Preços do petróleo caminham para perda semanal de 6% após quatro semanas a subir
Matéria-prima deverá fechar semana com fortes perdas, depois de os dados económicos dos EUA e o aumento dos stocks de gasolina terem alimentado os receios relativos a uma eventual recessão.
Os preços do petróleo nos mercados internacionais estão a recuar pelo terceiro dia consecutivo, caminhando para fechar a semana com fortes perdas, depois de os dados económicos dos EUA e o aumento dos stocks de gasolina terem reforçado os receios relativos a uma eventual recessão e consequente diminuição da procura global de “ouro negro”.
Pelas 9h05 de Lisboa, o barril de Brent cotado em Londres, que serve de referência às importações nacionais, recua 0,14%, para 80,99 dólares, enquanto o WTI, a negociar em Nova Iorque, perde 0,21%, para 77,22 dólares.
Este desempenho acontece depois de os preços terem caído mais de 2% na sessão anterior, atingindo o nível mais baixo desde 6 de março. O petróleo caminha, assim para uma perda semanal de cerca de 6%, que, a confirmar-se, será a primeira após quatro semanas consecutivas a encarecer.
“O sentimento do mercado permaneceu pessimista, após os fracos dados económicos dos EUA, juntamente com as expectativas de aumentos nas taxas de juros, alimentarem as preocupações relativas a uma recessão que poderia prejudicar a procura por petróleo”, disse Hiroyuki Kikukawa, da NS Trading, uma unidade da Nissan Securities, citado pela Reuters.
“É esperado que o WTI negoceie entre os 75 e os 80 dólares na próxima semana, com os investidores a tentarem avaliar se a procura por gasolina vai aumentar relativamente ao verão e se a procura por petróleo por parte da China vai mesmo subir na segunda metade do ano”, acrescentou o responsável.
Recorde-se que os pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos aumentaram para 245.000 na semana passada, o que indica que o mercado laboral poderá estar a dar sinais de desaceleração, à medida que os aumentos das taxas de juro se consolida, e o que alimenta os receios relativos a uma desaceleração na procura por “ouro negro”.
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