Dimensão emocional prevalece na Comunicação de Natal

Nos últimos três anos o investimento nos meses de novembro e dezembro tem aumentado cerca de 50% em relação à média mensal dos restantes 10 meses do ano, refere a APPM.

A época do Natal é especialmente importante em termos de comunicação para grande parte das marcas, muitas das quais reforçam o seu investimento nesta altura do ano. Mas como se têm alterado as tendências dessa comunicação? Embora com algumas mudanças, o foco parece-se manter-se na emoção e este ano não será exceção.

Segundo Sandra Alvarez, diretora da Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing (APPM), as tendências de comunicação das marcas para o Natal deste ano não são propriamente novidade e já vêm de anos anteriores.

Muitas marcas concentram-se mais em contar histórias envolventes e emocionais durante o Natal, com vídeos e outros formatos de conteúdo a serem utilizados para criar narrativas que se conectem emocionalmente com os consumidores, muitas vezes transmitindo valores como empatia, solidariedade e alegria”, descreve ao +M.

Mafalda Ferreira, professora do Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM), concorda. “Este ano, à semelhança daquela que vem sendo a tónica dos Natais anteriores, a comunicação contínua a estar centrada na dimensão emocional, com reencontros em momentos de celebração”, refere.

As marcas procuram, nesta altura do ano, surpreender os consumidores com comunicações muito centradas na dimensão afetiva e relacional. Ao longo dos anos a abordagem vai sendo alterada, com enorme criatividade, mas este eixo é comum à comunicação realizada pela maioria das marcas na época natalícia“, diz.

Segundo a docente, as marcas optam por se focar em diferentes aspetos – destacando-se a solidariedade, empatia e mensagens centradas no amor e amizade – mas em 2023, “de forma diferente dos anos anteriores, há uma preocupação acrescida com a comunicação do variável preço, sobretudo em algumas categorias de produtos”.

Sandra Alvarez, Managing Director PHD Media, em entrevista ao ECO - 08JUN22
Sandra Alvarez, diretora geral da PHD Media e diretora da APPM.Hugo Amaral/ECO

Mas a comunicação por parte das marcas na altura do Natal tem sofrido algumas transformações ao longo dos anos, principalmente devido a mudanças culturais, novas tendências de consumo e à evolução da tecnologia.

Algumas marcas têm tentado proporcionar experiências de Natal imersivas, destaca Sandra Alvarez, através da exploração de tecnologias como as de realidade aumentada (RA) ou realidade virtual (RV), que podem incluir a criação de aplicações que permitem aos consumidores experimentar produtos virtualmente ou participar em eventos através de ambientes virtuais.

O crescimento do ecommerce, em particular, mudou bastante a dinâmica das compras de Natal, defende a também diretora da PHD Media, pelo que “as marcas dão cada vez mais importância à omnicanalidade, focando-se em estratégias online e offline, mas oferecendo também promoções exclusivas em cada um dos canais, experiências de compra personalizadas e campanhas digitais para atrair consumidores”.

Esta mudança é também suportada pela evolução das expectativas dos consumidores, que “procuram cada vez mais autenticidade, experiências personalizadas e marcas que partilhem os mesmos valores”, refere a diretora da APPM.

Mafalda Ferreira, professora do IPAM.

Já Mafalda Ferreira, embora concedendo que as estratégias de comunicação no Natal têm mudado a forma e o conteúdo das comunicações, considera que o foco tem tido “alguma estabilidade“, e concretiza.

“Se recuarmos ligeiramente no tempo percebemos que na pandemia foi dado enfoque, com uma componente muito emocional, a todos os que trabalhavam e não podiam estar em casa com as respetivas famílias. No ano passado foi incluído o tópico da saúde mental. Apesar de podermos identificar facilmente aspetos diferentes no processo de interação com os consumidores, percebemos facilmente que o apelo às emoções, numa época centrada na celebração com família ou amigos tem impacto positivo“.

Natal, uma altura de reforço no investimento em comunicação por parte das marcas

Numa época em que já existe tradicionalmente “um enorme esforço das marcas em fazer-se notar, sobressair e marcar presença na quota de atenção limitada dos consumidores”, o Natal tem-se tornado “mais importante para as marcas, o que significa que a sua dependência do Natal é provavelmente maior e por isso a sua motivação para fazer campanhas e ativar a marca, nesta época é maior”, considera Sandra Alvarez.

Facto é que a época natalícia tem ganho relevância em termos de investimento publicitário ao longo dos últimos três anos (2019-2022), tendo o investimento nos meses de novembro e dezembro aumentado cerca de 50% em relação à média mensal dos restantes 10 meses do ano. Este valor representa uma subida significativa face aos anos anteriores, em que a diferença registada era de cerca de 25%, segundo a diretora da APPM, citando dados de investimento auditados.

“Dependo do mercado, da marca, do público-alvo e dos objetivos das marcas, assistimos a ações diferenciadas de comunicação alusiva ao Natal”, as quais vão desde as grandes campanhas de Natal produzidas anualmente pelas grandes marcas, até às decorações das lojas, montras e iluminações, lançamentos de edições especiais e limitadas de Natal ou à criação de embalagens especiais, refere a profissional da PHD Media, acrescentando que esta época representa mais de 50% das vendas anuais para algumas marcas.

As cinco marcas que mais investiram no Natal em 2022 foram a Nos, L’Oréal, Continente, Worten e Meo, recorda Sandra Alvarez.

No Natal assiste-se assim anualmente a um reforço da comunicação por parte de muitas marcas. No entanto, outras, para as quais não existe sazonalidade de compra no período de Natal, esta é uma época de diminuição de investimento, tanto por existir uma grande saturação na comunicação como por os custos de media serem mais elevados, relembra ainda a diretora da APPM.

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📹 Os destinos turísticos mais vantajosos em termos cambiais

  • ECO
  • 23 Dezembro 2023

A volatilidade cambial pesa nos valores cobrados pelas agências de viagens, mas também se pretende compras durante as férias. Veja os destinos mais vantajosos.

Está a pensar fazer uma pausa fora do país no Natal ou na Passagem de Ano? As taxas de câmbio também devem pesar na decisão. A Ebury elaborou um ranking dos destinos mais populares nesta altura do ano tendo em conta a evolução da cotação do euro. Veja para onde vale mais a pena viajar.

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OpenAI pode ser avaliada em mais de 100 mil milhões de dólares

Próxima ronda de capital pode conferir à criadora do ChatGPT uma avaliação superior a 100 mil milhões de dólares. Só seria ultrapassada pela SpaceX.

Há novas informações sobre a potencial ronda de capital que poderá fazer da OpenAI a segunda startup mais valiosa dos EUA. Segundo a Bloomberg, a criadora do ChatGPT está em negociações iniciais para levantar dinheiro fresco a uma avaliação de 100 mil milhões de dólares ou mais. A confirmar-se, só seria ultrapassada pela SpaceX, o negócio espacial de Elon Musk.

De acordo com a agência, os termos, avaliação e calendário da operação ainda não estão fechados, pelo que poderão existir alterações. O investimento deverá dar um novo elã à empresa que, um ano depois de ter lançado a plataforma de inteligência artificial que foi um sucesso mundial, enfrentou turbulência interna com o despedimento — e posterior readmissão — do seu CEO, Sam Altman.

Os 100 mil milhões de dólares de avaliação potencial ilustram bem o entusiasmo dos investidores com a inteligência artificial. Lançado no final de 2022, o ChatGPT surpreendeu milhões por conseguir responder, de forma praticamente instantânea, a pedidos mais ou menos complexos por parte dos utilizadores.

Além da ronda de capital, segundo a Bloomberg, a OpenAI está a preparar uma segunda oferta para permitir que os trabalhadores vendam as ações que acumularam a uma avaliação de 86 mil milhões de dólares (a OpenAI é uma empresa de capital privado, ou seja, as suas ações não negoceiam na bolsa de valores). Esse negócio estará a ser liderado pela Thrive Capital, havendo mais procura do que oferta, indica a agência.

Por último, a Bloomberg refere que a OpenAI poderá levantar capital da G42 uma empresa de inteligência artificial sediada em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), com o intuito de lançar um novo ramo dedicado ao desenvolvimento de processadores. Em causa poderá estar um investimento entre oito mil milhões e dez mil milhões.

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Neste Natal, “mais é menos”. Saiba como ter uma época festiva mais sustentável

  • Capital Verde
  • 23 Dezembro 2023

Da decoração à alimentação, há formas de transformar o seu Natal num período mais sustentável. Fique a conhecer as nossas dicas.

Numa época que tende a ser sinónimo de consumos em grande volume e também de descarte, importa repensar algumas práticas com vista a evitar vários impactos ambientais. Desde a compra de prendas à preparação das refeições, neste Natal, o Capital Verde, com a ajuda da associação ambientalista Zero e da Ecoinside, reuniu um conjunto de dicas para reduzir despesas, evitar excessos e o desperdício.

Sustentável na decoração 🎄

As decorações são um elemento central do espírito de Natal. Das luzes às fitas, das bolas aos artigos afins, a azáfama é grande e as opções que surgem nem sempre são sustentáveis. A árvore de Natal é um dos maiores símbolos desta época. Manda a tradição que seja colocado, geralmente, um pinheiro enfeitado na sala de estar.

Se optar por uma árvore artificial, a palavra-chave é reutilizar para a carteira poupar. A mesma regra se aplica a todos os outros produtos de decoração – bolas, fitas e demais adereços para a árvore e para a casa.

Mas há quem tenha preferência por um pinheiro com raiz. Nesses casos, certifique-se que é proveniente de métodos de produção sustentável, ao invés de o cortar de uma floresta próxima. Mas antes, e para evitar o abate em vão e um eventual descarte, confirme se há formas de a devolver à natureza, seja no seu jardim ou no jardim de alguém, ou se há possibilidade de encaminhá-la para a reciclagem de resíduos verdes

Em alternativa, pode também construir a sua própria árvore, bem como as suas decorações, preferencialmente reutilizando materiais que já tenha.

Se a iluminação alusiva for uma preferência, pode fazê-lo de uma forma amiga do ambiente, utilizando luzes de tecnologia LED de baixo consumo, que tipicamente economizam energia e são mais duradouras. Quando não estiver a usufruir delas não se esqueça de as desligar para poupar, também, na fatura da eletricidade.

Sustentável nas refeições 🥂

A época natalícia é tipicamente marcada pelas refeições à mesa com a família. Seja na véspera de Natal, Natal, Passagem do Ano, Ano Novo e ou Dia de Reis.

Neste domínio, é essencial planear as refeições dos dias de festa. Faça uma lista dos pratos que pretende confecionar e, de seguida, uma segunda com os ingredientes que precisa antes de ir às compras. Lembre-se também de as articular com a dos convidados que tendem a trazer um aperitivo, um doce ou uma bebida para a mesa. Desta forma, evitará comprar mais do que aquilo que necessita, o que lhe permitirá não só poupar dinheiro como também evitar o desperdício alimentar.

Já no supermercado, não despreze o corredor a granel, dos embalados e até mesmo congelados. Podem haver alternativas com a mesma qualidade a um preço mais reduzido do que a oferta mais fresca.

Sustentável nas prendas 🎁

Seguindo a tradição dos três reis magos, tornou-se, também, prática corrente na época natalícia presentear os entes mais queridos com alguma lembrança. Mas, ao invés de optar por prendas provenientes de “produção em massa” — brinquedos, tecnologia, roupa ou calçado — e que geralmente chegam até às lojas depois de grandes viagens de longa distância (agravando a pegada carbónica), considere alternativas mais amigas do ambiente.

Ajudando o comércio de proximidade, estude opções mais artesanais e caseiras, como um pacote de chá biológico, um vinho, ou chocolates. Desta forma, não só ajuda a economia local a desenvolver-se como também reduz a pegada carbónica do produto que adquiriu.

Se não encontrar o que procura nessas lojas, pode manter a sua preferência pelos supermercados e por outras lojas, dando especial atenção às marcas que apoiam causas sociais e ambientais e/ou priorizando produtos com durabilidade ou reutilizáveis. Por exemplo, há livros que são produzidos com papel reciclado.

Há também a opção dos presentes em segunda mão que muitas vezes encontram-se em condições semelhantes aos produtos novos e tendem a ser vendidos a menos de metade do preço. E, se for uma pessoa criativa, pode ser oferecer algo feito por si.

Em todo o caso, não se esqueça que, no final, é importante que não se esqueça dos hábitos de separação seletiva, sobretudo os materiais de embrulho. O que não for possível reutilizar, deve ser encaminhado para os ecopontos para ser reciclado.

Nesta altura do ano, será expectável que os locais de depósito do lixo estejam cheios. Se for o caso, e lhe for possível, aguarde um ou dois dias, e evite colocar os resíduos que podem ser reciclados no lixo indiferenciado.

E, se tiver essa possibilidade, separe os resíduos orgânicos. Basta recolher os resíduos orgânicos, como cascas de frutas, vegetais e ovos ou restos de alimentos crus ou cozidos, e depositá-los num compostor ou pilha de compostagem.

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Costa salienta contributo das forças nacionais destacadas para o prestígio de Portugal

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2023

Militares e agentes das forças e serviços de segurança em missões externas têm contribuído para a modernização das Forças Armadas e para o prestígio de Portugal, diz primeiro-ministro em gestão.

O primeiro-ministro considera que os militares e agentes das forças e serviços de segurança em missões externas, no âmbito das forças nacionais destacadas, têm contribuído para a modernização das Forças Armadas e para o prestígio de Portugal.

Esta posição foi transmitida por António Costa na tradicional mensagem vídeo de Natal e de Ano Novo que dirige aos militares e agentes de forças e serviços de segurança, que está publicada nas contas do primeiro-ministro nas redes sociais X (antigo Twitter), Instagram e no Portal e canal YouTube do Governo.

Na sua mensagem, o líder do executivo refere que este ano deveria ter visitado antes do Natal os militares portugueses em missão e Moçambique, juntamente com a ministra da Defesa, Helena Carreiras, e com o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, José Nunes da Fonseca, mas tal não foi possível.

“Habitualmente, nesta época natalícia, costumo acompanhar-vos nas forças nacionais destacadas. Tive oportunidade de estar convosco no Iraque, no Afeganistão, na ilha de Samos [Grécia], em vários locais onde representam e prestigiam Portugal no mundo”, assinalou o primeiro-ministro.

Para António Costa, a participação das forças nacionais destacadas “tem sido um grande fator de modernização nas Forças Armadas e das forças e serviços de segurança, mas, sobretudo, de grande prestígio para o país”, reforçando a sua “voz ativa no mundo”.

“Quero saudar todas e todos, as mulheres e homens que prestam serviço em nome de Portugal, no quadro da NATO, na Roménia; no quadro das Nações Unidas, na República Centro-Africana; no quadro da União Europeia, em Moçambique; e nos vários outros locais onde estamos presentes”, referiu.

O primeiro-ministro saudou, igualmente, “também aqueles que em território nacional não podem estar também com as suas famílias, porque têm de assegurar o serviço, nos seus postos, nos seus quartéis, nas suas esquadras”.

“A todas e a todos, com uma grande gratidão às suas famílias, desejo bom Natal e um feliz Ano Novo”, acrescentou.

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Força Aérea vai sobrevoar Portugal no domingo para desejar um feliz Natal

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2023

A Força Aérea vai sobrevoar algumas regiões de Portugal continental, no domingo, como forma de desejar um feliz Natal "a partir dos céus".

A Força Aérea Portuguesa vai sobrevoar algumas regiões de Portugal continental, no domingo, como forma de desejar um feliz Natal “a partir dos céus”, através de uma parelha de F-16M e dos helicópteros AW119 Koala e EH-101 Merlin.

Em comunicado, a Força Aérea indicou que esta ação será desenvolvida com “um voo de treino de manutenção de capacidades dos seus militares para reforçar o compromisso de salvaguarda da integridade de todo o território nacional, pelo cumprimento de missões de vigilância, policiamento e defesa aérea”.

Os votos da Força Aérea de um feliz Natal, “a partir dos céus”, vai passar por algumas zonas de norte a sul de Portugal continental durante o dia de domingo.

A parelha de aeronaves F-16M prevê sobrevoar os concelhos e vilas de Nazaré (11:02), Peniche (11:06), Caldas da Rainha (11:08), Rio Maior (11:10), Santarém (11:13), Entroncamento (11:16), Tomar (11:17), Abrantes (11:20), Castelo Branco (11:26), Covilhã (11:31), Guarda (11:34), Vila Nova de Foz Coa (11:39), Miranda do Douro (11:46), Macedo de Cavaleiros (11:51), Mirandela (11:53), Lamego (11:59), Castro Daire (12:01), Águeda (12:06), Cantanhede (12:08), Figueira da Foz (12:11), Leiria (12:15) e Monte Real (12:16).

Segundo a Força Aérea, o helicóptero AW119 Koala vai sobrar a zona sul do país da parte da manhã e a zona norte da parte da tarde.

Na zona sul, a viagem aérea começa no aeroporto de Beja (10:30), seguindo para Ferreira do Alentejo (10:35), Santiago do Cacém (10:50), Sines (10:55), Odemira (11:07), Monchique (11:21), Portimão (11:26), Albufeira (11:33), Faro (11:41), Tavira (11:49), Vira Real de Santo António (11:54), Mértola (12:09), Serpa (12:19) e Beja (12:26), voltando para onde descolou (12:30).

Na zona norte, o helicóptero AW119 Koala parte às 15:00 da Base Aérea N.° 8 (BA8), localizada em Maceda, em Ovar, distrito de Aveiro, com um percurso que passa por Vila Nova de Gaia (15:15), Porto (15:20), Guimarães (15:45), Braga (16:00), Ponte de Lima (16:10), Viana do Castelo (16:25), Vila do Conde (16:35) e Foz do Porto (16:45), regressando à BA8 (17:00), de acordo com a Força Aérea.

O helicóptero EH-101 Merlin vai sobrevoar Setúbal (11:00), Cascais (11:27), Ericeira (11:34) Torres Vedras (11:40), Vila Franca de Xira (11:47) e Santa Iria de Azoia (11:51), também para “desejar a todos um feliz Natal”.

 

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Já está a agendar férias para o próximo ano? Veja os feriados e pontes de 2024

  • ECO
  • 23 Dezembro 2023

O novo ano reserva 11 feriados em dias de semana, incluindo a habitual tolerância de ponto no Carnaval e o feriado municipal. Há quatro oportunidades para fazer ponte (cinco, para quem é de Lisboa).

O ano de 2024 vai contar com, pelo menos, quatro fins de semana prolongados (cinco, no caso de trabalhar no Porto) e outras tantas oportunidades para fazer ponte (cinco, se trabalhar em Lisboa).

A primeira oportunidade para “fazer ponte” surge em fevereiro, já que o Carnaval é celebrado na terça-feira de 13 de fevereiro. Depois, as restantes possibilidades de ponte ocorrem com os feriados de 25 de abril (Dia da Liberdade), 30 de maio (Corpo de Deus) e 15 de agosto (Assunção de Nossa Senhora), todos à quinta-feira.

No que toca aos fins de semana prolongados, estes começam logo no primeiro dia do ano, com o feriado de 1 de janeiro numa segunda-feira, seguindo-se a Sexta-Feira Santa a 29 de março, o Dia de Portugal (10 de junho) numa segunda-feira e o Dia de Todos os Santos (1 de novembro) numa sexta-feira.

O feriado de Santo António, que se assinala a 13 de junho, calha numa quinta-feira, dando aos residentes de Lisboa a hipótese de fazer ponte. No caso do São João, a 24 de junho, os residentes no Porto têm direito a um fim de semana prolongado, já que o feriado municipal é numa segunda-feira.

Quanto aos feriados do Dia do Trabalhador (1 de maio) e do Natal (25 de dezembro), são a meio da semana, numa quarta-feira.

Por outro lado, os portugueses “perdem” três feriados no próximo ano, visto que o Dia da Implantação da República (5 de outubro), o Dia da Restauração da Independência (1 de dezembro) e o Dia da Imaculada Conceição (8 de dezembro) calham ao fim de semana.

Veja aqui o calendário do próximo ano:

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“Sustentabilidade financeira do SNS mostra primeiros sinais de melhoria”, diz Bruxelas

A Comissão Europeia admite que continuam a existir pressões sobre a despesa, nomeadamente com salários, medicamentos e serviços médicos.

Depois de ter estado sob pressão durante a pandemia, a “sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde (SNS) mostra os primeiros sinais de melhoria“, considera a Comissão Europeia no último relatório de supervisão pós-programa de assistência financeira. Bruxelas admite ainda assim que permanecem pressões sobre a despesa, nomeadamente com salários, medicamentos e serviços médicos.

“Após o impacto da Covid-19, a sustentabilidade financeira do SNS mostra os primeiros sinais de melhoria”, lê-se no relatório da Comissão, que destaca que os “dados preliminares para 2022 apontam para um menor défice de 0,4% do PIB”. Já para 2023, de acordo com as estimativas das autoridades, “o saldo do SNS deverá melhorar ainda mais para um défice de 0,3% do PIB”.

Tendo em conta a natureza do SNS, “os recursos próprios são limitados”, pelo que o equilíbrio é influenciado principalmente pelas transferências do Orçamento do Estado. No ano passado, as transferências corresponderam a 4,8% do PIB em 2022 e espera-se que aumente em 1,2 mil milhões de euros para 12,7 mil milhões de euros em 2023.

Já no que diz respeito às despesas, “as pressões ascendentes sobre os gastos do SNS em salários, medicamentos e serviços médicos persistem”, assume a Comissão.

Nos últimos tempos, o SNS tem estado sobre pressão com a falta de médicos, nomeadamente após a recusa a horas extra para além do limite legal. Mesmo assim, depois de várias rondas de negociações foi finalmente alcançado um acordo com um dos sindicatos – o SIM – para um aumento de 14,6% já em janeiro para os assistentes hospitalares.

A Comissão analisa ainda o nível dos atrasos financeiros do SNS, que “diminuiu no final do segundo trimestre de 2023, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, por aproximadamente 195 milhões de euros, atingindo 417 milhões”. Esta evolução reflete a “cobertura concedida por transferências adicionais do OE”.

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Combustíveis ficam mais caros na próxima semana. Gasóleo sobe 3,5 cêntimos e gasolina dois

A partir de segunda-feira, quando abastecer, deverá pagar 1,589 euros por litro de gasóleo simples e 1,648 euros por litro de gasolina simples 95.

O Pai Natal não vai deixar um bom presente no sapatinho dos automobilistas portugueses. Ao fim de oito semanas a descer, os preços dos combustíveis vão aumentar na próxima semana, acompanhando a evolução dos custos da matéria-prima. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá subir 3,5 cêntimos a partir de segunda-feira e a gasolina dois cêntimos, avançou a SIC Notícias.

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,589 euros por litro de gasóleo simples e 1,648 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. O Governo aumentou os “descontos” nos combustíveis, em dois cêntimos por litro no gasóleo e um cêntimo por litro na gasolina. Desta forma, a redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. E é de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo desceram 2,2 cêntimos e os da gasolina 1,4 cêntimos. As descidas quase corresponderam a expectativa do mercado, que apontava uma redução de dois cêntimos nos preços do diesel e de 1,5 cêntimos na gasolina.

Os preços do do brent, que serve de referência para o mercado europeu, registaram subida semanal de 3,3% alimentados pelos riscos geopolíticos devido aos ataques no Mar Vermelho e potenciais perturbações nas operações de transporte. Tem aumentado o número de cargueiros que estão a evitar o Mar Vermelho devido aos ataques a navios levados a cabo pelo grupo militar Houthi, em resposta aos ataques de Israel a Gaza. Esta sexta-feira, as grandes transportadoras Maersk e CMA CGM anunciaram que vão impor custos acrescidos nas cargas devido à necessidade de alterar as rotas dos navios.

Na sexta-feira, o brent fechou a descer ligeiramente para 79,19 dólares por barril, o que não impediu o ganho semanal, e uma recuperação depois das quedas provocadas pela decisão de Angola abandonar a OPEP, que gerou dúvidas sobre a capacidade do grupo de países exportadores de petróleo em sustentar os preços.

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Cada português come em média 15 quilos de bacalhau por ano, sobretudo no Natal

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2023

Época do Natal representa 30% do consumo total de bacalhau, refere o Norwegian Seafood Council, que notou uma subida de preços na ordem dos 16% do bacalhau salgado e seco da Noruega.

Cada português come, em média, cerca de 15 quilogramas (kg) de bacalhau por ano, com destaque para a época do Natal, um número que se tem mantido estável, avançou o Norwegian Seafood Council (NSC).

O valor “está estável à volta dos 15 kg per capita“, anunciou o diretor do NSC para Portugal, Trond Rismo, em resposta à Lusa. Apesar de ressalvar que os números do acumulado do ano ainda não estão fechados, o NSC sublinhou não ser expectável que este número diminua. Só a época do Natal representa 30% do consumo total de bacalhau.

No ano passado, os portugueses comeram cerca de oito toneladas de bacalhau no Natal.

As exportações de bacalhau (inteiro) salgado e seco da Noruega para Portugal atingiram, este ano, 17.915 toneladas, uma quebra de 15% face a 2022, mas o preço subiu 16%. Por sua vez, as exportações de bacalhau salgado fixaram-se 17.836 toneladas, menos 4%, com o preço a crescer 24%, enquanto as exportações de bacalhau congelado recuaram 7% para 2.877 toneladas, sendo que o respetivo valor subiu também 24%.

Já as exportações de bacalhau fresco/refrigerado da Noruega para Portugal totalizaram 922 toneladas, o que se traduziu numa diminuição de 63%, mas o preço cresceu 30%.

“No que diz respeito ao bacalhau, este ano começou com preços elevados e depois, com o IVA [Imposto sobre o Valor Acrescentado] zero, em abril, o consumo melhorou. Após o verão, os preços caíram para os mesmos níveis do ano passado e o consumo parece positivo”, assinalou Trond Rismo.

Contudo, o diretor do NSC para Portugal referiu que os portugueses estão a optar por peixes de menor dimensão, o que pode ter a ver com o preço, mas também com a oferta, tendo em conta que têm sido exportados mais peixes de menor calibre.

Trond Rismo disse ser difícil perspetivar como vai evoluir o consumo no próximo ano, mas notou que o fim do IVA zero “vai certamente” afetar o preço para o consumidor e, consequentemente, o consumo.

“Na Noruega, a quota [de pesca] vai diminuir 20% no próximo ano, o que também significa que haverá menos peixe disponível para os mercados. Isto também pode afetar o preço, mas o mercado português é tão importante que eu acredito que a parceria Noruega-Portugal no que diz respeito ao comércio de bacalhau vai continuar a ser forte”, concluiu.

O NSC é uma empresa pública que pertence ao Ministério do Comércio, Indústrias e Pescas da Noruega.

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Trabalhadores da distribuição iniciam greve em vésperas de Natal

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2023

Greve de dois dias visa protestar por atualizações salariais. A associação do setor não espera "perturbações expressivas", mas sindicato contrapõe.

Os trabalhadores das empresas de distribuição começam este sábado uma greve de dois dias por atualizações salariais, que a APED diz que não terá “perturbações expressivas”, mas o sindicato representativo contrapõe.

O Sindicato dos Trabalhadores do Setor dos Serviços (Sitese) anunciou, na semana passada, uma greve nas empresas de distribuição em 23 e 24 de dezembro, em protesto contra a falta de atualização da tabela salarial, apesar do ano “muito lucrativo”.

“Como é possível que depois de um ano que já se verifica muito lucrativo, a APED diga que as empresas do setor recusam negociar a melhoria das condições de trabalho e de vida dos seus trabalhadores? Como é possível que as empresas e os seus representantes queiram manter as injustiças que diariamente se verificam nos locais de trabalho, com as funções acumuladas indevidamente, o desrespeito pela antiguidade, a desorganização de horários, folgas e férias”, sustentou o sindicato, em comunicado.

Considerando esta posição das empresas de distribuição uma “atitude quase provocatória” que “obriga os trabalhadores a lutar”, o Sitese diz ter enviado ao Governo e aos parceiros sociais um aviso prévio de greve nas empresas filiadas na APED para os dias 23 e 24 de dezembro.

Na sexta-feira, o Sitese avançou que algumas empresas da distribuição têm feito, de forma individual, contactos com os trabalhadores, sobre aumentos e prémios, com receio do impacto da greve no fim de semana.

“Não temos nenhuma ideia estimada do número de participantes na greve, mas estamos bastante otimistas e temos visto que há movimentações de algumas empresas diretamente com os seus trabalhadores, nestes dias que antecedem a greve, exatamente porque há receio de que a adesão seja considerável”, afirmou, na altura, o presidente da direção deste sindicato, Pedro Lopes, em declarações à Lusa.

Segundo a estrutura sindical, algumas empresas do setor têm apresentado, internamente, propostas de aumentos salariais e anunciado a distribuição de prémios. Contudo, Pedro Lopes notou que estes prémios estão, na sua generalidade, “muito aquém” daquilo que são os resultados dessas mesmas empresas e, por isso, não trazem qualquer melhoria à qualidade de vida dos trabalhadores “nem sequer no curto prazo”.

Por outro lado, o facto de a negociação não ser feita ao nível do setor vem agravar as assimetrias entre os trabalhadores.

Um dia antes, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) adiantou, em resposta à Lusa, não esperar “perturbações expressivas” devido à greve dos trabalhadores.

Em resposta, o presidente da direção do Sitese referiu que a APED não quer “causar alarme”, acrescentando que esta posição já foi assumida em outras greves.

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É preciso 12 vezes mais projetos solares e baterias para cumprir com o Acordo de Paris

  • Capital Verde
  • 23 Dezembro 2023

As contas são do CTO da Huawei que, durante uma conferência promovida em parceria com o ECO, apontou que as redes terão que ser reforçadas até 2030 também com a ajuda do armazenamento.

Para cumprir com os objetivos do Acordo de Paris até 2050, o consumo global de energia terá que ser eletrificado. Segundo as contas apresentadas por Bouke van der Weerdt, CTO e Head of Digital Energy da Huawei, essa eletrificação terá que representar 51% do consumo total da energia até meados do século, sendo que, desse total, mais de 90% terá que ter origem em fontes renováveis.

“Atualmente, 21% do nosso consumo energético é proveniente da eletricidade, com o petróleo e o gás a representarem as maiores parcelas. Para cumprir com o Acordo de Paris teremos que mudar isso e eletrificar a nossa indústria e mobilidade”, alertou o responsável naquela que foi a sua intervenção enquanto keynote speaker na conferência Catch the Sun promovida pela Huawei em parceria com o ECO.

Segundo o responsável holandês, a eletrificação terá que ser potenciada pela aposta nas renováveis, designadamente “em projetos solares e eólicos, e em parte pela biomassa — embora essa já não seja tão socialmente aceitável”, admite em declarações ao Capital Verde.

De acordo com as contas de van der Weerdt, terão que ser instalados 10 vezes mais parques eólicos face aos valores de 2018, a nível global, e cerca de 12 vezes mais parques fotovoltaicos para poder cumprir com as exigências do Acordo de Paris. O compromisso assinado em 2015 exige a mais de 190 países que limitem o aquecimento médio global a 1,5 graus Celsius, comparativamente à era pré-industrial. Em 2050, a descarbonização das economias terá que ser também uma realidade.

A neutralidade carbónica é o novo consenso. Estamos todos cientes de que esse é o caminho a seguir, especialmente na União Europeia, onde almejamos garantir independência e soberania energética. É importante que consigamos gerar e controlar a energia no bloco europeu por nós mesmos”, defendeu o keynote speaker.

Conferência Catch the Sun - 15DEZ23
Bouke van der Weerdt, CTO e Head of Digital Energy da Huawei e keynote speaker na conferência Catch the Sun promovida pela Huawai e ECOHugo Amaral/ECO

 

“Estes valores vão colocar uma pressão enorme sobre as redes”, acrescentou van der Weerdt, alertando que, para dar resposta a uma maior capacidade de transporte de energia e carregamento de carros elétricos, cuja procura continua a subir “de forma sustentada”, o apoio proveniente do investimento nas baterias em grande escala será essencial.

“A integração das baterias na rede elétrica vai garantir maior estabilidade e segurança”, prevê o CTO da Huawei, garantindo que a gigante chinesa tem reforçado a sua aposta neste setor ao atuar enquanto fornecedor de componentes na área de conversão, geração, armazenamento e distribuição de energia.

Para já, segundo van der Weerdt, o armazenamento à base de lítio demonstra ser a solução “mais tecnologicamente avançada e segura” e com uma vida útil que varia entre os 12 e os 15 anos, “dependendo da escala e da sua utilização”, explica. “Mas será necessário investir noutras tecnologias” para dar resposta à necessidade de transportar mais eletricidade, até meados do século.

Além das baterias, existe um papel também a desempenhar pelo hidrogénio, sobretudo nas alturas e nos países onde as horas de sol são mais reduzidas, nomeadamente, no inverno e nos países a Norte da Europa. “Nesses períodos, precisamos de muita eletricidade. A energia solar ou a eólica não vão ser suficientes para iluminar e aquecer as casas”, detalhou, argumentando que para dar resposta a essa carência será necessário desenvolver armazenamentos subterrâneos sazonais para o hidrogénio.

À semelhança das baterias, explica van der Weerdt, também este tipo de suporte permite aumentar a flexibilidade e a estabilidade da rede elétrica, sem que sejam desenvolvidos novas infraestruturas de transporte uma vez que já existem para o gás natural.

Assista aqui à conferência Catch the Sun na íntegra:

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