Imobiliário já espera 1.800 milhões de euros em negócios para 2023
O ano de 2023 ainda agora começou e o setor imobiliário já estima, no mínimo, 1.800 milhões de euros de investimento até dezembro.
Poucos dias depois de o ano ter começado, o setor imobiliário já tem em pipeline 1,8 mil milhões de euros em negócios, anunciou a consultora imobiliária JLL, num encontro com jornalistas esta quinta-feira. No entanto, este montante é “volátil”, uma vez que “pode haver algumas operações que acabem por não acontecer e outras que acabem por surgir”, advertiu Maria Empis, head of Work Dynamics da JLL Portugal.
Depois de 2022 ter encerrado com um volume recorde de cerca de 3,4 mil milhões de euros, para 2023 já se perspetivam, pelo menos, 1,8 mil milhões de euros, de acordo com a JLL. Num inquérito feito pela consultora a 75 investidores imobiliários, conclui-se que “Portugal aparece como um grande refúgio”, sobretudo pela qualidade de vida e por ser “um país cheio de oportunidades”.
Mais de metade dos investidores acredita que o volume de investimento no setor deverá cair até 25% em 2023. Contudo, esta percentagem deve-se à venda dos fundos ECS, que ficou fechada em 2022 por cerca de 850 milhões de euros, representando uma transação excecional. “Se tirarmos isto, os investidores esperam um alinhamento com 2022, porque há muita liquidez no mercado e muita pressão para investir”, nota Maria Empis.
Em termos de yields, a maioria dos investidores espera que estas cresçam em 2023, mas até 50 pontos base. Outra tendência esperada é uma “maior dificuldade no encontro entre o que o comprador quer e o que o vendedor está disponível a pagar”, disse a responsável.
Entre os vários setores do mercado imobiliário, os escritórios deverão captar a maior fatia do investimento, à frente da hotelaria, dos ativos alternativos, da logística e do retalho. Mais de metade dos investidores acredita que os custos de construção poderão manter-se ou até mesmo reduzir.
No mercado residencial, Maria Empis nota que o mercado espera “mais um ano recorde em termos de volume de transação”. Contudo, aqui as opiniões dividem-se entre uma manutenção do investimento ou uma redução de até 20%. A responsável da JLL aponta a “falta de oferta” e a “pressão de se querer comprar e não encontrar a oferta adequada”.
(Notícia atualizada às 11h24 com mais informação)
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