Fundo comunitário Angels Way levanta 1,2 milhões para investir em startups
Investidores poderão "participar ativamente" no percurso das startups investidas. Para o arranque, o fundo publicação alteração do patamar mínimo do ticket de investimento.
O fundo comunitário Angels Way angariou 1,2 milhões de euros junto de mais de 500 pequenos investidores para investir em 20 startups portuguesas em fase inicial. Os investidores poderão “participar ativamente” no percurso das startups investidas. Para o arranque, o fundo aguarda publicação da alteração do patamar mínimo do ticket de investimento, nos atuais 50.000 euros, para um valor mais baixo.
“É a maior revolução na democratização de investimentos desde a criação da bolsa de valores”, afirma José Serra, managing partner da Olisipo Way, sociedade de investimento em que está a lançar o projeto, citado em comunicado.
“A maior parte dos investidores da Angels Way são eles próprios fundadores de startups ou pessoas com grande experiência profissional que esperavam uma oportunidade para partilhar o seu conhecimento e ajudar empresas em fase inicial a crescerem o seu negócio, aprendendo também e ganhando com o seu sucesso. Contamos também com muitos investidores experientes que têm curiosidade sobre o funcionamento do fundo e querem ter acesso a mais oportunidades”, conclui, o responsável da Olisipo Way, que investe em startups em fase inicial.
O fundo gerido pela comunidade tem um ticket de entrada de 1.200 euros e o máximo de 12.000 euros, para “permitir um maior número de participantes que se regem por um propósito comum de procurar as melhores startups em fase inicial em Portugal”, refere o fundo em comunicado.
Ao todo serão mais de 500 os pequenos investidores que vão integrar o fundo, cuja fase de arranque ocorreu em janeiro, durante a Bitalk Summit. Os investidores não estão necessariamente ligados ao ecossistema empreendedor, sendo composto por managers, a engenheiros, médicos ou professores que tenham conhecimento em diferentes áreas e verticais.
Uma gestão diferente
O fundo também terá um funcionamento diferente de um fundo habitual. Por norma, os fundos são geridos por profissionais, que levantam dinheiro junto a grandes investidores, gerem os ativos, cobrando, por isso, comissões pelo trabalho que realizam e fees de sucesso pelo crescimento do fundo.
Na Angels Way não haverá intermediação, são os próprios investidores que tomam todas as decisões em conjunto, havendo um grupo de investidores alocado a cada startup investida.
“Acreditamos que o investimento em comunidade é o futuro, essencial para exponenciar startups mais fortes. É uma forma de democratizar investimentos, dar mais apoio e visibilidade a projetos inovadores. Este modelo só é possível por ter sido desenvolvida uma tecnologia avançada que gere todas as interações entre os participantes do fundo, a partilha da informação e a transparência total de todos os processos de decisão”, afirma Tocha, executive partner da Olisipo Way, em comunicado.
O arranque do Angels Way — que já angariou mais de um milhão junto a 500 pequenos investidores interessados — está dependente da publicação da alteração legislativa que permite a redução do montante mínimo de investimento, atualmente de 50 mil euros. O fundo ainda está disponível a novos subscritores.
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