Projeto de hidrogénio em Sines e gasoduto ibérico já podem receber verbas da UE

  • Lusa
  • 28 Novembro 2023

Comissão Europeia elegeu o projeto da REN de adaptação da rede em Sines e o gasoduto ibérico com ligações a Franca como dois projetos de Interesse Comum.

A Comissão Europeia escolheu esta terça-feira um projeto de hidrogénio em Sines, que garantiu não estar em investigação, e o gasoduto marítimo apto para hidrogénio ‘verde’ como projetos de interesse comum (incluindo o BarMar), para poderem receber financiamento comunitário.

Em causa está a nova lista da União Europeia (UE) de projetos de interesse comum e de interesse mútuo, hoje divulgada, da qual constam as 166 iniciativas energéticas transfronteiriças aptas para se candidatarem a apoio financeiro comunitário por estarem em linha com o Pacto Ecológico Verde.

Um dos projetos é, então, o eletrolisador H2Sines.RDAM, que fonte oficial da Comissão Europeia garantiu à Lusa não ser o que está a ser investigado em Portugal.

“A informação de que disponho é de que têm nomes semelhantes, mas trata-se de um projeto diferente”, referiu a mesma fonte da tutela da Energia, indicando não ter mais informações sobre as investigações no país sobre os setores do hidrogénio e do lítio.

“Não fomos informados sobre essa matéria. A informação de que dispomos é o que vemos nas notícias, mas as investigações estão nas mãos das autoridades portuguesas“, afirmou a fonte à Lusa.

O H2Sines.RDAM trata-se de uma cadeia de abastecimento marítimo de hidrogénio líquido renovável entre este porto e o de Roterdão, nos Países Baixos.

Ainda na parte das interconexões de hidrogénio na Europa Ocidental, Bruxelas escolheu como projeto de interesse comum o “corredor Portugal – Espanha – França — Alemanha”, que inclui infraestruturas internas de hidrogénio em Portugal, interligações entre Portugal e Espanha, uma infraestrutura interna em Espanha, a “interligação de hidrogénio Espanha — França, atualmente conhecida como BarMar” e ainda infraestruturas em França com conexão à Alemanha.

Em outubro de 2022, os governos de Portugal, França e Espanha chegaram a acordo para acelerar as interconexões na Península Ibérica, abandonando o projeto existente, destinado apenas ao gás por um outro que prevê um gasoduto marítimo para, além de numa fase inicial transportar este combustível fóssil, se destinar futuramente ao hidrogénio ‘verde’.

Os chefes de Governo e de Estado destes três países — António Costa, Pedro Sánchez e Emmanuel Macron — decidiram avançar com um “Corredor de Energia Verde”, por mar, entre Barcelona e Marselha (BarMar) em detrimento de uma travessia pelos Pirenéus (MidCat).

Na altura, o primeiro-ministro, António Costa, admitiu esperar que este novo projeto pudesse ser financiado por verbas europeias, através do Mecanismo Interligar a Europa (MIE), mas para tal deveria ser considerado um projeto de interesse comum.

Esta classificação, agora atribuída, diz respeito às iniciativas de infraestruturas para os sistemas energéticos da UE, como interconectores, que permitem aos países beneficiar de procedimentos acelerados de licenciamento e de financiamento.

Os projetos de interesse comum são selecionados por serem considerados como infraestruturas essenciais para a concretização do mercado interno europeu da energia e para ajudar a UE a atingir os seus objetivos em matéria de energia e clima.

Podem, depois, ser candidatos a financiamento europeu, sendo que o primeiro convite à apresentação de propostas no âmbito do MIE é no primeiro semestre do próximo ano e os resultados são esperados até ao final de 2024.

Outro projeto português incluído nesta lista diz respeito às interconexões de eletricidade, como uma interligação Portugal – Espanha, entre Beariz (Ourense) e Ponte de Lima e Vila Nova de Famalicão.

“A Comissão dá hoje mais um passo para preparar o sistema energético da UE para o futuro, adotando a primeira lista de Projetos de Interesse Comum e Projetos de Interesse Mútuo totalmente em conformidade com o Pacto Ecológico Europeu”, anunciou hoje o executivo comunitário em comunicado.

Os projetos beneficiarão de procedimentos simplificados de licenciamento e regulamentação e tornar-se-ão então elegíveis para apoio financeiro da UE ao abrigo do MIE.

Bruxelas quer modernizar redes de eletricidade da UE para serem adaptadas a hidrogénio

A Comissão Europeia propôs hoje um plano de ação para assegurar um sistema de redes de eletricidade “mais digitalizado, descentralizado e flexível”, que permita a adaptação futura ao hidrogénio ‘verde’ na União Europeia (UE).

“As redes de energia interligadas e estáveis são a espinha dorsal do mercado interno da energia da UE e a chave para permitir a transição ecológica. Para ajudar a concretizar o Pacto Ecológico Europeu, a Comissão propõe hoje um plano de ação para garantir que as nossas redes de eletricidade funcionem de forma mais eficiente e sejam implantadas mais rapidamente”, anuncia o executivo comunitário em comunicado.

Numa altura em que se prevê que o consumo de eletricidade na UE aumente cerca de 60% até 2030, Bruxelas argumenta que “as redes terão de acomodar um sistema mais digitalizado, descentralizado e flexível, com milhões de painéis solares nos telhados, bombas de calor e comunidades locais de energia a partilharem os seus recursos, mais energias renováveis ao largo da costa a entrarem em funcionamento, mais veículos elétricos para carregar e necessidades crescentes de produção de hidrogénio”, daí o novo pacote de medidas.

Isto numa altura em que 40% das redes de distribuição da UE têm mais de 40 anos e quando se espera que a capacidade de transporte transfronteiras vá duplicar até 2030.

Ao todo, projeta-se que sejam necessários 584 mil milhões de euros de investimentos para fazer tal modernização.

Com o plano de ação hoje proposto, a Comissão Europeia quer, até 2030, acelerar a execução dos projetos de interesse comum para poderem receber apoio comunitário à sua execução, melhorar o planeamento a longo prazo das redes para acomodar mais energias renováveis e procura eletrificada, incluindo o hidrogénio, no sistema energético, orientando o trabalho dos operadores de rede e dos reguladores nacionais, bem como introduzir incentivos regulamentares através de orientações sobre investimentos antecipados e prospetivos e sobre a partilha de custos transfronteiriços para projetos ‘offshore’.

A instituição pretende, ainda, melhorar o acesso ao financiamento de projetos de redes, assim como estimular a concessão mais rápida de licenças para a implantação de redes ao dar apoio técnico às autoridades e orientações para um melhor envolvimento das partes interessadas e das comunidades e ainda melhorar e garantir a segurança das cadeias de abastecimento das redes, nomeadamente através da harmonização dos requisitos de fabrico da indústria para a ligação da produção e da procura.

Estas novas medidas visam ajudar a UE a cumprir as suas metas ‘verdes’, como a ambição de ter um fornecimento de 45% através de energias renováveis até 2030.

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Câmara de Braga aprova reforço de 30 milhões de euros no orçamento para 2024

Município liderado por Ricardo Rio inscreve 195 milhões de euros no orçamento para o próximo ano. Despesa aumenta 19 milhões num documento que "compreende os efeitos da descentralização".

A Câmara de Braga aprovou esta terça-feira um orçamento de 195 milhões de euros para 2024, mais 30 milhões de euros do que o deste ano, com mais 19 milhões de euros na rubrica das despesas. Deste bolo orçamental, 57,4 milhões de euros destinam-se a investimentos e outros 10 milhões serão transferidos para as freguesias do concelho. Mas são os gastos no âmbito da descentralização de competências que exigem uma fatia considerável, na ordem dos 30 milhões de euros.

“Este é um orçamento que compreende os efeitos da descentralização, acomodando cerca de 30 milhões de euros com a transferência de competências nas áreas da educação, ação social e da saúde”, refere a autarquia liderada pelo social-democrata Ricardo Rio.

Feitas as contas, a receita corrente ronda os cerca de 146 milhões de euros, enquanto a despesa corrente representa 65% do orçamento, ascendendo a 127 milhões de euros, o que significa um aumento de cerca de 19 milhões de euros em relação ao período homólogo, de acordo com o documento a que o ECO/Local Online teve acesso.

O orçamento inscreve ainda uma dotação de 21 milhões de euros para intervenções de menor profundidade em diversos edifícios culturais, como é o caso do Museu da Imagem, a Casa dos Crivos e o Mercado do Carandá. O grande objetivo, explica, é afirmar Braga como Capital da Cultura em 2025. Serão ainda transferidos 10,8 milhões de euros para as freguesias do concelho.

Este é um orçamento que compreende os efeitos da descentralização, acomodando cerca de 30 milhões de euros com a transferência de competências nas áreas da educação, ação social e da saúde.

Ricardo Rio

Presidente da Câmara Municipal de Braga

O executivo minhoto aprovou ainda esta terça-feira a celebração de um contrato-programa no valor de 6,3 milhões de euros com as empresas municipais Teatro Circo (4,1 milhões de euros), Bragahabit – Empresa Municipal de Habitação (1,8 milhões de euros) e InvestBraga (399.800 mil euros). “A celebração destes contratos-programa constitui o reconhecimento do importante papel que o Teatro Circo, a Bragahabit e a InvestBraga desempenham nos seus setores de atuação”, justifica o autarca Ricardo Rio.

No caso da Bragahabit, o montante destina-se à promoção e gestão de imóveis de habitação social, assim como à gestão de apoios ao arrendamento e a recuperação de habitação degradada, a prestação de serviços na área da educação e da ação social.

Já a verba alocada à InvestBraga visa “comparticipar o trabalho realizado na área de atração de investimento e de apoio ao empreendedorismo que valorizem e incrementem a atividade económica da região, criando condições para a instalação de novas empresas e para a promoção de novas atividades”, detalha.

Cidade de Braga

Alargado apoio à prestação bancária para habitação

Por outro lado, a câmara de Braga vai proceder à alteração ao regulamento do chamado Apoio Extraordinário à Prestação Bancária para Habitação Própria e Permanente, para este seja alargado para o ano 2024. A medida permite que os beneficiários passam ainda acumular este apoio com os apoios concedidos pelo Governo central, de acordo com a legislação em vigor.

“Esta medida pretende aliviar os efeitos das taxas de juro no crédito à habitação nos orçamentos familiares e evitar carências habitacionais futuras desta franja da população”, nota a autarquia. O município explica que vem assim responder ao “problema crescente na vida de muitos bracarenses que, com a subida dos juros do crédito à habitação e o aumento da inflação, se veem impossibilitados de cumprirem as suas obrigações”.

O Regime de Apoio Direto ao Empréstimo (RADE) consiste na atribuição de um subsídio destinado a comparticipar a prestação mensal no âmbito de empréstimos bancários, contraídos até ao final do ano de 2021, para aquisição de habitação própria e permanente. Já apoiou 261 famílias com valor médio mensal de 105,93 euros. Este subsídio será atribuído por um período de 12 meses.

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Porto Business School lança programa em cibersegurança com propina de 7.250 euros

O curso com o valor de 7.250 euros será lecionado em inglês e tem a duração de um ano. As inscrições já estão abertas e o programa deve arrancar a 19 de fevereiro do próximo ano.

A Porto Business School está a promover a primeira edição do executive master em cibersegurança, em parceria com o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC). O programa, que será lecionado em inglês, tem a duração de um ano e já se encontra em fase de candidaturas, com arranque previsto a 19 de fevereiro do próximo ano. O curso tem o valor de 7.250 euros.

O programa irá fornece aos alunos conhecimentos e competências para proteger ativos digitais e dados confidenciais de organizações. “O executive master em cibersegurança visa dotar os formandos de conhecimento profundo dos princípios, tecnologias e práticas de segurança cibernética e de capacidades para definir estratégias para proteger ativos digitais e enfrentar os desafios de segurança cibernética, contribuindo para os esforços nacionais e globais de segurança cibernética”, refere Rui Oliveira, codiretor do executive master em cibersegurança da Porto Business School e membro do conselho de administração do INESC TEC, citado em comunicado.

Por outro lado, José Miranda, codiretor do executive master em Cibersegurança da Porto Business School e consultor especializado em diversas áreas ligadas à segurança, explica que “com este programa, esperamos poder ajudar empresas, governos e organizações a identificar e mitigar vulnerabilidades e ameaças, diminuindo o risco de violações de dados e ataques cibernéticos”. “Terão, assim, maior prontidão para detetar, responder e recuperar de incidentes cibernéticos e assegurarão o cumprimento dos regulamentos e padrões de segurança cibernética, evitando penalidades dispendiosas”, conclui.

Mais de metade (55%) das PME em Portugal afirmam que educar os colaboradores para a cibersegurança é o seu maior desafio – valor que ultrapassa a média global de 44%, de acordo com o estudo “Cyber security for SMBs: Navigating Complexity and Building Resilience” desenvolvido pela Sage.

Além disso, 40% das empresas inquiridas admitem ter dificuldades em recrutar pessoas com competências de cibersegurança e 56% estão incertas do nível de segurança das operações dos fornecedores. O estudo revela ainda que apenas cerca de dois terços das PME em Portugal estão a investir em medidas de cibersegurança, este apoio poderá ter de vir de fontes e orientações externas – 71% das PME portuguesas consideram cibersegurança como parte da sua cultura atual.

Ainda assim, Portugal ocupa atualmente o oitavo lugar do National Cyber Security Index, que mede a capacidade dos países para prevenir e gerir incidentes com base em políticas públicas, com 90% de pontuação. No início da execução da Estratégia Nacional de Segurança do Ciberespaço (ENSC), em 2019, o país estava em 16º lugar (com 64%).

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Depósitos voltam a aumentar em outubro e já valem 91% do PIB

A subida de 0,55% dos depósitos em outubro foi impactada por um crescimento de 1,23% dos depósitos das empresas. É que os depósitos dos particulares aumentaram apenas 0,3%

O montante aplicado em depósitos bancários voltou a recuperar em outubro, depois de em setembro ter contraído 0,67%. De acordo com dados do Banco de Portugal, divulgados esta terça-feira, o stock das poupanças de famílias e empresas aplicadas em depósitos à ordem e depósitos a prazo ascendeu a 240 mil milhões de euros em outubro, mais 0,55% face a setembro.

Trata-se de um montante equivalente a 91% do PIB estimado pelo Governo para este ano. Significa que, por cada 100 euros de riqueza criada em Portugal, os portugueses têm 91 euros aplicados em depósitos.

A puxar pelo crescimento dos depósitos em outubro estiveram particularmente as empresas, que registaram um crescimento mensal de 1,23% para 65,3 mil milhões de euros. Os depósitos dos particulares aumentaram 0,3% em outubro, para 175,2 mil milhões de euros.

Apesar deste crescimento mensal, o stock atual de depósitos está ainda 3,7% abaixo dos quase 250 mil milhões de euros que constavam no final do ano passado nos balanços dos bancos de recursos aplicados por empresas e particulares em depósitos.

Além disso, o montante global de depósitos da economia registou uma contração homóloga de 2,7% em outubro. Foi o oitavo mês consecutivo marcado por uma retração homóloga do stock total de depósitos de empresas e famílias.

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Esta dinâmica tem sido fortemente influenciada pelos depósitos de particulares, que só em outubro registou uma contração homóloga de 3,7%. Foi a maior queda anual registada desde pelo menos 1980 (início da série do Banco de Portugal).

O Banco de Portugal revela ainda que, em outubro, “continuou a verificar-se a tendência de substituição de depósitos à ordem por depósitos a prazo”. Atualmente, por cada 100 euros “estacionados” em depósitos à ordem, as famílias têm 113 euros aplicados em depósitos a prazo. Há um ano, esse rácio era de 103 euros.

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Clube da Criatividade de Portugal abre votação do Festival CCP à indústria

“Temos mais de 2.500 simpatizantes e 233 sócios profissionais e freelancers ativos. Se tivermos um Júri Shortlist a votar com mais de 300 profissionais, ficamos contentes", aponta Susana Albuquerque.

Susana Albuquerque, presidente do Clube de Criativos de Portugal, em entrevista ao ECO - 16NOV22
Susana Albuquerque, presidente do Clube de Criativos de Portugal, em entrevista ao ECOHugo Amaral/ECO

O Clube da Criatividade de Portugal (CCP) vai abrir a primeira fase da votação do Festival CCP a toda a indústria. A votação deste novo grupo de Júri Shortlist vai contar 50% para o apuramento dos trabalhos em shortlist, o mesmo peso que terá a votação do júri oficial. Será a primeira vez, em 26 anos de Festival.

“A criação deste júri shortlist vem trazer mais interesse e participação do nosso mercado no Clube. Pelo menos assim o esperamos. O Júri Shortlist é um painel mais alargado de profissionais experientes que vai poder ver e votar de uma forma isenta e responsável todos os trabalhos a concurso numa das categorias do Festival”, avança ao +M Susana Albuquerque.

A presidente do CCP vê esta como “uma oportunidade única de conhecer o que o mercado está a fazer, de refletir sobre critério, e porque não até, de elevar o critério. Ser jurado no CCP é sempre uma experiência na qual se aprende muito, e estamos convencidos que este Júri Shortlist vai concluir isso mesmo”, justifica.

Todos os elementos de Júri de Shortlist vão receber diretrizes do presidente de júri da categoria que escolherem avaliar, para que possam conhecer os critérios de votação que deverão seguir. Depois disso, votarão em todos os trabalhos da categoria que escolheram avaliar, não podendo votar nos seus trabalhos ou em trabalhos que pertençam à sua empresa. A possibilidade de integrar este júri está aberta a todos os sócios do Clube, mediante inscrição no site do CCP.

Temos uma base de dados de mais de 2.500 simpatizantes do CCP e temos 233 sócios profissionais e freelancers ativos. Se tivermos um Júri Shortlist a votar com mais de 300 profissionais, ficamos contentes”, aponta Susana Albuquerque. “Um clube onde há participação ativa dos sócios é um clube forte”, reforça. No total o Clube ter cerca de 400 sócios ativos.

A votação da shortlist decorrerá online de 19 de abril até 2 de maio. O júri oficial, que será revelado no início do próximo ano, terá a responsabilidade de fechar a shortlist e decidir a atribuição de todos os prémios.

O CCP evoluiu há um ano de Clube de Criativos de Portugal para Clube da Criatividade de Portugal. O balanço, nas palavras da presidente, é positivo. “Muita gente que não se revia no CCP sente-se agora bem-vinda e representada, esse sentimento tem-nos chegado de todo o tipo de perfis que trabalham no nosso mercado. Não é só uma questão de naming, óbvio, mas ajudou a que reparassem que o Clube não é só para quem se senta em departamentos criativos, é um Clube que defende ativamente o valor e o impacto da criatividade”.

Quem se sentia representando, prossegue, também não se sentiu excluído com a mudança de nome. “Tivemos recordes de inscrições no festival, recorde de público na Semana Criativa, alargámos os rankings a mais profissionais. Somos mais e isso é importante para sermos melhores”, descreve.

Com o ano a terminar, para 2024 o objetivo é “manter este espírito de inclusão no Clube” e continuar a promover o valor da criatividade junto de todos os que têm um papel ativo sobre ela, ou seja “quem cria, quem produz, quem aprova e até quem a consome”, enumera Susana Albuquerque.

O 26º Festival CCP 2024 terá lugar de 17 a 24 de maio de 2024, em Lisboa.

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Pedro Nuno considera que PSD “não é confiável” para defender sistema de pensões

  • Lusa
  • 28 Novembro 2023

"É importante que quem faz uma promessa" a apresentar às eleições consiga também apresentar as contas subjacentes para que se possa discutir "com seriedade" a questão, disse ainda Pedro Nuno Santos.

O candidato à liderança do PS Pedro Nuno Santos considerou esta terça-feira que o PSD não é confiável para defender um sistema público de pensões, voltando a criticar as últimas declarações do líder social-democrata sobre a matéria.

Eles não são confiáveis para defender um sistema público de pensões em que não acreditam, e isso faz toda a diferença. Não tem que ver com o programa de ajustamento, mas sim com uma determinada conceção da sociedade, do papel do Estado e do sistema público de pensões”, concretizou Pedro Nuno Santos.

À margem de um encontro, em Lisboa, com representantes da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, o ex-ministro socialista comentou a proposta feita pelo presidente do PSD, Luís Montenegro, no 41.º Congresso do partido, no sábado, de criação de um rendimento mínimo de 820 euros para todos os pensionistas beneficiários do Complemento Solidário para Idosos.

Para Pedro Nuno Santos, continuam a faltar explicações por parte do líder do PSD sobre esta proposta. “É importante que quem faz uma promessa” a apresentar às eleições consiga também apresentar as contas subjacentes para que se possa discutir “com seriedade” a questão, disse.

“Continuamos sem esclarecimentos por parte do PSD. O líder do PSD tinha prometido que ia apresentar as contas ao detalhe e é fundamental que as apresente rápido porque foi isso que foi anunciado no congresso”, criticou Pedro Nuno Santos, argumentando que os sociais-democratas estão a demorar a explicar a proposta.

“À medida que o tempo vai passando nós vamos ficando com cada vez mais dúvidas sobre o universo de beneficiários e sobre o custo da medida. E daquilo que se percebe – e que está relacionado com o valor de referência do Complemento Solidário para Idosos (CSI) para 820 euros – nós estaremos a falar de mais de 500 milhões de euros por ano face à despesa que já temos com o CSI”, afirmou.

Por outro lado, o ex-ministro das Infraestruturas considerou que, historicamente, o PSD “não tem a mesma adesão ao sistema de pensões” que o PS, recordando que, “ao longo dos anos”, a direita e particularmente o PSD apresentaram propostas de privatização do sistema de pensões.

Novo aeroporto e privatização da TAP

Questionado pelos jornalistas sobre se vai aceitar – caso venha a ser eleito chefe do Governo – a decisão da comissão técnica independente mandatada para estudar a localização do novo aeroporto ou se vai retomar “o polémico” despacho de outubro de 2022, Pedro Nuno Santos respondeu estar convencido de que o assunto e as várias propostas vão ter de ser debatidas.

“A ideia que tenho é a de que teremos soluções diferentes, vantagens e desvantagens e, por isso, o debate público vai ser mais habilitado e ficará mais transparente a decisão do Governo”, sustentou.

Ainda sobre o novo aeroporto, defendeu que deve ser tentado um acordo mais global sobre a localização, não só com o PSD mas também com as outras forças partidárias, frisando que a decisão deve ser tomada rapidamente porque “já se levam demasiadas décadas e o país deve ter capacidade para decidir” “Pior do que decidir é não decidir. Mais vale feito que perfeito”, salientou.

Sobre o decreto-lei de privatização da TAP, atualmente congelado, Pedro Nuno Santos reiterou que a companhia tem de estar aberta a parcerias. “Eu sempre defendi que o capital da TAP fosse aberto a grupos de aviação. A TAP não pode estar isolada no mercado global da aviação e deve procurar uma parceria, e esse trabalho vai ser feito. Relativamente à percentagem, deixaremos isso para a negociação“, disse.

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Consultora de Coimbra ganha contrato com governo do Paquistão

Com este novo negócio na Ásia, a portuguesa CH Consulting passa a ter um total de 17 contratos internacionais ativos em simultâneo.

A CH Consulting acaba de ganhar um novo contrato com o governo do Paquistão no valor de 480 mil dólares (439 mil euros) para definir e implementar uma estratégia de comunicação para sensibilizar e angariar apoio para as comunidades afetadas pelas cheias. O projeto terá a duração de 18 meses e é financiado pelo Banco Mundial.

Este projeto, ganho em consórcio com a Agência Monstros, empresa do universo Grupo CH, será desenvolvido para a organização governamental, Sindh Peoples Housing for Flood Affectees (SPHF), que foi criada para dar assistência a indivíduos e comunidades afetadas pelas inundações.

“O objetivo da contratação da CH Consulting / Monstros consiste em fornecer apoio estratégico de comunicação ao Sindh Flood Emergency Housing Reconstruction Project através da construção e divulgação de perceções positivas entre o povo do Paquistão e um público global mais alargado, fundamentais no papel de doadores, facilitando a geração de recursos adequados para que o projeto consiga concretizar a sua finalidade,” afirma Carlos Adegas, partner responsável pela área Internacional da CH Consulting, citado em comunicado.

Em 2022, o Paquistão enfrentou chuvas de monções devastadoras de junho a setembro que tiveram um grave impacto grave em milhões de famílias em Sindh e no Baluchistão. Um total de 33 milhões de pessoas foram deslocadas, 13 mil quilómetros de estradas foram destruídos e 2,2 milhões de casas foram danificadas.

Além disso, 9,4 milhões de acres de plantações foram inundados e 1,2 milhão de animais morreram. Os preços dos alimentos subiram devido às perturbações da cadeia, aumentando potencialmente a taxa de pobreza nacional, afetando aproximadamente nove milhões de pessoas.

A Avaliação das Necessidades Pós-Desastre estimou danos totais de 14 mil milhões de euros. As necessidades de reabilitação e reconstrução foram calculadas em 15 mil milhões de euros, excluindo investimentos para reforçar a resiliência contra choques futuros.

Com este projeto, a consultora de Coimbra passa a ter 17 contratos internacionais ativos, em simultâneo, em quatro continentes. Em julho, como o ECO noticiou, a consultora ganhou um contrato com Ministério das Finanças do Belize para “aumentar a arrecadação de receitas e prevenir a fraude fiscal”.

Apesar da afirmação no mercado internacional, a CH Consulting que celebra o 25º aniversário este ano quer “continuar a querer crescer em Portugal”, onde tem atualmente com escritórios em Coimbra, Lisboa, Porto e Ponta Delgada.

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Fundos da Arrow investem 400 milhões em resort de luxo no Algarve

  • Ana Petronilho
  • 28 Novembro 2023

No total de 400 milhões de investimento cabem os 100 milhões da compra dos terrenos. Palmares tinha sido comprado em 2018 pela espanhola Kronos que investiu 250 milhões em obras no resort de luxo.

Os fundos do grupo Arrow fecharam, esta terça-feira, negócio com a espanhola Kronos para a compra do resort de luxo Palmares Ocean Living & Golf, localizado em Lagos, no Algarve, com um investimento de 400 milhões de euros.

A transação – realizada em parceria com uma construtora portuguesa – tinha sido comunicada à Autoridade da Concorrência em setembro e o ECO sabe que do total de 400 milhões de investimento, 100 milhões foram para a aquisição do terreno com 200 hectares.

As restantes verbas são para requalificar os imóveis do resort localizado entre o estuário de Alvor e Lagos, onde se encontra um boutique hotel de cinco estrelas, um campo de golfe com 27 buracos e um club house onde funciona o restaurante ALSUD (com estrela Michelin).

O resort conta ainda com 40 lotes para construção de villas e 12 lotes para desenvolvimento, nomeadamente para a construção de 310 apartamentos de luxo e um hotel de 5 estrelas com 152 quartos.

Desde 2018 que o empreendimento era detido pela Palminv, uma sociedade da King Street Capital Management e da promotora espanhola Kronos, tendo sido este um dos primeiros negócios da promotora em Portugal, tendo investido no imóvel 250 milhões de euros em obras de requalificação.

No ano passado, a Kronos esteve em negociações com a SPX Capital, mas com o fim dos vistos gold em Portugal no horizonte, a gestora de ativos brasileira recuou e o negócio caiu, sabe o ECO.

Este ano, o grupo britânico Arrow já comprou por 250 milhões os hotéis e campos de golfe Dom Pedro ao grupo Saviotti. Esta operação envolveu seis hotéis: o Dom Pedro Portobelo, o Dom Pedro Marina e o Dom Pedro Vilamoura, em Vilamoura; o Dom Pedro Lagos; o Dom Pedro Machico e o Dom Pedro Garajau, ambos na Madeira. A que se juntam cinco campos de golfe “emblemáticos” em Vilamoura: Old Course, Pinhal, Laguna, Millenium e Victoria. Fora do negócio ficou o Dom Pedro em Lisboa.

Além disso, através da empresa Capital Elements, a Arrow também notificou a Autoridade da Concorrência para a compra da Grande Buganvília – Projectos e Actividades Hoteleiras e Imobiliárias Turísticas, S.A. A empresa que tem dois hotéis no Algarve, o Hilton Vilamoura Cascatas Golf Resort & SPA e o Vilamoura Garden, é detida pela Flitptrel Portugal, que faz parte das atividades dos americanos da Davidson Kempner em Portugal.

O grupo britânico adiantou em 2022 que ia investir 500 milhões em ativos turísticos em Portugal nos próximos cinco anos, até 2027.

Já a Kronos, após cinco anos a gerir o projeto, vendeu este ano ao grupo Rolear o resort residencial-turístico Amendoeira Golf Resort, no concelho de Silves. Com esta alienação, a empresa conclui a venda do portefólio que adquiriu ao Grupo Oceânico em 2018.

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Investidor pede rapidez para “imbróglio legal” que trava projeto turístico em Caminha

  • Lusa
  • 28 Novembro 2023

Em causa está a concretização de um projeto turístico no Forte da Ínsua, com uma área bruta de 1.361 metros quadrados, que prevê a construção, "na modalidade de estabelecimento de hospedagem".

A empresa DiverLanhoso pediu esta terça-feira celeridade na resolução do “imbróglio legal” que impede o avanço de um projeto turístico no Forte da Ínsua, em Caminha, concessionado em 2019 no âmbito do programa Revive. “Neste momento, está nas mãos do município de Caminha e do Turismo de Portugal dizer como é que este imbróglio legal vai ser resolvido e quando”, avançou o diretor de marketing do Grupo Diver, Arcílio Costa.

Em declarações à agência Lusa, Arcílio Costa, também responsável pela DiverMinho, adiantou que “a empresa continua interessada no projeto”, mas pediu celeridade, afirmando que o impasse no avanço do projeto “está a tornar-se um problema”.

“Esta situação está a complicar a vida da empresa que, neste momento, devia ter um hotel a entrar em funcionamento ou já a entrar em funcionamento e ainda não começou obra nenhuma. Em termos de planos da empresa, começa a ser extremamente prejudicial, até para a nossa imagem”, sublinhou.

Em causa está a concretização de um projeto turístico no Forte da Ínsua, com uma área bruta de 1.361 metros quadrados, que prevê a construção, “na modalidade de estabelecimento de hospedagem”, de 15 quartos, áreas de apoio, zonas de estar, salas de refeições, entre outras estruturas.

Esta situação está a complicar a vida da empresa que, neste momento, devia ter um hotel a entrar em funcionamento ou já a entrar em funcionamento e ainda não começou obra nenhuma. Em termos de planos da empresa, começa a ser extremamente prejudicial, até para a nossa imagem.

Arcílio Costa

Diretor de marketing do Grupo Diver

Em fevereiro de 2020, foi anunciado pela autarquia que o Forte da Ínsua iria reabrir no início de 2022, transformado em centro de atividades turísticas, num conceito de quatro estrelas, o que não veio a suceder.

Em 2023, o projeto turístico, num investimento estimado de 6,5 milhões de euros, foi indeferido pela Câmara de Caminha por infringir o Plano Diretor Municipal (PDM). À data, o presidente da Câmara de Caminha, Rui Lajes, disse à Lusa que cabe ao “Governo decidir qual a melhor solução“.

Segundo o autarca, a solução pode passar “pela implementação de mecanismos de suspensão do PDM, de uma área concreta e restrita para um certo fim”.

O promotor afirmou que o caderno de encargos obriga a empresa a construir “uma área de alojamento que o PDM não permite”. “Na altura da elaboração do caderno de encargos e da colocação do imóvel a concurso público para atribuição da concessão não foi tida em consideração a hipótese da construção de um hotel naquele local”, explicou Arcílio Costa.

O responsável garantiu que a empresa “cumpriu na íntegra” o caderno de encargos estabelecido ao abrigo do programa Revive e não sabe “como e quando é que o imbróglio legal pode e vai ser resolvido“.

Acrescentou que a empresa apresentou “um pedido de prorrogação, por seis meses, para não deixar caducar o prazo de resposta ao indeferimento da Câmara de Caminha”.

“Esse pedido foi acompanhado de um ofício que refere que o pedido que apresentámos não é uma escolha nossa, mas sim uma obrigatoriedade imposta por esta situação”, sublinhou, adiantando que a prorrogação foi aprovada em outubro.

O projeto da DiverLanhoso pretende “criar uma experiência de dormida no meio do mar e prática de desportos aventura”. “A última estimativa para a abertura do complexo turístico é em 2024. Obviamente que já não será cumprido, nem de perto, nem de longe”, observou Arcílio Costa.

Em resposta escrita a um pedido de esclarecimentos da Lusa, o Ministério da Economia e do Mar disse que “o procedimento de licenciamento ainda não está concluído”, uma vez que “o projeto para o Forte da ínsua, atenta a natureza de fortificação marítima deste, contém especificidades complexas que têm implicado um maior tempo de análise e resolução, com impacto direto na conclusão do procedimento de licenciamento”.

“O concessionário está a promover o procedimento de licenciamento em articulação com as autoridades nele envolvidas”, acrescenta o ministério.

O Forte da Ínsua, construído entre 1649 e 1652, encontra-se numa pequena ilha rochosa na foz do rio Minho perto da costa. Está situado na Ínsua de Santo Isidro, na freguesia de União das Freguesias de Moledo e Cristelo, em Caminha, no distrito de Viana do Castelo.

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Crédito à habitação regista maior queda homóloga em cinco anos

O montante de crédito à habitação concedido em outubro registou uma queda homóloga de 1%. Foi a maior queda anual desde março de 2018.

A concessão de crédito bancário para a compra de casa está a contrair há quatro meses consecutivos. Em outubro, o montante total de empréstimos para habitação cifrou-se em 99 mil milhões de euros, menos 0,16% face a setembro. Foi o valor mais baixo desde maio de 2022.

Os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal revelam também uma contração homóloga de 1% em outubro do stock de crédito à habitação. É preciso recuar cinco anos, até março de 2018, para se vislumbrar uma contração anual maior.

“Este decréscimo reflete, por um lado, o aumento das amortizações antecipadas e, por outro, o abrandamento na procura de crédito à habitação”, refere o Banco de Portugal.

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Também a abrandar (se bem que de forma menos prenunciada) está a concessão de crédito ao consumo. De acordo com dados do Banco de Portugal, os empréstimos ao consumo atingiram 21,1 mil milhões de euros em outubro, mais 0,41% face a setembro.

Em termos homólogos, o stock de crédito ao consumo registou um crescimento homólogo de 3,5%. Há um ano, em outubro de 2022, a taxa de crescimento homólogo era de 5,9%.

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Taxa Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 28 Novembro 2023

A taxa Euribor subiu esta terça-feira a três meses e desceu a seis e a 12 meses face a segunda-feira.

A taxa Euribor subiu esta terça-feira a três meses e desceu a seis e a 12 meses face a segunda-feira.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou para 4,015%, menos 0,042 pontos do que na segunda-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a setembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,1% do ‘stock‘ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,7% e 23,4%, respetivamente.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, também desceu para 4,026%, menos 0,024 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,955%, mais 0,004 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.

A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Valor das casas avaliadas pelos bancos cai 5 euros por metro quadrado em outubro

  • Ana Petronilho
  • 28 Novembro 2023

Em outubro, o valor mediano das casas avaliadas pela banca situou-se em 1.536 euros por metro quadrado, cinco euros abaixo do número registado em setembro.

Em outubro, o valor mediano das casas avaliadas pela banca, para atribuir crédito à habitação, situou-se em 1.536 euros por metro quadrado, revelam os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor fica cinco euros abaixo (menos 0,3%) da média registada por metro quadrado em setembro, quando a avaliação bancária da habitação foi fixada em 1.541 euros o metro quadrado, tendo subido sete meses consecutivos.

Apesar desta redução, o valor de outubro fica 8,2% acima do mês homólogo. Uma subida acompanhada ainda pelo número de casas (apartamentos e moradias) avaliadas pela banca. No último mês, o universo de imóveis de habitação avaliado foi de 26.864 mil (17.428 apartamentos e 9.436 moradias), mais 1.935 avaliações (7,8%) que em setembro e 4,9% acima do mesmo mês do ano passado.

Entre as várias regiões do país, segundo os dados do INE e face a setembro deste ano, o Centro apresentou o aumento mais expressivo face ao mês anterior (0,7%) e foi na Madeira que se assistiu à maior descida (-2,3%). Em termos homólogos, o valor mediano das avaliações cresceu de forma mais intensa na Madeira, onde subiu 19,6% e a menor variação foi registada no Algarve, onde o valor subiu 6,1%.

Nos apartamentos o valor mediano por metro quadrado foi 1.701 euros, tendo aumentado 7,6% relativamente a outubro de 2022. Os valores mais elevados foram observados no Algarve
(2.106 euros por metro quadrado) e na Área Metropolitana de Lisboa (2.025 euros por metro quadrado). O valor mais baixo foi registado no Alentejo (1.155 euros por metro quadrado).

Em termos homólogos, foi na Madeira onde se assistiu ao maior crescimento (23,3%) e nos Açores foi registado o menor crescimento (5,3%), apontam os números do INE.

Nas moradias o valor mediano da avaliação bancária foi de 1.200 euros por metro quadrado, o que representa um acréscimo de 5,1% em termos homólogos. Os valores mais elevados foram registados também no Algarve (2.130 euros por metro quadrado) e na Área Metropolitana de Lisboa (2.083 euros por metro quadrado). Os valores mais baixos foram assinalados no Centro e no Alentejo, com 985 euros por metro quadrado e 1.019 euros por metro quadrado, respetivamente.

Mas foi na Madeira onde foi assinalado o maior crescimento homólogo no valor das moradias com 15,1%.

 

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