Rio diz que mais importante será o orçamento do próximo ano

  • Lusa
  • 17 Junho 2022

O que entendo verdadeiramente relevante é a preparação do OE2023, aí é que o país dará um passo em frente ou atrás consoante a sua política orçamental”, disse Rui Rio.

O presidente do PSD defendeu que, mais importante do que a promulgação do Orçamento para 2022 conhecida esta sexta, será verificar qual a política orçamental do Governo para o próximo ano.

Rui Rio foi questionado pelos jornalistas sobre a promulgação do OE2022 na residência oficial do primeiro-ministro, depois de se ter reunido com António Costa e com o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, no âmbito da preparação do Conselho Europeu da próxima semana, em que se discutirão as candidaturas à adesão à União Europeia da Ucrânia, República da Moldova e Geórgia.

Rio não quis comentar os avisos de Marcelo Rebelo de Sousa, uma vez que não os tinha lido, mas deixou um recado para o futuro. “O Orçamento para 2022 tem a sua importância, mas está longe do que vai ser o de 2023, porque este vai estar em vigor seis meses, acaba por ser menos relevante. O que entendo verdadeiramente relevante é a preparação do OE2023, aí é que o país dará um passo em frente ou atrás consoante a sua política orçamental”, defendeu.

Questionado que outros temas estiveram em cima da mesa neste encontro – provavelmente o último na qualidade de líder do PSD, cargo que deixará em duas semanas -, Rio assegurou que “o grosso da conversa foi em torno da Ucrânia e do futuro da Europa”.

À pergunta se discutiram o tema do futuro aeroporto, Rio respondeu negativamente. “Não falámos, nem fazia sentido na exata medida em que a decisão do PSD não me vai caber a mim, vai caber ao meu sucessor”, afirmou, numa referência a Luís Montenegro, que assumirá funções plenas no Congresso do PSD que se realiza entre 1 e 3 de julho.

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Regulador europeu inicia análise de vacina adaptada de Moderna

  • Lusa
  • 17 Junho 2022

A versão da vacina da Moderna é bivalente, pois tem como alvo a estirpe original do coronavírus e a variante Ómicron.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) anunciou esta sexta-feira que iniciou a análise de uma versão da vacina da covid-19 da empresa Moderna adaptada à variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, mais contagiosa.

O processo iniciado da chamada revisão contínua da versão da vacina da Moderna é anunciado dois dias depois de a EMA (sigla em inglês da agência) ter começado semelhante processo para uma versão da vacina do laboratório Pfizer adaptada a subvariantes da variante Ómicron.

A revisão contínua é uma ferramenta que a EMA usa para “acelerar a avaliação de dados de um medicamento ou vacina durante uma emergência de saúde pública”.

A versão da vacina da Moderna é bivalente, pois tem como alvo a estirpe original do coronavírus e a variante Ómicron, refere o regulador europeu do medicamento em comunicado.

A análise da EMA concentrar-se-á inicialmente em dados não clínicos e em dados de química, fabrico e controlo. À medida que a Moderna avança no desenvolvimento da vacina bivalente da covid-19, a EMA receberá mais dados, incluindo sobre a resposta imunitária contra a estirpe original do coronavírus e a variante Ómicron.

O processo de revisão contínua prosseguirá até que haja dados suficientes para a apresentação por parte da empresa biotecnológica norte-americana de um pedido de aprovação. Posto isto, o regulador europeu estará em condições de emitir um parecer.

A EMA esclarece que a composição das vacinas da covid-19 adaptadas “dependerá, em última análise, das recomendações das autoridades de saúde pública e da Organização Mundial da Saúde, bem como das considerações de órgãos reguladores como a EMA e outros membros da Coligação Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos”.

A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado em 2019 na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, tendo assumido várias variantes e subvariantes. As vacinas produzidas por Pfizer e Moderna (contra a estirpe original do SARS-CoV-2) assentam na mesma tecnologia e são de dose dupla. Ambas são administradas em Portugal.

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Costa mantém confiança na ministra da Saúde

  • Lusa
  • 17 Junho 2022

“E então? Era o que faltava agora andar a seguir as opiniões do Sérgio Sousa Pinto”, disse o primeiro-ministro quando confrontado com declarações do deputado socialista que pediu a demissão de Temido.

O primeiro-ministro afirmou esta sexta-feira que mantém a confiança na ministra na Saúde e nas medidas anunciadas, considerou que “parte dos problemas” estará resolvida a partir de segunda-feira, mas admitiu que existem outros estruturais.

No final de encontros com os partidos de preparação do próximo Conselho Europeu, António Costa foi questionado sobre pedidos de demissão que se ouviram por parte de alguns partidos da oposição. “Com certeza, como sabe é um clássico da oposição pedir demissão de membros do Governo”, afirmou.

Confrontado com a opinião do deputado socialista Sérgio Sousa Pinto, que na CNN também defendeu a demissão de Marta Temido no Governo, Costa respondeu: “E então? Era o que faltava agora andar a seguir as opiniões do Sérgio Sousa Pinto”, disse. “Nós temos consciência de que o SNS tem problemas estruturais, que exigem respostas estruturais, que são exponenciados por semanas como esta, com acumulação de feriados e pontes”, disse.

O primeiro-ministro salientou que os últimos dois anos foram de “grande stress” para os profissionais de saúde devido à pandemia de covid-19 e considerou natural que muitos tenham decidido “legitimamente” férias neste período. “Penso que parte dos problemas a partir de segunda estará normalizado”, disse.

Ainda assim, saudou as medidas anunciadas pela ministra da Saúde, designadamente a criação de equipas para reorganizar as redes de urgências. “Temos de ter melhores condições de remuneração e atratividade das carreiras e uma gestão mais eficiente”, disse, salientando que uma das medidas previstas no Orçamento do Estado é precisamente “maior autonomia dos hospitais na contratação de profissionais”.

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Costa elogia Marcelo por promulgar OE “em poucas horas”

Primeiro-ministro diz que não teve oportunidade de ler as notas do Presidente da República, mas realçou que o documento foi "quase referendado pelos portugueses".

António Costa diz que não viu ainda as notas deixadas pelo Presidente da República na promulgação do Orçamento do Estado para 2022, mas congratulou Marcelo por o ter feito em tão pouco tempo. “Desta vez foi até excecionalmente célere”, afirmou.

Não tive oportunidade de ler as notas, mas a primeira reação é que quero congratular que o senhor Presidente da República tenha pedido promulgar este Orçamento que os portugueses tanto anseiam há tantos meses em poucas horas. Saiu esta manhã da Assembleia da República, já está promulgado e entrará em vigor”, afirmou o primeiro-ministro numa conferência de imprensa após ter discutido com os partidos a candidatura da Ucrânia à adesão à União Europeia.

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou esta sexta-feira Orçamento do Estado para 2022. O anúncio é acompanhado de um texto onde o Presidente da República deixa vários recados ao Governo, apontando o atraso na modernização administrativa e na descentralização e refere que o documento é “um conjunto de intenções”.

António Costa insistiu várias vezes no timing de Marcelo Rebelo de Sousa. “Como é sabido, em matéria orçamental o direito é exclusivo do Governo. A competência de aprovação é exclusiva da Assembleia da República e ao senhor Presidente da República compete a competência insubstituível da promulgação. Desta vez foi até excecionalmente célere“.

Seguramente o Presidente da República não teve dúvidas quanto à constitucionalidade, ou quanto à oportunidade do Orçamento, senão não o tinha promulgado de uma forma tão rápida“, acentuou mais à frente.

António Costa aproveitou para sublinhar o apoio popular conseguido pelo PS nas últimas eleições, a que concorreu com o documento. “Este orçamento foi quase referendado pelos Portugueses. Não sei se se lembra que num debate eu até mostrei o Orçamento que íamos aprovar se ganhássemos as eleições. Ganhámos as eleições, tivemos maioria absoluta e cumprimos”.

“Podemos finalmente dispor de um Orçamento que melhora a vida das famílias, melhora as condições de investimento das empresas e que cria boas condições para termos uma economia em crescimento e finanças públicas sãs”, destacou ainda o primeiro-ministro.

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Bombeiros e Governo chegam a acordo sobre valores de transporte de doentes

  • Lusa
  • 17 Junho 2022

"Houve um avanço significativo do Ministério da Saúde no diálogo com a Liga", disse António Nunes, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses.

Bombeiros e Governo chegaram esta sexta-feira a acordo sobre novos valores para o transporte de doentes não urgentes, que entram em vigor em 1 de julho, disse à Lusa o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). António Nunes referiu que os montantes, não sendo os exigidos pelos bombeiros, “acomodam os aumentos dos preços dos combustíveis e dos recursos humanos”.

Os novos valores entram em vigor em 1 de julho, adiantou o presidente da LBP, que hoje esteve reunido com a tutela da saúde. “Houve um avanço significativo do Ministério da Saúde no diálogo com a Liga”, concluiu António Nunes, apontando que há “uma vontade” da tutela em “reorganizar os tempos de pagamento” do transporte de doentes feito pelos bombeiros para os hospitais.

Da reunião desta sexta saiu o compromisso da criação de uma comissão de acompanhamento das dívidas aos bombeiros, para “encontrar a melhor metodologia para encurtar os tempos de pagamentos”, e de um grupo de trabalho para a revisão do regulamento do transporte de doentes não urgentes, que contemple “valores mais adequados” ao tipo de serviço prestado.

Na quarta-feira, no parlamento, a LBP tinha avisado que, se não fosse encontrada solução para o aumento dos custos dos combustíveis que os bombeiros têm suportado, haveria corporações que podiam deixar de conseguir fazer transporte de doentes.

Na audição parlamentar, o presidente da LBP afirmou que o pagamento das dívidas aos bombeiros pelo transporte de doentes não urgentes tem “atrasos de sete meses e um ano”.

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Lentidão da Justiça é “ponto fraco” da democracia, diz Marcelo

  • Lusa
  • 17 Junho 2022

"Infelizmente, nós sabemos que a Justiça, em casos múltiplos, tem demorado cinco, 10, 15 anos, 20 anos", disse o presidente em Pedrogão.

O Presidente da República afirmou esta sexta-feira que a lentidão da Justiça é um “ponto fraco” da democracia ao ser questionado sobre o facto de aquela ainda não ter concluído sobre a responsabilidade dos incêndios de Pedrógão Grande.

A Justiça tem o tempo que conhecemos em Portugal. Uma parte da matéria foi apreciada, outra parte ainda não foi apreciada e está em apreciação. Infelizmente, nós sabemos que a Justiça, em casos múltiplos, tem demorado cinco, 10, 15 anos, 20 anos. É realmente um ponto fraco da nossa democracia a lentidão da Justiça”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado falava aos jornalistas em Castanheira de Pera, distrito de Leiria, após participar na missa pelas vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande, quando passam cinco anos sobre a tragédia. Os incêndios que deflagraram em junho de 2017 em Pedrógão Grande e que alastraram a concelhos vizinhos, sobretudo Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, provocaram a morte de 66 pessoas, além de ferimentos a 253 populares, sete dos quais graves. Os fogos destruíram cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.

Os processos judiciais mais mediáticos relacionados com os incêndios de Pedrógão Grande referem-se às ilegalidades na reconstrução de casas e às eventuais responsabilidades nas mortes e feridos. No Tribunal Judicial de Leiria está a terminar o julgamento para determinar eventuais responsabilidades criminais nos incêndios, estando agendada a leitura do acórdão para dia 13 de setembro.

Onze arguidos respondem por crimes de homicídio por negligência e ofensa à integridade física por negligência, alguns dos quais graves. No processo, o Ministério Público contabilizou 63 mortos e 44 feridos quiseram procedimento criminal.

Os arguidos são o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, então responsável pelas operações de socorro, dois funcionários da antiga EDP Distribuição (atual E-REDES) e três da Ascendi, e os ex-presidentes das Câmaras de Castanheira de Pera e de Pedrógão Grande, Fernando Lopes e Valdemar Alves, respetivamente.

O presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu, também foi acusado, assim como um antigo vice-presidente da Câmara de Pedrógão Grande José Graça e a então responsável pelo Gabinete Florestal deste município, Margarida Gonçalves.

Quanto ao processo relativo a ilegalidades na reconstrução de casas no concelho de Pedrógão Grande, que acabou no Tribunal Judicial de Leiria em 31 de janeiro com a condenação de 14 dos 28 arguidos, subiu na semana passada ao Tribunal da Relação de Coimbra.

As penas mais pesadas em primeira instância foram para o ex-presidente da Câmara Valdemar Alves (sete anos de prisão) e para o antigo vereador Bruno Gomes (seis anos de prisão), ambos por vários crimes de prevaricação de titular de cargo político e de burla qualificada, alguns dos quais na forma tentada.

Dos restantes 26 arguidos, que eram requerentes da reconstrução de imóveis como se de primeira habitação se tratasse, familiares destes ou funcionários das Finanças e de junta de freguesia, o Tribunal condenou 12 a penas de prisão, suspensas na sua execução.

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Da descentralização ao quadro macro imprevisível, os recados de Marcelo na promulgação do OE

O Presidente da República promulgou o Orçamento do Estado para 2022, com vários avisos para o Governo, da modernização da administração pública à execução dos fundos europeus.

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou esta sexta-feira Orçamento do Estado para 2022, avança o site da presidência. O anúncio é acompanhado de um texto onde o Presidente da República deixa vários recados ao Governo. Aponta o atraso na modernização administrativa e diz que o documento é “um conjunto de intenções”.

“O Orçamento do Estado para 2022, recebido para promulgação, padece de limitações evidentes, e, porventura, inevitáveis”, começa por apontar Marcelo Rebelo de Sousa, referindo o contexto da “pandemia a converter-se em endemia” e a imprevisibilidade do quadro económico criada pela guerra.

O Presidente sublinha, em seguida, que “o Plano de Recuperação e Resiliência só conhecerá aplicação sensível a partir da segunda metade de 2022”. Refere ainda que “a modernização administrativa, também ligada às mudanças nas qualificações, no digital e na energia, conhece um compasso de espera“.

A descentralização, que levou mesmo o presidente da Câmara do Porto a ir a Belém pedir para que Marcelo exigisse ao Governo um novo Orçamento, merece um reparo ao Governo. Escreve que a descentralização está “atrasada no seu processo, e levantando ainda questões de substância, de financiamento e de tempo e modo de concretização”.

A maior farpa é quando afirma que “o Orçamento para 2022 acaba por ser um conjunto de intenções“, “condenado a fazer uma ponte precária para outro Orçamento”, o de 2023, que espera “já possa ser aplicado com mais certezas e menos interrogações sobre o fim da pandemia, o fim da guerra, os custos de uma e de outra na vida das Nações e das pessoas”.

Apesar das críticas, o Presidente da República considera que “faz sentido promulgar e aplicar, o mais cedo possível, este Orçamento”. Refere quatro motivos, desde logo que “é preferível ter um quadro de referência, mesmo se tentativo e precário, ultimado há um mês, a manter o quadro anterior, ultimado há mais de seis meses”.

O segundo também pode ser lido como um recado: “É preferível não sacrificar por mais tempo, pessoas e famílias que estão, desde janeiro, à espera de mesmo se pequenas, mas para elas importantes, medidas sociais“.

Marcelo Rebelo de Sousa diz também que é preferível concentrar no Orçamento para 2023 “as matérias que estão ou possam estar em suspenso”, referindo-se novamente aos fundos europeus e à descentralização. Por fim, argumenta que “é referível não ficar preso ao passado – regressando a uma discussão sobre o Orçamento para 2022, um Orçamento de ponte, para meio ano – atrasando mais um mês a sua aplicação, e olhar para o futuro”.

O Orçamento do Estado para 2022, que foi originalmente reprovado em outubro do ano passado e levou às eleições antecipadas de janeiro que deram a maioria absoluta ao PS, foi aprovado em maio. O documento foi enviado esta sexta-feira para Belém, como avançou o ECO e promulgado pelo Presidente “mal o recebeu da Assembleia da República”.

Faltará assim apenas a publicação em Diário da República. O Orçamento do Estado para 2022 deverá entrar em vigor a 1 de julho, sendo executado exatamente meio ano.

O Orçamento do Estado para 2022 foi aprovado a 27 de maio com o voto favorável da maioria socialista (120 deputados do PS), a abstenção do PAN (uma deputada), do Livre (um deputado) e dos três deputados do PSD Madeira e o voto conta de todos os restantes partidos: Bloco de Esquerda, PCP, PSD, Iniciativa Liberal e Chega.

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Pandemia continua a recuar em Portugal. Há menos casos, mortes e internamentos

Entre 7 e 13 de junho foram contabilizados 114.410 casos de covid-19, menos 43 mil que na semana anterior. Número de óbitos e doentes internados também baixou.

O relatório semanal da Direção-Geral da Saúde (DGS) dá conta de 114.410 casos de covid-19 na semana entre 7 e 13 de junho, menos 43.534 do que na anterior. O país mantém assim a tendência de diminuição da incidência da pandemia que se vinha a verificar nas últimas semanas.

O recuo acontece também no número de óbitos. A DGS contabiliza 256 mortes, menos 41 do que nos sete dias anteriores. A mortalidade baixou 14% para 25 óbitos por um milhão de habitantes.

Boas notícias também nos hospitais. A 13 de junho havia 1.896 doentes internados, dos quais 98 em unidades de cuidados intensivos (UCI), o que compara com 1.991 e 108 na semana anterior, respetivamente.

A Região de Lisboa e Vale do Tejo continua a registar o maior número de casos (50.786), embora com uma grande redução (-18.368) face ao período anterior. Ocorreu, no entanto, uma subida nos internamentos (922) e dos casos em UCI.

Também na região Norte houve uma forte diminuição do número de novos infetados, com a DGS a contabilizar 30.295, menos 15 mil do que na semana anterior. Apenas nos Açores ocorreu uma subida no número de casos, com 153 novos diagnósticos, para um total de 4.571.

(notícia atualizada às 19h35)

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Espanha enfrenta onda de calor e incêndios já queimaram mais de 13 mil hectares

  • Lusa
  • 17 Junho 2022

Oito aldeias, com cerca de 650 pessoas, foram evacuadas, por precaução, na região de Castela e Leão.

Espanha enfrenta há cinco dias “calor extremo”, com recordes de temperaturas para o mês de junho que estão a provocar incêndios que já queimaram mais de 13 mil hectares e obrigaram a deslocar milhares de pessoas, segundo as autoridades.

O maior incêndio já queimou 9.000 hectares na serra da Culebra, em Zamora, na região de Castela e Leão, na fronteira com o distrito de Bragança. Oito aldeias, com cerca de 650 pessoas, foram evacuadas nesta região, por precaução, uma vez que as chamas não entraram em povoações.

No lado leste do país, na Catalunha, fogos em Lérida já afetaram também mais de 2.000 hectares, segundo dados oficiais.

Por outro lado, um incêndio em Toledo, na região de Castela-Mancha, no centro de Espanha, obrigou à retirada hoje de mais de 3.000 pessoas de um parque de atrações.

Espanha está há cinco dias consecutivos sob uma onda de calor, que as autoridades do país designam como “extremo”, com temperaturas a superar os 40 graus em diversos pontos do país e mínimas que se mantêm acima dos 25 graus.

As autoridades espanholas preveem que esta onda de calor se mantenha até domingo, dia em que as temperaturas devem cair até 12 graus. Segundo a Agência Estatal de Meteorologia espanhola (Aemet), no domingo deverá entrar pelo norte da Península Ibérica ar fresco do Atlântico que causará a descida das temperaturas. As temperaturas registadas nestes dias são consideradas extremas e pouco habituais para a primeira quinzena de junho.

Foram batidos recordes de máximas para junho em alguns pontos de Espanha e há casos em que “estão a registar-se muitas temperaturas que superam as mais altas medidas no período de referência 1981-2010, o que dá conta do caráter extremo desta onda de calor”, afirmou hoje o portavoz da Aemet, Ruben del Campo, citado pela agência de notícias EFE. O calor faz com que quase todo território espanhol esteja sob risco extremo de incêndio.

Segundo as autoridades, vários fogos, como o de Zamora, tiveram origem em trovoadas secas aliadas às altas temperaturas.

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Dimas Gimeno: “WOW é o projeto mais inovador da Europa”

  • Servimedia
  • 17 Junho 2022

Dimas Gimeno, fundador e CEO da WOW e Kapita, participou em Málaga no DES-Digital Enterprise Show, o evento de referência na transformação digital no Sul da Europa, inaugurado na passada terça-feira.

Com mais de vinte anos de experiência no setor do retalho e fundador e CEO da WOW Concept (primeiro centro comercial em Madrid que combina a experiência física e digital), Dimas Gimeno centrou a sua conferência na análise do momento atual e do futuro do retalho após a grande transformação a que foi sujeito nos últimos anos, noticia a Servimedia.

O empresário reiterou a sua ideia do conceito de reinventar o setor do retalho, uma transformação que considera necessária para integrar todos os canais com uma abordagem filogenética. “A pior coisa que nos pode acontecer numa altura como a atual é não saber ler corretamente a situação da mudança de paradigma que estamos a atravessar, a fim de tirar conclusões e levar a cabo um reinício de venda a retalho”, disse ele.

De acordo com Gimeno, as empresas que têm o cliente no centro da sua operação devem ter como chave a adaptação tecnológica: “A pandemia forçou-nos a todos, como clientes, como trabalhadores, a fazer um sprint digital. Os clientes fizeram a sua própria transformação digital, mas uma parte importante da distribuição comercial não o fez, e é por isso que é fundamental antecipar-se a ela e fazer a reposição a retalho”.

Por essa razão, o empresário considera que o futuro do retalho “é ´cozinhar´ em várias partes do mundo, América do Norte, Ásia, Europa” e salientou que o seu novo projeto WOW “é, sem dúvida, o projeto de retalho mais inovador da Europa neste momento”.

Ainda assim, e apesar de o empenho em novas tecnologias no setor estar a crescer, Gimeno considera que as lojas físicas vão continuar a ser muito importantes. “Para as empresas que vêm do mundo físico, com um legado e uma cultura que pesava muito, a integração digital no físico não funcionou. É por isso que penso que temos de falar de ‘phygital’, onde a chave é evoluir, a partir das suas plataformas digitais, a rede de lojas”, explicou ele.

Dimas Gimeno explicou, ainda, o conceito e o sucesso da WOW como uma plataforma experimental ‘filogenética’ que quer acolher as melhores marcas do mundo, desde as provenientes do mundo digital, as chamadas DNVBs, até às marcas estabelecidas que precisam de experimentar e de se ligar a novos tipos de clientes.

“A chave para conceitos como WOW é ir além de ‘filogenia’, trabalhando tanto na ligação física e digital, como na ligação emocional. Para o fazer, precisamos de avançar em oito áreas: clientes, comunidade, conteúdo, curadoria, personalização, conveniência, cultura e circularidade“, concluiu o empresário.

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Iberdrola pode ter de devolver terreno de maior central solar da Europa

  • Capital Verde
  • 17 Junho 2022

A Iberdrola já anunciou que irá recorrer da sentença e considerou que a instalação dispõe de todas as licenças necessárias.

O Tribunal Superior de Justiça da Extremadura, em Espanha, emitiu uma sentença que obriga a energética espanhola Iberdrola a devolver mais de 525 hectares, onde instalou a central fotovoltaica Núñez de Balboa, a um vizinho, considerando que esta extensão de terreno lhe foi expropriada para a respetiva construção.

A notícia, avançada pelo jornal El Mundo, indica que a Iberdrola já anunciou que irá recorrer da sentença, e considerou que a instalação dispõe de todas as licenças necessárias. O entendimento de que os terrenos eram propriedade pública foi validado por várias entidades da administração pública, mas não pela Justiça.

A central em causa é de momento aquela com maior capacidade da Europa, um total de 500 megawatts, capazes de abastecer 250.000 lares, distribuídos por um total de quase 1000 hectares, nos quais se encontra quase 1,5 milhões de painéis fotovoltaicos.

A sentença do dito tribunal considera que a expropriação não foi devidamente justificada, o que dita a nulidade de todo o processo. A advogada do proprietário dos terrenos, Santos Lázaro Arias, considera que desta forma se confirma o “abuso de direito” da parte da Iberdrola.

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ISP desce 1,2 cêntimos no gasolina e 0,4 cêntimos no gasóleo na próxima semana

O Governo vai baixar mais o ISP na próxima segunda-feira: são menos 1,2 cêntimos no gasolina e 0,4 cêntimos no gasóleo.

Na próxima semana, a carga fiscal sobre os combustíveis vai baixar mais 1,2 cêntimos por litro no gasolina e 0,4 cêntimos por litro no gasóleo. O Governo vai reduzir mais o ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos) a partir da próxima segunda-feira ao abrigo do mecanismo semanal de revisão do ISP que visa devolver as receitas acrescidas de IVA que o Estado tem com o aumento do preço do petróleo.

Reduz-se a carga fiscal (ISP+IVA) em 1,2 cêntimos adicionais por litro de gasolina e 0,4 cêntimos adicionais por litro de gasóleo“, revela o comunicado do Ministério das Finanças divulgado esta sexta-feira, referindo que o alívio global da carga fiscal sobre os combustíveis já atinge os 22,2 cêntimos por litro de gasóleo e 26,3 cêntimos por litro de gasolina, “a que acresce a não atualização da taxa de carbono em cerca de 6 cêntimos por litro”.

Com esta descida, o Governo atinge o limite mínimo do ISP do gasóleo definido pela diretiva europeia. No comunicado, o Ministério das Finanças recorda que Portugal já solicitou à Comissão Europeia a suspensão desse limite, “estando em curso a avaliação do pedido pelos serviços” do executivo comunitário.

Esta nova descida do ISP deve-se à “perspetiva da evolução dos preços na próxima semana e as variações dos preços verificados nas duas últimas semanas”.

Porém, este efeito será anulado, no caso do gasóleo, pela subida de quatro cêntimos que o mercado está a antecipar para a próxima segunda-feira, mantendo-se acima dos dois euros (2,064 euros) por litro. Já a gasolina terá uma dupla redução, com a descida do ISP a acumular-se à queda de dois cêntimos prevista pelo mercado, fixando-se nos 2,15 euros (2,11 euros contando com a queda do ISP).

É de notar que estes valores ainda podem sofrer um ajustamento, tendo em conta o fecho das cotações do brent esta sexta-feira e do mercado cambial.

“No âmbito da revisão semanal do mecanismo de atualização do ISP, que assegura a devolução da eventual receita extraordinária do IVA face à perspetiva de evolução dos preços, a situação será reavaliada na próxima sexta-feira, dia 24 de junho“, refere ainda o comunicado do Ministério das Finanças.

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