“O pior da inflação subjacente já passou”, defende vice-presidente do BCE
Luís Guindos, vice-presidente do BCE, reforça que o ciclo de subidas das taxas de juro já terá chegado ao fim, notando que a política seguida está a provocar uma moderação da inflação "core".
Na semana passada, o Banco Central Europeu (BCE) aumentou pela décima vez consecutiva as taxa de referência para um nível histórico, com mais uma subida de 25 pontos base.
Contudo, a autoridade monetária da Zona Euro liderada por Christine Lagarde sinalizou que o ciclo de subidas do preço do dinheiro terá chegado ao fim, sublinhando que o nível atual de taxas de juro será suficiente para trazer a taxa de inflação até à meta dos 2%.
“O Conselho do BCE considera que as taxas de juro diretoras atingiram os níveis que – se forem mantidos durante um período suficientemente longo – darão um contributo substancial para o retorno atempado da inflação ao objetivo”, referiu o BCE em comunicado.
Esta segunda-feira foi a vez de Luis Guindos, vice-presidente do BCE, reforçar esta ideia ao anunciar que “o pior da inflação subjacente já passou”. Além disso, no seguimento da sua intervenção num evento organizado pela federação de empresários catalães Foment del Treball, sublinhou ainda que “partes da inflação subjacente estão a moderar”.
Recorde-se que a inflação subjacente ou inflação core, que exclui os preços dos bens mais voláteis, como a energia e dos alimentos não-processados, tem mostrado uma resiliência maior do que o índice harmonizado de preços no consumidor (HICP), apresentando uma taxa homóloga de 6,6% em julho. No mesmo mês, o HICP apresentava uma taxa homóloga de 5,3%.
Apesar de confiante na política seguida pelo BCE, Guindos ressalva que “a subida dos preços dos bens energéticos adiciona incerteza”.
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