Airbus “aterra” na fábrica de Santo Tirso com nova injeção de sete milhões e 250 empregos
Multinacional do setor da aviação faz aumento de capital de sete milhões de euros na Airbus Atlantic Portugal para expandir a unidade industrial de Santo Tirso, que já emprega mais de 250 pessoas.
A gigante Airbus Atlantic avançou com um aumento de capital no valor de sete milhões de euros na empresa que detém em Portugal, de acordo com os documentos consultados pelo ECO. Na fábrica de Santo Tirso, especializada na montagem de fuselagem metálica, emprega mais de 250 pessoas e produz peças para as famílias Airbus A320 e A350.
A subsidiária do grupo francês do setor aeronáutico, fabricante de aeroestruturas e assentos para pilotos e passageiros, confirma ao ECO que com esta injeção de capital, oficializada em outubro e subscrita pela sócia única Airbus Atlantic SAS, “pretende continuar a sua expansão, consolidando a presença em Santo Tirso e dando resposta ao potencial de desenvolvimento da atividade em Portugal”.
“A Airbus Atlantic está a cumprir com o plano delineado e com os compromissos que tem definidos para Portugal. Desde o início da operação no país já foram criados mais de 250 postos de trabalho altamente qualificados e o objetivo é continuar a recrutar em 2024, de forma a acompanhar o aumento de produção previsto”, detalha fonte oficial da empresa. Criada em janeiro de 2022, juntando as unidades da Airbus em Nantes e Montoir-de-Bretagne com a Stelia Aerospace, soma 13 mil funcionários em cinco países (França, Canadá, Marrocos, Tunísia e Portugal) e fatura mais de 3,5 mil milhões de euros por ano.
Desde o início da operação no país já foram criados mais de 250 postos de trabalho altamente qualificados e o objetivo é continuar a recrutar em 2024, de forma a acompanhar o aumento de produção previsto.
Foi em setembro do ano passado que a Airbus Atlantic inaugurou oficialmente as instalações na Zona Industrial da Ermida, que ocupam uma área de 20 mil metros quadrados e que representaram um investimento próximo dos 40 milhões de euros neste concelho do Vale do Ave. Tem atualmente várias posições por preencher, incluindo as de administrador financeiro (CFO), inspetor de qualidade, técnico de manutenção e operador de montagem de estruturas aeronáuticas.
Em junho, a empresa anunciou que estava a recrutar para atingir um “objetivo a médio prazo” de acrescentar 250 postos de trabalho altamente qualificados aos 170 que tinha nessa altura. Na segunda metade do ano abriu cinco cursos de formação com a duração total de quatro meses — três no Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica (CENFIM) e o último na fábrica. Aos cerca de 20 formandos de cada curso prometeu uma bolsa mensal de 720 euros e contrato sem termo caso fossem bem-sucedidos.
Há pouco mais de um ano, o CEO da Airbus Atlantic, Cédric Gautier, já dizia estar “muito confiante” no aumento do investimento no país. Recorrendo à “experiência” em Marrocos, Tunísia e Canadá, em que os montantes aplicados “foram, pelo menos, duplicados face ao inicialmente previsto”, apontou Portugal como “um bom candidato” a recebê-los, notando que a empresa já o antecipava quando em 2020 comprou um terreno que “corresponde à duplicação do investimento” realizado.
Serviços partilhados dão 850 empregos em Lisboa e Coimbra
Além desta unidade de montagem em Santo Tirso, a Airbus tem também um centro de serviços partilhados em Portugal, que emprega atualmente mais de 850 pessoas, de acordo com os dados oficiais fornecidos ao ECO. Está instalado no Parque das Nações (Lisboa) e tem um escritório satélite em Coimbra, onde já trabalham também 50 pessoas.
Da área das finanças aos recursos humanos, passando pelas compras ou pela área jurídica, a Airbus Global Business Services (Airbus GBS), uma operação iniciada em julho de 2021 e liderada por Charles Huguet, dá suporte a 16 funções diferentes nas operações globais, apoiando as divisões Airbus Commercial Aircraft, Airbus Helicopters e Airbus Defence & Space.
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