Dirigente do PS Luís Patrão morreu aos 68 anos
O dirigente nacional do PS Luís Patrão morreu aos 68 anos. Foi chefe de gabinete dos primeiros-ministros António Guterres e José Sócrates, e ainda de Jaime Gama quando era líder parlamentar.
O dirigente nacional do PS Luís Patrão morreu aos 68 anos, disse hoje à Lusa fonte partidária. Luís Patrão foi chefe de gabinete de dois primeiros-ministros, António Guterres e José Sócrates, deputado, secretário de Estado e era atualmente membro da comissão permanente do PS.
Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, era, desde 2014, responsável pela administração e pelas finanças do PS. Foi deputado na II e VIII legislaturas e Secretário de Estado da Administração Interna entre 1999 e 2000.
“Foi ele que modernizou o PS, que transformou a imagem do PS, que o fez um partido moderno“, afirmou ao Público em 2015 o ex-ministro das Obras Públicas, Jorge Coelho, também já falecido, sobre o “homem de quase todos os primeiros-ministros”. Segundo o antigo governante, Luís Patrão era o braço direito de António Guterres “em tudo o que era preciso organizar”.
Low-profile, quase sempre nos bastidores, Luís Patrão, definiu-se assim em declarações ao jornal: “A minha profissão é funcionário público”.
Nascido em 02 de dezembro de 1954, na Covilhã, foi militante e dirigente da Juventude Socialista, e depois do PS, tendo falhado a corrida à liderança da “jota” em 1981.
Foi chefe de gabinete de Jaime Gama, líder parlamentar, e diretor-geral do PS durante a liderança de Sócrates à frente do partido. Após a vitória do PS nas eleições legislativas, em 1995, foi chefe de gabinete de António Guterres e, depois, secretário de Estado da Administração Interna, entre 1999 e 2000, ano em se demitiu devido ao caso Fundação Prevenção e Segurança, envolvendo o então ministro Armando Vara.
Após o regresso do PS ao poder, com maioria absoluta, em 2005, Luís Patrão é, por um ano, chefe de gabinete de José Sócrates. Passou ainda pela presidência do Turismo de Portugal e pertenceu ao conselho de supervisão da TAP.
Em 2014, pouco antes de o PS voltar ao poder, com António Costa, que conheceu nos tempos da JS, Patrão regressa ao Largo do Rato com a pasta das finanças. Era atualmente membro da comissão permanente do partido.
ANA salienta “dedicação” e “valioso contributo”
O Conselho de Administração da ANA Aeroportos de Portugal manifestou hoje o seu profundo pesar pela morte de Luís Patrão, elogiando a sua dedicação e valioso contributo para a empresa enquanto vogal.
“O Dr. Luís Patrão foi sempre um elemento extremamente dedicado e cujo valioso contributo para a empresa nunca será esquecido”, lê-se na mensagem enviada à Lusa, na qual são apresentadas, também, as condolências à família e aos amigos.
Da sua terra natal, a Covilhã, chegou também uma mensagem da Câmara Municipal, que acrescentou ao “profundo pesar” e às sentidas condolências do presidente da autarquia, Vítor Pereira, o elogio a um “covilhanense ilustre que defendeu os interesses e pugnou pelo desenvolvimento da Covilhã”.
(notícia atualizada às 16h50 com reação da ANA e da Câmara Municipal da Covilhã)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Dirigente do PS Luís Patrão morreu aos 68 anos
{{ noCommentsLabel }}