CEO da Sata diz que há dez entidades que “consultam de forma rotineira” informação da transportadora
Entre os interessados na companhia açoriana estão transportadoras europeias e fundos de private equity. Prazo para as propostas vinculativas foi estendido até 31 de julho.
A CEO da Sata, Teresa Gonçalves, diz estar “otimista” com o processo de privatização da transportadora açoriana, que já atraiu o interesse de 31 companhias europeias e de fundos de private equity. E destas há dez entidades que “consultam de forma rotineira a informação reservada” da empresa, acrescentou ainda à Reuters a gestora.
“Temos uma posição geográfica muito favorável e isso atrai interesse. Estou muito otimista com a privatização”, disse a CEO em declarações à Reuters. Sem revelar quais são as companhias e os fundos que já pediram a consulta do caderno de encargos, Teresa Gonçalves diz apenas que na corrida estão transportadoras europeias, o que “melhora as perspetivas” da venda.
A CEO disse ainda que os dois fatores determinantes para a escolha do investidor são o plano estratégico de negócios e o plano financeiro, e não o preço, tendo em conta que o comprador terá de injetar capital na empresa. Uma das exigências é o reforço da competitividade da companhia nos atuais mercados e apostar em novas rotas, desenvolvendo o hub açoriano.
Inicialmente, o prazo para as ofertas vinculativas terminava a 20 de junho mas, a pedido da Sata, o governo regional dos Açores decidiu estender a data limite para 31 de julho, devido à “grande procura do dossiê por parte de mais de 31 entidades”.
O governo regional dos Açores vai abrir a privados entre 51% e 85% do capital social da Sata Internacional, que opera 19 rotas desde o arquipélago português no meio do Atlântico até ao resto do país, Europa, Estados Unidos, Canadá e Cabo Verde.
A privatização – imposta pela Comissão Europeia como condição ao resgate estatal de 453 milhões de euros em junho de 2022 – foi lançada a 23 de março. Teresa Gonçalves assumiu o cargo de CEO da transportadora no início de abril, com a saída de Luís Gonçalves para a TAP, e depois de, durante três anos, ter ocupado funções como diretora financeira da empresa.
O número de passageiros da companhia aérea aumentou 67% para mais de 1 milhão em 2022 e a receita dobrou para um recorde de 211 milhões de euros, enquanto o prejuízo líquido encolheu 39% para 34,2 milhões de euros.
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