ISEG espera crescimento de 1% a 1,4% em cadeia no arranque do ano
ISEG aponta que crescimento positivo no primeiro trimestre poderá impulsionar evolução económica no conjunto de 2023. Mas alerta para incerteza no resto do ano.
O Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG) antecipa um crescimento em cadeia de 1% a 1,4% no primeiro trimestre deste ano. Se tal se confirmar, será “mais provável” que o crescimento anual em 2023 fique próximo dos 2,2%, uma previsão acima das estimativas do Governo de 1,8%. Ainda assim, é incerta a dinâmica da economia no resto do ano, esperando-se um abrandamento, alerta.
“Tendo por base a informação disponível, que aponta para uma desaceleração do crescimento da Procura Interna mas igualmente para um aumento do contributo positivo da Procura Externa Líquida, estima-se que o crescimento homólogo do PIB no 1.º trimestre de 2023 deverá ter-se situado no intervalo de 1,9% a 2,3% (valor central de 2,1%), a que corresponde um crescimento face ao 4o trimestre de 2022 de 1,0% a 1,4% (valor central de 1,2%)”, lê-se na última Síntese de Conjuntura do ISEG.
São previsões que ficam acima das transmitidas pelo ministro das Finanças no Parlamento esta quinta-feira, de um crescimento de 0,6% no primeiro trimestre. Fernando Medina sinalizou ainda que “os riscos de recessão em 2023 estão afastados”.
Em janeiro, o grupo de análise económica do ISEG tinha antecipado um crescimento anual de entre 1% a 2,2% em 2023. Se a evolução do PIB for a esperada neste arranque do ano, torna-se “mais provável que o crescimento anual em 2023 se venha a situar na banda superior do intervalo de previsão”. Assim, poderá rondar os 2,2%, um número mais otimista do que o inscrito pelo Governo no Programa de Estabilidade, que é de 1,8%.
No entanto, as previsões continuam a enfrentar um ambiente de alta incerteza, sendo que a universidade antecipa também, no resto do ano, uma “desaceleração no contributo positivo da Procura Externa Líquida e um maior crescimento da Procura Interna”.
É de sinalizar que o Ministério das Finanças está a contar com um maior crescimento das exportações para impulsionar o crescimento económico, ainda que o consumo privado ainda surja como o maior “motor” da atividade económica.
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