Medina alerta para impacto do alargamento da UE no acesso de Portugal a fundos comunitários
O ministro das Finanças defende que o país terá de "começar a preparar o futuro do país pós-alargamento da UE", que terá impactos para Portugal.
O ministro das Finanças alerta para o impacto do alargamento da União Europeia (UE) para Portugal, nomeadamente no que diz respeito ao acesso a fundos comunitários. Fernando Medina diz que o país “não tem refletido de forma suficiente e aprofundada perante este processo”, na intervenção no congresso da Ordem dos Economistas.
O governante defende que é necessário “começar a preparar o futuro do país pós-alargamento da UE”, destacando para isso o fundo de investimento pós-2026, depois do Plano de Recuperação e Resiliência, criado neste Orçamento do Estado — no qual será aplicado o saldo orçamental positivo deste ano. O fundo será dotado com uma verba inicial de 2.000 milhões de euros, que corresponde ao excedente orçamental de 0,8% do PIB com que vai fechar o ano.
Medina destaca que este processo de alargamento vai “concretizar-se num prazo mais curto” do que o normal, notando que “irá alterar o mapa da UE”. “O alargamento a leste reforçará a inclinação a leste, mas também do ponto de vista de instrumentos de governação e financeiros ao nível da UE”, nota.
Neste contexto, o “impacto direto estimado do alargamento fará com que Portugal altere a sua posição entre os países que beneficiam significativamente de fundos de coesão”.
Por outro lado, Portugal passará também a estar mais perto dos países mais ricos. É que, advertiu o governante, “o alargamento do ponto de vista quantitativo de população é muito significativo”, mas têm “na generalidade, rendimentos bastante abaixo da média da UE”.
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