Clima económico diminui em agosto. Atividade abranda no verão

A atividade económica aumentou "de forma menos intensa em junho face ao mês anterior", diz o INE. Indústria e serviços pesam.

O clima económico em Portugal diminuiu em agosto, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira, com base em inquéritos qualitativos às empresas. Já os indicadores de curto prazo para a atividade económica na perspetiva da produção mostram uma diminuição na indústria, uma desaceleração nos serviços e uma aceleração na construção, em junho.

O mês de agosto está assim a trazer uma diminuição do indicador de clima económico, que tinha estabilizado em julho. Já no que diz respeito à atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, “aumentou, em termos homólogos, nos primeiros seis meses do ano, de forma menos intensa em junho face ao mês anterior”.

A indústria é um dos setores onde mais se sente o abrandamento, sendo que o índice de Produção Industrial caiu 3,7% em junho, face ao período homólogo. “No segundo trimestre de 2023, o índice agregado diminuiu 5,2%, após ter aumentado 0,9% no trimestre anterior”, acrescenta o INE, sendo que em termos nominais, o índice de volume de negócios na indústria diminuiu 7,8% em junho.

Já o índice de volume de negócios nos serviços, que inclui comércio a retalho, abrandou para 6,5% em junho, número que compara com uma variação homóloga de 7,1% no mês anterior. O resultado mais animador é o do índice de produção na construção, que acelerou para uma variação homóloga de 6,5% em junho, após ter aumentado 5,2% no mês precedente.

Outro indicador positivo para a construção são as vendas de cimento produzido em território nacional (não ajustadas de efeitos de sazonalidade e de dias úteis), já disponíveis para julho, que “aumentaram em termos homólogos nos últimos quatro meses, acelerando significativamente em julho”.

No mês de junho, segundo os dados mais recentes que o INE divulga, o indicador quantitativo de consumo privado acelerou, depois de ter desacelerado nos dois meses anteriores.

O gabinete de estatísticas destaca ainda, nesta síntese da conjuntura económica, a trajetória descendente de preços. Na produção industrial, o índice de preços “apresenta um perfil descendente ininterrupto desde julho de 2022, registando nos últimos quatro meses taxas de variação homóloga negativas (o que não acontecia desde fevereiro de 2021), atingindo -6,7% em julho, um novo mínimo da série”, indicam.

(Notícia atualizada às 11h40)

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