. “Os únicos limites são de financiamento por dimensão da empresa. É o único critério que pode limitar o financiamento”, explicou João Neves.

Esta linha será operacionalizada pelo Banco de Fomento e o Governo espera “que esteja no terreno a partir da segundo quinzena de outubro”.

Financiamento para o setor social

Também o setor social vai contar com uma linha de financiamento específica no valor de 120 milhões de euros, com duração até dezembro de 2023 e “para as IPSS fazerem face às necessidades e exigências sobretudo para a execução dos programas de investimento, em particular do PRR”.

Além disso, em conferência de imprensa, foi anunciada pelo ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, uma comparticipação financeira de cinco milhões de euros para o setor social, com vista a apoiar as instituições do terceiro setor ao nível da fatura do gás.

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Apoio às empresas intensivas em gás alargado para 235 milhões de euros

O ministro da Economia anunciou um reforço das medidas de apoio para as empresas pressionadas com os custos de gás.

O ministro da Economia, António Costa Silva, anunciou que o apoio específico para as empresas com consumo intensivo de gás é alargado dos anteriores 160 milhões para os 235 milhões de euros.

Estas declarações foram feitas numa conferência, após a reunião do Conselho de Ministros.

Tal como já foi noticiado, a ajuda por empresa será alargada de 400 mil para 500 mil euros. A taxa de apoio que recai sobre a diferença entre os custos suportados em 2021 e em 2022, e que é hoje de 30%, passará para os 40%, tal como foi avançado pelo Jornal de Negócios. Aplica-se às empresas cujos gastos com gás tenham aumentado para mais do dobro.

Outra novidade é que este programa de apoio é estendido a duas indústrias que até agora não estavam aptas a beneficiarem do mesmo: a indústria transformadora e agroalimentar, que terão acesso a cerca de 15 milhões de euros.

Está ainda a ser negociado um apoio extra, de 2 milhões de euros, com Bruxelas, o qual deverá acumular com aqueles já referidos, que reforçarão a capacidade de empresas com maiores consumos. Para aquelas empresas que já estão com perdas operacionais, haverá um terceiro pacote, de 5 milhões de euros.

Tendo em conta que estas medidas se inserem num quadro temporário de apoio a nível europeu, as medidas passarão a ser executadas assim que aprovadas pela Comissão Europeia, informou o Governo.

(Notícia atualizada às 15:33)

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Empresas intensivas em gás com Ebitda negativo este ano podem ter apoio até 5 milhões

Pacote de medidas incluem uma nova linha de crédito de 600 milhões de euros e um pacote de 235 milhões de euros de apoio para as empresas com consumo intensivo de gás.

Depois das famílias, as empresas. O ministro da Economia apresentou esta quinta-feira o pacote de medidas para ajudar as empresas fazerem face aos efeitos do aumento de preços, trabalhado em conjunto com a Comissão Europeia. No total são 1.400 milhões de euros em apoios que se distribuem numa uma nova linha de crédito de 600 milhões de euros para apoiar a tesouraria bem como mudanças no apoio às empresas com consumo intensivo de gás.

A linha poderá ajudar as empresas a lidar com o aumento dos preços da energia e de outros custos de produção, como as matérias-primas. Já com as mudanças para as empresas intensivas em gás, a ajuda por empresa deverá ser alargada de 400 mil para 500 mil euros. Cumulativamente, as empresas intensivas em gás com Ebitda negativo este ano podem ter apoio até 5 milhões. Uma medida que teve de passar previamente pelo crivo de Bruxelas devido às ajudas de Estado.

O pacote tem também uma dimensão fiscal. Por exemplo, os gastos das empresas com eletricidade, gás, fertilizantes e razões passam a ter uma majoração de 20% no IRC.

Acompanhe a apresentação de medidas aqui, em direto.

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Ex-secretário de Estado da transição digital Aragão de Azevedo regressa à Microsoft

Aragão de Azevedo regressa à Microsoft -- à qual esteve ligado sete anos -- depois de ocupar funções no Ministério da Economia, liderado por Siza Vieira.

André de Aragão Azevedo, Secretário de Estado para a Transição Digital, em entrevista ao ECO/Pessoas - 02JUL20André Aragão de Azevedo, antigo secretário de Estado da Transição Digital, está de regresso à Microsoft. O gestor é o novo digital development partnerships director na tecnológica.

“Depois de dois anos e meio de serviço público, particularmente intensos e complexos — agravados pelo contexto de pandemia –- em que procurámos potenciar o desenvolvimento do nosso País usando o digital como motor de transformação de Pessoas, Empresas e Administração Pública, vou agora juntar-me a outra equipa, internacional e diversificada, que irá prosseguir o mesmo objetivo de impacto social e desenvolvimento sustentável, mas a uma escala diferente”, anunciou Aragão de Azevedo, numa publicação no seu mural do LinkedIn.

Acredito que a cooperação internacional e os projetos de apoio ao desenvolvimento podem beneficiar de uma maior incorporação tecnológica“, continua. “É isso que com a Microsoft, as Nações Unidas e as Agência Internacionais de Cooperação e Apoio ao Desenvolvimento iremos procurar fazer, focando-nos nos países mais vulneráveis do mundo e inspirando-nos no nosso Plano de Ação para a Transição Digital de Portugal“, refere.

“Enquanto Digital Development Partnerships Director da Microsoft Internacional terei a oportunidade de conjugar todos os fatores que verdadeiramente importam: Pessoas, Desenvolvimento Sustentável, Impacto Social, Tecnologia”, considera. Em suma, “promover uma Digitalização e uma Democracia com Propósito.”

O novo cargo marca o regresso do profissional à tecnológica, agora na Microsof Corp., à qual esteve ligado durante mais de sete anos na filial portuguesa, primeiro como Government and Healthcare Lead (2012-2017), depois como board member e National Technology Officer (2017-2019), antes de integrar — entre 2019 e 2022 — o XXII Governo, como secretário de Estado para a Transição Digital, do Ministério da Economia de Siza Vieira. Nessa capacidade foi responsável pela conceção e implementação do Plano de Ação para a Transição Digital.

(notícia atualizada às 17h52: gestor regressa à Microsoft Corp. e não à filial portuguesa)

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Olivier Establet acumula liderança da DPD Portugal com vice-presidência do grupo DPD

O CEO da DPD em Portugal, desde 1994, assumiu em setembro as novas funções, reportando diretamente a Yves Delmas, presidente do DPDgroup.

Olivier Establet, CEO da DDP Portugal e vice presidente do grupo DPG

Olivier Establet é agora vice-presidente executivo do DPDgroup, com responsabilidade da gestão da operação do grupo de entregas no continente americano. O profissional acumula novas funções com a liderança da DPD Portugal.

O atual CEO da DPD em Portugal assumiu em setembro as novas funções, reportando diretamente a Yves Delmas, presidente do DPDgroup. Establet é ainda administrador da Seur em Espanha, outra subsidiária do DPDgroup, bem como da Mediapost Portugal e da Innovagency.

Olivier Establet está à frente a filial portuguesa do grupo, como chairman e CEO da DPD Portugal, desde 1994. Em 2017, depois de estar diretamente envolvido na aquisição da JadLog no Brasil, passou a acumular com a função de executive chairman da subsidiária do DPDgroup no Brasil. Em 2018, alargou as suas responsabilidades a toda a região LatAm assumindo como chief operating officer da América Latina.

O DPDgroup é a rede de entrega de encomendas da GeoPost, uma holding propriedade da La Poste Groupe com faturação de 14,7 mil milhões de euros em 2021.

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