JMJ: O primeiro dia do Papa Francisco em nove frases
No dia e que aterrou em Lisboa, o Papa Francisco fez duas intervenções pública. Recorde as principais frases.
O Papa Francisco criticou, na primeira intervenção no Centro Cultural de Belém, as “leis sofisticadas da eutanásia”. Ao lado do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e tendo na assistência o primeiro-ministro, António Costa, e outros ministros do seu Governo, o chefe de Estado do Vaticano considerou que a vida humana está colocada “em risco por derivas utilitaristas que a usam e descartam”.
Mais tarde, no Mosteiro dos Jerónimos, o Papa Francisco considerou que a Igreja portuguesa deve ser um porto seguro para quem enfrenta as tempestades da vida e onde deve haver lugar para todos. Perante bispos, sacerdotes e outros membros da Igreja Católica, defendeu ainda que as vítimas de abusos devem ser sempre acolhidas e escutadas, e reconheceu existir desilusão e raiva à instituição, devido aos escândalos.
Após esta intervenção, o Papa reuniu-se com um grupo de 13 vítimas de abusos na Igreja portugueses, na Nunciatura Apostólica em Lisboa. Recorde nove frases que marcaram o primeiro dia do Papa em Lisboa:
- “Na verdade, o mundo tem necessidade da Europa, da Europa verdadeira. Precisa do seu papel de construtora de pontes e de pacificadora no Leste europeu, no Mediterrâneo, na África e no Médio Oriente.”
- “Para onde navegas [Europa] se não ofereces percursos de paz, vias inovadoras para acabar com a guerra na Ucrânia e com tantos conflitos que ensanguentam o mundo? E ainda alargando o campo: que rota segues, Ocidente?”
- “Para onde navegais, Europa e Ocidente, com o descarte dos idosos, os muros de arame farpado, as mortandades no mar e os berços vazios? Para onde ides se, perante o tormento de viver, voz limitais a oferecer remédios rápidos e errados como o fácil acesso à morte, solução cómoda que parece doce, mas na realidade é mais amarga que as águas do mar?”
- “No mundo evoluído de hoje, paradoxalmente, tornou-se prioritário defender a vida humana, posta em risco por derivas utilitaristas que a usam e descartam”.
- “[O cansaço] trata-se de um sentimento bastante difundido nos países de antiga tradição cristã, atravessados por muitas mudanças sociais e culturais e cada vez mais marcados pelo secularismo e pela indiferença para com Deus, por um progressivo afastamento da prática da fé. Isto vê-se com frequência, acentuado pela desilusão e aversão que alguns nutrem face à igreja, devido às vezes ao nosso mau testemunho e aos escândalos que desfiguraram o seu rosto e que nos chamam a uma humilde e constante purificação, partindo do grito de sofrimento das vítimas que sempre se devem acolher e escutar”.
- “Como jovens que aqui vêm de todo o Mundo para desafiar as ondas gigantes da Nazaré, façamo-nos ao largo também nós sem medo.”
- “Que a igreja não seja uma alfândega para selecionar quem entra ou não. Todos. Cada um com a sua vida, com os seus pecados, como está diante de Deus, como está diante da vida. Todos, todos. Não coloquemos alfândegas na Igreja. Todos.”
- “[À Igreja cabe a tarefa] de levar o acolhimento do Evangelho a uma sociedade multicultural; levar a proximidade do Pai às situações de precariedade e pobreza, que crescem sobretudo entre os jovens.”
- “Queremos sonhar a Igreja portuguesa como um ‘porto seguro’ para quem enfrenta as travessias, os naufrágios e as tempestades da vida”.
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