Sky vai entrar no mercado dos seguros habitação

  • ECO Seguros
  • 3 Maio 2023

A Sky lançou um serviço de proteção de casa "inteligente" e abrangente que funciona numa app. A solução foi subscrita pela Zurich Insurance.

A empresa de media e telecomunicações britânica Sky acredita que os clientes “merecem melhor” no que diz respeito à proteção do lar, de acordo com um comunicado divulgado nesta terça-feira.

O pacote de seguro ‘Protect Smart Home’, subscrito pela Zurich Insurance, inclui uma campainha de vídeo, uma câmara interior, detetores de fugas, sensores de movimento e sensores de contacto.

A subsidiária do Sky Group lançou o pacote de seguros de habitação ‘Protect Smart Home’, subscrito pela Zurich Insurance, que oferece aos clientes uma cobertura doméstica abrangente a um preço fixo durante 24 meses, juntamente com um conjunto de produtos de tecnologia doméstica inteligente no valor de 250 libras (283 euros) – ambos acessíveis através de uma aplicação.

Os produtos incluem uma campainha de vídeo, uma câmara interior, detetores de fugas, sensores de movimento e sensores de contacto.

Stephen van Rooyen, diretor executivo da Sky UK and Ireland e diretor comercial do Sky Group, afirma: “na Sky, temos a tradição de entrar em novos mercados e de os agitar e estamos prestes a fazer o mesmo com os seguros de habitação”.

O líder explicou: “já tornamos a vida das pessoas mais fácil em casa através dos nossos serviços de televisão, banda larga e telemóvel e, com o Sky Protect, vamos poder simplificar o seguro residencial. Desde um processo de cotação mais simples, ao valor que se pode ver todos os dias, à excelente tecnologia, tudo a funcionar em conjunto na aplicação Sky Protect“.

O anúncio surge na sequência de um estudo recente da Sky, que revelou que 27% de 2000 adultos do Reino Unido consideram comprar novas tecnologias inteligentes em 2023. Cerca de 38% afirmam que este investimento os faria sentir mais seguros quando estivessem fora de casa, enquanto 33% acreditavam que lhes permitiria proteger a sua casa de intrusos. 28% afirmaram que ajudaria na eficiência energética e nas poupanças. A empresa de estudos de mercado OnePoll realizou a pesquisa em nome da Sky, entre 13 e 17 de abril de 2023.

Tim Bailey, director executivo da Zurich UK, afirmou que o novo produto de seguro da Sky “tem por objetivo evitar perdas e proporcionar tranquilidade financeira caso aconteça o inesperado“.

“A Zurich já está a desenvolver novos produtos e serviços digitais para satisfazer as necessidades em evolução dos nossos clientes”, acrescentou. “Esta nova parceria combina a experiência e a marca de seguros de confiança da Zurich com a tecnologia e o alcance significativo de clientes da Sky para ajudar mais pessoas a proteger melhor as suas casas”, acrescentou o líder.

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APS defende seguro obrigatório para trotinetas

  • Lusa
  • 3 Maio 2023

O presidente da Associação Portuguesa de Seguradores, Galamba de Oliveira, defende a obrigatoriedade de seguro para velocípedes, nomeadamente trotinetas.

Galamba de Oliveira falava em Aveiro, à margem da conferência sobre “Micromobilidade Segura“, organizada pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS), no âmbito de um ciclo de conferências, a realizar em diferentes locais do país, sob o tema genérico “Os seguros num mundo em transformação”.

“Há um problema de enquadramento legal da proteção para este tipo de mobilidade, e entendo que em Portugal temos de desenvolver e tornar obrigatório um seguro para a mobilidade suave que, por um lado, garanta a proteção do condutor, mas que garanta também algumas cláusulas de responsabilidade civil perante terceiros“, advogou.

Para o presidente da APS, “há uma nova realidade a que hoje se assiste nas cidades, com essa mobilidade muito disponível através das novas plataformas e é preciso garantir a proteção dos cidadãos, sendo que existe um vazio legal em termos de proteção obrigatória”.

O presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Rui Ribeiro, que interveio na conferência, considera que “a mobilidade suave veio para ficar e terá é de ser regulada para que possa cumprir os seus propósitos”

A sinistralidade associada aos novos modos suaves tem vindo a aumentar, havendo já um número significativo de acidentes envolvendo nomeadamente as trotinetas que, enquanto velocípedes, estão obrigadas às regras do Código da Estrada, o que muitos utilizadores desconhecem.

“Se nós olharmos em termos de sinistralidade, os velocípedes, em que se incluem as trotinetas, têm um peso grande: não se comparam nem com os veículos ligeiros, nem com os peões mas, no entanto, têm consequências relativamente graves“, chama a atenção Rui Ribeiro.

O presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária diz que o problema se verifica mais na mobilidade partilhada, ou seja, em que a trotineta não é propriedade de quem a conduz.

A seu ver, “trotinetas espalhadas pelas cidades de Lisboa e do Porto, pessoas a conduzirem sem capacete, a andar em sentido contrário, a passar com o sinal vermelho ou a andarem por cima dos passeios, pessoas com mobilidade reduzida ou condicionadas por alguma deficiência a chocar e a tropeçar em bicicletas e trotinetas estacionadas em cima do passeio” são fatores que estão a suscitar um alerta da opinião pública.

Rui Ribeiro adverte que os condutores podem perder pontos na sua carta de condução, e estão sujeitos às regras do Código da Estrada como velocípedes, podendo até cometer crime se conduzirem sob efeito de álcool.

“Acontece que as pessoas não sabem disto e tem de haver uma campanha de sensibilização por todos os meios, para que entendam que têm de cumprir efetivamente o código da estrada”, concluiu.

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The Washington Post vai lançar canal de streaming através de serviço da Amazon

O novo canal vai ser lançado no dia 6 de maio, por ocasião da coroação do rei Carlos III, evento que vai ser acompanhado em direto.

O The Washington Post vai lançar um canal gratuito, suportado através de anúncios, no Amazon Freevee, um serviço gratuito de streaming da Amazon. A novidade foi anunciada pelo próprio jornal.

“Washington Post Television” é o nome do canal que vai estar disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, e visa “trazer o seu jornalismo de confiança para novas audiências, fornecendo um destino adicional para as notícias de última hora à medida que estas acontecem, entrevistas exclusivas com jornalista e reportagens aprofundadas das linhas da frente“, refere a publicação norte-americana.

“Estamos entusiasmados por introduzir o jornalismo do The Post num serviço que tem um alcance tão incrível. No Amazon Freevee vamos ser capazes de alcançar audiências que estão a procurar notícias e entretenimento cada vez mais online“, refere Micah Gelman, diretor de vídeo no The Washington Post.

Segundo Gelman, este é um novo caminho a ser trilhado pelo Washington Post, para transmitir notícias de última hora “com a nossa incrível equipa de reportagem”, dirigida por Libby Casey, a qual traz consigo “uma compreensão profunda de um vasto conjunto de assuntos com a sua experiência em notícias de última hora, histórias políticas e grandes eventos. Estamos entusiasmados para que novas audiências procurem as suas reportagens durante momentos importantes”, afirmou.

O novo canal vai ser lançado no dia 6 de maio, por ocasião da coroação de Carlos III, evento que vai ser acompanhado em direto pela pivô Libby Casey, em Londres, em conjunto com as correspondentes Rhonda Colvin e Sarah Hewson (correspondente da realeza britânica). James Hohmann vai estar presente no exterior do Palácio de Buckingham de forma a transmitir em direto, a partir do local e ao minuto, as novidades daquele momento histórico.

Adicionalmente, o Washington Post Television também vai transmitir outros conteúdos, que incluem discussões com líderes de negócios a nível mundial, personalidades do setor do entretenimento e autores do Washington Post Live, a plataforma de jornalismo em direto do jornal.

O The Washington Post estabeleceu ainda uma parceria com a Amagi, uma empresa tecnológica. À Amagi caberá fornecer ferramentas como a Amagi Cloudport (para agendamento e reprodução e entrega na nuvem), Amagi Thunderstorm (plataforma de inserção de anúncios), Amagi Live (plataforma que gere a cobertura de eventos ao vivo e de última hora) ou a Amagi Ads Plus (plataforma que adiciona recursos de monetização).

O canal de streaming do The Washington Post estará disponível aqui. Não é necessária nenhuma subscrição, no entanto os utilizadores têm de registar-se no site e as possibilidades de visualização dependem de país para país.

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GLS Bank lança títulos para financiar independência jornalística na Europa de Leste

A ideia é que os investidores possam subscrever títulos pelo preço de mil euros, cada um. Os detentores de títulos têm garantido um retorno anual, sem risco, de 5% sobre o investimento.

O banco alemão GLS Bank encontra-se a vender títulos com o objetivo de investir em meios de comunicação em risco na Europa de Leste. Está previsto que esta medida beneficie tanto os investidores como os beneficiários.

Em parceria com o Media Development Investment Fund (MDIF) e a Dutch Pluralis, o GLS emitiu títulos no valor de cinco milhões de euros para apoiar financeiramente os meios de comunicação independentes daquela região e garantir a sua independência jornalística.

A ideia é que os investidores possam subscrever títulos pelo preço de mil euros, cada um. Os detentores de títulos têm garantido um retorno anual, sem risco, de 5% sobre o investimento em títulos de 10 anos.

A novidade é dada pela própria instituição bancária que refere que existem alguns governos na Europa central e de leste que estão a tentar influenciar os meios de comunicação dos seus países.

A Deutsche Welle (DW) avança inclusivamente com os exemplos específicos da Hungria e Polónia, onde “empresas afiliadas ao governo compraram algumas ou todas as ações de empresas de media, supostamente num esforço para manipular a opinião pública em favor dos partidos no poder, tal como é apontado pelos críticos”.

Segundo o ranking mundial da liberdade de imprensa da ONG Repórteres Sem Fronteiras, a Polónia, que em 2015 estava no 18.º lugar, caiu em 2023 para o 57º lugar. Já a Hungria encontra-se atualmente em 71.º.

No entanto, as empresas ameaçadas podem agora contar com esta nova solução de financiamento do GLS Bank, o “maior credor ético da Alemanha”, refere a DW. O banco investe exclusivamente em causas sociais e ecológicas.

Citado pela DW, o porta-voz da GLS, Aysel Osmanoglu, refere que o banco “quer ajudar a garantir que os cidadãos tenham acesso a informações independentes para que possam formar suas próprias opiniões”, acrescentando que a independência económica e um modelo de negócio viável são indispensáveis, razão pela qual é “importante” o trabalho da Pluralis.

A Pluralis é uma empresa que compra ações de empresas de notícias que produzem conteúdos independentes e de qualidade em países da Europa onde o pluralismo dos media se encontra em risco, de forma a garantir a sua independência a longo prazo. A empresa é gerida pelo MDIF, entidade que desde 1996 já investiu cerca de 250 milhões de euros em empresas de media em 46 países diferentes.

Além do capital a fundo perdido, o MDIF fornece serviços de consultoria para ajudar as organizações a construir negócios fortes e sustentáveis.

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Número de despedimentos coletivos cresce 20% no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 3 Maio 2023

A maioria dos processos de despedimento coletivo ocorreu na região de Lisboa e Vale do Tejo (42) e no Norte (32), seguindo-se o Algarve e o Centro, ambas com cinco processos.

As empresas com processos de despedimento coletivo concluídos no primeiro trimestre aumentaram 20% em termos homólogos, para 84, mas o número de trabalhadores despedidos caiu 10,3% totalizando 746, segundo dados da DGERT.

De acordo com a Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), no primeiro trimestre, a maioria dos processos de despedimento coletivo ocorreu na região de Lisboa e Vale do Tejo (42) e no Norte (32), seguindo-se o Algarve e o Centro, ambas com cinco processos.

O número de trabalhadores a despedir nos primeiros três meses do ano totalizava 784, mas foram efetivamente despedidos 746, a maioria dos quais mulheres (416). Sete trabalhadores viram o seu processo revogado e 31 foram abrangidos por outras medidas, não especificadas pela DGERT.

No ano passado, o número de despedimentos coletivos totalizou 330 e foram despedidos 3.033 trabalhadores. O trabalhador abrangido por um processo de despedimento coletivo tem direito a uma compensação de 12 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade (sem prejuízo de algumas normas transitórias aplicáveis a contratos anteriores a outubro de 2013).

As recentes alterações ao Código do Trabalho, que entraram em vigor este mês, preveem um aumento da compensação para 14 dias, aplicáveis a partir da entrada em vigor da lei. Já as empresas que efetuarem despedimentos coletivos após a entrada em vigor da lei, ficarão impedidas de recorrer a contratação externa (outsourcing) durante 12 meses para satisfazer necessidades que eram asseguradas pelos trabalhadores despedidos.

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Comissão política do PSD/Madeira aprova coligação com CDS-PP para as eleições regionais

  • Lusa
  • 3 Maio 2023

Comissão política do PSD/Madeira justifica coligação com CDS-PP com "manutenção da estabilidade que tem sido a regra na região" e a "experiência positiva dos últimos quatro anos".

A comissão política do PSD/Madeira aprovou esta quarta-feira a coligação entre os sociais-democratas e o CDS-PP para as próximas eleições legislativas regionais, que se realizam este ano em setembro ou outubro, anunciou o secretário-geral do partido na região, José Prada.

O dirigente social-democrata defendeu, após a reunião, que a Madeira “goza, atualmente, de estabilidade política no Governo, no parlamento e na maioria das autarquias”, o que “contrasta com os lamentáveis episódios e manobras de diversão” a que se assiste “no Governo socialista da República”.

É precisamente à luz da manutenção da estabilidade que tem sido a regra na região, e partindo da experiência positiva dos últimos quatro anos, que a comissão política aprovou a coligação PSD/CDS-PP para as eleições legislativas regionais que se vão realizar este ano e respetivo acordo de coligação”, afirmou.

José Prada considerou que ambos os partidos intensificam, através deste acordo, “aquela que é a defesa do interesse superior da região e a luta contra uma esquerda mergulhada numa profunda crise de identidade que já provou nada ter para dar aos madeirenses”. O PSD venceu as últimas eleições legislativas regionais, em setembro de 2019, mas perdeu a maioria absoluta com que governava a região, acabando por formar um executivo de coligação com o CDS-PP.

O secretário-geral do PSD/Madeira reforçou ainda que a estabilidade política na região “garante melhor capacidade para governar e para, ao mesmo tempo, responder e acautelar os interesses da população, assim como transmitir a confiança que é necessária aos agentes económicos”. Por outro lado, considerou, o Governo na República “encontra-se gravemente afetado na sua imagem, autoridade e credibilidade”, após “mais uma lamentável encenação e crise política”.

José Prada referia-se à polémica que envolve o ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o seu ex-adjunto Frederico Pinheiro, demitido há uma semana, sobre informações a prestar à Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP.

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EDP Renováveis assegura acordo de venda de energia verde nos EUA

  • ECO
  • 3 Maio 2023

A energia verde será produzida por um parque solar de 150 MWac no estado norte-americano do Texas.

A EDP Renováveis anunciou esta quarta-feira ao mercado um acordo de venda de energia verde (Power Purchase Agreement ou PPA) por 15 anos nos EUA. Esta energia será fornecida através de um “parque solar de 150 MWac” no Texas, que deve estar operacional no próximo ano, de acordo com o comunicado divulgado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Com este contrato, a empresa indica que garantiu cerca de metade dos 17GW “estabelecidos como objetivo de adições para o período de 2023-26 anunciado no Capital Markets Day da EDPR em março de 2023”.

Através destes acordos, a empresa refere que é reforçado o “seu perfil de baixo-risco e estratégia de crescimento baseado no desenvolvimento de projetos competitivos e com visibilidade de longo prazo, promovendo a aceleração da transição energética e a descarbonização da economia”.

A EDP Renováveis apresentou esta quarta-feira os resultados do primeiro trimestre deste ano, com um lucro de 65 milhões de euros, “em linha” com os 66 milhões obtidos no período homólogo.

Há uma semana, a EDPR tinha anunciado um outro contrato nos EUA, de 15 anos, para a venda de energia verde produzida “por um parque solar de 110 MWac no estado de Illinois”.

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Acionistas da Galp aprovam distribuição de 425,06 milhões em dividendos

Assembleia-geral da Galp aprovou a distribuição de dividendos no montante de 26 cêntimos por ação. Valor total dos dividendos a serem distribuídos é equivalente a 425,06 milhões de euros.

Os acionistas da Galp Energia aprovaram, no âmbito da assembleia geral anual, a distribuição de dividendos no montante de 26 cêntimos por ação, valor esse que, adicionado aos 26 cêntimos que já foram distribuídos a título de adiantamento em setembro passado, ascende assim a 52 cêntimos por ação.

De acordo com o comunicado divulgado esta quarta-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a proposta, que foi aprovada por unanimidade, indica que o valor total dos dividendos a serem distribuídos é equivalente a 425,06 milhões de euros.

Deste montante, 30,2 milhões serão entregues à Parpública, que gere as participações financeiras do Estado e detém 7% do capital social da Galp (correspondente a 58.079.514 ações), de acordo com os cálculos do ECO.

“O conselho de administração propõe, nos termos legais, que seja distribuído aos acionistas sob a forma de dividendos o montante de 0,26 euros por ação em circulação, que adicionando aos 0,26 euros ação já pago a titulo de adiantamento de lucros do exercício de 2022, totaliza um dividendo total a distribuir aos acionistas de 0,52 euros por ação”, lê-se na nota referente à assembleia geral da petrolífera que decorreu esta tarde.

“O valor remanescente do lucro líquido do ano deverá ser transferido para resultados acumulados”, sublinha a petrolífera nacional.

A petrolífera fechou o ano de 2022 com um resultado líquido de 881 milhões de euros, o maior da sua história e um crescimento de 93% face ao ano anterior. Observando só o desempenho do quarto trimestre, os lucros da Galp cresceram 143% em termos homólogos, para 273 milhões de euros.

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Sonaecom paga dividendo de 3 cêntimos por ação a 12 de maio

  • Ana Petronilho e Lusa
  • 3 Maio 2023

Pagamento aos acionistas será realizado a 12 de maio através da Caixa Geral de Depósitos.

A Sonaecom anunciou esta quarta-feira, em comunicado ao mercado, que vai pagar o dividendo bruto de 0,03 euros no próximo dia 12 de maio.

O dividendo líquido, para os acionistas que paguem IRS (28%), será de 0,021600 euros. No caso de empresas, o IRC de 25%, aumenta o dividendo líquido para 0,022500 euros.

O pagamento dos dividendos será realizado através da Central de Valores Mobiliários, com a Caixa Geral de Depósitos a ser o agente pagador.

“O montante correspondente às ações que, no dia do pagamento do montante global acima referido, pertencerem à própria sociedade, não será distribuído elos acionistas, ficando assim em outras reservas”, apontou a empresa.

No início de março a Sonaecom registou um lucro consolidado de 143 milhões de euros em 2022, mais 19% do que em 2021, de acordo com a informação comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No último ano, destacou-se a saída da Sonaecom da ZOPT, que passou a ser totalmente detida pela Unitel International Holdings e Kento Holding Limited, em troca da entrega de 26,07% do capital social e dos direitos de voto da NOS à Sonaecom.

 

 

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“A sustentabilidade é oportunidade para o setor segurador”

  • ECO
  • 3 Maio 2023

A relevância crescente da sustentabilidade traz consigo uma oportunidade para a reinvenção das estratégias das empresas, nomeadamente das seguradoras, afirma Aida Rodriguez Moral, da Accenture.

Aida Rodriguez Moral é Managing Director da Accenture, responsável pela área de sustentabilidade nos serviços financeiros na mercado da Ibéria, defende que existem vários papéis essenciais no desenvolvimento sustentável, nomeadamente o papel de segurador. “As empresas que conseguirem evoluir para um modelo de sustainability-by-design na sua atividade vão ter uma vantagem competitiva relevante e diferenciadora no mercado”, refere em entrevista por escrito ao ECO Seguros. Aida Rodriguez Moral é oradora na conferência que decorre esta quinta-feira em Lisboa sobre o setor segurador e a sustentabilidade.

Quando se fala que a sustentabilidade deve estar no ADN da indústria seguradora, deve concluir-se que todas as áreas, planos e ações ou geografias das companhias têm de considerar de igual modo a sustentabilidade na sua atitude?

Todas as indústrias devem responder à necessária intersecção de todas as dimensões inerentes ao seu negócio, incluindo a sustentabilidade. No caso das companhias de seguros, existem quatro papéis essenciais no desenvolvimento sustentável: o papel de segurador, o de gestor de riscos, o de empresa e o de investidor.

Nesta perspetiva, a sustentabilidade deve constar no centro da atividade, aliado ao poder da tecnologia por forma a gerar um valor verdadeiramente diferenciador. Hoje deparamo-nos com uma evolução notória e célere de todo o mercado, seja do lado da procura por produtos mais verdes, pela pressão regulatória referente ao cumprimento de metas sustentáveis ou pela mudanças nas carteiras de investimento.

Todas estas dimensões são globais e não apenas locais, o que nos leva a crer que as empresas que conseguirem evoluir para um modelo de sustainability-by-design na sua atividade vão ter uma vantagem competitiva relevante e diferenciadora no mercado.

Envolver stakeholders sem os penalizar é um desafio para as companhias? Os seguros estão a conseguir superar o gap de gerações, – mais velhos talvez mais céticos, mais novos aderentes desde que não seja mais caro – em relação ao modo como encaram a sustentabilidade?

O debate atual prende-se com a inclusão da sustentabilidade enquanto fator decisivo para o desenvolvimento económico. A título de exemplo, mais de 50% do PIB mundial depende de serviços provenientes na natureza, pelo que se torna urgente compreender as necessidades atuais e futuras no que a este tema diz respeito.

Deste modo, as empresas poderão traçar uma estratégia que considere não só os seus objetivos, como o ambiente, as causas sociais e a sociedade como um todo – o que por si só é valorizado por todas as gerações, ainda que o demonstrem de formas distintas.

Por outro lado, estamos diante de uma oportunidade relevante para o mercado segurador, uma vez que a maioria dos consumidores vive um paradoxo entre o que diz querer fazer e o que é efetivamente capaz de fazer. Em termos de sustentabilidade, esta premissa está bastante presente no nosso dia-a-dia, como a cada vez que se refere a bicicleta como um meio de transporte com menor impacto ambiental enquanto se conduz um automóvel altamente poluente. As companhias de seguros podem desempenhar um papel muito interessante, acompanhando os clientes nos seus paradoxos e dando-lhes incentivos para os resolverem (por exemplo, um seguro automóvel que custa menos à medida que se conduz menos).

O desafio para as companhias de seguros passa pela comunicação deste valor de forma assertiva e facilmente assimilável para todos os seus stakeholders que lhes permita interiorizar o beneficio genuíno desta revolução verde.

A reputação e comunicação, parecem decisivas. Tem mesmo de se parecer ou basta ser (mais sustentável)?

A sociedade tem evoluído para um modelo de responsabilização corporativa, o que permite que os consumidores assumam as suas escolhas – as quais resultam de um alinhamento entre valores e princípios pessoais e a sua representação nos produtos a que se associam. Neste sentido, as empresas precisam de incorporar as suas mensagens de sustentabilidade na estratégia apresentada ao cliente, posicionando-se, deste modo, num mercado que cada vez mais valoriza as temáticas de sustentabilidade.

Atualmente, o greenwashing apresenta-se como a principal ameaça na comunicação sobre sustentabilidade devido à falta de normas e de informação disponível. As empresas devem evitá-lo e gerir os riscos associados, os quais podem constar em alegações ou rótulos enganosos provenientes de fornecedores. É essencial que se domine a definição de “seguro sustentável” como ponto de partida para o desenvolvimento sustentável. A centralização da sustentabilidade nas estratégias e modelos de negócios não é apenas um imperativo climático, mas acima de tudo uma rede de segurança para um crescimento sólido, capaz de acrescentar uma camada extra de resiliência para as seguradoras. Não basta parecer (mais sustentável), é mesmo preciso ser (mais sustentável).

Para além do lado interno, as companhias têm de se posicionar para clientes. Na subscrição, ou não, de certos riscos e nos investimentos de ativos (em empresas igualmente sustentáveis) que realizam com o dinheiro dos clientes. A exigência legal e de imagem está a apertar a que velocidade? Está-se a perder negócio relevante?

A relevância crescente da sustentabilidade no panorama económico e social traz consigo uma oportunidade para a reinvenção das estratégias das empresas, nomeadamente das seguradoras, sendo altamente recomendável o uso de tecnologia e inovação para um crescimento robusto.

A taxonomia europeia representou uma “mudança de paradigma” em termos da definição de produtos sustentáveis e à medida que a sustentabilidade ganha espaço e relevância na economia, revela-se um custo de oportunidade crítico para as seguradoras que não adotem as melhores estratégias de ESG (Enviromental, Sustainability and Governance).

Ainda longe de ser um fator de “perda de negócios”, a pressão regulamentar representa uma oportunidade para o lançamento de novos produtos (por exemplo, seguros de transição: não se trata apenas de segurar atividades – ativos sustentáveis por definição).

Num outro prisma, as seguradoras têm também um papel muito interessante a desempenhar como consultores, nomeadamente no acompanhamento de empresas de setores com utilização intensiva de carbono em processos de transição e descarbonização. A indústria seguradora tem aqui um papel de liderança no mercado global sendo por isso importante que o encarem com confiança e naturalidade em todas as suas dimensões.

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Presidente da República promete que irá falar, mas não hoje

  • Lusa
  • 3 Maio 2023

Um dia depois de ter escalado o clima de tensão entre o primeiro-ministro e o Presidente da República por causa da demissão de Galamba, Marcelo diz que ainda não é momento para falar.

O Presidente da República prometeu que irá falar sobre a situação política do país, mas não esta quarta-feira, depois de ter manifestado a sua discordância em relação à decisão do primeiro-ministro de manter João Galamba como ministro das Infraestruturas.

Certamente que eu terei oportunidade de dizer aos portugueses o que é que penso, mas não agora, não agora, hoje não”, respondeu Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, na Calçada da Ajuda, em Lisboa, após sair do Palácio de Belém a pé para jantar num restaurante ali perto.

Na terça-feira à noite, Marcelo Rebelo de Sousa fez divulgar uma nota na qual realçou que “não pode exonerar um membro do Governo sem ser por proposta do primeiro-ministro” e afirmou que “discorda da posição deste quanto à leitura política dos factos e quanto à perceção deles resultante por parte dos portugueses, no que respeita ao prestígio das instituições que os regem”.

Nessa nota, publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet pelas 21:25, o chefe de Estado mencionou que ao apresentar o seu pedido de demissão João Galamba invocou “razões de peso relacionadas com a perceção dos cidadãos quanto às instituições políticas”, mas o primeiro-ministro “entendeu não o fazer, por uma questão de consciência, apesar da situação que considerou deplorável”.

O primeiro-ministro estava nesse exato momento a terminar uma conferência de imprensa na residência oficial de São Bento iniciada cerca das 20:50, na qual anunciou que não aceitava o pedido de demissão de João Galamba do cargo de ministro das Infraestruturas: “Trata-se de um gesto nobre que eu respeito, mas que em consciência não posso aceitar”.

António Costa considerou não poder imputar “qualquer falha” a João Galamba e repetiu vinte vezes a palavra “consciência” para justificar a sua decisão, pela qual se responsabilizou “em exclusivo”, admitindo estar provavelmente a agir contra a opinião da maioria dos portugueses e certamente dos comentadores.

“Aquilo que tem sido repetidas vezes dito é o contrário do que eu apurei. Tem sido dito que o ministro quis ocultar informação à comissão parlamentar de inquérito – é falso. Diz-se que o ministro deu ordens aos serviços de informações ou quis utilizar os serviços de informações – também é falso”, declarou.

O primeiro-ministro referiu ter informado o Presidente da República antes de anunciar publicamente a decisão de manter João Galamba como ministro das Infraestrutruras, ressalvou o respeito pelas opiniões e decisões do chefe de Estado, mas realçou que é sua a competência de propor a nomeação e exoneração de membros do Governo.

Esta decisão de António Costa foi anunciada cerca de meia hora depois de o ministro das Infraestruturas divulgar um comunicado a informar que “no atual quadro de perceção criado na opinião pública” tinha apresentado o seu pedido de demissão ao primeiro-ministro, “em prol da necessária tranquilidade institucional”.

Em reação a esta decisão, os presidentes do Chega, André Ventura, e da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, defenderam a dissolução do parlamento, enquanto o líder do PSD, Luís Montenegro, acusou António Costa de querer provocar eleições e disse que o seu partido não as pedirá, mas também não as recusa.

Nos últimos dias, o ministro das Infraestruturas esteve envolvido em polémica com o seu ex-adjunto Frederico Pinheiro, que demitiu na quarta-feira, sobre informações a prestar à Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP.

Em concreto, estão em causa notas tomadas por Frederico Pinheiro sobre uma reunião por videoconferência com a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, e elementos do grupo parlamentar do PS, em 17 de janeiro deste ano, véspera da sua audição na Comissão de Economia da Assembleia da República.

O caso envolveu denúncias contra Frederico Pinheiro por violência física no Ministério das Infraestruturas e furto de um computador portátil, depois de ter sido demitido, e a polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do Serviço de Informações e Segurança (SIS) na recuperação desse computador.

Nos últimos dias, Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se a comentar os relatos de violência dentro do Ministério da Infraestruturas, o recurso ao SIS neste caso e as versões contraditórias de João Galamba e do seu ex-adjunto sobre informações a prestar à comissão parlamentar de inquérito sobre a TAP.

O Presidente da República classificou este caso como uma matéria sensível de Estado sobre a qual iria em primeiro lugar falar com o primeiro-ministro.

Depois de António Costa falar à RTP na segunda-feira à noite, fazendo saber que na manhã seguinte iria falar pessoalmente com o ministro das Infraestruturas, o Expresso noticiou na madrugada de terça-feira que o chefe de Estado esperava que o primeiro-ministro demitisse João Galamba.

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Professores querem “acordo histórico” sobre tempo de serviço em 6 de junho

  • Lusa
  • 3 Maio 2023

A escolha do dia 6 de junho (06/06/2023) para realizar uma greve nacional e duas manifestações (em Lisboa e Porto) não foi inocente. Professores reclamam seis anos, seis meses e 23 dias restantes.

O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) disse esta quarta-feira que o dia 6 de junho será histórico, mas espera que o motivo seja um acordo com o Governo para a recuperação integral do tempo de serviço. “O dia vai ter história, mas nós gostaríamos que fosse aproveitado para resolver este problema”, disse Mário Nogueira, em representação da plataforma que junta nove organizações sindicais, incluindo também a Federação Nacional da Educação.

O líder da Fenprof falava aos jornalistas no final de um protesto que juntou cerca de meia centena de professores em frente à Assembleia da República, onde se ouviu o discurso proferido há precisamente quatro anos pelo primeiro-ministro, numa declaração ao país.

Ao Governo cumpre garantir a confiança dos portugueses nos compromissos que assumimos e a credibilidade externa do país. Nestas condições, entendi ser meu dever de lealdade institucional informar o Presidente da República e o presidente da Assembleia da República de que a aprovação em votação final global desta iniciativa parlamentar forçará o Governo a apresentar a sua demissão”, dizia António Costa, em 2019.

O projeto acabou por ser rejeitado e, passados quatro anos, os docentes ainda não recuperaram todo o tempo de serviço congelado e continuam a reclamar os seis anos, seis meses e 23 dias restantes. Por isso, a escolha do dia 6 de junho (06/06/2023) para realizar uma greve nacional e duas manifestações (em Lisboa e Porto) não foi inocente. E Mário Nogueira está confiante de que será uma data histórica.

Mário Nogueira quer, no entanto, que a data seja antes marcada por um acordo entre as organizações sindicais e o Ministério da Educação para a recuperação integral do tempo de serviço e acredita que, havendo vontade política, a negociação pode ser rápida.

“Pode o Governo, havendo vontade política nesse sentido, chegar finalmente ao acordo da recuperação do tempo de serviço e da dispensa das vagas. Tenham os governantes a coragem de tratar bem os professores”, disse o secretário-geral da Fenprof, recordando que os sindicatos já apresentaram uma proposta concreta para a recuperação faseada, até ao final da legislatura, e o fim das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões.

Estamos abertos e podemos ir além da legislatura, se se confirmar que não há suporte financeiro para ser em três anos, mas não estamos disponíveis para ser zero”, acrescentou. O líder da Fenprof disse ainda que, se o ministro da Educação acredita que a reivindicação é justa e legítima, como já afirmou anteriormente, “tem de pensar bem para quê continuar ali a gerir um problema para o qual não tem solução”.

Entre os professores que estiveram concentrados em frente à Assembleia, repetiam-se os relatos de docentes prejudicados pelo congelamento da carreira. Alguns já estariam no último escalão, mas com mais de 30 anos de serviço continuam no 8.º. Outros estariam agora a aproximar-se do topo da carreira, mas vão ainda a meio.

É o caso de Nelson Delgado, professor de Português há 33 anos, que estaria hoje no 9.º escalão, mas devido ao congelamento da carreira e à existência de vagas de acesso para os 5.º e 7.º escalões, continua a aguardar a progressão no 6.º. “Nunca chegarei ao topo da carreira”, lamentou o docente, considerando que a recusa do Governo é apenas política, mas garantindo que, desta vez, os professores não vão recuar.

Rui Inácio, por outro lado, era dos poucos docentes no protesto que conseguiu alcançar o 10.º escalão. Professor de Educação Visual e Tecnológica há 45 anos, não compreende a posição do executivo e sublinha que a decisão está a prejudicar muitos dos seus colegas.

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