“Nunca senti que me fosse negada qualquer oportunidade”

  • Trabalho + CIP
  • 22 Junho 2023

Ana Rita Duarte, Diretora de Risco e Compliance na Norfin, é a última convidada do Promova Talks. Apesar de estar num setor tipicamente masculino, a responsável da Norfin nunca se sentiu discriminada.

O tema da igualdade de género é o mote da série “Promova Talks”. Trata-se do espaço de debate do Projeto Promova, uma iniciativa da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, que visa sensibilizar para o tema e alargar o acesso das mulheres a cargos de liderança nas empresas portuguesas.

Ana Rita Duarte, Diretora de Risco e Compliance na Norfin, foi a última convidada da segunda temporada do “Promova Talks”. A “sorte” que foi tendo no seu caminho profissional, o acaso que foi chegar a um setor tipicamente masculino no mercado de trabalho e as mudanças que tem visto a acontecer para que mais mulheres cheguem a cargos de direção foram alguns dos temas abordados na conversa deste 12º episódio. Veja, abaixo, a entrevista completa.

Rita, tem mais de 20 anos de experiência no setor da gestão e consultoria e dedicou os últimos 10 anos ao setor financeiro. O que a motivou a querer fazer parte de um mundo onde o sexo masculino costuma prevalecer?

Eu poderia dizer que tinha tudo planeado e que defini bem a minha carreira, com muitos bem objetivos, mas não foi nada assim. As oportunidades foram aparecendo e eu fui construindo o meu percurso como toda a gente, com altos e baixos, com dúvidas, com medos, com ansiedades, mas superando e fazendo escolhas que construíram aquilo que é hoje a minha carreira. Já tenho experiência em muitos setores e acho que isso também é uma mais valia. E, apesar de depois ter ido parar a um mundo tipicamente masculino, pessoalmente nunca senti que me fosse negada qualquer oportunidade ou que tivesse sido preterida em alguma situação. Se calhar também tive alguma sorte de ter encontrado pessoas que reconheceram em mim algum potencial e que acharam que eu poderia evoluir e ir assumindo cada vez mais desafios.

No website da Norfin são apresentadas as pessoas que fazem parte da equipa e fica evidente que há um número maior de homens (48) do que de mulheres (22) e que são os homens que ocupam os cargos altos da empresa. Por que acha que isto acontece?

É verdade. Efetivamente, as áreas onde a Norfin atua, como fundos de investimento, áreas de construção e desenvolvimento, são áreas tradicionalmente associadas a um perfil masculino, mas nós já estamos a trabalhar para mudar isso. Estamos conscientes, a empresa está consciente, o grupo a que pertencemos está consciente da importância da diversidade e, no último ano, por exemplo, já foram contratadas mais mulheres para cargos de direção em detrimento de homens. E, mesmo ao nível das promoções, no ano passado também mais mulheres foram promovidas a cargos de chefia em comparação com os homens. Nós tentamos ter algum equilíbrio porque sabemos que a diversidade é importante, que a complementaridade de perfis e a heterogeneidade de pensamento também permite criar aqui maior valor para os projetos que nós temos sobre gestão, portanto estamos conscientes e estamos a trabalhar neste sentido.

Acha que a sua participação na 2ª edição do Projeto Promova pode ser uma resposta a esse cenário?

É uma resposta, com toda a certeza. E isso demonstra que a empresa também está consciente da necessidade de fazer algo nesse sentido. Nesta nova edição, eu sei que estão a participar mais duas pessoas, portanto vamos ter mais duas embaixadoras deste projeto com uma nova missão pela frente. O Promova é mais uma das ações que vai promover aqui a possibilidade de mais mulheres evoluírem no sentido de ocuparem cargos de maior liderança e responsabilidade.

Para além do Projeto Promova, que ações a empresa tem levado a cabo para promover a igualdade de género?

Para além do Promova, temos um programa interno de identificação de pessoas de elevado potencial. Posso partilhar aqui que, neste programa de identificação de pessoas de elevado potencial, as mulheres destacam-se e estão em maior número. E, para além disso, temos uma política de diversidade e de inclusão do grupo, que tem como grande objetivo o aumento das mulheres em funções de liderança.

E para a Rita, um ano depois do término da passagem pelo Promova, pode dizer que a participação neste projeto levou a que houvesse um antes e um depois diferentes na sua vida?

Posso dizer que, para mim, o projeto foi muito impactante. Eu fui um bocadinho à descoberta, sem saber bem ao que ia e impactou-me a vários níveis – pessoais, profissionais. Foi muito emocional. Choramos e rimos, tivemos sessões em que partilhamos experiências profissionais e pessoais. Acho que foi muito rico. Mas, se calhar, também tive a sorte de ter um grupo extraordinário e o prazer de ter conhecido mulheres maravilhosas neste caminho, que me ensinaram muito e que vão ficar para a vida. Sei que posso contar com elas porque estão sempre ali. Também acho que me ajudou a validar alguns opções em termos de carreira e verificar que é importante nós mantermos consistência no nosso trabalho, sermos fiéis aos nossos valores e defender aquilo em que acreditamos. E, no fundo, que não estamos sozinhas nesta caminhada. Partilhamos dificuldades, anseios, medos, e isso é muito importante para evoluirmos.

E houve algumas ferramentas que este projeto lhe tenha dado que fizeram a diferença na sua vida profissional?

Sim. Tive algumas ferramentas importantes, como ter uma mentora, que foi bom para mim, para partilhar formas e abordagens, saber como abordar determinados temas, de como gerir conflitos internos, foi muito importante ter essa ajuda e essa colaboração personalizada.

Que mensagem gostaria de deixar às futuras participantes da 4ª edição do Projeto Promova?

Aproveitem ao máximo o momento e a experiência porque passa rápido. Pensem que não estão ali por acaso e que foram selecionadas por algum motivo, que têm um propósito de fazer a mudança, de agitar as águas, de serem um exemplo para outras mulheres e contribuir para este projeto, para que cada vez mais mulheres possam aceder a lugares de topo. Também pensar aqui que este projeto não acaba, é só o início de tudo.

Ouça aqui o episódio:

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O Projeto Promova conta com o apoio da ANA Aeroportos, da EDP, da Randstad e da SONAE.

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Fitness Up estima investir 15,6 milhões de euros em novas aberturas de ginásios este ano

  • Lusa
  • 22 Junho 2023

Segundo a empresa, este ano o Fitness Up já abriu cinco ginásios, destacando que "o ano entra agora em fase de aceleração com a inauguração de mais oito unidades" um pouco por todo o país.

A cadeia de ginásios Fitness Up estima investir, este ano, 15,6 milhões de euros na abertura de 13 ginásios e ultrapassar uma faturação de 45 milhões de euros, segundo um comunicado divulgado esta quinta-feira.

O grupo apresentou ainda previsões para 2024, antecipando um investimento de 19,2 milhões de euros com a abertura de 16 ginásios e uma faturação que pode chegar aos 62 milhões de euros.

Segundo a empresa, este ano o Fitness Up já abriu cinco ginásios, destacando que “o ano entra agora em fase de aceleração com a inauguração de mais oito unidades” um pouco por todo o país.

A empresa destacou que, “com estes números, e após um investimento médio de 1,2 milhões de euros por unidade, a cadeia de ginásios prevê fechar o ano de 2023 com um volume de faturação que ultrapassa os 45 milhões de euros”.

A cadeia de ginásios indicou ainda que, este mês, “ultrapassou os 10 milhões de euros de resultado operacional”, prevendo atingir 18 milhões de euros até ao final do ano.

“Estes são os valores que permitem à empresa a continuação de um crescimento superior a 15 unidades por ano, apenas com recurso a capitais próprios”, garantiu, no comunicado.

Neste momento, o Fitness Up conta com mais de 1.200 colaboradores nos clubes abertos e em fase de pré-venda, sendo que, “em 2024, prevê empregar mais de 2.000 pessoas na totalidade”.

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Fluxo de gás russo que passa pela Ucrânia pode terminar

Segundo o ministro da energia ucraniano, a probabilidade de Kiev e Moscovo concordarem com a renovação do contrato de cinco anos assinado pela primeira vez em 2019 é "pequena".

Uma das últimas artérias transportadoras de gás russo para a Europa pode ser encerrada até ao final do próximo ano. Em causa está o contrato de fornecimento estabelecido entre a Ucrânia e a Gazprom que está prestes a expirar e cuja renovação é pouco provável, conforme revelou German Galushchenko, ministro ucraniano da energia, em entrevista ao Financial Times.

Segundo o ministro, a probabilidade de Kiev e Moscovo concordarem com a renovação do contrato de cinco anos assinado pela primeira vez em 2019 é “pequena”. Esta artéria que passa pela Ucrânia representa quase 5% do total das importações de gás da Europa. Galushchenko adiantou ainda que a Ucrânia está a preparar o seu sistema para lidar com um eventual corte de abastecimento.

Sem esta rota ucraniana, o único gasoduto de entrega de gás russo à Europa é o TurkStream, o qual abastece países do sudeste europeu e que representou um pouco menos de 3% das importações de gás da Europa em maio.

Segundo o ministro ucraniano, os políticos europeus podem querer renegociar o contrato – tal como aconteceu em 2019, quando uma delegação da União Europeia intermediou as negociações trilaterais entre a Rússia e a Ucrânia – contudo, os analistas dizem que isso é “improvável”, tendo em conta a dificuldade nas negociações com Moscovo na sequência da invasão da Ucrânia, refere ainda o FT.

Anteriormente, Mikhail Galuzin, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, já havia dito que a decisão de não estender o acordo de trânsito de gás seria um golpe para a União Europeia, ao mesmo tempo que a Ucrânia “daria um tiro no próprio pé” ao perder os dividendos resultantes.

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BERD e Kiev mobilizam 600 milhões de euros para setor energético

  • Lusa
  • 22 Junho 2023

Desde o início do conflito na Ucrânia que o Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento se comprometeu a disponibilizar três mil milhões de euros em 2022 e 2023 no país.

O Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) anunciou esta quarta-feira “unir as suas forças” com o Governo ucraniano para mobilizar 600 milhões de euros de empréstimos e subvenções de doadores internacionais para a segurança energética do país.

O BERD “assinou hoje três protocolos de acordo com o primeiro-ministro ucraniano Denys Chmygal”, com 200 milhões de euros para o operador nacional Ukrenergo, a mesma soma para a sociedade de gás Naftogaz e um envelope idêntico para o fornecedor de energia hidroelétrica Ukrhydroenergo, segundo um comunicado.

O anúncio foi emitido durante a conferência sobre a reconstrução da Ucrânia que reúne em Londres mais de 60 países, instituições internacionais e o setor privado, com os aliados ocidentais de Kiev a prometerem aumentar a sua ajuda financeira à economia do país.

Após a destruição da barragem de Kakhovka, no rio Dniepre, a Ukrhydroenergo beneficiará de 50 milhões para apoiar a solidez da empresa e 150 milhões para “restabelecer duas centrais hidroelétricas próximas da central nuclear de Zaporijia”, precisa o BERD no comunicado.

O financiamento à Ukrenergo junta-se “a um total de 520 milhões de euros já fornecidos pelo BERD desde a invasão russa“, enquanto as verbas dirigidas à Naftogaz contribuirão para “reconstituir as suas reservas energéticas” após um empréstimo e doações de 500 milhões de euros em 2022.

Desde o início do conflito na Ucrânia que o BERD se comprometeu a disponibilizar três mil milhões de euros em 2022 e 2023 no país, incluindo 1,7 mil milhões dirigidos no ano passado para infraestruturas de energia e transportes.

O Banco também já admitiu que poderá a partir de agora apoiar-se no setor privado para a reconstrução da Ucrânia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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Queixas dos tempos de espera na saúde são piores no privado

  • ECO
  • 22 Junho 2023

No setor público o maior motivo das queixas (16%) prende-se com problemas relacionados com a focalização no utente, enquanto nos hospitais privados prevalecem as questões financeiras (17,5%).

As reclamações quanto aos tempos de espera para atendimento pesam mais nas queixas dos hospitais e consultórios privados (22,47%) do que nas dos hospitais e centros de saúde públicos (12,9%), segundo os dados da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) para o primeiro trimestre do ano, refere o Jornal de Notícias (acesso pago).

No total, de janeiro a março, a ERS recebeu 21.291 reclamações, elogios e comentários, sendo que 15.483 (72,72%) se trataram de queixas em unidades dos setores público, privado e social. O setor público recebeu a maioria das queixas, num total de 8717 (56,3%), tendo sido dirigidas ao privado 6471 (41,8%). As unidades do setor social são menos visadas pelo descontentamento dos utentes, com as reclamações a não chegarem às 300 (1,9%).

No setor público o maior motivo das queixas (16%) prende-se com problemas relacionados com a focalização no utente, enquanto nos hospitais privados prevalecem as questões financeiras (17,5%). No entanto, nos privados sem internamento, os procedimentos administrativos são o motivo da maior parte das queixas (19,4%).

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Prevenção em saúde tem tido pouco investimento em Portugal, segundo a OCDE

  • Lusa
  • 22 Junho 2023

Portugal é o quarto país com o menor gasto 'per capita' em programas de prevenção em saúde e peso do investimento em prevenção nos gastos em saúde está abaixo da média da OCDE, diz relatório.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económica (OCDE) chama a atenção, no último relatório, para o investimento em programas de prevenção em saúde em Portugal, sublinhando o curto financiamento que têm tido ao longo dos anos.

Num relatório sobre o desempenho económico de Portugal perante os atuais desafios globais e domésticos, divulgado na semana passada, a OCDE lembra os programas prioritários da Direção-Geral da Saúde virados para a prevenção e promoção de hábitos de vida saudáveis, mas sublinha que não têm recebido o devido financiamento a médio prazo.

Como exemplo, aponta o Plano de Saúde Mental, datado de 2008, que “nunca foi completamente implementado”.

Diz que antes da pandemia os gastos em programas de prevenção organizados eram baixos e já estavam a cair, mas reconhece que as taxas de vacinação em Portugal são altas e que a campanha de rastreio do cancro de mama atingiu bons valores, apesar do impacto negativo sofrido com as interrupções impostas pela pandemia e das baixas taxas de rastreio do cancro cervical.

Faz alusão à agência para a promoção da saúde que o atual Governo está a preparar e diz que um maior e mais estável financiamento em programas de prevenção deve igualmente ser acompanhado, para se aferir da sua eficácia.

Os dados do relatório mostram que Portugal é o quarto país com o menor gasto ‘per capita’ em programas de prevenção em saúde e que o peso do investimento em prevenção nos gastos em saúde está abaixo da média da OCDE.

O documento lembra que 30% das mortes em Portugal em 2019 podiam ser atribuídas a fatores de risco comportamentais, como o tabaco (12%), riscos dietéticos/alimentares (11%) e consumo de álcool (6%) e baixa atividade física (3%).

Reduzir os riscos comportamentais aumentará os ganhos em saúde, permitirá poupanças significativas a longo prazo e poderá ajudar a reduzir as disparidades sociais“, refere a OCDE, insistindo que o envelhecimento da população e o aumento do risco de doenças crónicas torna o reforço nos cuidados de saúde primários e na prevenção “uma prioridade ainda mais urgente”.

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Fundos de capital de risco mantêm acesso ao visto gold

  • ECO
  • 22 Junho 2023

Investimento direto em imobiliário perde visto gold, que se mantém, ainda assim, para quem comprar unidades de participação em fundos de capital de risco vocacionados para empresas.

Os cidadãos estrangeiros que façam investimentos de mais de 500 mil euros em fundos de capital de risco direcionados para capitalizar empresas poderão manter o benefício das autorizações de residência, os chamados vistos gold, avança o Jornal de Negócios (acesso pago) .

O mesmo se passará para quem criar pelo menos dez empregos ou invista mais de 500 mil euros para criar ou reforçar o capital social de uma sociedade comercial que gere pelo menos cinco empregos ou assegure a manutenção de pelo menos dez.

Esta é uma proposta de alteração do PS em relação ao pacote de medidas para a habitação apresentada pelo Governo, constituindo um recuo face à intenção inicial do Executivo.

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PS, IL e Livre melhoraram contas em 2022

  • ECO
  • 22 Junho 2023

Dos partidos com assento parlamentar, três apresentaram resultados melhores do que em 2021: PS, Iniciativa Liberal e Livre.

Apenas PS, Iniciativa Liberal (IL) e Livre melhoraram as contas no ano passado, enquanto os outros partidos com assento parlamentar tiveram resultados piores do que 2021, avança o Público (acesso condicionado).

Os socialistas passaram de um saldo negativo de 198 mil euros para 1,6 milhões positivos em 2022, enquanto o IL e Livre aumentaram os saldos para 359 mil euros e 79 mil euros, respetivamente.

O PSD teve prejuízos de mais de 300 mil euros, enquanto o PCP baixou o resultado de 1,8 milhões para 49 mil euros e o Bloco de Esquerda teve perdas de 302 mil euros. O Chega também baixou o saldo para 23 mil euros e o PAN registou um resultado de 18 mil.

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Hoje nas notícias: contas dos partidos, vistos gold e rendas

  • ECO
  • 22 Junho 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

PS, Iniciativa Liberal e Livre foram os únicos partidos do Parlamento que melhoraram as contas no ano passado. Investimentos nos fundos de capital de risco continuarão a beneficiar dos vistos gold. As famílias com taxa de esforço acima de 100% estão a ser excluídas do apoio às rendas. Com fecho do Centro de Acolhimento de Emergência em setembro, Câmara de Lisboa quer que Estado ceda espaço central para acolher os sem-abrigo. Os tempos de espera na saúde têm maior prevalência nas reclamações no privado do que no público.

PS, IL e Livre melhoraram contas em 2022

PS, Iniciativa Liberal e Livre melhoraram as contas no ano passado, enquanto os outros partidos com assento parlamentar tiveram resultados piores do que em 2021. Os socialistas passaram de um saldo negativo de 198 mil euros para 1,6 milhões positivos em 2022, enquanto o IL e Livre aumentaram os saldos para 359 mil euros e 79 mil euros, respetivamente. O PSD teve prejuízos de mais de 300 mil euros, enquanto o PCP baixou o resultado de 1,8 milhões para 49 mil euros e o Bloco teve perdas de 302 mil euros. O Chega também baixou o saldo para 23 mil euros e o PAN registou um resultado de 18 mil.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Fundos de capital de risco mantêm acesso ao visto gold

Os cidadãos estrangeiros que façam investimentos de mais de 500 mil euros em fundos de capital de risco direcionados para capitalizar empresas poderão manter o benefício das autorizações de residência, os chamados vistos gold. O mesmo se passará para quem criar pelo menos dez empregos ou invista mais de 500 mil euros para criar ou reforçar o capital social de uma sociedade comercial que gere pelo menos cinco empregos ou mantenha pelo menos dez.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Famílias com taxa de esforço acima de 100% sem apoio à renda

As famílias que apresentam uma taxa de esforço de mais de 100% estão a ser excluídas do apoio à renda, ainda que reúnam todas as condições previstas pela medida. Ainda assim, o Governo assegura que os casos destes inquilinos vão ser avaliados mais tarde, após se analisar as declarações de IRS entregues este ano relativas aos rendimentos de 2022.

Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso livre)

Queixas dos tempos de espera na saúde são piores no privado

As reclamações quanto aos tempos de espera para atendimento pesam mais nas queixas dos hospitais e consultórios privados (22,47%) do que nas dos hospitais e centros de saúde públicos (12,9%), segundo os dados da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) para o primeiro trimestre do ano. No total, de janeiro a março, a ERS recebeu 21.291 reclamações, elogios e comentários, sendo que 15.483 (72,72%) se trataram de queixas em unidades dos setores público, privado e social.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível)

Câmara de Lisboa quer que Estado ceda espaço para acolher os sem-abrigo

A Câmara Municipal de Lisboa está à procura de um espaço central para acolher as pessoas sem-abrigo que se encontram atualmente no Centro de Acolhimento de Emergência (CAE), no Quartel de Santa Bárbara, o qual tem de ser desocupado até ao final de setembro. O executivo em funções (PSD) pretende que o Estado ceda um espaço central, enquanto a oposição defende uma equação mais alargada, considerando que a autarquia está a empurrar as responsabilidades para o Estado. O atual CAE dá resposta a 120 pessoas, mas as suas instalações vão ser utilizadas pelo Governo para a construção de habitações de renda acessível.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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O dia em direto nos mercados e na economia – 22 de junho

  • ECO
  • 22 Junho 2023

Ao longo desta quinta-feira, 22 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Estilista do Porto dá Pão e 18 empregos ao lado de São Bento para faturar um milhão

O estilista Gio Rodrigues investiu 160 mil euros no Pão do Gio e contratou 18 pessoas. O estilista quer "tornar o espaço numa referência no mercado de luxo do país".

Da moda à gastronomia, o estilista Gio Rodrigues acaba de abrir um espaço gastronómico intitulado de Pão do Gio na Baixa do Porto, mais concretamente na Rua da Madeira, que fica ao lado da estação de São Bento. Segundo informações prestadas ao ECO/Local Online, o investimento ascendeu a 160 mil euros, foram contratadas 18 pessoas e é esperada uma faturação de um milhão de euros por ano com este novo projeto.

“O Pão do Gio surge no momento em que a paixão que tenho pela moda e pela culinária cruzam caminhos. Sempre quis criar um projeto assim – diferenciador, elegante e que não perdesse a identidade portuguesa. O espaço, o ambiente e cada detalhe, do menu ao design, foram pensados ao pormenor. O próprio nome surge não só pela minha paixão ao pão, mas também por ser um elemento presente na maioria dos pratos. A excelência que queremos para cada cliente reflete-se nos nossos pratos, preparados com dedicação, criatividade e máxima qualidade”, conta Gio Rodrigues, citado em comunicado.

A carta foi criada pelo chef João Peixoto e apresenta uma oferta bastante diversificada, desde o brunch, as tapas, sem esquecer o bacalhau, as saladas e as açordas. A rabanada e o pão de ló são duas das sobremesas presentes na carta, não fosse este um espaço com identidade portuguesa.

O design do interior foi concebido pelo estilista Gio Rodrigues e a arquitetura tem a autoria de de Nuno Capela. A estrutura de madeira do local foi mantida bem como o ponto de destaque – o arco em pedra natural. O estilista ambiciona “tornar o espaço numa referência no mercado de luxo do país”.

O spot ainda agora abriu as portas, mas já conta com quase 30 mil seguidores no página do Instagram.

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Santarém “longe” de Lisboa? Há aeroportos europeus a mais de 80 km, mas são complementares

  • ECO
  • 22 Junho 2023

João Galamba afirma que Santarém é longe para a localização do novo aeroporto. Há na Europa exemplos de aeroportos que distam mais de 80 km dos centros das cidades, mas como aeroportos complementares.

Santarém é uma das nove localizações em cima da mesa para a construção do novo aeroporto internacional que irá servir a região de Lisboa. Mas, na perspetiva do ministro das Infraestruturas, esta opção fica “longe” da capital. Na comissão parlamentar de Economia, João Galamba reiterou esta visão, dizendo que estava apenas a referir-se apenas a um “facto”: “80 quilómetros é longe de Lisboa“, insistiu.

Uma pesquisa feita pelo ECO mostra que há vários aeroportos que distam mais de 80 quilómetros, por estrada, dos centros das respetivas cidades — só no continente europeu existem nove, mas são aeroportos complementares e não os principais, como se reclama para o novo aeroporto de Santarém. Em parte, devido à proliferação das transportadoras aéreas de baixo custo, como a easyJet ou a Ryanair, que têm como objetivo reduzir os custos operacionais, servindo instalações mais pequenas e mais distantes das capitais. Mas também porque são aeroportos complementares dos hub dos respetivos países.

Na zona de Paris, o Châlons Vatry, localizado em Châlons-en-Champagne, serviu vários anos como base militar. Porém, desde 2000, este aeroporto parisiense dedica-se, sobretudo, ao transporte de mercadoria pesada, daí que seja pouco conhecido, se comparado com os dois grandes aeroportos internacionais que servem a capital francesa: o Charles de Gaulle e o Orly. O aeroporto de Vatry dista cerca de 135 quilómetros de Paris, mas, por estrada, são quase 211 quilómetros, uma distância que leva mais de duas horas de carro.

Não tão distante como o Vatry, mas ainda assim ligeiramente acima da marca de referência dos 80 quilómetros — mais precisamente 83 quilómetros (por estrada) –, existe ainda, na capital francesa, o aeroporto Beauvais-Tillé, maioritariamente usado pela companhia aérea irlandesa de voos low-cost Ryanair. Uma viagem de carro deste aeroporto até ao centro de Paris demora mais de uma hora.

Outro exemplo verifica-se na Alemanha. A cidade de Frankfurt é servida por dois aeroportos. O maior deles é o Frankfurt am Main, que é a placa giratória aérea mais importante do país e dista cerca de 12 quilómetros do centro da cidade. Já o Frankfurt-Hahn, que serve como alternativa e opera principalmente voos de baixo custo, dista cerca de 120 quilómetros, sendo praticamente equidistante do Luxemburgo.

A região da Escandinávia também alberga vários aeroportos que exigem uma longa viagem de carro para chegar à cidade que servem. Só em Estocolmo existem dois: os aeroportos de Skavsta e Västerås, ambos a cerca de 105 quilómetros do centro da capital sueca. Na vizinha Noruega, o aeroporto de Oslo Torp, perto de Sandefjord, fica a quase 120 quilómetros da capital deste país nórdico.

O Reino Unido não tem aeroportos tão distantes. No entanto, há uma exceção que salta à vista. O aeroporto de Oxford, em Londres, fica a cerca de 100 quilómetros da capital britânica, encontrando-se aproximadamente a meio caminho entre a cidade e Birmingham. Note-se, contudo, que Oxford não tem serviço comercial aéreo há vários anos.

No país vizinho, mais propriamente na região da Catalunha, encontramos outros dois exemplos, designadamente os aeroportos de Reus e de Girona, que ficam a mais de 100 quilómetros de distância de Barcelona. E do outro lado do Atlântico, o aeroporto Internacional Stewart, em Nova Iorque, que fica a cerca de 100 quilómetros de Manhattan.

(Nota: Notícia atualizadas às 0830 com mais informação).

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