Marques Mendes admite candidatura presidencial “se houver utilidade para o país”
Marques Mendes admitiu uma candidatura presidencial "se houver utilidade para o país" e "um mínimo de condições para avançar", rejeitando ter qualquer decisão neste momento ou acordo com Montenegro.
O ex-presidente do PSD Luís Marques Mendes admitiu, pela primeira vez, uma candidatura presidencial “se houver utilidade para o país” e “um mínimo de condições para avançar”, mas rejeitou ter qualquer decisão neste momento ou acordo com o líder social-democrata Luís Montenegro.
No seu comentário televisivo na SIC, Mendes foi questionado sobre o significado político da sua presença na Festa do Pontal, a rentrée do PSD a meio de agosto no Algarve, e se tal estaria relacionado com um eventual acordo para um apoio de Luís Montenegro a uma candidatura sua a Belém. “Nunca na minha vida falei com Luís Montenegro sobre eleições presidenciais, não há nada a falar, não há qualquer acordo”, assegurou Marques Mendes, dizendo que, neste momento, “não há nem decisão nem sequer inclinação”.
No entanto, o antigo presidente do PSD quis acrescentar as condições para tomar ou não essa decisão no futuro. “Se eu um dia achar que com uma candidatura à Presidência da República posso ser útil ao país — é isso que conta -, se vir que tem alguma utilidade para o país uma candidatura minha e um mínimo de condições para se concretizar, sou franco, tomarei essa decisão, independentemente de acordo ou não acordo”, afirmou.
O antigo líder parlamentar frisou que se trata de “uma decisão livre, pessoal e individual”. “Insisto: se houver utilidade para o país e um mínimo de condições, se não houver estes requisitos não haverá decisão nenhuma e também está tudo bem”, disse, considerando que “é uma decisão muito pesada” e salientando faltar “uma eternidade” para as presidenciais de janeiro de 2026.
Luís Marques Mendes, 65 anos, é advogado e comentador televisivo, foi ministro adjunto de Cavaco Silva e ministro dos Assuntos Parlamentares no Governo de Durão Barroso. Foi eleito presidente do PSD em abril de 2005, reeleito nas diretas que introduziu no partido em 2006 e sucedido em 2007 por Luís Filipe Menezes.
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