Porque é que os salários não crescem? Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”
Estamos a viver mais, mas também a trabalhar durante mais tempo. Os portugueses trabalham em média 38,4 anos, valor que dá título ao podcast do ECO sobre o que está a moldar o mercado de trabalho.
Mesmo com a “geração mais qualificada de sempre” no mercado de trabalho e com o país aberto à Europa, os salários praticados por cá continuam a comparar mal com a média comunitária. Afinal, porque é que os ordenados não crescem tanto quanto o desejável? Neste terceiro episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, Acílio Gala, chair da Vistage Portugal, junta-se a nós para analisar esta questão. Ouça o episódio no leitor acima ou aqui.
“O diagnóstico é o mais simples. Os salários não crescem porque a economia não cresce e a produtividade é débil“, sublinha o responsável.
No último ano, o salário por hora médio na União Europeia foi de 22,9 euros. Na Zona Euro foi de 25,5 euros. E em Portugal? Em comparação, por cá, o salário por hora médio foi de 13 euros. Quase menos 11 euros por hora do que na União Europeia.
Em comparação, em Espanha o salário médio ronda os 17,5 euros. Em França, fica pouco abaixo dos 28 euros. E na Noruega, que ocupa o topo dessa tabela, ultrapassa os 45 euros.
Ainda assim, é importante realçar que os salários portugueses têm subido nos últimos anos. Se em 2022 o salário por hora médio foi de 13 euros, há dez anos, em 2012, estava em 10,7 euros.
O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.
Estamos a viver mais, mas, à boleia, também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?
Neste mês de outubro, vamos explorar essa questão do ponto de vista dos salários.
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