Olaf Scholz e Felipe González nas comemorações dos 50 anos do PS na quarta-feira

  • Lusa
  • 14 Abril 2023

As celebrações começam na quarta-feira, 19 de abril, quando passam exatamente 50 anos desde a fundação do Partido Socialista em Bad Münstereifel, na Alemanha.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o ex-primeiro-ministro espanhol Felipe González vão participar num jantar comemorativo dos 50 anos do PS, na próxima quarta-feira no pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa. De acordo com uma nota divulgada pelo partido, as celebrações começam na quarta-feira, 19 de abril, quando passam exatamente 50 anos desde a fundação do Partido Socialista em Bad Münstereifel, na Alemanha.

No jantar do pavilhão Carlos Lopes irão intervir, além de Scholz (dirigente dos sociais-democratas alemães – SPD) e de González (ex-líder do PSOE espanhol), o secretário-geral do PS, António Costa, o presidente do partido, Carlos César, e o ex-presidente da Assembleia da República Jaime Gama.

Desde que abandonou as funções de presidente da Assembleia da República, em junho de 2011, Jaime Gama afastou-se da primeira linha da vida política e não voltou a ter qualquer intervenção de caráter partidário. Na quarta-feira vai também realizar-se no Cemitério dos Prazeres uma homenagem ao antigo Presidente da República e líder do PS Mário Soares e a Maria Barroso.

De seguida, na sede nacional em Lisboa, serão oficialmente declaradas abertas as comemorações numa sessão que contará com a inauguração da galeria de exposições “19 de Abril”, a exposição “Os cartazes do Partido Socialista: uma história para o futuro” e o lançamento do selo oficial alusivo ao cinquentenário da fundação do PS.

No final da semana, no pavilhão Rosa Mota, no Porto, haverá outra sessão na qual deverão discursar o histórico socialista Manuel Alegre, o presidente da Internacional Socialista e chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, assim como o presidente do Partido Socialista Europeu (PSE), Stefan Lofven.

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Caso EDP: Advogados de Pinho e Salgado criticam falta de justiça na instrução

  • Lusa
  • 14 Abril 2023

Os advogados de Manuel Pinho e de Ricardo Salgado criticaram a decisão instrutória do Caso EDP, no qual os arguidos vão a julgamento por todos os crimes de que são acusados.

Os advogados do ex-ministro Manuel Pinho e do antigo presidente do BES Ricardo Salgado criticaram esta sexta-feira a decisão instrutória do Caso EDP, no qual os arguidos vão a julgamento por todos os crimes de que são acusados.

Em declarações aos jornalistas à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), o mandatário do ex-banqueiro, Francisco Proença de Carvalho, assumiu que já esperava esta decisão da juíza Gabriela Assunção, ao salientar que “não houve instrução” e que esta fase consistiu numa “tentativa de revogar uma lei que ainda está em vigor e que diz que os arguidos têm direito a requerer a abertura de instrução e a ter uma instrução efetiva”.

“No primeiro momento em que os arguidos têm uma oportunidade de se defender perante um juiz — que é um juiz das garantias e dos princípios do Estado de Direito -, isso foi-lhes negado na prática. Podemos dizer que formalmente houve uma instrução, na prática, não. Para mim, sinceramente, temos todos de ponderar muito bem o papel de cada um na justiça“, frisou.

Já o advogado do antigo governante, Ricardo Sá Fernandes, considerou que, “desta vez, não se fez” justiça, assegurando, porém, que vai continuar a lutar nos tribunais. “Espero que no julgamento o doutor Manuel Pinho tenha direito à justiça que não teve aqui”, resumiu.

Manuel Pinho, a sua mulher, Alexandra Pinho, e Ricardo Salgado vão a julgamento no Caso EDP “nos exatos termos da acusação”, segundo a decisão instrutória hoje proferida pela juíza Gabriela Assunção.

O antigo ministro da Economia (entre 2005 e 2009) vai responder em tribunal por um crime de corrupção passiva para ato ilícito, outro de corrupção passiva, um crime de branqueamento de capitais e um crime de fraude fiscal.

Por sua vez, Alexandra Pinho foi acusada – em concurso efetivo e coautoria material com o marido – de um crime de branqueamento de capitais e outro de fraude fiscal, enquanto o antigo presidente do BES será julgado por um crime de corrupção ativa para ato ilícito, um crime de corrupção ativa e outro de branqueamento de capitais.

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Feira de Emprego do Centro vai contratar talentos na área do turismo

Coimbra vai ser palco do "maior evento de empregabilidade nacional" na área do turismo, numa iniciativa da Bolsa de Empregabilidade e que conta com a participação de meia centena de empresas do setor.

Depois de Lisboa, Porto e Algarve, chegou agora a vez da cidade de Coimbra acolher, a 9 de maio, a primeira edição da Feira de Emprego do Centro, numa iniciativa da Bolsa de Empregabilidade, e com a participação de meia centena de empresas para facilitar a contratação na área do turismo.

Considerado “o maior evento de empregabilidade nacional”, este certame vai decorrer no Convento São Francisco e conta com sete anos de existência, tendo já acelerado o processo de contratação e identificação de talento de milhares de candidatos, segundo a Turismo Centro de Portugal, que apoia este ano a iniciativa juntamente com a Câmara Municipal de Coimbra.

Segundo o presidente da Associação Fórum Turismo e Fundador da Bolsa de Empregabilidade, António Marto, este evento “reúne duas forças: a de quem procura trabalho na área do turismo e a de quem procura identificar talentos neste setor”.

Uma Feira de Emprego como esta é fundamental para se manter alta a fasquia da qualidade do saber receber, da hospitalidade.

Pedro Machado

Presidente da Turismo Centro de Portugal

Os candidatos são oriundos de instituições de ensino superior e profissional das áreas de turismo, além de desempregados identificados pelo IEFP, empregados atuais em processo de captação de novos desafios e todos os interessados no desenvolvimento de networking e aproximação do setor, avança a Turismo Centro de Portugal.

A importância deste evento também foi destacada pelo presidente da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Carlos Moura, uma vez que “o turismo é uma das principais atividades mundiais, e aquela que reage mais depressa às adversidades”.

Já a diretora coordenadora da formação do Turismo de Portugal, Ana Paula Pais, defendeu, por sua vez, a necessidade de “cativar os profissionais, em especial os jovens, para este setor”. Mais, justificou Ana Paula Pais, “é preciso mostrar aos jovens que é um setor profundamente gratificante, em que existe uma rápida progressão na carreira”.

O presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, elencou a “hospitalidade como um dos maiores ativos e um dos fatores que distinguem Portugal a nível internacional”. Por isso mesmo, é apologista que “uma Feira de Emprego como esta é fundamental para se manter alta a fasquia da qualidade do saber receber, da hospitalidade”.

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Montenegro rejeita coligações ou apoio de “políticos racistas, xenófobos ou populistas”

  • Lusa
  • 14 Abril 2023

Montenegro acrescentou que não vai ter o apoio político de quem tenha "posições populistas demagógicas". "E, sobretudo, eu não quero no meu governo imaturidade, nem irresponsabilidade", disse.

O presidente do PSD rejeitou esta sexta-feira, em entrevista à CNN Portugal, que o partido possa fazer acordos de Governo ou ter o apoio de “políticas ou políticos racistas ou xenófobos, oportunistas ou populistas”. Num excerto da entrevista já disponibilizada online no site da estação televisiva, e que será transmitida na íntegra a partir das 22:00, Luís Montenegro foi desafiado pela jornalista Maria João Avillez a clarificar as relações com o partido Chega.

“Quero garantir uma coisa aos portugueses: não vamos ter no Governo nem políticas nem políticos racistas, nem xenófobos, nem oportunistas, nem populistas. Ou apoio político, se quiser”, assegurou o presidente do PSD. Luís Montenegro acrescentou ainda que não vai ter o apoio político de quem tenha “posições populistas demagógicas”: “E, sobretudo, eu não quero no meu governo imaturidade, nem irresponsabilidade”, acrescentou.

Neste excerto, o presidente dos sociais-democratas reiterou que entende – ao contrário do que tem dito o Presidente da República – que o PSD já é alternativa ao Governo do PS. “Há uma alternativa e eu sou a alternativa, com o meu partido, o PSD. Isto é tão claro que, mesmo o argumento que é usado e que vale o que vale, o das sondagens, induz precisamente que essa alternativa existe”, disse.

Na próxima terça-feira, Luís Montenegro vai ter uma audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, depois de uma semana em que divergiram publicamente sobre se o PSD é já ou não uma alternativa ao Governo.

O Presidente da República voltou a afastar no início da semana a hipótese de dissolução, invocando a conjuntura e falta de “uma alternativa óbvia em termos políticos”, e Luís Montenegro respondeu dois dias depois indiretamente a Marcelo Rebelo de Sousa, que tinha assegurado não estar no bolso nem do Governo nem da oposição.

“O PSD e o seu líder não estão no bolso de ninguém, têm total independência na sua ação política e o PSD assegura ao país, aos portugueses e ao Presidente da República que é alternativa ao Governo do PS e que estamos prontos para assumir todas as consequências de ser alternativa quando for oportuno”, afirmou Montenegro, na quarta-feira.

Um dia depois, o chefe de Estado prometeu avisar se um dia mudar de posição sobre a questão da alternativa política e interrupção da legislatura, confrontado com a afirmação do presidente do PSD de que está pronto para ser Governo. “Quando eu tiver a dizer sobre essa matéria uma posição do Presidente diferente, eu direi (…) Opiniões há muitas. A posição do Presidente, quem tem de decidir é o Presidente”, acrescentou Marcelo.

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Bruno Aragão é o novo coordenador do PS na comissão de inquérito da TAP

  • Lusa
  • 14 Abril 2023

O deputado socialista Bruno Aragão é novo coordenador do PS na comissão de inquérito à gestão da TAP, substituindo Carlos Pereira no cargo.

O deputado socialista Bruno Aragão é novo coordenador do PS na comissão de inquérito à gestão da TAP, substituindo Carlos Pereira no cargo, disse à Lusa fonte parlamentar do partido. Bruno Aragão foi eleito na última legislatura pelo círculo eleitoral de Aveiro e já integrava a comissão de inquérito da TAP.

Além de Bruno Aragão, o PS é representado na comissão de inquérito pelos deputados Ana Bernardo, Hugo Carvalho, Hugo Costa, Maria de Fátima Fonseca, Rita Borges Madeira e Vera Braz (como efetivos). Já como suplentes, estão os deputados socialistas Miguel Matos e Cristina Sousa.

Na quinta-feira à noite, o coordenador dos deputados do PS na comissão de inquérito à TAP, Carlos Pereira, anunciou que deixaria todas as funções neste órgão parlamentar, após uma notícia de alegado favorecimento do Correio da Manhã.

Em conferência de imprensa esta manhã, Carlos Pereira salientou que tomou esta decisão para dar a “tranquilidade necessária” à comissão de inquérito, e acabar com um “clima de suspeição”.

Esta decisão surgiu na sequência de uma notícia avançada na quinta-feira pelo jornal Correio da Manhã sobre um alegado perdão de parte (66 mil euros) de uma dívida de Carlos Pereira enquanto avalista de uma empresa que faliu em 2015.

Esta manhã o deputado do PS defendeu que “é falso que tenha havido um perdão” da dívida, rejeitando também qualquer tipo de favorecimento ou incompatibilidades por ter participado na comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, entre 2016 e 2017.

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Parlamento aprova limites à cobrança de comissões bancárias

  • Lusa
  • 14 Abril 2023

O diploma, que resulta de projetos apresentados pelo PS e pelo PAN, foi aprovado com a abstenção da Iniciativa Liberal e o voto favorável dos restantes partidos.

O parlamento aprovou esta sexta-feira, em votação final global, um diploma que limita a cobrança de comissões bancárias e duplica o número de transferências no homebanking ou de aplicações próprias, sem custos, nas contas de serviços mínimos.

O diploma, que resulta de projetos apresentados pelo PS e pelo PAN, foi aprovado com a abstenção da Iniciativa Liberal e o voto favorável dos restantes partidos. Por outro lado, fica também limitada a cobrança de comissões em mudanças de titularidade das contas, caso de morte de um dos cônjuges e nos processos de habilitação de herdeiros. Entre as propostas do PAN que foram vertidas no texto está a duplicação, das atuais 24 para 48, das transferências sem custo, efetuadas através de homebanking ou de aplicações próprias, nas contas de serviços mínimos.

A não cobrança de comissões nestas contas passa, assim, a incluir “as transferências intrabancárias, as transferências efetuadas através de caixas automáticos, 48 transferências interbancárias, por cada ano civil, efetuadas através de homebanking ou de aplicações próprias, cinco transferências, por cada mês, com o limite de 30 euros por operação, realizadas através de aplicações de pagamento operadas por terceiros”.

O diploma inclui ainda uma outra alteração proposta pelo PAN no âmbito do regime que permite o resgate antecipado de planos-poupança reforma até ao limite mensal de um Indexante de Apoios Sociais (e que vigora até ao final deste ano) e que passa a permitir a utilização deste dinheiro “para efeitos de reembolso antecipado dos contratos de crédito nele referidos até ao limite anual de 12 IAS”.

As novas regras no âmbito das comissões preveem ainda, tal como propôs o PS, que, enquanto dure o regime transitório que facilita a renegociação de créditos (para fazer face ao aumento das taxas de juro), os bancos não podem exigir na renegociação a compra de serviços ou produtos associados (seguros, cartões de crédito ou mesmo bens materiais, como cabaz de alimentos).

Em matéria de comissões, e por proposta dos socialistas, os bancos ficam impedidos de as cobrar não só no âmbito de alterações de titularidade das contas à ordem na sequência de morte de um dos conjugues, mas também em caso de divórcio, dissolução de união de facto, ou nos processo de “remoção de titulares falecidos”, bem como aquando da “alteração dos titulares, representantes e demais pessoas com poderes de movimentação de contas de depósito à ordem tituladas por condomínios de imóveis, por instituições particulares de solidariedade social (…), ou por pessoas coletivas a quem tenha sido reconhecido o estatuto de utilidade pública (…)”.

Por outro lado, os bancos deixam de poder cobrar “quaisquer comissões” por “fotocópias de documentos da instituição que respeitem ao consumidor”, “emissão de segunda via de extratos bancários ou outros documentos”, sendo que no âmbito de depósito de moedas, “as instituições de crédito não podem cobrar comissões superiores a 2% do valor da operação”.

Entre as medidas hoje aprovadas inclui-se ainda o fim da cobrança de comissões abusivas a todos os clientes que tenham crédito, alterando-se a lei de 2020 que previa o fim de algumas comissões bancárias abusivas mas que apenas vigora para contratos feitos a partir de janeiro de 2021.

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Centro para a Economia e Inovação Social é “instrumento poderoso”

  • ECO e Lusa
  • 14 Abril 2023

Ana Mendes Godinho diz que o Centro para a Economia e Inovação Social, na Guarda -- que já tem 10 milhões disponíveis --, é um “instrumento poderoso” para a economia social.

“A economia social passa hoje a ter um instrumento poderoso de união e de transformação dedicado às competências, no ano, aliás, em que a Europa está a comemorar as qualificações de todos os trabalhadores”, começou por afirmar a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, durante a cerimónia de inauguração do Centro para a Economia e Inovação Social (CEIS), que tem a sede no edifício da Segurança Social, na Guarda.

O primeiro centro protocolar de formação profissional para o setor da economia social já tem disponíveis cerca de 10 milhões de euros para os “primeiros anos de atividade” e foi lançado esta sexta-feira, na Guarda, pelos Governos de Portugal e de Espanha. Este centro vai permitir capacitar entidades da economia social, mediante a realização de formação profissional e de reconhecimento, validação e certificação de competências, no sentido de qualificar e requalificar os trabalhadores e respetivos dirigentes e gestores.

É também um instrumento poderoso de união entre organizações, entre pessoas, entre os dois países.

Ana Mendes Godinho

Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social

Segundo Ana Mendes Godinho, o CEIS “é também um instrumento poderoso de união entre organizações, entre pessoas, entre os dois países“. No seu discurso, a ministra acrescentou ainda que o novo organismo também é “um instrumento de transformação“, porque “contará com todo o apoio para inovar, capacitar e modernizar a economia social, em linha com o que é evidente do ponto de vista da sua importância na sociedade”.

Ana Mendes Godinho lembrou que em Portugal e em Espanha “a economia social representa mais de 6% do emprego“, o que “mostra bem a importância e como é uma alavanca de desenvolvimento, de criação de emprego e de oportunidades”.

A ministra referiu ainda que a economia social “é mesmo um dos principais impulsionadores da capacidade de atração e de fixação de pessoas” nos territórios de baixa densidade. Mais, reiterou a governante: “Este centro é poderoso e é uma oportunidade para demonstrarmos o poder da economia social”.

Já Yolanda Díaz, segunda vice-presidente do Governo de Espanha e ministra do Trabalho e da Economia Social naquele país, destacou, por sua vez, a importância do projeto que envolve os dois países e admitiu que o CEIS “vai ser uma referência na Europa e também no mundo“.

Vai ser uma referência na Europa e também no mundo.

Yolanda Díaz

Segunda vice-presidente do Governo de Espanha e ministra do Trabalho e da Economia Social

O CEIS resulta de uma parceria entre o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES), a Confederação Portuguesa de Economia Social (CPES), o Centro de Estudos Ibéricos (CEI) e o Instituto da Segurança Social (ISS).

Do lado de Espanha, os parceiros diretos ou indiretos são a Confederação Empresarial Espanhola da Economia Social (CEPES), o Centro Internacional de Investigação e Informação em Economia Pública, Social e Cooperativa (CIRIEC), a Direção-Geral do Trabalho Independente, Economia Social e Responsabilidade Social da Empresa (DGTAESRSE), o Serviço Público de Emprego do Estado (SEPE) e a Fundação Estatal para a Formação no Emprego (FUNDAE).

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Walk Talks. Preconceito não é sobre o outro, é sobre nós

  • Trabalho
  • 14 Abril 2023

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem vindos à Walk Talks.

“Tendemos a pensar que o preconceito é sobre o outro. Mas não. Preconceito é sobre nós”, afirma Nuno Santos Fernandes. Admitindo que é “praticamente impossível” não termos preconceitos, o partner e mentor da Walking Mentorship diz que o primeiro passo é reconhecê-lo, em vez que fingirmos que não os temos (esse é, para si, o pior erro).

João Perre Viana, também partner e mentor da Walking Mentorship, acrescenta ainda aquele que lhe parece ser um sinal importante para percebermos se estamos a entrar no domínio do preconceito: a repetida utilização de linguagem absoluta, ou seja, os ‘nunca’, ‘sempre’, ‘completamente’, ‘totalmente’, ‘absolutamente’ e por aí fora. “Normalmente dá sinal de ‘atenção, se calhar estou a cair nesta tentação'”, refere.

O Walk Talks desta semana é sobre o preconceito, e a sugestão é o livro “Born to Walk: The Transformative Power of a Pedestrian Act”, de Dan Rubinstein.

http://videos.sapo.pt/sMBnyt1doHzAPVwfQa7L

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Lacoste e Netflix lançam coleção de roupa em conjunto

A coleção está disponível nas lojas físicas da Lacoste e nas lojas digitais de ambas as marcas.

A Lacoste e a Netflix uniram esforços e criaram uma coleção de roupa baseada em algumas das produções da plataforma, com pormenores alusivos a cada série.

Vai ser possível agora encontrar roupa e acessórios da Lacoste inspiradas nos estilos das séries “Stranger Things”, “Bridgerton”, “Lupin”, “A Casa de Papel”, “The Witcher”, “Sex Education”, “Shadow and Bone” ou “Elite”. Entre polos, sweatshirts, calçado ou bonés, são várias as peças reveladas e entretanto já disponibilizadas pela marca do crocodilo.

O logótipo da Lacoste conta também com pormenores alusivos a cada série. Por exemplo, no caso da roupa inspirada na série “Stranger Things”, a cabeça do crocodilo foi trocada pela de um Demogorgon, uma criatura que aparece na série da Netflix. Já nos artigos relacionados com a série “Bridgerton”, o crocodilo ostenta uma grande peruca.

Nós consideramos que os produtos podem ser um veículo forte de storytelling e esta parceria com a Lacoste apresenta uma oportunidade única de combinar os mundos da moda e do entretenimento” considera Josh Simon, vice-presidente de produtos de consumo da Netflix, citado em comunicado.

“Esta coleção é uma forma apelativa e criativa de os fãs expressarem o quanto gostam das nossas histórias e personagens”, acrescenta Josh Simon.

Por parte da Lacoste, Catherine Spindler, CEO adjunta, diz que esta colaboração “resultou num encontro único entre dois mundos e duas referências globais de criatividade e inovação, ambas com um poder incomparável de unir as diferentes comunidades. A coleção nascida desta colaboração é o resultado deste poderoso encontro, dos nossos códigos de conduta, influências e conhecimento”.

A agência responsável pela criatividade da campanha é a BETC Paris.

A coleção já está disponível nas lojas físicas da Lacoste e na lojas digitais de ambas as marcas.

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Ministra da Coesão diz que o Governo “garantidamente quer a regionalização”

  • Lusa
  • 14 Abril 2023

Ministra da Coesão Territorial diz que o Governo "garantidamente quer a regionalização" e culpa o PSD pela não realização do referendo em 2024.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, afirmou esta sexta-feira, em Vila Nova de Famalicão, que o Governo “garantidamente quer a regionalização” e culpou o PSD pela não realização do referendo em 2024. Segundo a governante, o referendo fica agora “para quando houver maioria na Assembleia da República que o aprove“.

“Para fazermos o referendo, temos de ter, no mínimo, maioria de dois terços na Assembleia da República. O PS não tem esses dois terços e, mesmo que tivesse, parece-me que teríamos de procurar, mesmo assim, ter uma base política alargada. Não se deve fazer uma reforma administrativa tão importante para o país sem termos o principal partido da oposição profundamente envolvido”, frisou Ana Abrunhosa.

Ana Abrunhosa lembrou que o líder do PSD, Luís Montenegro, entendeu que 2024 não seria o ano indicado para o referendo à regionalização. “A seguir, os anos também são anos complexos em termos de eleições”, acrescentou.

A ministra diz que sente “todos os dias, no terreno”, que os autarcas e as regiões querem a regionalização, para acrescentar que, enquanto não há condições para fazer o referendo, a aposta tem de passar pela descentralização. “Temos que robustecer e limar arestas da descentralização”, assumiu.

Neste ponto, a ministra destacou que a reorganização das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) “é muito importante” nesse caminho, “porque dá racionalidade à organização dos serviços”.

“Com o processo de descentralização e de reorganização das CCDR podemos também ir demonstrando que muitos dos receios que os portugueses têm com a regionalização não vão acontecer”, assegurou a governante.

A ministra falava durante uma visita ao Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE).

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EDP. Manuel Pinho e Ricardo Salgado vão a julgamento por corrupção

O antigo ministro da Economia, Manuel Pinho, a mulher, Alexandra Pinho, e o ex-banqueiro Ricardo Salgado vão a julgamento por corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.

Manuel Pinho, Alexandra Pinho e Ricardo Salgado vão a julgamento pelo caso EDP. A decisão instrutória – que tem como arguidos o antigo ministro da Economia Manuel Pinho, a mulher, Alexandra Pinho, e o antigo presidente do BES Ricardo Salgado – foi conhecida esta sexta-feira, no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC). Manuel Pinho vai continuar em prisão domiciliária.

“Decide-se pronunciar os arguidos nos exatos termos da acusação”, afirmou a juíza Gabriela Assunção na leitura da decisão. O antigo ministro da Economia, Manuel Pinho, a mulher, Alexandra Pinho, e o ex-banqueiro Ricardo Salgado vão a julgamento por corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.

O antigo ministro da Economia (2005-2009) Manuel Pinho foi acusado neste processo de um crime de corrupção passiva para ato ilícito, outro de corrupção passiva, um crime de branqueamento de capitais e um crime de fraude fiscal.

Alexandra Pinho foi acusada, em concurso efetivo e coautoria material com o marido, de um crime de branqueamento de capitais e outro de fraude fiscal, e o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, foi acusado por um crime de corrupção ativa para ato ilícito, um crime de corrupção ativa e outro de branqueamento de capitais.

 

Gabriela Assunção rejeitou todas as diligências pedidas pelas defesas dos arguidos e a audição de 68 testemunhas, das quais 36 do ex-presidente do BES, 29 de Manuel Pinho e três de Alexandra Pinho. A juíza recusou também a realização de uma perícia médica que comprove a doença de Alzheimer pedida pela defesa do ex-banqueiro, considerando que essa perícia seria “manifestamente contrária aos fins da instrução” e que isso não iria interferir com uma eventual pronúncia do arguido para julgamento.

A investigação do caso EDP centrou-se nas suspeitas de favorecimento do Governo, na altura de José Sócrates, à EDP. Mas com o decorrer da investigação várias outras suspeitas foram nascendo, como a dos subornos superiores a cinco milhões de euros de Salgado, ex-líder do BES, a Manuel Pinho, à data ministro da Economia de Sócrates.

Manuel Pinho, Ricardo Salgado

“Nem instruções de dois anos, nem instruções de duas horas. Não devemos querer nem umas nem outras. Uma instrução de duas ou três horas não é uma instrução, como as instruções de dois ou três anos, infindáveis, também não servem a justiça”, afirmou então Ricardo Sá Fernandes, advogado de Manuel Pinho, à saída do TCIC, em Lisboa.

Estas críticas foram corroboradas por Francisco Proença de Carvalho, advogado de Ricardo Salgado, que notou que “os arguidos não tiveram direito a nada” e que as defesas vieram ao debate instrutório para “cumprir calendário”.

Durante o debate instrutório, também o advogado Manuel Magalhães e Silva, mandatário de Alexandra Pinho, considerou que a juíza não estava em condições de apreciar os indícios invocados pelo MP, argumentando que no período que durou a instrução isso “é manifestamente impossível”.

O que foi dito no debate instrutório?

No debate instrutório o Ministério Público pediu a ida a julgamento dos três arguidos por todos os crimes que constam da acusação. Os procuradores do MP, Carlos Casimiro e Hugo Neto, reiteraram a existência de um acordo corruptivo entre o antigo ministro da Economia e o ex-presidente do BES.

“Trata-se de corrupção da mais grave e ao mais alto nível”, referiu o procurador Hugo Neto, que salientou a “confissão do recebimento de meio milhão de euros” do Grupo Espírito Santo por Pinho, além de cerca de 15 mil euros por mês enquanto ocupou o cargo de ministro. “Só isso já justificava a pronúncia por corrupção, pelo que o desfecho da instrução só pode ser este, além da pronúncia por branqueamento”, sublinhou.

Já a defesa de Ricardo Salgado, o advogado Francisco Proença de Carvalho, nas alegações finais criticou a juíza Gabriela Assunção por ter rejeitado todas as diligências pedidas pelas defesas para a fase de instrução e assumiu ter pensado em não dizer nada por entender que o debate instrutório era “para cumprir calendário”.

“Teria trazido outros temas se tivéssemos tido uma instrução. Não havendo instrução, não vai esta defesa cavalgar numa instrução que parece um mero exercício formal para uma decisão que já todos esperamos”, disse. O advogado sublinhou não ter dúvidas de que a “única resposta que defende o estado de Direito é a não-pronúncia de Ricardo Salgado e é isso que pedimos”.

Francisco Proença de Carvalho realçou o que disse ser uma evolução da posição do MP sobre uma perícia médica e salientou que “não era inútil” ter uma perícia nesta fase processual. “A situação de saúde de um arguido tem de ser considerada em qualquer fase do processo e tem direito a defender-se na fase de instrução. Demos um passo em frente, pelo menos hoje, com o MP a admitir que deve ser sujeito a perícia independente”, afirmou.

Por outro lado, a defesa de Manuel Pinho apresentou um protesto. O advogado Ricardo Sá Fernandes defendeu que os atos instrutórios pedidos pelo arguido “eram suscetíveis de poder ser levados a cabo em poucos dias”, enquanto o MP conduziu um “inquérito que demorou mais de 10 anos a ser concluído”.

Ricardo Sá Fernandes lembrou uma nulidade invocada sobre uma eventual constituição irregular de Pinho como arguido para explicar que, se houver uma prescrição de crimes por essa circunstância, os procuradores é que “têm de ir para o pelourinho da opinião pública”.

“Deu como bom e assente o prato que o Ministério Público lhe serviu, sem dar conta das suas incongruências e inconsistências. A outro tempo, não deu aos arguidos o direito de se defenderem”, disse o advogado que notou que a magistrada “delimitou a presente instrução em termos que consubstanciam uma verdadeira denegação de justiça”.

Ricardo Sá Fernandes reiterou também que o ex-governante já assumiu que recebeu verbas sem declarar fiscalmente e que “tem hoje a perfeita consciência de que fez mal”, mas lembrou que esse era um sistema de pagamento usado no BES, que as verbas foram regularizadas e que recusa assumir o rótulo de corrupto, sublinhando que nomeá-lo como “criado de Ricardo Salgado é uma calúnia” para os dois arguidos.

Manuel Pinho responde perante a Comissão Parlamentar de Inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de electricidade – 20DEZ18Hugo Amaral/ECO

“Esta histórias das vantagens concedidas por Pinho ao GES são uma pura fantasia de vossas excelências, arranjada à última hora quando a história dos CMEC vos fugiu”, considerou o advogado aos procuradores, em alusão à investigação que esteve na origem do caso e que acabou por ser separada para outro processo.

Por último, a defesa de Alexandra Pinho apontou “prepotência e arbítrio” ao MP, questionando quais as provas para se indicar que a mulher do ex-governante faria parte do suposto pacto corruptivo com Ricardo Salgado, e que os autos relativos à arguida devem ser arquivados na decisão instrutória, seja por ausência de provas, seja por prescrição do crime.

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Eixo Atlântico apoia ligação de alta velocidade a Espanha por Trás-os-Montes

  • Lusa
  • 14 Abril 2023

A associação Eixo Atlântico manifestou apoio à reivindicação dos autarcas transmontanos de uma futura ligação ferroviária de alta velocidade a Espanha pela região de Trás-os-Montes.

“A comissão executiva do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular apoia a posição de Bragança e de vários municípios de Trás-os-Montes e Alto Douro relativa à exigência da passagem da alta velocidade ferroviária na região e a sua posterior ligação a Espanha”, avançou esta sexta-feira a Câmara Municipal de Bragança liderada por Hernâni Dias.

O município informa, em comunicado, que a posição da associação que junta cidades do norte de Portugal e da Galiza, em Espanha, foi assumida numa reunião do conselho executivo, realizada na quinta-feira, em Bragança.

Em causa está uma reivindicação assumida pela Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes de que o Plano Ferroviário Nacional (PFN) aposte numa linha Porto-Bragança-Zamora-Madrid, como corredor internacional, ao invés da prevista entre Aveiro e Salamanca. Esta posição já foi apresentada ao Governo e na discussão pública do PFN.

“Vários municípios, não só de Trás-os-Montes e Alto Douro, mas também da Área Metropolitana do Porto, têm defendido uma ligação ferroviária que cumprisse o objetivo que o governo tinha definido — a ligação das capitais de distrito, no caso particular de Vila Real e Bragança, e a ligação a Espanha”, refere a autarquia.

A Câmara sustenta que, “além de várias premissas que a favorecem, Bragança tem uma linha de alta velocidade a 40 quilómetros, do outro lado da fronteira (em Puebla de Sanábria), e faz todo sentido que o PFN possa ser implementado de forma efetiva no território, fomentando a ligação entre dois países”, Portugal e Espanha.

Segundo a autarquia, “o Eixo Atlântico entende que estas propostas apresentadas pelos municípios portugueses, na reunião da comissão executiva, têm todo o sentido, uma vez que terão um impacto positivo no desenvolvimento da região Norte“.

Vários municípios, não só de Trás-os-Montes e Alto Douro, mas também da Área Metropolitana do Porto, têm defendido uma ligação ferroviária que cumprisse o objetivo que o governo tinha definido — a ligação das capitais de distrito, no caso particular de Vila Real e Bragança, e a ligação a Espanha.

Câmara Municipal de Bragança

Na reunião “foi ainda definido dar início a um processo de debates no âmbito do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular relativamente a estas propostas, bem como a elaboração de pareceres técnicos que servirão de base à negociação e reivindicação da alta velocidade em Trás-os-Montes”.

Numa deslocação a Bragança, em fevereiro, para falar de ferrovia, o secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, rejeitou começar por Trás-os-Montes a execução do PFN e não se comprometeu com a possibilidade de este território vir a ter comboio de alta velocidade.

O governante vincou que Portugal “tem a população quase toda no eixo Braga/Faro e todas as infraestruturas de transporte se ligam de uma forma ou de outra a esse eixo”, pelo que “sem estruturar esse eixo a utilidade das outras infraestruturas fica muito prejudicada”.

A região, concretamente todo o distrito de Bragança, está sem comboio há 30 anos e se demorar outro tanto tempo a regressar, para o secretário de Estado, “é um feito notável” como o foi o plano rodoviário nacional, em que Bragança foi a última do país a ter autoestrada.

O secretário de Estado remeteu para futuros governos esta e outras decisões, nomeadamente a calendarização e prioridades de execução do plano “de acordo com a capacidade de investimento que o país tiver”.

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