Médicos classificam proposta do Governo de “aberrante”
A Federação Nacional dos Médicos diz que a proposta do Ministério da Saúde "aberrante" e afirma que não está capaz de salvar nem a carreira médica nem o SNS. Apelam ainda a uma audiência com Marcelo.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) considerou a proposta do Ministério da Saúde “aberrante” e afirma que não está capaz de salvar nem a carreira médica nem o Sistema Nacional de Saúde (SNS). Esta tomada de posição surge após a quinta reunião extraordinária depois de 15 meses de negociações.
“A proposta do Ministério da Saúde, além das insuficiências e das irracionalidades que já se conheciam relativamente às tabelas salariais, à inconstitucionalidade do aumento do limite das horas extraordinárias e por vincular o aumento salarial à economia no exercício da profissão, condiciona de forma imoral o ato médico a critérios economicistas”, lê-se no comunicado enviado às redações.
A FNAM sublinha que a proposta de aumento salarial vai continuar a deixar os médicos, em Portugal, entre os mais mal pagos da Europa, “congelados há 12 anos desde a intervenção da troika”.
“O argumento financeiro é uma mistificação. O valor global de um aumento salarial justo é compensado pelo valor que se poupará nos cuidados que estão a ser enviados para o setor privado e no pagamento a prestadores de serviço, além da mais-valia coletiva que significa ter um país dotado de um SNS pleno de capacidades técnicas e humanas”, garante a FNAM.
O sindicato lamenta ainda que a proposta do Governo continue sem dar respostas à reivindicação dos médicos internos, que “continuam sem ver o seu empenho reconhecido ao não serem integrados no primeiro grau da carreira médica”. Assim, a FNAM entregou esta quinta-feira uma proposta para concretizar a inclusão do internato na carreira médica e apelam a uma audiência com Marcelo Rebelo de Sousa.
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