Subsídios nos EUA são “muito atraentes” para construir uma fábrica, diz CEO da Audi
A Audi junta-se agora a outras empresas que admitem uma mudança de estratégia na sequência da Lei de Redução da Inflação criada pela administração norte-americana.
A Audi, que integra o grupo Volkswagen, está a ponderar construir uma fábrica nos Estados Unidos, ao abrigo da Lei de Redução da Inflação de Washington, revelou o CEO da empresa.
Em 2022, a fabricante automóvel vendeu cerca de 190 mil carros nos Estados Unidos, o que representa 11% das vendas totais da empresa. Atualmente ainda não tem nenhuma fábrica em território norte-americano nem é elegível para os incentivos fiscais e subsídios oferecidos pelo programa de redução da inflação para veículos adquiridos e fabricados na América do Norte.
O programa “tornou a construção de uma fábrica de carros elétricos nos Estados Unidos muito atraente”, afirmou Markus Duesmann, CEO da Audi, em entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung e citado pela Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês), sinalizando que a ideia passa por construir uma fábrica conjunta com o grupo Volkswagen.
Nos últimos tempos, várias empresas estão a anunciar novos investimentos nos Estados Unidos à luz lei da Redução da Inflação, que já mereceu uma forte contestação por parte de Bruxelas. É o caso da Stellantis que adiantou na quinta-feira que já estava a trabalhar para localizar o fornecimento de baterias e a construção de veículos elétricos, mas que este programa deu “mais incentivos para acelerar” este passo.
Já a Tesla que tinha começado a produzir baterias na fábrica de Brandenburgo, na Alemanha, revelou que vai reduzir os volumes previstos e priorizar a produção nos Estados Unidos.
O pacote legislativo aprovado pelos Estados Unidos, que ascende a 430 mil milhões de dólares, inclui créditos fiscais e subsídios aos consumidores e empresas dos EUA para investirem em veículos elétricos, turbinas eólicas e hidrogénio verde.
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