Comissão Europeia sugere que o mercado de trabalho começou a arrefecer em Portugal

Crescimento do desemprego, em contraciclo com a generalidade dos países europeus, pode mostrar sinais de um arrefecimento do mercado de trabalho.

No final do ano passado, o desemprego aumentou e o emprego contraiu em Portugal, o que para a Comissão Europeia pode apontar para um arrefecimento do mercado de trabalho, segundo apontam nas previsões económicas de primavera divulgadas esta segunda-feira.

Ao contrário do que se verificou na média europeia, “a República Checa, a Letónia, a Lituânia, a Hungria e Portugal comunicaram uma contração do emprego” no quarto trimestre de 2022, sinaliza a Comissão. “Além disso, enquanto na maioria dos países a taxa de desemprego continuou a diminuir ou permanecer razoavelmente estável ao longo de 2022, as taxas aumentaram na Hungria, Portugal, Luxemburgo, Lituânia e Chipre”, acrescentam.

Este cenário “sugere que os mercados de trabalho começaram a arrefecer nestas economias”, notam, ainda que ressalvem que “até agora não há indícios de uma reviravolta radical no agregado”.

A taxa de desemprego em Portugal caiu para 6% em 2022, mas subiu para 6,5% no 4.º trimestre. No que toca à população empregada, esta atingiu 4,902 milhões de pessoas no último trimestre do ano passado, o que equivale a um recuo de 0,5% (-26,2 mil pessoas) face ao trimestre anterior, segundo os dados do INE.

Já no primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego subiu para 7,2%. “Os números aumentaram no final de 2022 e no início de 2023, impulsionados por um forte aumento na atividade de procura de emprego, enquanto o emprego cresceu apenas marginalmente”, destaca Bruxelas.

A Comissão Europeia antevê que no conjunto do ano, o desemprego se vá fixar nos 6,5%, caindo para 6,3% em 2024. Estas previsões são, ainda assim, mais otimistas que as do Governo, que estima uma taxa de desemprego de 6,7% e 6,4% neste ano e no próximo, respetivamente, no Programa de Estabilidade.

Bruxelas nota ainda que os rendimentos reais por empregado estagnaram em Portugal no ano passado, numa altura em que a inflação determinou a perda do poder de compra. Já neste ano e no próximo, deverá verificar-se um “aumento moderado do emprego e dos salários reais, compensando os funcionários pela perda de poder de compra em 2022″.

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Marque na agenda: começa hoje o pagamento extra do abono de família

Apoio extraordinário de 15 euros começa a ser pago já esta terça-feira e, embora este valor seja mensal, o plano de pagamentos é trimestral. Serão abrangidos mais de 1,1 milhões de crianças e jovens.

Arranca já esta terça-feira o primeiro pagamento do complemento extraordinário, no valor de 15 euros, por criança, anunciado pelo Governo em março. O apoio surge como parte de um pacote de medidas excecionais de apoio às famílias mais vulneráveis, para mitigar os efeitos do aumento do custo de vida e da elevada inflação.

Este apoio vai abranger um universo de mais de 1,1 milhões de crianças e jovens e será pago trimestralmente, totalizando os 180 euros anuais. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou no passado mês de março o diploma que estabelece o pacote de medidas de apoio às famílias mais vulneráveis. Além do apoio de 15 euros, o pacote de medidas contempla ainda um apoio adicional de 30 euros para as famílias beneficiárias da tarifa social de energia elétrica.

Contrariamente ao complemento ao abono de família de 15 euros, o apoio de 30 euros já começou a ser pago a partir de 20 de abril e, apesar do valor ser mensal, o plano de pagamentos é trimestral. Este apoio irá chegar a 1,7 milhões de famílias e compreende os agregados familiares em que pelo menos um membro seja beneficiário de pelo menos um de oito outros apoios da Segurança Social.

O que fazer para receber este apoio?

O pagamento trimestral deste complemento ao abono de família começa já a ser pago nesta terça-feira, dia 16 de maio. No entanto, o pagamento será feito exclusivamente por transferência bancária através da Segurança Social Direta e de forma automática. Como tal, os contribuintes deverão atualizar os seus dados bancários junto da Segurança Social Direta, nomeadamente o IBAN.

Para registar e manter atualizado o seu IBAN junto da Segurança Social Direta basta entrar na sua conta privada no portal e, em seguida, passar com o ponteiro em “Perfil” e clicar no campo “Conta bancária”. Depois, deve registar o IBAN com as informações solicitadas, ou atualizar os dados já existentes.

A quem se destina?

O pagamento do apoio de 15 euros irá abranger todos os beneficiários do abono de família até ao 4.º escalão, sendo que a tranche de maio diz respeito aos primeiros três meses de 2023. Este pagamento, o primeiro de outros três ao longo do ano, será feito juntamente com o abono de família. É de relembrar que este apoio é um complemento extraordinário, pelo que nos restantes meses do ano continuará a receber o abono de família no seu montante usual.

Para confirmar se tem ou não direito ao apoio de 15 euros deve entrar na sua conta e passar com o ponteiro por cima do campo “Conta-Corrente” e depois clicar na opção “Posição atual”. Em seguida, basta selecionar “Valores a receber” e confirmar o campo “Próximos valores a receber e quando”, onde estará a informação relativa aos apoios a que é elegível, o seu valor e a respetiva data de pagamento.

Quanto irei receber e quando são os próximos pagamentos?

No total, assumindo um agregado familiar com uma única criança, irá receber um complemento de 45 euros, equivalente a 15 euros com retroativos pelos primeiros três meses de 2023. Este valor será pago enquanto complemento ao abono familiar a quem já tem direito. Se o agregado contar com duas crianças ou jovens, o valor passa para 90 euros, ou 135 euros se forem três filhos.

Cada criança até ao 4.º escalão pode contar com um total de 180 euros ao longo de 2023, sendo que os próximos pagamentos serão feitos em junho, agosto e novembro.

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CGD vende sede em Paris e arrecada 36 milhões em mais-valias

  • Ana Petronilho
  • 16 Maio 2023

O banco do Estado vendeu o edifício onde, desde 2007, funcionava a sede da sucursal de França. O negócio contribuiu para uma subida de 160% dos resultados operacionais da CGD em França.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vendeu o edifício onde, desde 2007, funcionava a sede da sucursal de França do banco público, em Paris. A transação foi concluída a 14 de junho de 2022 e foi confirmada ao ECO pela CGD que, “por motivos de confidencialidade comercial”, não revela quem foi o investidor nem o valor da venda do imóvel localizado na Rue de Provence, no centro de Paris.

No entanto, o relatório de gestão e contas do banco revela que a CGD arrecadou 35,9 milhões de euros em mais-valias com esta transação. O valor ultrapassa as mais-valias com a venda de imóveis da CGD em Portugal que em 2022 ascenderam a 25 milhões de euros.

A CGD explicou ainda ao ECO que as instalações da sede em França foram “mudadas para um novo edifício” arrendado pelo banco “a cerca de 200 metros de distância” do antigo edifício, na Rue des Italiens.

No documento lê-se ainda que esta transação da CGD em França, onde funcionam 48 agências, prossegue com “o objetivo de racionalizar os espaços físicos com a busca de soluções mais adaptadas às necessidades atuais e futuras das equipas de trabalho da sede da sucursal”.

A CGD escreve ainda no relatório que, “esta operação permitiu à sucursal beneficiar de um resultado não recorrente e, consequentemente, registar um reforço de performance ao nível dos resultados no mercado francês”, que culminou num resultado operacional de 44,5 milhões de euros, cerca de 160% acima do valor contabilizado em 2021.

Por outro lado, os custos de estrutura do banco do Estado em França “aumentaram 7,5 milhões de euros (+12,7%), explicado em larga escala pelos custos decorrentes da venda da sede e arrendamento de novas instalações”.

Em Lisboa, a CGD também vai entregar o edifício sede, no Campo Pequeno, avaliado entre 280 milhões e 300 milhões de euros. O comprador é o Estado, que receberá o imóvel como parte dos dividendos referentes ao exercício de 2022.

O imóvel vai acolher a maioria dos ministérios. A mudança vai acontecer de forma gradual, e a saída do banco ficará concluída no prazo máximo de quatro anos, tendo ainda de procurar novas instalações para a nova sede.

O Governo anunciou que os ministérios da Presidência, das Infraestruturas e Habitação, da Economia e Mar, do Ambiente e Ação Climática e da Coesão Territorial vão ser os primeiros cinco ministérios a mudar-se para o edifício na Avenida João XXI.

O edifício é detido pelo Fundo de Pensões da CGD, cujo património será transferido para o Banco Caixa Geral de Depósitos, antes de passar para o Estado.

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Subida dos juros rende dois mil milhões aos bancos no primeiro trimestre

Bancos vão a caminho de ano histórico, à boleia da subida dos juros do BCE. Lucraram mais de 900 milhões no primeiro trimestre. Margem financeira praticamente duplicou. Nem tudo são rosas.

Os principais bancos faturaram quase dois mil milhões de euros só com juros no primeiro trimestre do ano e vão a caminho de um novo ano histórico, após terem lucrado 920 milhões no primeiro trimestre. Porém, nem tudo são rosas: fugiram mais de sete mil milhões em depósitos e a carteira de crédito já está a encolher. São os primeiros sinais dos desafios que vão ter no futuro.

Em todo o caso, o momento é muito positivo para os cinco maiores bancos nacionais: Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Santander Totta, BPI e Novobanco lucraram mais de 10 milhões por dia durante os três primeiros meses do ano, de acordo com os dados compilados pelo ECO. O banco público teve o maior resultado: 285 milhões. O BPI registou o mais baixo: 85 milhões.

Este desempenho atirou o setor para rentabilidades acima dos dois dígitos, quando ainda há pouco tempo era praticamente zero. Veja-se o caso do Santander e do Novobanco, onde o ROE atingiu os 20%, que é o dobro da referência no mercado. O banco da Lone Star é mesmo o mais rentável, depois do longo caminho das pedras percorrido nos últimos anos e em que beneficiou de injeções de mais de três mil milhões do Fundo de Resolução.

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Com as comissões praticamente a estabilizarem, rondando os 608 milhões de euros, o grande impulso dos resultados dos bancos veio da margem financeira, que resulta da diferença entre o que pagam nos depósitos e o que cobram nos empréstimos. As receitas com juros praticamente duplicaram face há um ano, atingindo 1,99 mil milhões de euros.

Neste capítulo, BCP e Caixa ganharam ambos mais de 600 milhões em margem financeira, aumentando 43% e 130% face há um ano, respetivamente. Mas também no BPI e Novobanco a margem quase duplicou.

O que acontece é que, depois de um longo período penoso por conta dos juros baixos, o negócio da banca vai agora de vento em poupa com a inversão da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) para controlar a escalada da inflação.

No caso português, o facto de 90% do mercado de crédito à habitação ter taxa variável está a funcionar como um autêntico trampolim para a margem financeira dos bancos nacionais, mas também os deixa sob pressão para apoiar as famílias em dificuldades – o Presidente da República pediu uma reflexão ao setor – e também para remunerarem devidamente os depósitos – Portugal tem a segunda taxa mais baixa na Zona Euro. E não é só por causa da fuga para os certificados.

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Pressão nos depósitos e no crédito

Aliás, as intervenções do próprio regulador têm sinalizado isso mesmo. Na semana passada o governador do Banco de Portugal considerou ser “desejável” que os bancos continuem o processo de subida dos juros dos depósitos, até para que a política monetária do BCE funcione com maior impacto – isto é, incentive as famílias a pouparem mais e a reduzirem o consumo, para aliviar a pressão sobre os preços.

Por outro lado, a Caixa deu um sinal importante ao mercado, com Paulo Macedo a anunciar que estuda duas medidas – bonificação complementar de juros e fixação da prestação – para aliviar o impacto da subida dos juros nas famílias que já não têm condições para pagar os seus empréstimos da casa. O BCP diz que “não tem cartas mangas”, mas está atento às palavras de Marcelo.

Para os bancos, aumentar os juros dos depósitos ajudará a responder às saídas de poupanças que tiveram no primeiro trimestre, na ordem dos 7,4 mil milhões de euros. Os Certificados de Aforro tornaram-se moda, mas não é a única explicação que os bancos dão para este cenário. Também há muitas famílias e empresas que estão a aproveitar as poupanças acumuladas durante a pandemia para amortizarem antecipadamente o crédito ao banco, com o objetivo de fazer baixar a fatura mensal.

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Esta situação leva a outra. Com a incerteza a abrandar a procura de crédito – tirando as renegociações de crédito, o mercado já está a cair –, os reembolsos de dívida antecipados estão a dar origem a um novo fator de pressão para o negócio: a partir do momento em que se dá a amortização, já não há volta atrás, enquanto nos depósitos a situação pode ser invertida com uma taxa de juro mais generosa do que aquela que oferecem atualmente.

O primeiro trimestre já deixou uma primeira amostra do desafio que espera os bancos: a carteira de crédito encolheu mais de 1% para 182,7 mil milhões de euros.

Sem sinais de incumprimento

Na Caixa já foram reestruturados 8.000 créditos, no BCP cerca de 6.500 e no BPI quase 2.000. O CEO do Novobanco disse aos analistas que ainda não tem sinais de alerta relativamente ao número de famílias em dificuldade em pagar o crédito da casa.

Os balanços do banco contam-nos que o malparado continuou a cair no primeiro trimestre do ano, apesar do contexto mais difícil não só por conta da subida dos juros, mas também pelo aumento do custo de vida. Na Caixa, o rácio de malparado baixou para 2,5%, no BCP caiu para 2,1% e no BPI manteve-se nos 2%. O Novobanco tem (historicamente) o rácio de NPL mais elevado: 4,4% no final de março, mas baixando 1,3 pontos percentuais em relação a março do ano passado.

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Conferência PLMJ/ECOseguros: Fundo de Catástrofes Naturais tem de avançar

  • ECO Seguros
  • 15 Maio 2023

A Conferência Sismos, Inundações e Incêndios: Riscos e Respostas do Setor Segurador, organizada pela PLMJ - Advogados e pelo ECOseguros, reforçou a urgência em reduzir o gaps de proteção.

Em parceria com a Caravela, Ageas, PLMJ e Tranquilidade, o ECOseguros organizou, nesta segunda-feira, uma conferência que juntou especialistas que debateram riscos e possíveis soluções de mitigação para os efeitos das mudanças climáticas, bem como formas de reduzir protection gaps e aumentar a cobertura de riscos de catástrofes naturais.

Conferência PLMJ - "Sismos, inundações e incêndios: riscos e respostas do setor segurador" - 15MAI23
José Galamba de Oliveira, presidente da APS: “é essencial monitorizar protection gap e sensibilizar a sociedade, incluindo decisores políticos para a necessidade de reagir ativamente”.Hugo Amaral/ECO

A conferência ‘Sismos, Inundações e Incêndios: Riscos e Respostas do Setor Segurador’, que decorreu na sede da PLMJ, participando Joaquim Shearman de Macedo, partner na PLMJ e Margarida Ferraz Oliveira, associate lawyer na PLMJ. contou com a participação de José Galamba de Oliveira, presidente da APS; Paulo Trigo, administrador da Caravela; José Leão, responsável pelas áreas de corretores e parcerias da Ageas Portugal; João Barata, Chief InsuranceOfficer da Tranquilidade/Generali; Rui Esteves, Diretor de Estatística e Estudo Técnicos Não Vida da Fidelidade e Américo Oliveira, Executive Advisor do CEO da Howden Iberia. A introdução de boas-vindas e moderação esteve a cargo de Francisco Botelho, diretor executivo ECOseguros.

As vozes dos especialistas ecoaram as de vários meios e organizações, entre elas a da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), que têm apontado repetidamente que devem ser estabelecidas proteções específicas para eventos catastróficos iminentes, como é o caso de um Fundo para responder a sismos e outras catástrofes naturais.

Conferência PLMJ - "Sismos, inundações e incêndios: riscos e respostas do setor segurador" - 15MAI23
Joaquim Shearman de Macedo, partner da PLMJ, destacou a importância de elementos agora essenciais para avaliar os riscos, desde a inteligência artificial (IA), a Internet of Things (IOT), a drones, seguros paramétricos e sistemas blockchain.Hugo Amaral/ECO

Joaquim Shearman de Macedo, partner da PLMJ, apontou o aumento, na ordem dos 80%, da frequência de fenómenos climáticos extremos e o facto de Lisboa ser a segunda cidade europeia com maior risco sísmico. O executivo lembrou que as “parcerias com as tecnológicas são inevitáveis” e destacou a importância de elementos agora essenciais para avaliar os riscos, desde a inteligência artificial (IA), a Internet of Things (IOT), a drones, seguros paramétricos e sistemas blockchain.

Margarida Ferraz Oliveira esteve à conversa com Américo Oliveira e Rui Esteves. O especialista da Fidelidade lembrou que as seguradoras estavam habituadas a fazer análises com base num histórico de informações, mas que “tudo isso mudou”. “Vão existir riscos que se vão tornar quase inseguráveis”, sublinhou. Como João Barata havia de apontar, mais tarde na conferência, “uma certeza, algo que é certo, não é segurável. Os seguros são para assuntos incertos”.

Conferência PLMJ - "Sismos, inundações e incêndios: riscos e respostas do setor segurador" - 15MAI23
Margarida Ferraz Oliveira, associate lawyer na PLMJ, moderou o debate que incidiu sobre Risco com Rui Esteves, Diretor de Estatística e Estudo Técnicos Não Vida da Fidelidade e Américo Oliveira, Executive Advisor do CEO da Howden Iberia.Hugo Amaral/ECO

Mas para proceder à avaliação, “o primeiro passo é ter dados rigorosos, associar características e observar riscos, e incluir mesmo utilização de IA”. Américo Oliveira, da Howden resumiu: “é essencial uma coordenação de esforços para fazer avaliação em três passos: identificação de alertas, de riscos e mobilização de meios necessários”, disse o executivo. “A geo-referenciação é extremamente importante”, acrescentou.

Ao longo da conferência, ficou claro que a literacia financeira tem um peso determinante no acesso e motivação para adquirir coberturas adequadas para os riscos catastróficos. Américo Oliveira descreveu o que se demonstrou também evidente para os presentes – a necessidade de mutualização.

Francisco Botelho moderou a conversa de João Barata, José Leão e Paulo Trigo, que se centrou na importância de colmatar protection gaps, ou seja, o valor das perdas patrimoniais não suportadas por contratos de seguro. O Chief Insurance Officer da Tranquilidade/Generali destacou que são os fenómenos sísmicos os que mais sofrem de falhas na proteção. “O sismo é o risco que está menos coberto no país. Uma parte significativa do património que não está seguro. Este é um fenómeno [climático] que pode incluir uma parte muito extensa do país”, alertou João Barata. Paulo Trigo destacou que os elevados protection gaps também têm razões sociais, culturais, ligadas ao desenvolvimento do país. “Não estamos num grau de desenvolvimento muito elevado”, apontou.

Conferência PLMJ - "Sismos, inundações e incêndios: riscos e respostas do setor segurador" - 15MAI23
Francisco Botelho, diretor executivo ECOseguros, esteve no painel que contou com a participação de João Barata, Chief Insurance Officer da Tranquilidade/Generali, José Leão, responsável pelas áreas de corretores e parcerias da Ageas Portugal e Paulo Trigo, administrador da Caravela.Hugo Amaral/ECO

José Galamba de Oliveira, presidente da APS, referiu o relatório Sigma 1 de 2023, elaborado pela Swiss Re, que destaca que o ano 2022 mantém a tendência crescente desde a década de 80, do século passado, quer quanto ao número, quer quanto à severidade dos eventos catastróficos de origem natural. Lembrou ainda que o setor segurador pagou, nos últimos 5 anos, cerca de 650 mil milhões de dólares em indemnizações causadas por eventos climáticos. Uma média de 130 milhões de dólares, mais do dobro da média do que foi pago no período dos 5 anos anteriores, de 52 mil milhões de dólares. Estes são valores relativos a perdas económicas seguras. As perdas económicas não seguras são muito superiores. “Mas protection gaps variam de geografia para geografia”, destacou o presidente.

A preocupação central e a motivação para a criação de ferramentas de avaliação de protection gaps reside na preocupação de que as alterações climáticas possam vir a condicionar ainda mais a acessibilidade e até a disponibilidade das coberturas de seguros para catástrofes naturais.

O presidente da APS concluiu referindo que atualmente apenas de 25% das perdas totais causadas na Europa, por eventos extremos da natureza estão protegidos por seguros. Existindo evidências científica que a ocorrência de fenómenos extremos da natureza serão cada vez mais frequentes é essencial monitorizar protection gap e sensibilizar a sociedade, incluindo decisores políticos para a necessidade de reagir ativamente. “E assim conseguir uma sociedade mais resiliente”.

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APS com curso sobre Insurtechs e novas tecnologias nos seguros

  • ECO Seguros
  • 15 Maio 2023

É uma formação online de 3 horas já na manhã do próximo dia 23 de maio, para reconhecer as áreas do setor mais impactadas e Identificar as oportunidades que podem surgir no contexto do Insurtech.

Insurtech – as novas tecnologias no setor dos seguros é o curso de uma manhã que a Academia Portuguesa de Seguros, parte da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), vai realizar no próximo dia 23 de maio em formato digital, com a colaboração de formadores da VdA – Advogados.

Serão tratados conceitos essenciais no âmbito do Insurtech, as Inovações tecnológicas no setor dos seguros, o contrato de seguro no contexto digital e os desafios colocados pelo Insurtech.

No final do curso os formandos poderão compreender os temas principais relacionados com o Insurtech, reconhecer as áreas do setor dos seguros mais impactadas pelas evoluções tecnológicas, conhecer as questões principais suscitadas pelas evoluções tecnológicas e Identificar as oportunidades que podem surgir no contexto do Insurtech.

A APS dirige este curso a colaboradores de empresas de seguros com interesse no tema, em particular os que integram os departamentos jurídico, compliance, comercial e os que desempenham funções nas quais as inovações tecnológicas têm um impacto mais direto.

Todas as informações aqui .

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Fenprof abandona reunião e acusa ministro da Educação de atitude anti-democrática

  • Lusa
  • 15 Maio 2023

A Fenprof acusou o Ministério da Educação de ter uma atitude anti-democrática ao aceitar que sejam instaurados processos disciplinares a docentes que aderiram a uma greve da função pública em março.

A Fenprof abandonou esta segunda-feira uma reunião com o Ministério da Educação e acusou a tutela de ter uma atitude anti-democrática por penalizar os docentes que participaram na greve da função pública em março. A reunião decorria há mais de duas horas quando o ministro João Costa tomou a palavra. Antes de terminar, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), uma das nove a ser ouvidas, abandonou a sala.

Já na rua, e junto aos dirigentes sindicais que protestaram durante todo o encontro, o secretário-geral da Fenprof explicou o motivo, acusando o Ministério da Educação de ter uma atitude anti-democrática ao aceitar que sejam instaurados processos disciplinares a docentes que aderiram a uma greve da função pública em março.

Em causa está a paralisação convocada que Frente Comum para 17 de março e que, nas escolas, coincidia com a greve por tempo indeterminado convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop), que ainda decorria. Para a segunda, tinham sido decretados serviços mínimos, mas não para a primeira.

De acordo com Mário Nogueira, o ministro da Educação confirmou que professores que fizeram greve nesse dia estariam a ser alvo de faltas injustificadas e processos disciplinares.

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Liga de clubes antecipa horários dos jogos de futebol nos dias úteis

  • Lusa
  • 15 Maio 2023

A medida "acaba com a possibilidade de serem marcados jogos para as 21:15 horas em dias úteis", sendo que se for agendada apenas uma partida terá de ser realizada às 18:00 ou 20:15 horas.

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) aprovou esta segunda-feira uma alteração ao regulamento das competições que, entre outros pontos, aplica uma mudança dos horários dos jogos nos dias úteis, para que se realizem mais cedo. A medida, que, tal como outras levadas a votação, foi aprovada por unanimidade pelas sociedades desportivas presentes na reunião, à qual apenas a BSAD faltou, pretende, segundo o organismo, “promover o regresso dos adeptos aos estádios”.

A medida “acaba com a possibilidade de serem marcados jogos para as 21:15 horas em dias úteis”, sendo que se for agendada apenas uma partida terá de ser realizada às 18:00 ou 20:15 horas. Caso forem marcados dois desafios, nesse mesmo dia útil, terão de acontecer às 18:45 e 20:45.

Também nesta assembleia geral da LPFP foi aprovada a alteração do modelo da Taça da Liga, que apenas entrará em vigor na época de 2024/25, e que passará a ser disputada por apenas oito equipas, seis oriundas da I Liga e duas da II Liga. A escolha desses emblemas será feita pela classificação dos respetivos campeonatos anteriores, sendo escolhidos os seis primeiros classificados da I Liga, e os dois primeiros do segundo escalão.

Esses clubes serão selecionados para uma competição, em formato de quartos de final, com jogos apenas a uma mão. Continua em debate a possibilidade da internacionalização desta Taça da Liga, sendo que, segundo Rui Caeiro, diretor executivo da LPFP, “esse é um dos grandes objetivos para a competição e para a marca Liga Portugal”.

Nesta assembleia geral, foi ainda aprovada a obrigatoriedade, a partir de 2024/25, de frequência de formação organizada pela LFPF para todos os agentes desportivos que sejam incluídos na ficha de técnica de jogo, com a exceção dos treinadores.

Segundo Paulo Rozeira, diretor jurídico da LPFP, esta formação abrange desde técnicos de equipamentos a dirigentes que estejam incluídos na ficha de jogo, sendo que a mesma “será articulada em consonância com as funções que cada um exerça”, revelando que “ainda não está definido” se essa formação implica custos extra para os clubes.

Foi também aprovada a transposição para título definitivo da norma que determina que os clubes devem designar em cada jogo até nove suplentes, podendo, em três momentos do tempo regulamentar e no intervalo, efetuar até cinco substituições.

Foi, ainda, introduzida uma nova exigência, que estabelece que a falta de apresentação de certificado de seguro válido, até às 24 horas anteriores à hora do jogo, que determine que o clube não tenha disponíveis, pelo menos, 13 jogadores, impede a realização do jogo e constitui falta de comparência injustificada do clube. Ficou, também, determinada uma fiscalização do cumprimento dos requisitos relativos ao sistema de iluminação dos estádios, que serão alvo de vistorias, por entidade certificada para o efeito.

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Swiss Life positiva apesar do declínio nas transações imobiliárias

  • ECO Seguros
  • 15 Maio 2023

A Swiss Life aumentou receitas de comissões e de prémios no primeiro trimestre. O negócio de gestão de ativos da seguradora de vida recebeu mais fundos.

A Swiss Life aumentou as receitas de honorários em 3%, para 595 milhões de francos nos primeiros três meses de 2023. Em moeda local, o aumento foi de 7%, anunciou o grupo segurador na quinta-feira.

“Continuamos no bom caminho para atingir ou exceder os objetivos financeiros do Grupo até 2024”, afirmou o CEO Patrick Frost.

A atividade de consultoria financeira, a gestão de ativos por conta de terceiros e a venda de produtos de reforma ligados ao investimento puderam assim expandir-se. Em França e na Alemanha, em particular, as receitas provenientes das comissões registaram um forte crescimento de 14% e 17%, respetivamente.

Na gestão de ativos, a Swiss Life registou 2,5 mil milhões de francos suíços em dinheiro novo proveniente de clientes terceiros. No mesmo trimestre do ano anterior, este valor foi de 1,2 mil milhões. Os ativos sob gestão aumentaram em cerca de 3 mil milhões de francos para 108 mil milhões de francos.

As receitas de comissões caíram 12% para 212 milhões de francos. A Swiss Life aponta como causas a venda da Livit FM Services, os efeitos cambiais e um ambiente pouco favorável às transações imobiliárias. Neste caso, registou-se um “declínio maciço“.

No setor dos prémios, a empresa registou um aumento de 10% das receitas, para 7,53 mil milhões de francos suíços. Em moeda local, este aumento foi de 11%. O forte crescimento deve-se também à aquisição da Elipslife à Swiss Re. Na atividade suíça, os prémios cresceram 2%, para 4,4 mil milhões de francos suíços.

O retorno do investimento não anualizado manteve-se inalterado em 0,6%. Os rendimentos diretos dos investimentos ascenderam a 0,94 mil milhões de francos suíços, contra 0,97 mil milhões de francos suíços há um ano.

“A Swiss Life teve um bom começo para o ano financeiro de 2023”, diz o CEO Patrick Frost. “Com o nosso programa empresarial ‘Swiss Life 2024’, continuamos no bom caminho para atingir ou exceder os objetivos financeiros do Grupo até 2024“, sublinhou.

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Trabalhadores do Metro de Lisboa em greve parcial na quinta-feira de manhã

  • Lusa
  • 15 Maio 2023

Entre as 05:00 e as 09:30 da próxima quinta-feira, os trabalhadores do Metro de Lisboa prometem parar por falta de entendimento com a administração no processo negocial sobre o acordo de empresa.

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa vão estar em greve na quinta-feira de manhã, entre as 05:00 e as 09:30, por falta de entendimento com a administração no processo negocial sobre o acordo de empresa, anunciou esta segunda-feira a FECTRANS.

Se nada for feito até dia 18 [quinta-feira], embora a empresa se tenha comprometido a tentar fazer um esforço acrescido até essa data, se nada for feito, sim, a greve manter-se-á e no dia 18 o Metropolitano só abrirá portas perto das 10:00”, afirmou Sara Gligó, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), em declarações à agência Lusa.

A responsável da FECTRANS falava após uma reunião entre a administração do Metropolitano de Lisboa e os sindicatos representativos dos trabalhadores, que levaram à mesa das negociações o pré-aviso de greve parcial para a próxima quinta-feira, 18 de maio.

“Para já, a greve mantém-se, inclusivamente não temos serviços mínimos decretados para a circulação de comboios”, informou a sindicalista, referindo que a ação de protesto dos trabalhadores decorre entre as 05:00 e as 09:30, contudo, por questões logísticas, o Metropolitano só deverá abrir portas perto das 10:00. Pela especificidade dos horários, os trabalhadores das oficinas iniciam o período de greve parcial às 02:30.

Desde o acordo estabelecido em novembro de 2022 entre sindicatos e administração da empresa sobre as reivindicações para este ano, esta será a primeira paralisação com impacto para a circulação de comboios, uma vez que os trabalhadores estão desde o ano passado em greve ao trabalho suplementar e eventos especiais.

Em condições normais de exploração, o Metropolitano de Lisboa está aberto a partir das 06:30 e até à 01:00, todos os dias, incluindo fins de semana e feriados. “A empresa hoje anunciou algumas das medidas que teve por autorização da tutela, portanto, a possibilidade da abertura do regulamento de carreiras e aquele aumento intercalar que o Governo já tinha anunciado de 1% na massa salarial para os trabalhadores”, disse Sara Gligó, indicando que esta foi mais uma reunião de negociações entre as que estão calendarizadas para o acordo de empresa.

“Ainda não chegámos a acordo”, reforçou a responsável da FECTRANS, explicando que as medidas apresentadas pela administração da empresa ficam “muito abaixo” daquilo que é a proposta negocial entregue por todas as organizações sindicais. Além das questões monetárias, “existem outras matérias, nomeadamente questões que estão na esfera gestionária apenas e só da empresa, que poderíamos tentar chegar a um entendimento, mas que ainda não foi possível”.

Na reunião, os sindicatos representativos dos trabalhadores entregaram outros dois pré-avisos de greve, um para 23 e outro para 30 de maio, que serão também parciais, para os mesmos períodos e nos mesmos moldes que a paralisação convocada para quinta-feira, sendo que “as reivindicações são as mesmas”, frisou a sindicalista.

Esperamos sempre que a empresa tenha a capacidade de chegar a bom porto naquilo que são as reivindicações dos trabalhadores, portanto, analisaremos a cada momento todas as propostas que nos forem feitas e decidiremos de acordo com aquilo que for a decisão dos trabalhadores”, adiantou Sara Gligó. Em termos de adesão à greve, a perspetiva é que “seja total, até porque os trabalhadores também já tinham dado sinais de que teríamos que intensificar a luta”, sublinhou.

Questionada sobre o impacto da greve num momento de constrangimentos à circulação do Metropolitano devido às obras nas linhas Amarela e Verde, a responsável da FECTRANS disse esperar a compreensão dos utentes para os transtornos causados. “Obviamente, estaremos à espera de causar algum transtorno, mas que também não temos forma de o contornar. Teríamos forma sim, se conseguíssemos chegar a entendimento com a administração”, reforçou.

Os sindicatos representativos dos trabalhadores são o STRUP (Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal), que está afeto à FECTRANS, o STTM (Sindicato dos Trabalhadores da Tração do Metropolitano de Lisboa), o SINDEM (Sindicato da Manutenção do Metropolitano), o SITRA (Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes), o SITESE (Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços) e o STMETRO (Sindicato dos Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa).

A Lusa solicitou informação por parte da administração do Metropolitano de Lisboa sobre a reunião com os sindicatos, aguardando ainda uma resposta.

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Qualys e Cowbell juntam-se para fortalecer avaliação de risco cibernético

  • ECO Seguros
  • 15 Maio 2023

"A nossa colaboração com a Cowbell traz uma inovação adicional ao setor de ciberseguros", garante Pinkesh Shah, diretor de produtos da Qualys.

A Qualys, fornecedora de soluções de segurança e conformidade assentes na cloud, e a Cowbell, especialista norte-americana em ciberseguros, anunciam parceria com vista a fortalecer uma nova solução de inteligência em tempo real, a External Attack Surface Management (EASM), desenvolvida pela Qualys, que avalia o risco dos clientes em termos cibernéticos.

A solução utiliza a cloud do fornecedor para analisar dados, incluindo dados de terceiros e ativos desconhecidos da Internet, domínios, subdomínios, bem como ativos de operações de M&A (fusão e aquisição), ou subsidiárias, incluindo as aplicações instaladas. De seguida, sobrepõe o contexto comercial e de risco para estabelecer a criticidade dos ativos e a pontuação Qualys TruRisk. A solução identifica software não autorizado e/ou em fim de vida e a ausência das ferramentas de segurança necessárias, avaliando, desta forma, o estado completo da superfície de ataque.

Através da parceria, a Cowbell tem a possibilidade de aproveitar os dados da Qualys EASM, enriquecendo a biblioteca de análises utilizadas para a avaliação do risco. Ao mesmo tempo, a avaliação da superfície de ataque externa, que mostra as vulnerabilidades, configurações incorretas de segurança e a postura de risco cibernético abrangente, estará disponível para os clientes que procuram uma cobertura independente de ciberseguro através da Cowbell.

Os titulares de apólices da Cowbell poderão ainda ativar conectores integrados para Qualys VMDR, conformidade e segurança de containers através da plataforma Cowbell e qualificar-se para créditos premium.

“A nossa colaboração com a Cowbell traz uma inovação adicional para o setor dos ciberseguros”, afirmou Pinkesh Shah, diretor de produtos da Qualys. “Ao aproveitar os sinais de segurança abrangentes e altamente precisos da Qualys EASM, as companhias de ciberseguros, como a Cowbell, podem avaliar a postura de risco de uma organização em tempo real, o que pode reduzir os pagamentos e recompensar os clientes, otimizando seus prémios de ciberseguro.”

“A Cowbell está na vanguarda da inovação em matéria de ciberseguros e está constantemente à procura de formas de fornecer uma avaliação contínua e de alta fiabilidade da postura de cibersegurança dos segurados para reduzir a sua exposição ao risco”, explicou Rajeev Gupta, co-fundador e CPO da Cowbell. “A parceria com a Qualys reforça ainda mais a nossa capacidade de avaliar o risco nesta área e colmatar lacunas na cobertura de seguro para muitas organizações que procuram proteção financeira através de seguros.”

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Deputados recomendam ao Governo Fundo para Riscos catastróficos

  • Lusa
  • 15 Maio 2023

A Assembleia da República aprovou uma recomendação ao Governo para a criação de um Fundo de Garantia para os Riscos Climáticos e Sísmicos.

A Assembleia da República aprovou uma recomendação ao Governo para a criação de um Fundo de Garantia para os Riscos Climáticos e Sísmicos. O texto foi aprovado com os votos a favor do PS (que propôs a iniciativa), do PSD, do BE, do Livre e do PAN. O Chega, a Iniciativa Liberal e o PCP abstiveram-se.

Os deputados socialistas fundamentam no texto da resolução que as chuvas fortes que, no final de 2022, provocaram inundações em várias cidades portuguesas, vieram expor “a falta de cobertura que a generalidade dos consumidores tem perante riscos climáticos”.

“Dados avançados pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS) quanto às indemnizações a pagar pelas empresas de seguros na sequência das cheias que atingiram a cidade de Lisboa indicam que somente 10% a 15% das perdas estão efetivamente cobertas por seguros que incluem fenómenos naturais e as indemnizações devidas pelas seguradoras na sequência destas cheias são já estimadas em cerca de 17 milhões de euros, o que deixa para a imaginação o verdadeiro impacto desta ocorrência”, lê-se no documento.

Por outro lado, o risco sísmico tem sido apontado de forma recorrente como o mais gravoso para Portugal”, com estimativas da Associação Portuguesa de Seguradoras (APS) a sugerirem que um sismo com as características do de 1755, que teve uma magnitude de 8,75 na escala de Richter, poderá resultar em perdas económicas no valor de 20% do Produto Interno Bruto (PIB).

Assim, é sugerida a criação e regulamentação de um Fundo de Garantia para os Riscos Climáticos e Sísmicos, “assegurando por essa via a satisfação das indemnizações pelos danos resultantes de fenómenos climáticos extremos”, em articulação com a ASF e “em coerência” com o trabalho que está a ser realizado ao nível da União Europeia.

“A Comissão Europeia, no âmbito da implementação da Estratégia para a Adaptação às Alterações Climáticas, está a executar as ações nela previstas e que podem vir a ajudar Portugal a definir estratégias para aumento do nível de cobertura dos seguros de riscos climáticos”, refere.

No mesmo contexto recorda-se que, em 2010, a ASF propôs para um modelo para um fundo sísmico baseado na partilha de responsabilidades entre os vários intervenientes no sistema: a franquia a cargo do segurado, a participação das empresas de seguros aderentes, incluindo os recursos acumulados por conta destas no fundo sísmico, a intervenção do fundo sísmico, incluindo a capacidade de resseguro contratada junto de outras empresas de seguros ou de resseguros, o nível de risco que beneficia de uma garantia do Estado, na qualidade de ressegurador de último recurso.

A associação tem defendido a inclusão obrigatória da cobertura de sismos em seguros de incêndio e multirriscos, a distribuição do risco entre segurados, seguradoras e resseguradoras, a acumulação e capitalização de recursos económicos através de fundos e o apoio e garantia do Estado.

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