Salário médio sobe 2,4% em termos reais no segundo trimestre
É a "segunda vez consecutiva em que são registados aumentos reais nas remunerações desde novembro de 2021", assinala o INE. Salários no privado registaram maiores subidas reais do que no público.
O salário bruto médio mensal subiu 2,4% em termos reais no segundo trimestre, tendo a sua componente regular aumentado 2,7%, à boleia da desaceleração da inflação. É a “segunda vez consecutiva em que são registados aumentos reais nas remunerações desde novembro de 2021”, destaca o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira. Resultados abrangem 4,6 milhões de postos de trabalho, mais 4,1% do que há um ano. Salários subiram mais no privado do que no público.
Em termos nominais, a remuneração bruta total mensal média por trabalhador aumentou 6,7%, para 1.539 euros no período de referência e em termos homólogos. A componente regular e a componente base daquela remuneração subiram 6,8% e 7,2%, situando-se em 1.215 euros e 1.144 euros, respetivamente.
“Em termos reais, tendo por referência a variação do Índice de Preços do Consumidor, a remuneração bruta total mensal média aumentou 2,4%, assim como a sua componente regular, enquanto a componente base aumentou 2,7%”, concretiza o gabinete de estatísticas.
Face ao primeiro trimestre do ano, “assistiu-se a uma forte desaceleração dos preços (de 8,0% para 4,4%) e a uma menor desaceleração das remunerações (de 7,8% para 6,7%, no caso das remunerações totais)”, destaca o INE.
Salários aumentam mais no privado
Na administração pública, no segundo trimestre o salário médio total por trabalhador subiu para 2.328 euros, mais 6,4% do que os 2.188 euros de há um ano. Já as componentes regular subiram 6,2%, para 1.689 euros, e a base registou uma subida de 6,5%, para 1.596 euros. Mas em termos reais — apesar da desaceleração da inflação — as subidas não foram tão significativas: com a remuneração total a subir 2,2%, a regular 1,8% e a base 2,1%, respetivamente.
No setor privado, “as remunerações aumentaram de forma mais expressiva”, tanto ao nível nominal, como real.
Em termos nominais, em junho, face ao ano anterior, o salário médio total subiu 7,5%, para 1.387 euros, tendo a componente regular aumentado o mesmo valor percentual, para 1.124 euros, com a base a assinalar uma subida de 7,9%, para 1.057 euros. Mas, em termos reais, as subidas foram de 3,1% na total e na regular e 3,4% na base, revela o INE.
Por setores, em termos nominais, os maiores aumentos da remuneração bruta total mensal média ocorreram nas “Atividades administrativas e dos serviços de apoio” (9,2%), nas empresas de 1 a 4 trabalhadores (7,7%), no setor privado (7,5%) e nas empresas de “Serviços de mercado com forte intensidade de conhecimento” (9,3%).
As subidas menos expressivas, em termos homólogos, ocorreram nas empresas com 100 a 249 trabalhadores (5,3%), na Administração Pública (6,4%) e nas empresas de “Serviços financeiros com forte intensidade de conhecimento” (3,6%).
“A remuneração bruta total mensal média teve uma variação homóloga negativa nas atividades de “Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio” (0,2%).
Tendo por referência a inflação, a “maioria” das atividades teve “variações reais positivas da remuneração total”, com destaque para as “Atividades administrativas e dos serviços de apoio” (4,7%) e para as “Atividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais” (4,7%), refere o INE.
“Três secções registaram variações reais negativas da remuneração total, a maior das quais nas atividades de “Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio” (4,3%)”, pode ler-se no boletim.
(Última atualização às 12h33)
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