Associação da hotelaria acorda aumento salarial médio de 6,7% com sindicato afeto à UGT
Os 6,7% de aumento médio incluem o aumento do salário mínimo nacional, sendo a subida salarial distinta consoante as categorias profissionais.
A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) disse esta segunda-feira que chegou a acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços (Sitese) para a revisão das tabelas salariais e que implica um aumento salarial médio de 6,7%.
Em comunicado, a AHP disse que o acordo com o sindicato afeto à UGT “acarreta um aumento médio de 6,7%”, sendo o aumento salarial distinto em função das categorias profissionais.
Questionada pela Lusa, a presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, disse que os 6,7% de aumento médio incluem o aumento do salário mínimo nacional (decretado pelo Governo) e que, no Orçamento do Estado de 2023, há incentivos fiscais para empresas com majoração dos gastos relacionados com aumentos salariais (50% em que o aumento seja pelo menos 5,1%) desde que não seja agravado o leque salarial entre a maior e menor remunerações atribuídas aos trabalhadores num determinado ano.
Segundo Cristina Siza Vieira, até à categoria 10 o aumento salarial médio é superior, de 7,8%.
Nos estabelecimentos hoteleiros de grupo C (hotéis de 1, 2 e 3 estrelas) o salário da categoria mais baixo é de 760 euros (valor do salário mínimo nacional), no grupo B (hotéis de 4 estrelas e pousadas) a base salarial passa a 771 e no grupo A (hotéis de cinco estrelas) a 776 euros.
A responsável disse que também se aumentou o valor do prémio de língua (passa de 45 para 47,30 euros por mês) e do subsídio de alimentação (de 107 euros para 214,40 euros mensais).
Cristina Siza Vieira frisou que este Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) abrange todo o território nacional e “realidades muito assimétricas”, pelo que o definido são “mínimos denominadores comuns”.
No comunicado divulgado esta segunda-feira, a associação do setor disse que o acordo para revisão das tabelas salariais e das cláusulas de expressão pecuniária convencionadas no CCT, em vigor desde dezembro de 2021, representa “um sinal significativo para os trabalhadores do setor” e que reflete o seu compromisso “em reconhecer a importância dos trabalhadores da hotelaria no crescimento e sucesso contínuo do setor”. As negociações entre a AHP e o Sitese decorriam desde novembro de 2022.
A AHP sublinha ainda a importância da hotelaria e do turismo na economia portuguesa e diz que os resultados do setor “só são possíveis com as equipas motivadas e a funcionar em pleno”.
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