Cabaz de alimentos com IVA zero atinge preço mais baixo desde início da medida
"IVA zero" já fez descer custo de 41 alimentos em 10%. Só na última semana, cabaz dos produtos isentos de imposto ficou quase 2,5 euros mais barato.
O preço dos bens alimentares sujeitos à isenção de IVA caiu 9,73% desde que a medida entrou em vigor no mês de abril. Esta quarta-feira, 6 de setembro, a DECO Proteste calcula que o custo total dos mais de 40 produtos que compõem este cabaz atingiu o seu valor mais baixo, fixado em 125,27 euros.
Significa isto que 41 dos 46 alimentos que fazem parte do cabaz custam agora menos 13,50 euros do que custavam em 17 de abril, véspera da entrada em vigor do “IVA zero”, quando o preço global era de 138,77 euros.
Dos 63 produtos monitorizados pela associação portuguesa de defesa do consumidor, 41 estão isentos de IVA desde 18 de abril, o que inclui alimentos como peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, leite, queijo ou manteiga.
O peixe foi a categoria de alimentos que mais beneficiou com a medida do Governo: de 34,87 euros passaram a custar 26,95 euros, o que equivale a uma descida de 22,72% (ou seja, menos 7,92 euros). Seguem-se os congelados, cujo preço baixou 13,94% (menos 50 cêntimos), custando agora 3,09 euros.
Nos produtos de mercearia, o preço baixou 2,38 euros (-10,67%) desde a isenção do IVA, para 19,92 euros, enquanto os laticínios tiveram uma redução de 9,88% (ou 1,39 euros) e custam, atualmente, 12,70 euros. A queda do preço da carne foi de 3,80% até 6 de setembro, tendo agora um peso de cerca de 39,33 euros na carteira dos portugueses. Por fim, as frutas e legumes tiveram o recuo de preço mais baixo (menos 25 cêntimos, ou seja, -1,09%) e custam 23,28 euros.
Não obstante, vários alimentos aumentaram de preço entre a véspera da entrada em vigor do “IVA zero” e esta quarta-feira, com destaque para os brócolos, que dispararam 44% (ou 1,06 euros), passando de 2,41 euros para 3,47 euros. Com uma variação positiva de 40%, a laranja custa, atualmente, 1,92 euros, mais 55 cêntimos do que a 17 de abril. Em sentido inverso, o preço do porco lombo sem osso e o novilho de carne para cozer decresceram 2% cada um, ou 14 cêntimos, nos mais de quatro meses em que vigora a medida.
Preço do cabaz desce quase 2% numa semana
Entre 30 de agosto e 6 de setembro, o preço do cabaz de bens alimentares considerados essenciais passou a custar menos 2,47 euros do que nos sete dias anteriores. Trata-se de um decréscimo de 1,93%, de acordo com os cálculos da DECO Proteste, depois de uma semana em que tinha descido apenas 22 cêntimos.
Na variação semanal, o tomate chucha foi o produto cujo preço mais subiu: de 1,92 euros em 30 de agosto, este tipo de tomate custava 2,37 euros nesta quarta-feira, mais 45 cêntimos que equivalem a um aumento de 23%. Seguem-se os brócolos (+12%); a cenoura (+7%); o atum posta em óleo vegetal (+6%); o novilho carne para cozer (+5%); e o frango inteiro, a batata vermelha, a alface frisada, as ervilhas ultracongeladas e a curgete, com crescimentos de 4% cada um face a 30 de agosto.
Já o preço do cabaz com IVA normal – que engloba 63 produtos, alguns dos quais sujeitos à isenção de imposto – caiu 0,98%, ou 2,07 euros, face à semana anterior, passando de 211,93 euros para 209,86 euros. Porém, comparando com o mês de fevereiro do ano passado, este cabaz está agora 14,28% mais caro, tendo o preço aumentado 26,23 euros.
Fora do cabaz de produtos sujeitos ao “IVA zero”, destacam-se também os aumentos de preço nos cereais de trigo, arroz e aveia integrais (+14%), no café torrado moído (+12%), nos douradinhos de peixe (+6%) e no fiambre perna extra (+5%) em relação a 30 de agosto.
(Notícia atualizada às 19h30)
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