Reunião suplementar da próxima semana é “grande oportunidade” do Governo para chegar a acordo, diz Fenprof
Mário Nogueira avisa ainda que a reunião suplementar marcada para a próxima quinta-feira "é a grande oportunidade do Ministério da Educação" para "dar resposta aos problemas" do setor.
O secretário-geral da Fenprof espera uma grande adesão à manifestação de professores deste sábado, apesar de sublinhar que poderá “haver algum cansaço” dado que têm existido vários protestos nos últimos meses. Mário Nogueira avisa ainda que a reunião suplementar marcada para a próxima quinta-feira “é a grande oportunidade do Ministério da Educação” para “dar resposta aos problemas” do setor.
“Está aqui muita gente”, nota o líder da Fenprof, minutos antes de começar a manifestação de professores organizada pela plataforma de nove organizações sindicais, que inclui a Fenprof e a FNE,e que decorre este sábado, em simultâneo, em Lisboa e no Porto. “Estamos a contar que esta manifestação possa ter entre os 10 e os 15 mil professores. Foi esse o nosso cálculo inicial, mas parece-me que estão mais”, acrescentou o responsável, em declarações transmitidas pela RTP3.
Mário Nogueira lembra que este é “terceiro dia de luta seguido”, depois das greves convocadas para quinta e sexta-feira, lembrando ainda que as manifestações foram alteradas para este sábado como forma de protesto pela imposição de serviços mínimos. “Este é um sinal de que apesar de já haver muito tempo de luta e poder haver algum cansaço os professores não estão para desistir“, garantiu.
Questionado pelos jornalistas sobre a reunião suplementar agendada para a próxima quinta-feira, o líder da Fenprof defende que esta “é a grande oportunidade do Ministério da Educação” para “dar respostas aos problemas” dos professores. “Fomos nós que requeremos [a reunião] para haver uma última oportunidade de haver acordo neste processo negocial”, afirma, acrescentando, no entanto, que outras negociações poderão surgir. “Claro que a vida não acaba aqui”.
“Há um conjunto de aspetos em relação ao regime de concursos que tem que ser ainda alterado”, reforça o líder da Fenprof, sinalizando ainda que “o tempo de serviço é para contar” e que as vagas têm que ser eliminadas”. “Enquanto a carreira não for cumprida não vamos ter jovens que queiram ser professores”, sublinha.
A recuperação dos cerca de seis anos e seis meses de tempo de serviço que ainda estão congelados e a eliminação das vagas no acesso aos 5.º e 7.º escalões têm sido duas das grandes reivindicações dos professores. O ministro da Educação tem sublinhado que está disponível discutir estes assuntos em reuniões posteriores, tendo em conta o impacto financeiro e comparabilidade entre carreiras e referindo que a prioridade neste momento é debater o modelo de recrutamento e colocação de docentes.
Contudo, os sindicatos acusam o Executivo de não admitir essa possibilidade nas reuniões à porta fechada. “O Governo às vezes tem uma posição estranha. À comunicação social diz que estão a fazer contas e que há uma janela aberta, mas quando estamos a negociar limita-se a dizer que no programa de Governo não consta isso. Portanto aqui não há jogos nem joguinhos. O que o Ministério tenta fazer é uma “jogatana” por fora do campo e que nós não iremos aceitar”, conclui.
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