Exportações crescem 18,7% em março, acima das importações
INE destaca os "acréscimos nas exportações e importações de Fornecimento industriais" durante o mês de março. Diminuição de preços reduziu importações de combustíveis.
As exportações aumentaram 18,7% em março, enquanto as importações subiram 9,3%, face ao período homólogo, indicam os dados confirmados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira. Apesar da subida mensal, registou-se um abrandamento das exportações pelo terceiro trimestre consecutivo.
“São de salientar os acréscimos nas exportações e importações de Fornecimento industriais (+19,0% e +12,5%, respetivamente) e a diminuição nas importações de Combustíveis e lubrificantes (-12,7%), neste último caso refletindo a diminuição dos preços”, indica o INE.
Olhando para as exportações, dentro dos fornecimentos industriais destacam-se os produtos químicos para os Estados Unidos “correspondentes, em grande parte, a transações após trabalho por encomenda (sem transferência de propriedade)”. Aumentaram também as exportações de material de transporte (+37,9%).
Espanha mantém-se o principal cliente de Portugal, seguido de França e Alemanha. Mesmo assim, é de destacar o aumento das exportações para os Estados Unidos de 78,5%, em março.
Já nas importações também se compraram produtos químicos, provenientes da Irlanda, novamente na sua maioria transações com vista a trabalho por encomenda. Também aumentaram as importações de material de transporte (+20,5%), com destaque para os automóveis de passageiros provenientes de Espanha.
Os vizinhos espanhóis são, novamente, o principal fornecedor de Portugal, tendo até registado um aumento nas trocas de material de transporte e produtos alimentares e bebidas. Seguem-se a Alemanha e França no pódio dos países a quem Portugal mais compra.
Como as exportações cresceram mais que as importações, o défice da balança comercial diminuiu, em 388 milhões de euros face a março de 2022, para atingir os 2.088 milhões de euros.
Olhando para os dados trimestrais, o INE fez uma ligeira revisão em baixa face à estimativa rápida das exportações, que cresceram afinal 13,2% (face à estimativa de 13,3%). Já as importações foram revistas em alta, tendo aumentado 9,1% e não 8,7% como inicialmente estimado.
Mesmo com um abrandamento, as exportações impulsionaram o crescimento económico no primeiro trimestre. O PIB surpreendeu ao crescer 1,6% em cadeia no primeiro trimestre do ano, um desempenho que vai ajudar também ao resultado para o resto do ano, como nota o FMI, que estima mesmo que na média de 2023 se registe um crescimento de 2,6%.
(Notícia atualizada às 11h30)
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