Seis contradições entre a chefe de gabinete e o ex-adjunto de Galamba

A chefe de gabinete aproveitou a sua audição para contrariar várias afirmações do ex-adjunto de Galamba, como os acontecimentos no ministério ou a reunião preparatória da ex-CEO da TAP.

A chefe de gabinete de João Galamba contrariou durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito a versão deixada horas antes pelo ex-adjunto Frederico Pinheiro sobre vários temas. Garantiu que o ministério não quis ocultar ou travar o envio das notas de Frederico Pinheiro ou mesmo que estas indicassem uma combinação de perguntas antes da ida da CEO da TAP ao Parlamento.

Quem agrediu quem?

Frederico Pinheiro disse na sua audição que foi agredido e manietado por quatro pessoas e sequestrado no ministério no dia 26 de abril em que tentou ir buscar o seu computador de trabalho. “Não agredi ninguém, libertei-me em legítima defesa e chamei a polícia”, afirmou.

Já Eugénia Correia defendeu que “quando se está perante um roubo tenta-se que a pessoa não concretize esse ato”. É assim que justifica a tentativa de retirar o computador ao ex-adjunto do ministério.

A chefe de gabinete disse que nunca tocou em Frederico Pinheiro, tentando apenas tirar-lhe a mochila, e que foi este que a agrediu e a mais três elementos do gabinete que tentaram também recuperar o computador. “O Dr. Frederico Pinheiro foi instruído por mim para não levar o computador. O computador é do Estado e não o podia levar”, disse.

Questionada sobre quem pediu para que as portas do ministério fossem trancadas, disse não saber porque não perguntou. Referiu apenas que foi um elemento do gabinete. Afirmou, no entanto, que teria dado a mesma indicação.

Notas foram omitidas ou não?

Outro tema em que os relatos não coincidem é sobre a tentativa de omitir à CPI as notas tiradas por Fernando Pinheiro em duas reuniões preparatórias da ex-CEO da TAP, antes de comparecer numa audição na comissão de Economia, a 18 de janeiro, sobre a indemnização à antiga administradora Alexandra Reis. Uma primeira reunião em que esteve o ministro das Infraestruturas, a 16 de janeiro, e outra no dia seguinte com o Grupo Parlamentar do PS.

O ex-adjunto disse aos deputados que lhe foi referido que as notas, por serem informais não teriam relevância. Frederico Pinheiro disse que quando o seu nome foi incluído num comunicado de 6 de abril do ministério, receou ser chamado à CPI. Razão porque pediu para que as notas fossem incluídas. Defendeu que houve uma tentativa do ministério para omitir as notas à CPI e que foi a sua vontade em divulgá-las que levou à sua exoneração pelo ministro a 26 de abril.

Eugénia Correia diz que convocou uma reunião para o dia 5 de abril para abordar as notícias sobre a reunião preparatória da CEO como o grupo parlamentar do PS antes da audição no parlamento a 18 de janeiro. Além da própria, participaram Frederico Pinheiro, Cátia Rosas, a técnica que faz ligação à AR, a assessora de comunicação Rita Penela e Marco Rebelo, chefe de gabinete em substituição. “Não esteve o ministro ao contrário do que disse Frederico Pinheiro” na sua audição.

“Essa reunião destinou-se a levantar documentação para entrega à CPI.” Frederico Pinheiro disse “insistentemente que não havia notas”. “Não se lembra do que aconteceu, não tem notas e não se lembra de pessoas que estiveram presentes”, relatou, sublinhando existirem quatro testemunhas. Só a 24 de julho o ex-adjunto referiu a existência das notas, garantiu. Disse também que as mesmas só foram remetidas 28 horas depois de serem pedidas, em papel e não num ficheiro informático que permitisse verificar a data, como pedido.

“As notas foram remetidas após um pedido de prorrogação de prazo nunca havendo a intenção de esconder notas, que até 24 de abril nem eu própria nem o senhor ministro sabia existirem”, concluiu.

As ameaças de João Galamba ao ex-adjunto

Frederico Pinheiro relatou que em duas conversas telefónicas o ministro dirigiu-se a ele de forma imprópria, nomeadamente quando o exonerou. “O senhor ministro das Infraestruturas ameaçou-me fisicamente” disse, referindo que Galamba ameaçou dar-lhe dois murros.

O telefonema com a exoneração foi feito às 20h45 do dia 26 de abril e Eugénia Correia estava no carro com João Galamba, de regresso do aeroporto, após uma viagem de trabalho a Singapura. “Ouvi o senhor ministro falar tranquilamente com o senhor Frederico Pinheiro e não acompanhei a totalidade da conversa porque ia também ao telefone”, afirmou aos deputados. Disse que o ministro tinha dito anteriormente que iria promover a exoneração.

“Trabalho com o senhor ministro há cinco anos e nunca testemunhei atos de violência [do ministro João Galamba] contra ninguém”, disse mais tarde.

Quem pediu a reunião preparatória da ex-CEO?

Frederico Pinheiro afirmou que a reunião entre a CEO e o ministro João Galamba a 16 de janeiro foi pedida pelo ministro, que nela transmitiu orientações a Christine Ourmière-Widener. Uma reunião que o ministério inicialmente omitiu ter existido.

Eugénia Correia leu uma mensagem enviada para si pelo antigo adjunto, datada de 13 de janeiro, em que Frederico Pinheiro diz que a CEO pediu uma reunião de preparação da audição, solicitando autorização para que fosse agendada para 16 de janeiro às 8h45. A chefe de gabinete respondeu “sim pode”.

“A mensagem é clara. É a senhora CEO que quer ir falar. Se quer ir falar não vejo que constitua problema ou que o facto de querer ir lá falar implique que tivesse de receber indicações sobre perguntas. É normal que, querendo ir lá falar, o ministro quisesse focar a situação económica da TAP. Isso não implica combinações e instruções”, disse.

“O que as notas da reunião de 16 de janeiro demonstram é que ouve uma preparação da audição com a participação do senhor ministro das infraestruturas”, relatou Frederico Pinheiro. “As notas que eu tenho de 17 de janeiro com o Grupo Parlamentar do PS mostram que o deputado Carlos Pereira disse as perguntas que iria fazer na audição e que a senhora CEO disse as respostas que daria”, acrescentou.

O apagão no WhatsApp de Frederico Pinheiro

Na sua audição, Frederico Pinheiro afirmou que Eugénia Correia pediu uma intervenção no seu telefone de serviço, que levou a que tenha “sido apagado todo o registo de conversas no WhatsApp” que tinha no aparelho, anteriores àquele dia.

O telemóvel foi solicitado com o argumento de tentar recuperar mensagens trocadas entre Frederico Pinheiro e a ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, que tinha no seu aparelho ativada a opção de apagar as mensagens de WhatsApp após cinco dias.

Eugénia Correia confirmou que solicitou as mensagens trocadas por Frederico Pinheiro com a CEO sobre reunião preparatória da audição no Parlamento. “O Dr. Frederico Pinheiro como sempre não se lembrava de nada e não tinha nada”, relatou. “Podes verificar se há mensagens e telefonemas dessa data”, perguntou. “Foi-me transmitido que as mensagens só estavam disponíveis durante um certo período de tempo”. Pediu então ao informático do ministério se havia forma de recuperar mensagens. Foi-lhe transmitido que havia um programa para essa finalidade.

“Quem instalou o programa e cumpriu as orientações dadas pelo técnico foi ele próprio. Não foi ninguém a não ser o Dr. Frederico a mexer no telefone de acordo com indicações do técnico, acabando por apagar tudo”, disse Eugénia Correia, acrescentando existirem várias testemunhas. “O intuito não era perder mensagens. Era recuperar uma mensagem em que a CEO tivesse transmitido a vontade de estar numa reunião com o grupo parlamentar do PS”.

Durante a audição, Paulo Rios Oliveira perguntou “qual a motivação de Frederico Pinheiro para estourar com vida pessoal e profissional e inventar que tinha notas?” “Tem de lhe fazer essa pergunta”, respondeu Eugénia Correia.

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Cabaz de bens essenciais 11 euros mais barato desde entrada em vigor do IVA zero

A manteiga com sal e o arroz agulha foram os produtos que registaram uma maior correção do preço, enquanto o preço do iogurte líquido foi aquele que mais disparou, cerca de 14%.

Entre o dia antes da entrada em vigor do IVA zero e a passada quarta-feira, 17 de maio, o preço do cabaz de bens essenciais de um conjunto 41 produtos alimentares abrangidos por esta medida encolheu 10,96 euros. O cabaz passou de custar 138,77 euros para custar 127,81 euros, o que representa uma descida de 7,9%, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).

Em causa está a monitorização de 41 dos 46 alimentos – que incluem peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, leite, queijo ou manteiga – que, desde 18 de abril, passaram a estar isentos de IVA, na sequência do acordo tripartido entre Governo, distribuição e produção.

A manteiga com sal e o arroz agulha foram os produtos que registaram uma maior correção do preço desde a entrada em vigor do IVA zero, contabilizando quedas de 2% e 1%, respetivamente. Por outro lado, neste mesmo período, a maior subida continua a verificar-se no iogurte líquido, cujo preço disparou 14%, seguido do pão de forma sem côdea (7%) e do atum posta em óleo vegetal e dos brócolos (ambos com aumentos de preços na ordem dos 6%).

Já em termos de categorias de produtos, o peixe foi a categoria que mais beneficiou com a entrada em vigor do IVA zero, tendo uma cesta destes produtos recuado 15,98% (menos 5,57 euros) para 29,30 euros.

Seguem-se os congelados, cujo preço caiu 6,92% (menos 25 cêntimos) para 3,34 euros; a fruta e legumes, que recuou 6,85% (menos 1,58 euros) para 21,45 euros; a carne, cuja cesta baixou 5,71% (menos 2,33 euros) para 38,56 euros; a mercearia, que cedeu 4,25% (menos 95 cêntimos) para 21,35 euros; e, finalmente, os laticínios, cujo preço caiu 1,98% (menos 28 cêntimos) para 13,82 euros.

Preço do cabaz cai 2,55 euros na última semana

No que toca especificamente à última semana (entre 10 e 17 de maio), o cabaz IVA zero ficou 2,55 euros mais barato (1,96%), passando de 130,36 euros para 127,81 euros.

O carapau foi o produto cujo preço mais aumentou na última semana, tendo disparado 15% (mais 62 cêntimos), seguido do peru perna (9%, ou mais 36 cêntimos), do pão de forma sem côdea (8%, mais 16 cêntimos) e da massa esparguete e da laranja (ambas com 5%, ou 6 cêntimos de aumento).

Já as ervilhas ultracongeladas, a massa espiral, a cebola e o óleo alimentar registaram aumentos de 3%, o que se traduz em preços 11 cêntimos, 4 cêntimos, 5 cêntimos e 7 cêntimos, respetivamente, mais elevados.

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Plano de Reestruturação da TAP não existia no arquivo do ministério das Infraestruturas

A chefe de gabinete de João Galamba revelou que documentos importantes da TAP, como o plano de reestruturação, só existiam no computador do ex-adjunto, Frederico Pinheiro.

A chefe de gabinete do ministro das Infraestruturas afirmou esta quarta-feira na comissão parlamentar de inquérito (CPI) que documentos financeiros da TAP, incluindo o plano de reestruturação aprovado por Bruxelas, não existiam em arquivo no ministério. Eugénia Correia revelou que a informação estava apenas no computador do ex-adjunto, Frederico Pinheiro.

A responsável pelo gabinete de João Galamba afirmou aos deputados que os documentos enviados à comissão parlamentar de inquérito “foram extraídos do computador de Frederico Pinheiro, porque não constavam do arquivo do Ministério das Infraestruturas”. Entre esses documentos estava o plano de reestruturação da TAP, aprovado por Bruxelas.

Na sua audição, também esta quarta-feira, Frederico Pinheiro referira que existem cópias do plano de reestruturação em vários computadores, no ministério das Finanças, na Comissão Europeia e na própria TAP.

A chefe de gabinete remeteu a responsabilidade pela inexistência dos documentos no arquivo do ministério para os responsáveis anteriores pela pasta, sem os nomear. Até 3 de janeiro o ministro era Pedro Nuno Santos e a chefe de gabinete era Maria Antónia Barbosa de Araújo.

Desde 4 de janeiro todo os documentos estão no arquivo. Têm ofício de entrada e saída. Antes de 4 de janeiro não sei. Não estando no arquivo do gabinete será certamente muito mais difícil o controlo dessa informação”, disse, tendo-lhe colocado dificuldade na compilação dos documentos para remeter à CPI.

Eugénia Correia afirmou que ao contrário do que Frederico Pinheiro afirmou na sua audição, não foi ele que fez a lista dos documentos para serem classificados e depois enviados à CPI. Questionada por Paulo Rios Oliveira, do PSD, a responsável disse que “os documentos para exercer as normais competências deste gabinete, se não estão neste gabinete, estarão noutros ministérios que também tutelam a TAP ou na própria TAP“.

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CIP apresentou iniciativa ‘Pacto Social’ ao Presidente da República

  • Lusa
  • 17 Maio 2023

A iniciativa ‘Pacto Social’ com a sociedade portuguesa reforça o papel das empresas como fator de mudança e inovação, para a criação de novas oportunidades para Portugal, aumentar a riqueza.

A nova direção da CIP – Confederação Empresarial de Portugal apresentou esta quarta-feira ao Presidente da República a iniciativa ‘Pacto Social’ com a sociedade portuguesa, que reforça “o papel das empresas como fator de mudança e inovação”.

Marcelo Rebelo de Sousa recebeu a nova direção da CIP, que apresentou cumprimentos de cortesia e a iniciativa de um “Pacto Social” com a sociedade portuguesa, pode ler-se numa nota divulgada na página oficial na Internet da presidência.

A iniciativa ‘Pacto Social’ com a sociedade portuguesa reforça o papel das empresas como fator de mudança e inovação, para a criação de novas oportunidades para Portugal, aumentar a riqueza, elevar os salários e os rendimentos das famílias, refere ainda a mesma nota.

O novo presidente da CIP, Armindo Monteiro, defendeu em abril, durante a cerimónia da sua tomada de posse, que Portugal precisa de uma “agenda de mudança”. Armindo Monteiro considerou que Portugal precisa de “convergência, consolidação e crescimento” para responder aos “reais problemas” que enfrenta, sublinhando não ser possível continuar a ver os empresários e os trabalhadores como estando em “lados opostos da barricada”.

Armindo Monteiro, que já era vice-presidente da CIP, foi eleito presidente da confederação patronal em 30 de março, com 87% dos votos, na “maior participação de sempre” para a eleição dos órgãos sociais da confederação, segundo um comunicado então divulgado. Até agora, a CIP era presidida por António Saraiva, que liderou a confederação durante 13 anos.

O novo presidente da CIP é licenciado em gestão de empresas e é, desde 2010, presidente do Grupo Levon, que desenvolve a sua atividade nas áreas de engenharia e construção, ambiente e serviços, IT, ‘advertising’ e gestão imobiliária.

Foi também acionista e presidente da empresa Softline, entre 1994 e 2010, e do Grupo COMPTA, entre 2007 e 2019, tendo liderado a ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários e a ANETIE – Associação Nacional das Empresas das Tecnologias de Informação e Eletrónica.

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal representa 150 mil empresas, que empregam 1,8 milhões de trabalhadores e têm um volume de negócios que representa 71% do PIB nacional, segundo um comunicado. A confederação intergra o Conselho Económico e Social (CES) e a Comissão Permanente de Concertação Social.

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Chefe de gabinete de Galamba assume iniciativa do contacto com o SIS. Ministro não teve “conhecimento prévio”

Eugénia Correia, chefe de gabinete de João Galamba, afirmou que a iniciativa de contactar o SIS foi feita "sem prévio conhecimento do ministro das Infraestruturas".

Eugénia Correia, chefe de gabinete do ministro das Infraestruturas, disse na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP esta quarta-feira que foi ela que tomou a iniciativa de alertar o SIS para o “roubo” do computador de trabalho, que pertence ao ministério.

“Cumprindo as orientações que recebi, pedi uma chamada para o SIRP [Sistema de Informações da República Portuguesa]. Depois de ter pedido chamada para o SIRP, recebi chamada do SIS [Serviços de Informação e Segurança”] “, contou Eugénia Correia aos deputados da CPI.

“Reportei que tinha sido levado um computador no qual estavam documentos classificados, com informação muito relevante sobre uma empresa estratégica para o país [a TAP], por um adjunto previamente exonerado”, acrescentou.

Bernardo Blanco, deputado da IL, perguntou quem tinha dado essa orientação. A chefe de gabinete explicou que as orientações lhe foram transmitidas anteriormente pelo SIRP, pelo facto de “trabalhar numa área em que estão infraestruturas críticas pata o país”. O mesmo aconteceu quando era chefe de gabinete do João Galamba no tempo em que era secretário de Estado da Energia, disse.

“As indicações que recebi são genéricas. Nessa noite cumpri com indicações recebidas”, afirmou, acrescentando que recebeu “indicações de como proceder em situações de eventual risco”.

Eugénia Correia justificou o contacto prévio feito para a secretaria-geral da Presidência do Conselho de Ministros com o facto de precisar do contacto do SIRP e o seu secretariado estar àquela hora já em casa, na noite do dia 26 de abril, o mesmo em que o ex-adjunto Frederico Pinheiro se dirigiu ao ministério para ir buscar o computador, já depois de ter sido exonerado telefonicamente pelo ministro. Foi a sua secretária que ligou a pedir o contacto telefónico do SIRP.

Eugénia Correia explicou também o motivo para ter recorrido aos serviços de informação. “Quando se torna claro pela conversa que tive com o senhor direto do CEGER [serviços informáticos] que não seria possível bloquear por completo o funcionamento do computador [levado por Francisco Pinheiro] agi no cumprimento das instruções que me foram confiadas como chefe de gabinete”.

Pedro Filipe Soares quis saber se João Galamba deu indicação para ser contactado o SIS. “Reporte foi feito sem prévio conhecimento do ministro das Infraestruturas”, garantiu Eugénia Correia. “Cabe aos chefes de gabinete tratar destas situações. Têm essa indicação de reporte. Nao sei se os senhores ministros têm”.

Bernardo Blanco questionou também se relatou ao SIS as agressões e violência que acontecera no ministério. “Cingi-me à informação essencial: o facto de fora do ministério estar informação financeira sobre uma empresa estratégica para o país”. Os contactos com os serviços de informação “foram feitos nos minutos seguintes à saída de Frederico Pinheiro do edifício”, precisou.

O Público noticiou que, no âmbito das audições à atuação do SIS que se realizam à porta fechada, foi uma adjunta do gabinete de Galamba que ligou para a Presidência do Conselho de Ministros (PCM) a reportar o roubo de um computador com matéria classificada. O secretário-geral da PCM ligou para o gabinete da secretária-geral do SIRP. Porém, Graça Mira Gomes estava incontactável, tal como o diretor do SIS, Neiva da Cruz.

É contactado, em alternativa, o subdiretor do SIS, que, por fim, telefona à chefe de gabinete de Galamba. Perante a confirmação de que havia informação confidencial em risco, o subdiretor do SIS decide atuar no sentido de ser contactado Frederico Pinheiro para ser recuperado o computador.

João Galamba disse numa conferência de imprensa a 29 de abril, que foi o seu ministério que relatou factos ao SIS e à PJ por recomendação da ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro. Esta última disse ontem numa audição no Parlamento que apenas contactou a PJ, uma vez que não tem competências em relação ao SIS.

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Reciclagem deve ser acelerada na Europa, diz Agência Europeia do Ambiente

  • Lusa
  • 17 Maio 2023

Em 2021 cerca de 11,7% de todos os materiais utilizados na UE provinham de resíduos reciclados, contra 8,3% em 2004.

A reciclagem deve ser acelerada na Europa, onde os progressos nesta área são muito lentos, alertou esta quarta-feira a Agência Europeia do Ambiente (AEA) num relatório. No documento, a AEA lembra que o plano de ação para a economia circular da União Europeia (UE) visa duplicar a percentagem de materiais reciclados na sua economia em 2030.

Mas também refere no relatório, intitulado “How far is Europe from reaching its ambition to double the circular use of materials?” (“A que distância está a Europa de atingir a sua ambição de duplicar a utilização circular de materiais?”), que em 2021 cerca de 11,7% de todos os materiais utilizados na UE provinham de resíduos reciclados, contra 8,3% em 2004.

A avaliação da AEA, publicada no Dia Internacional da Reciclagem, mostra que o ritmo de progressos deve ser acelerado, exigindo mais reciclagem e menos utilização global de recursos. O aumento da reciclagem, assinala a AEA, tem de ser complementado com a redução de entradas de materiais novos. A aproximação aos objetivos da UE podia ser alcançada, diz a agência, aumentando a taxa de reciclagem de todos os resíduos tratados, dos atuais 40% para 70%, diminuindo a entrada global de nova matérias-primas em 15% e reduzindo a quantidade de resíduos fósseis utilizados em 34%.

A AEA diz que deve ser dada especial atenção aos minerais não metálicos, como os materiais de construção, uma vez que estes representam cerca de metade de todos os materiais utilizados na UE.

A AEA salienta que a prevenção de resíduos é uma das principais estratégias para alcançar uma economia circular, uma vez que pode reduzir a utilização de recursos, maximizar a vida útil dos produtos e materiais e promover a procura de produtos mais sustentáveis. No entanto, nota a agência, continua a ser difícil estabelecer uma ligação entre as políticas de prevenção de resíduos e a produção de resíduos na UE.

Para assinalar o Dia da Reciclagem, a EGF, empresa de tratamento e valorização de resíduos, apresentou uma iniciativa de visitas virtuais (na sua página na internet) às diferentes unidades de tratamento e valorização de resíduos urbanos. E as entidades gestoras Novo Verde (de resíduos de embalagens) e ERP Portugal (de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos) divulgaram 10 curiosidades sobre boas práticas de reciclagem.

Lembraram, por exemplo, que as lâmpadas podem e devem ser recicladas, porque materiais como mercúrio, fósforo, metais ferrosos, não ferrosos e vidro podem ser recuperados; ou que equipamentos como calculadoras ou varinhas mágicas também têm plástico que pode ter uma nova vida; ou ainda que os micro-ondas e os monitores têm componentes como o cobre, que pode ser transformado em tubos para canalizações.

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Colaboradores da Ikea dão a cara contra a discriminação LGBT+

Estereótipos, microagressões, exclusão, mas também superação, aceitação e otimismo, dentro e fora do ambiente de trabalho, são situações que a marca quer pôr em destaque através dos testemunhos.

Os colaboradores são os protagonistas da campanha “Juntos contra a discriminação LGBT+” lançada pela Ikea no âmbito do Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia (IDAHOTB), e que assinala a 17 de maio.

Estereótipos, microagressões, exclusão, mas também superação, aceitação e otimismo, dentro e fora do ambiente de trabalho, são situações que a marca quer pôr em destaque, na campanha que conta com o testemunho de 11 colaboradores (10 membros da comunidade LGBT+ e uma aliada).

Em simultâneo, e pelo terceiro ano consecutivo, as lojas Ikea em Portugal, juntamente com os centros comerciais Mar Shopping e as instalações da Ikea Industry em Paços de Ferreira hasteiam a “Progress Flag”, símbolo da defesa de direitos LGBT+.

“Têm existido avanços importantes no que aos direitos da comunidade LGBT+ diz respeito. Mas o caminho ainda é longo. Continuamos a ver demasiadas pessoas excluídas e marginalizadas por serem parte de uma minoria, seja ela qual for, e acreditamos que é nossa responsabilidade ter um papel na mudança deste paradigma“, afirma Cláudia Domingues, diretora de comunicação da Ikea Portugal, citada em comunicado.

“Na Ikea, vamos continuar a ser uma voz ativa e um aliado na defesa dos direitos da comunidade LGBT+, e queremos que este trabalho se reflita interna e externamente. Ler estes testemunhos de colegas nossos, e perceber as barreiras que tiveram e têm de derrubar todos os dias, são uma inspiração para nós. Esperemos que com esta campanha se tornem uma inspiração para muitos mais”, prossegue a responsável.

Para além de presente nos espaços da marca, a campanha tem paid media, ativação com influenciadores, redes sociais e restantes plataformas da marca.

A Adagietto está a trabalhar a parte de assessoria mediática da iniciativa e a MediaCom o planeamento de meios. A WayNext é a responsável pela produção de material gráfico para o online e a NEI trabalhou a ativação com influenciadores. O conceito criativo foi desenvolvido pela Ikea global, mas a campanha foi totalmente localizada e adaptada ao mercado português, explica a marca ao +M.

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Relações económicas entre Portugal e Angola estão “longe de cumprir o potencial”, diz Gomes Cravinho

  • Lusa
  • 17 Maio 2023

"Tal como acontece em todos os bons casamentos, devemos estar sempre atentos e disponíveis para aprender e aprofundar. É esse o caminho que devemos trilhar juntos", afirmou João Gomes Cravinho.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, afirmou esta quarta-feira que, apesar de “intensas”, as relações económicas entre Portugal e Angola estão “ainda longe de cumprir o potencial” e que os dois países devem “trilhar” esse caminho juntos.

Temos relações económicas que são intensas, apesar de estarem ainda longe de cumprir o seu potencial. Quando falamos de relações sólidas, referimo-nos a relações permanentes, bem ancoradas em sentimentos de proximidade e a consciência de já termos vivido muito juntos. Conhecemo-nos, mas tal como acontece em todos os bons casamentos, devemos estar sempre atentos e disponíveis para aprender e aprofundar. É esse o caminho que devemos trilhar juntos”, afirmou João Gomes Cravinho, na sessão de encerramento do Fórum Económico Portugal-Angola, que decorreu esta quarta no Porto.

À margem do fórum, o ministro afirmou aos jornalistas que as relações entre os dois países “são muito sólidas”, mas que “falta cumprir o imenso potencial”, lembrando que a economia angolana está, neste momento, “em transformação”, assim como a portuguesa, sobretudo ao nível das exportações. “Com a economia angolana em transformação este é um momento extremamente oportuno para se fazer o ponto de situação, perceber o que se está a mudar e quais as novas oportunidades”, referiu.

João Gomes Cravinho destacou que o fórum realizado no Porto permitiu aos empresários portugueses compreenderem as “perspetivas” que existem nos próximos anos em Angola, assim como a “abertura de oportunidades em novos setores”.

“Creio que [essa abertura] torna Angola um caso muito interessante para a atenção das empresas portuguesas”, referiu, destacando setores como a agricultura, as energias renováveis, farmacêutica, têxtil e calçado. “Há uma panóplia de áreas, algumas já muito conhecidas, mas outras por explorar”, notou João Gomes Cravinho, que em junho irá acompanhar o primeiro-ministro, António Costa, numa visita a Luanda para assinar o novo pacote de cooperação estratégica.

Antes da intervenção do ministro, foram abordados os instrumentos financeiros de apoio ao investimento num debate que contou com a presença do secretário de Estado do Tesouro e Finanças de Angola, Ottoniel Santos, da presidente do Banco Português de Fomento, Celeste Hagaton, da diretora do Departamento de Cooperação e Relações Internacionais (GPEARI-MF), Ana Barreto, e do administrador executivo do Banco Caixa Geral Angola (BCGA), Francisco Oliveira.

Segundo o secretário de Estado do Tesouro e Finanças de Angola, o Governo angolano está neste momento a “priorizar” os projetos a realizar no âmbito da linha de crédito garantida pelo Estado português, sendo que o objetivo do executivo é “flexibilizar os requisitos no acesso à linha”.

“Estamos a entrar no processo de normalização, trabalhando de forma alinhada para que estes projetos possam começar a conhecer as devidas desmobilizações”, referiu, notando que desde a assinatura do acordo já foram aprovados projetos no valor de 500 milhões de dólares (cerca de 461 milhões de euros).

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CUF projeta hospital na Covilhã num investimento superior a 40 milhões de euros

  • Lusa
  • 17 Maio 2023

A rede de unidades de saúde CUF pretende abrir na Covilhã "o primeiro hospital privado da região", informou a autarquia, adiantando que se trata de um investimento superior a 40 milhões de euros

“Foi aprovado pela autarquia o pedido de informação prévia (PIP) para a edificação de uma nova unidade de saúde na Covilhã, que irá acolher um hospital da rede CUF”, avança esta quarta-feira a autarquia.

Segundo o município, “o projeto nasceu no âmbito de uma parceria entre a Forumlar, proprietária do futuro edifício, a Edivisa, do Grupo Visabeira, responsável pela construção do hospital, e contou com o apoio da autarquia da Covilhã”.

Os mais de 40 milhões de euros de investimento previsto incluem a construção do imóvel, na zona baixa da cidade, junto ao Complexo Desportivo da Covilhã, num terreno de nove mil metros quadrados, cedido em 2021 pelo município, e a aquisição do equipamento.

Sobre o número de postos de trabalho a criar, a autarquia aponta “um número de profissionais muito significativo“.

Os projetos de arquitetura e de especialidades encontram-se “em fase de conclusão”. A cerimónia pública para dar a conhecer os pormenores do projeto, e valências que contempla, está prevista para setembro.

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Fidelidade patrocina Nos Alive e Vodafone Paredes de Coura

  • ECO Seguros
  • 17 Maio 2023

A Fidelidade volta a marcar presença nos festivais de verão deste ano, enquanto seguradora oficial do Nos Alive e do Vodafone Paredes de Coura.

“Acreditando que a música não tem idade e une várias gerações, a presença da Fidelidade nestes festivais permite reforçar a sua estratégia de inovação e de aproximação ao público mais jovem, focando-se em tema como a promoção da poupança, literacia financeira e uma longevidade mais sustentável“, informa a Fidelidade em comunicado.

À semelhança de anos anteriores, a Fidelidade vai contar com um stand próprio, no qual vai proporcionar atividades para promover o contacto direto com o público, embaixadores da marca e clientes.

Sob o tema ‘My Savings’, a aplicação digital desenvolvida pela Fidelidade vai ainda permitir que os utilizadores definam objetivos de poupança e investimento.

Noutra aposta digital, a Fidelidade vai desenvolver uma campanha de ativação da marca nas redes sociais ao longo dos dias dos festivais, para partilhar com toda a comunidade os momentos e as experiências vividas no Nos Alive e no Vodafone Paredes de Coura, assim como promover passatempos.

“A Fidelidade é uma marca que procura continuamente inovar e ao mesmo tempo estar próxima das pessoas. Os festivais de verão são por excelência eventos de elevada afluência e prestígio, onde os vários públicos e gerações se cruzam – porque a música não escolhe idades – e permitem-nos partilhar com os nossos clientes, colaboradores, parceiros e público em geral, os valores e posicionamento da marca, proporcionando uma experiência única de interação entre todos”, justifica Sérgio Carvalho, diretor de marketing e clientes da Fidelidade.

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Sporting SAD constituída arguida

  • ECO
  • 17 Maio 2023

A SAD do Sporting confirmou, em comunicado, a "realização de buscas" da Autoridade Tributária aos seus escritórios.

A SAD do Sporting confirmou ter sido constituída arguida esta quarta-feira, após a realização de buscas aos seus escritórios pela Autoridade Tributária (AT). Em causa está uma operação que também envolveu buscas às instalações do Benfica e do Porto, no âmbito de um esquema de fraude envolvendo transferências de jogadores de futebol.

“A Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD confirma a realização de buscas aos seus escritórios por parte da Autoridade Tributária”, lê-se no comunicado enviado às redações, no qual confirma também que “foi constituída arguida no âmbito do mesmo processo, que incide sobre diversos contratos e transferências de jogadores de futebol, ocorridos no período compreendido entre 2015 e 2017“.

A SAD do clube de Alvalade diz-se “convicta” que o processo “não terá impactos relevantes” para a sociedade desportiva, visto que “a sua atividade, e em particular as transferências e contratos de jogadores, é auditada pelas entidades competentes, no estrito cumprimento da lei”.

Na manhã desta quarta-feira, a AT confirmou as buscas, por suspeitas de fraude e fraude qualificada, envolvendo 67 mandados de busca, três dos quais a SAD e 28 a escritórios de advogados, empresas de contabilidade e empresas de agentes de desportivos.

“Os factos sob investigação e que motivaram a instauração dos processos em causa tiveram origem em diversos procedimentos de inspeção levados a cabo desde o ano 2019, pela Unidade dos Grandes Contribuintes, no âmbito do acompanhamento tributário ao Setor das Sociedades Anónimas Desportivas, concretamente tendo por base a análise de negócios relacionados com o universo do futebol profissional”, explicou a AT.

(Notícia atualizada às 20h09)

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Receitas de prémios Zurich crescem no 1º trimestre

  • ECO Seguros
  • 17 Maio 2023

A Zurich registou prémios mais altos em seguros patrimoniais e gerou prémios significativos para novos negócios do ramo vida. Os negócios na seguradora norte-americana Farmers diminuíram ligeiramente.

O grupo de seguros Zurich alcançou um crescimento robusto em seguros de propriedade e acidentes (P&C) no primeiro trimestre de 2023. Na América do Norte, o crescimento dos prémios foi de dois dígitos, principalmente devido aos aumentos nas tarifas dos prémios, segundo comunicado enviado pelo Grupo Zurich nesta quarta-feira.

“O grupo teve um forte arranque para o novo ciclo financeiro”, comentou o CFO da Zurich, George Quinn.

As vendas de seguros na área P&C aumentaram 7% para cerca de 9,41 bilhões de dólares. Numa base comparável, principalmente devido aos efeitos cambiais, o aumento foi de cerca de 11%. Os prémios brutos subscritos aumentaram 6%, para aproximadamente 12,0 mil milhões de dólares.

Margens mais elevadas na atividade empresarial

As margens no negócio das empresas aumentaram devido ao aumento das taxas de prémio e das taxas de juro, parcialmente compensadas pela continuação de elevados custos com sinistros no negócio das linhas pessoais, informa a nota. Nos mercados dos ramos pessoais, foram registadas taxas de prémio mais elevadas nas renovações. Espera-se que as margens melhorem ao longo do ano, uma vez que os aumentos das taxas de prémio começam a exceder os custos com sinistros.

Nos seguros de vida, o volume de novos negócios no trimestre foi de 265 milhões de dólares. O valor atual dos prémios de novos negócios aumentou 17% para 4,15 mil milhões de dólares, ou 23% em moeda local.

Declínio na Farmers

Para a Farmers, a Zurich reportou um declínio nos prémios brutos emitidos de 3% para 6,65 mil milhões de dólares. O declínio dos seguros para serviços comerciais de partilha de transporte é apontado como um dos fatores. A empresa acrescenta que a concentração contínua na melhoria dos resultados de subscrição conduziu a uma forte dinâmica de preços.

No final de março, o rácio estimado do Teste de Solvência Suíço (SST) situava-se em 258%, menos 9 pontos percentuais do que há um ano, informa o comunicado Zurich. Este rácio continua a ser bastante superior ao objetivo do grupo de, pelo menos, 160%.

A Zurich não fornece qualquer informação sobre os lucros com a atualização trimestral. O Grupo apresenta agora relatórios de acordo com a norma contabilística IFRS-17.

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