Entradas irregulares de migrantes na UE atingiram novos máximos em agosto

  • Lusa
  • 14 Setembro 2023

O número de imigrantes irregulares detetados somou 232.350, também um novo máximo desde 2016, e mais 18% do que o mesmo período de 2022.

As travessias irregulares das fronteiras externas da União Europeia (UE) tiveram um aumento homólogo de 39% em agosto para as 56.900, um novo máximo desde fevereiro de 2016, segundo dados divulgados esta quinta-feira pela Frontex.

No acumulado entre janeiro e agosto, o número de imigrantes irregulares detetados somou 232.350, também um novo máximo desde 2016, e mais 18% do que o mesmo período de 2022.

De acordo com os dados divulgados pela Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira, a rota do Mediterrâneo Central (por mar, para Itália) representaram quase metade do total da UE: 11.265 nos primeiros oito meses do ano (mais 96%) e 25.142 apenas em agosto, sendo usada maioritariamente por nacionais da Costa do Marfim, Egito e República da Guiné.

A rota dos Balcãs Ocidentais foi usada, em agosto, por 21.768 pessoas (70.548 entre janeiro e agosto, um recuo homólogo de 19%), na sua maioria sírios, afegãos e turcos. A do Mediterrâneo Oriental (Grécia, nomeadamente) é a terceira rota mais usada, com 24.094 travessias em oito meses (-14%) e 6.210 em agosto., utilizadas por sírios, afegãos e palestinianos.

Através do Mediterrâneo Ocidental (para Espanha, por mar) passaram 9.447 migrantes entre janeiro e agosto (mais 14%) e 2022 só neste último mês, vindos de Marrocos, Argélia e Síria. A Frontex, citando números da Organização Internacional das Migrações, reitera a perigosidade das travessias por mar onde, só este ano, morreram pelo menos 2.325 pessoas, na sua vasta maioria no Mediterrâneo Central.

 

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