Air France-KLM diz que ‘hub’ de Lisboa é “totalmente complementar” à sua rede

  • Lusa
  • 31 Outubro 2023

"A Air France-KLM tem muita experiência na gestão e otimização de hubs, como tem feito nos hubs de Paris Charles de Gaulle e de Amesterdão Schiphol", indica a transportadora.

A Air France-KLM, que já manifestou interesse na privatização da TAP, indicou esta terça-feira à Lusa acreditar que o hub de Lisboa é “totalmente complementar” à sua rede atual e que está a aguardar mais detalhes do processo.

A Air France-KLM tem muita experiência na gestão e otimização de hubs, como tem feito nos hubs de Paris Charles de Gaulle e de Amesterdão Schiphol. Acreditamos que o hub de Lisboa é totalmente complementar à nossa rede atual”, afirmou fonte oficial da companhia aérea, em resposta escrita à Lusa.

A transportadora franco-neerlandesa, que manifestou interesse no processo de venda direta da TAP, disse que a manutenção do hub (aeroporto usado por uma companhia aérea como centro de distribuição de passageiros) de Lisboa, uma das condições expressas pelo Governo no Decreto-Lei aprovado em 28 de setembro, é “sem dúvida” estratégica para a sua operação.

“Estamos a aguardar as próximas fases do processo e mais detalhes da privatização. O Presidente da República fez recentemente declarações sobre o Decreto-Lei e teremos de esperar pelos próximos passos para termos mais detalhes”, acrescentou a Air France-KLM.

Questionado sobre a percentagem do capital da TAP que tem interesse em comprar, o grupo aéreo considerou que “nesta fase ainda falta divulgar muitos detalhes”, mas vai tomar a sua decisão “assim que seja disponibilizada mais informação”.

Além da Air France-KLM, também os grupos IAG (British Airways, Iberia, Vueling, Aer Lingus e Level) e Lufthansa (Lufthansa Passenger Airlines, Swiss International Air Lines, Austrian Airlines, entre outras) manifestaram interesse na privatização da companhia aérea portuguesa.

O Presidente da República vetou, na sexta-feira, o decreto do Governo que enquadra as condições para a reprivatização da TAP pedindo clarificação sobre a intervenção do Estado, a alienação ou aquisição de ativos e a transparência da operação.

O Governo anunciou, em 28 de setembro, a intenção de alienar pelo menos 51% do capital da TAP, reservando até 5% aos trabalhadores, e quer aprovar em Conselho de Ministros até ao final do ano, ou “o mais tardar” no início de 2024, o caderno de encargos da privatização, esperando ter a operação concluída ainda no primeiro semestre do próximo ano.

Em conferência de imprensa, o ministro das Finanças, Fernando Medina, e o das Infraestruturas, João Galamba, apresentaram os objetivos estratégicos centrais da venda da TAP, que passam pela manutenção e crescimento do hub (aeroporto que serve como centro de distribuição de passageiros), o crescimento da TAP, o investimento e emprego que o novo investidor possa trazer para Portugal em atividades de alto valor no setor da aviação, o melhor aproveitamento da rede de aeroportos nacionais valorizando e fazendo crescer operações de ponto a ponto, nomeadamente no aeroporto do Porto, e o preço e valor oferecido para aquisição das ações da companhia.

A alienação concreta vai, segundo o Governo, depender do processo de auscultação aos interessados.

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Como as marcas aproveitam o Halloween

Muitas marcas aproveitam as épocas festivas para chegar aos consumidores. A altura do Halloween não parece fugir à regra, com as marcas a apostarem em publicações nas redes sociais.

Com publicações mais ou menos assustadoras ou arrepiantes, as marcas aproveitam a época do Halloween para se promoverem e interagirem com os seus consumidores. Entre passatempos, humor, promoções, dicas ou receitas, as marcas usam assim esta celebração como mote para potenciar e evidenciar a sua presença nas redes sociais.

A temática foi desde logo aproveitada em grande medida pela marca de bolachas Oreo, através de várias publicações nas redes sociais a propósito do lançamento de uma edição limitada das bolachas, as Oreo Spooky, com sabor a baunilha.

A marca fez também um giveaway de 10 bilhetes duplos para a festa Fox Horror Stories, desafiando os seguidores a escreverem uma frase criativa com as palavras “Oreo” e “Halloween”.

A marca partilhou ainda uma receita de brownies e lançou reels em parceria com Vanessa Alfaro e Filipa Gomes, onde as influencers partilharam a sua experiência a fazer as receitas “Mumia-Brrownie de Oreo” e “Brownies Oreo Spooky”.

A cadeia de lojas Flying Tiger também partilhou vários vídeos alusivos ao tema nas suas redes sociais, entre ideias para disfarces, cenários e pratos de culinária, ou “ideias de sustos para o Halloween”.

A Ikea resolveu aproveitar a data para envolver fisicamente os consumidores, promovendo um workshop de Halloween na sua loja de Matosinhos, numa iniciativa gratuita. “Vamos fazer bolachas assustadoras mas deliciosas!”, desafiou a marca.

A Control, que utiliza o humor como grande ferramenta de comunicação, também assinalou a data com algumas publicações alusivas ao tema, fazendo uso do tom humorístico que já é característico à marca.

A Durex também usou o Halloween como mote para duas publicações no seu Instagram:

Já a Haribo, marca de gomas e guloseimas, assinala a ocasião partilhando diversos vídeos alusivos ao tema, como sugestões de apresentação para gomas numa festa de Halloween ou um ranking de cinco coisas que “dão extra medo no Halloween”.

No mundo dos livros, várias editoras – como a Guerra e Paz, Bertrand, Casa das Letras ou Tinta da China, por exemplo, fizeram publicações a anunciar descontos “assustadores” ou de “arrepiar”.

Por seu lado, a Fnac optou por partilhar, em vídeo, várias sugestões de livros para tornar as estantes dos clientes mais assustadoras, enquanto a Porto Editora promoveu a “Hora do Conto de Halloween – Monstruário”, dirigida aos mais pequenos.

No setor bancário, a Caixa Geral de Depósitos, por exemplo, aproveitou o tema do Halloween para promover o “dark mode” da sua app, enquanto o Millennium BCP listou quatro “grandes sustos”: perder o cartão, quando o multibanco o engole, esquecer o código do cartão e não ter memória no telemóvel para instalar a App Millennium.

Já entre as marcas de distribuição alimentar, o Pingo Doce lançou um passatempo em que oferecia um cartão presente Pingo Doce no valor de 100 euros para o vencedor “comprar os melhores produtos para o seu jantar de Halloween” e partilhou uma receita de panquecas para aproveitar o interior da abóbora que sobrou da decoração de Halloween. O Continente optou por ensinar como fazer uma abóbora de Halloween e também partilhou receitas de muffins e de “múmias de salsicha“.

A Licor Beirão também fez uma publicação para assinalar a data, identificando quatro tipos de “beirão das bruxas”, entre “pumpkin beirão”, “spooky’rão”, “assustad’honra” ou “vampirão”, fazendo deste modo uma “brincadeira” entre os nomes das bebidas da marca e símbolos do Halloween.

A Fanta, por seu turno, apostou num passatempo e numa parceria com RicFazeres, tendo a marca partilhado um reels protagonizado pelo Youtuber.

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Inphluent entra no segundo ano com nova imagem e posicionamento

Continental, ActivoBank, FIXO (Fidelidade), Cofidis, Schweppes Portugal, Decathlon são as principais marcas com as quais a agência tem trabalhado.  

“Empowering Brands Through Authentic Influence & Content” é o novo mote da Inphluent, agência de marketing de Influência e criação de conteúdo lançada em Portugal em dezembro de 2022. “Inspire and influence your audience” foi a assinatura com a qual a agência se apresentou há um ano.

Agora, “quisemos algo mais forte e que fosse mais direto na explicação do que realmente fazemos”, justifica Bruno Salomão, cofundador e CEO da agência. “Continuamos a inspirar e a influenciar audiências, mas o que verdadeiramente fazemos é dar poder às marcas através de estratégias de marketing de influência e criação de conteúdos próprios que sejam autênticos e inovadores”, descreve o responsável, defendendo que “uma marca que já tenha este tipo de comunicação presente na sua estratégia global, vai ter sempre muito mais poder e muito mais destaque”.

Com o foco na vertente estratégica, e não fazendo agenciamento ou gestão de carreira de influenciadores, a agência vai lançar conteúdos próprios em 2024. O objetivo é a criação de conteúdos em formato videocast/podcast, com diferentes temáticas e linhas editoriais, que estarão presentes no YouTube, Spotify e redes sociais. “A ideia passa por criar conteúdos apelativos e relevantes para diferentes audiências e, com isso, possibilitar os anunciantes a participarem nestes mesmos conteúdos como sponsors digital brand placement“, diz Bruno Salomão.

“Vivemos numa era em que as marcas têm que ser “creators” e temos feito diversos projetos do zero para marcas. Nesta nova era para Inphluent, queremos “virar o jogo” e sermos nós a criar do zero os nossos próprios conteúdos e dar palco às marcas”, acrescenta o responsável.

Com uma equipa de 10 elementos, o dobro dos colaboradores com que chegaram ao mercado há um ano, a parte multimédia, audiovisual, paid media ou programação é feita em parceria a Phormula Group, o que permite a amplificação de recursos e eleva o número de colaboradores para os 45, explica Bruno Salomão.

Continental, ActivoBank, FIXO (Fidelidade), Cofidis, Schweppes Portugal, Decathlon são as principais marcas com as quais a agência tem trabalhado.

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Excedente orçamental quase triplica até setembro. Receita fiscal sobe 7,8%

  • ECO
  • 31 Outubro 2023

A receita fiscal cresceu 7,8% até setembro, muito influenciada pelo aumento do encaixe em IRS (+12,1%). As receitas contributivas subiram 11,2%. Excedente supera os sete mil milhões de euros.

O excedente orçamental cresceu quase o triplo face ao registado até agosto. “As Administrações Públicas registaram, na ótica da contabilidade pública, um saldo orçamental ajustado de 7.277 milhões de euros até setembro”, refere a síntese de execução orçamental, enviada esta terça-feira pelas Finanças às redações. Até agosto, este saldo apontava para os 2.648 milhões de euros.

O ministério, liderado por Fernando Medina, justifica este resultado das contas públicas – que no final do ano deve levar a um excedente orçamental de 0,8% do PIB – com a “resiliência do mercado do trabalho”. A receita efetiva subiu 8,5%, em termos ajustados, graças ao crescimento de 12,1% do encaixe em IRS e de 11,2% das contribuições sociais.

Do lado da despesa, as Finanças referem também um aumento de 6,8%, “que passa para 8,5% se ajustado do efeito das medidas Covid-19 e do impacto do choque geopolítico”. As prestações sociais, tal como a “inflação nos contratos públicos”, pesam neste lado da balança.

Os efeitos geopolíticos no orçamento português, com destaque para a guerra na Ucrânia à qual se junta entretanto a incerteza da nova guerra no Médio Oriente, já chegam a 2.054 milhões de euros. Do lado da despesa, este impacto atinge os 876 milhões de euros, através do aumento de apoios ao setor agrícola e “famílias mais vulneráveis”. Já do lado das receitas, as Finanças calculam um impacto de cerca de 1.178 milhões de euros, em particular devido à “redução de tributação sobre combustíveis e alimentos”.

O comunicado detalha mais as rubricas relacionadas com a despesa orçamental que com a receita. Tal como no mes anterior, não é referido o comportamento dos impostos indiretos, como o IVA. Mas especifica que as despesas com pessoal cresceram 7,7% e com prestações sociais dispararam 17,7% “(excluindo pensões, medidas Covid e extraordinárias de apoio às famílias e prestações de desemprego), refletindo, em grande medida, a atualização do IAS e as valorizações remuneratórias”.

Até setembro, as Finanças assinalaram ainda o aumento de 4,8% das despesas com aquisição de bens e serviços, cok o ensino superior (23,5%) e administração local (13,2%).

A inflação nos contratos públicos, por outro lado, está a pesar na despesa com investimento na Administração Central e Segurança Social (8,9%). Só o investimento no Metro do Porto subiu 168,8% e na Ferrovia cresceu 40,5%.

 

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TTouch responsável pela comunicação do primeiro congresso Grace

A TTouch desenvolveu toda a imagem gráfica e peças de comunicação, entre mupis, imprensa, email marketing, banners, redes sociais, bilhetes, bem como o material de suporte ao dia do evento.

A TTouch foi a agência criativa responsável pela comunicação do primeiro congresso Grace, evento que decorre no dia 7 de novembro no teatro Tivoli BBVA e que tem como mote “A sustentabilidade como fator de competitividade”.

A agência foi assim responsável pelo nome “More than Green“, e pela assinatura “Responsible business it´s your business, que pretendem “reforçar a ideia de que o tema do ESG não se esgota na questão do ambiente e que é obrigação de todos os negócios ter essa consciência e agir nesse sentido”, explica-se em nota de imprensa.

Foi também a TTouch que desenvolveu toda a imagem gráfica e peças de comunicação, entre mupis, imprensa, email marketing, banners, redes sociais, bilhetes, bem como todo o material de suporte ao dia do evento.

O congresso tem como objetivo debater a sustentabilidade enquanto catalisador da competitividade nas empresas, bem como as ferramentas que podem ser utilizadas pelas organizações para alcançarem todo o seu potencial.

A iniciativa conta com 22 oradores, 32 patrocinadores e parceiros e 300 associados.

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Estado já vendeu Efacec à Mutares. Parpública injetou mais 75,5 milhões em dinheiro

Antes da operação harmónio, feita esta terça-feira, a Efacec emitiu, a 26 de outubro, 350 obrigações convertíveis que o Banco de Fomento já subscreveu na totalidade. Em causa estão 35 milhões.

O Estado português já vendeu a Efacec ao fundo alemão Mutares. Através de uma operação harmónio, o capital social da empresa foi reduzido a zeros para, posteriormente, ser aumentado para 300 milhões de euros. A Mutares injetou apenas 15 milhões de euros na empresa nortenha enquanto a Parpública entrou com 209,45 milhões de euros, a que acrescem mais 75,54 milhões através da emissão de novas ações. Além disso, o Banco de Fomento já comprou 35 milhões de euros em obrigações convertíveis emitidas pela Efacec.

Os 209 milhões de euros injetados pela Parpública são em espécie, de acordo com o portal de atos societários do Ministério da Justiça. Ou seja, podem estar em causa bens imóveis, créditos ou direitos de crédito, assim como stocks e mercadorias e outros instrumentos financeiros. Este valor poderá corresponder ao montante que o Estado foi injetando mensalmente na empresa (à razão de 12 milhões de euros por mês) para garantir tesouraria e o funcionamento da Efacec.

No entanto, o acordo com a Mutares, que viabilizou a operação, passou pelo perdão integral de dívida por parte do Estado – um haircut inicial de 12,8 milhões de euros (100%) –, verba que poderá vir a ser recuperada no futuro, embora não se saibam quaisquer detalhes sobre o funcionamento deste mecanismo. Já os bancos perdoaram 80% da dívida e os obrigacionistas 10% (5,8 milhões de euros), um perdão aprovado na assembleia-geral de 12 de outubro.

Antes mesmo da operação harmónio, feita esta terça-feira, já a Efacec emitiu 350 obrigações convertíveis e o Banco de Fomento já subscreveu 35 milhões, tal como o ECO avançou. Esta operação já data de 26 de outubro. Cada obrigação tem um valor nominal de 100 mil euros e foram subscritas na totalidade pelo Fundo de Capitalização e Resiliência (FDR) do Banco de Fomento.

No âmbito da operação harmónio foi feita uma redução total do capital de 309 milhões de euros para cobrir parcialmente os prejuízos. Num segundo momento, as prestações acessórias de capital – obrigações subscritas pelos acionistas – de 9,4 milhões de euros da Parpública e 2,1 milhões da MGI Capital, o outro acionista (um consórcio formado pelo Grupo José de Mello e a Têxtil Manuel Gonçalves – TMG), foram transformadas em capital e novamente reduzidas a zero para cobertura de prejuízos.

Finalmente, num terceiro momento, foi feito um novo aumento de capital para os atuais 300 milhões de euros.

O Governo já anunciou a realização de uma conferência de imprensa na quarta-feira, para explicar os detalhes da operação. O ministro da Economia, António Costa Silva, e o secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, esclarecerão a conclusão do processo de venda da Efacec. Com esta operação, a Mutares concluiu a sua 11.ª compra de 2023.

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OE 2024 passa só com os votos do PS. Livre e PAN abstêm-se

O Orçamento do Estado para 2024 foi aprovado na generalidade apenas com os votos favoráveis da bancada socialista. Livre e PAN abstiveram-se e o resto da oposição votou contra.

A proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2024 foi aprovada, esta terça-feira, na generalidade apenas com os votos favoráveis do PS. Livre e PAN abstiveram-se e a restante oposição votou contra.

Quando o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, anunciou a aprovação da proposta, toda a bancada do socialista se levantou para aplaudir.

Para PSD, Chega, Iniciativa Liberal, PCP e Bloco de Esquerda (BE), a proposta do OE para 2024 é insuficiente e má. Só Livre e PAN consideram que há margem para melhorar o documento e já sinalizaram as medidas que esperam ver acolhidas pelo PS durante o debate na especialidade.

“O Livre estará nesta negociação, se o Governo quiser ter uma ambição para o SNS, para a Ciência”, assinalou o deputado único Rui Tavares. Para o parlamentar, “o orçamento para a Ciência é mais baixo de sempre”. Por isso lançou o desafio ao PS: “Vamos então conversar, vamos fazer deste Orçamento um Orçamento melhor”.

Do lado do PAN, a líder e deputada única, Inês de Sousa Real, afirmou que “esperava mais do OE”, avisando que não quer “um remake e uma série do que sei o que fizeste no Orçamento passado”. Neste sentido, “o PAN vai bater-se para que os sem-abrigo possam ter uma casa”, indicou Inês de Sousa Real, acrescentando que conta que o PS vá “mais longe na rede de respostas às vítimas de violência doméstica”.

Neste ponto, a ministra do Trabalho, Mendes Godinhno, já garantiu que o Governo está disponível para alargar o projeto para pessoas sem-abrigo “Casa Primeiro” (Housing First) que prevê a disponibilização de sistemas de albergues de emergência ate à mudança para uma moradia estável.

Outra das medidas que o PAN quer ver debatida na especialidade é “o alargamento do passe gratuito para todos os jovens até aos 25 anos”, possibilidade que, neste momento, está limitada aos estudantes até aos 23 anos.

A redução da taxa do IVA para 6% da ração para animais de companhia é também uma reivindicação do PAN. “Caberá ao Governo decidir se vem para a mesa negocial de forma séria e responsável, porque o que importa não é como o Orçamento começa, mas como acaba”, rematou Inês de Sousa Real.

O resto da oposição atirou duras críticas ao OE. À direta, PSD, Chega e IL atacaram sobretudo o aumento da carga fiscal. À esquerda, PCP e BE consideram que a proposta só agrava os problemas do SNS e da Educação e defendem um maior reforço dos salários e pensões.

Segue-se agora um mês para a discussão do documento na especialidade. O calendário dos trabalhos inclui audições setoriais com todos os ministros e secretários de Estado. Até 14 de novembro, os partidos com assento parlamentar podem apresentar propostas de alteração ao diploma. A votação de cada artigo vai decorrer entre os 23 e 29 de novembro, estando a a votação final global marcada o último dia.

O texto final deverá ser enviado a 15 de dezembro ao Presidente da República para promulgação. O OE terá de ser publicado em Diário da República até ao final desse mês para poder entrar em vigor no dia 1 de janeiro de 2024.

(Notícia atualizada às 19h17)

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GamaLife cresce negócio em 123% e torna-se a 4ª maior seguradora Vida

O 1º semestre do ano foi o primeiro a integrar a operação da seguradora em Itália e 30,8 milhões de lucro vieram de lá. Em Portugal duplicou a quota de mercado para 9%.

A GamaLife, seguradora Vida com base em Portugal e negócio também em Itália, fechou o primeiro semestre com uma produção de prémios de 305 milhões de euros, um valor 123% superior ao conseguido em igual período de 2022.

A GamaLife, administrada por Alistair Bell, Filomena Santos, Matteo Castelvetri e Gonçalo Castro Pereira, anuncia já ter 520 mil clientes dos quais 350 mil em Portugal.

Foi o primeiro 1º semestre em que a seguradora portuguesa integrou nas contas o seu negócio em Itália, tendo este contribuído para 67 milhões de euros em prémios para a faturação total. Em Portugal a companhia atingiu 238 milhões de euros de prémios o que a torna a 4ª Maior seguradora Vida com 9% de quota de mercado, seguindo no ranking a Fidelidade, a Ocidental do Grupo Ageas e a BPI Vida e Pensões.

Quanto a lucros, a GamaLife adotou a IFRS 17, norma contabilística para a mensuração dos contratos de seguro, partir de 1 de janeiro de 2023, tendo o resultado líquido, não auditado, do primeiro semestre de 2023 sido de 63,7 milhões de euros – aumento de 45% face ao mesmo período do ano anterior também em base IFRS 17.

Este resultado corresponde em 32,8 milhões às operações em Portugal e reflete ganhos não recorrentes resultantes da redução da componente de perdas nos produtos financeiros portugueses e em 30,8 milhões à operação italiana. Neste país o lucro inclui a libertação prevista da margem de serviços contratuais (CSM em inglês) da sucursal de Itália.

No final de junho deste ano, os Fundos Próprios Elegíveis para efeitos de Solvência II totalizavam 642 milhões de euros, o que representa um crescimento de 4,5% face a 2022, e o Rácio de Cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR) aumentou 12 pontos percentuais, situando-se em 211%.

No final do 1º semestre, os Capitais Próprios em IFRS da Seguradora totalizavam 226 milhões de euros, na sequência da transição para a IFRS17 (contratos de seguro) e da adoção da IFRS 9 (instrumentos financeiros) que abrange os contratos de investimento. No mesmo dia dispunha de 8,3 mil milhões de euros em ativos sob gestão em Portugal e Itália.

A companhia tinha adiado um mês a apresentação destas contas explicando o atraso nessa altura com “a recente aquisição da unidade de negócios italiana e com a preparação da informação financeira ao abrigo da IFRS17, norma contabilística que altera os princípios de reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação dos contratos de seguro”

A companhia, que resultou da ex-GNB Vida, investiu no ano passado em Itália ao comprar de uma carteira de seguros de Vida da Zurich naquele país por um valor final de 123 milhões de euros.

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Galamba cita Marcelo e ignora TAP. “Orçamento segue a única estratégia possível”, diz

Entre apupos, o ministro das Infraestruturas cita o Presidente da República: "Este Orçamento segue a única estratégia possível", acrescentando que "é um bom Orçamento".

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, fechou, esta terça-feira, o debate na generalidade do Orçamento do Estado (OE) 2024, sem mencionar uma única vez o dossiê TAP. Entre apupos da bancadas da oposição, citou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que pediu a sua demissão em maio: “Este Orçamento segue a única estratégia possível”, acrescentando que “é um bom Orçamento”.

“Permitam-me citar sua excelência, o Presidente da República: ‘Este orçamento segue a única estratégia possível’. E, pedindo permissão, acrescentar: e é um bom orçamento. De facto, é hoje claro que a estratégia definida pelo Governo dá uma resposta global, e a resposta possível, aos diferentes desafios que enfrentamos”, afirmou Galamba.

Recorde-se que, em maio, Marcelo pediu a cabeça de Galamba, na sequência dos incidentes no Ministério que envolveram o então adjunto do governante, Frederico Pinheiro. Na altura, o primeiro-ministro não atendeu à vontade do Chefe do Estado o que levou a uma grande rutura entre Belém e S. Bento.

Ao longo de todo o discurso, Galamba optou por ignorar o elefante na sala chamado TAP, mesmo depois de o líder da bancada do BE, Pedro Filipe Soares, ter afirmado que “o Governo não tem legitimidade democrática para privatizar a TAP”.

O ministro da Infraestruturas optou por repetir as palavras dos colegas do Executivo sobre o reforço de rendimentos, a redução de impostos e a importância das contas equilibradas.

As contas certas não são um fim em si mesmo. São o instrumento que nos permite, de forma gradual e consistente, sem retrocessos, cumprir uma agenda de recuperação e aumento de rendimentos”, assinalou.

“Sim, decidiremos mesmo a localização do novo aeroporto”

“Ao contrário da oposição, que dispara para todos os lados, promete tudo a todos, este é um orçamento responsável, mas ambicioso, que vai ao encontro das necessidades das famílias, das empresas, das necessidades presentes e futuras do país. Este é um Orçamento para os portugueses”, destacou o titular da pasta das Infraestruturas, reiterando que “este é o Orçamento do reforço de rendimentos que dá garantias para o futuro”, atirando ainda que “a redução do IRS é mesmo para todos”. “Este é um Orçamento que aumenta os rendimentos dos portugueses”, repetiu.

Depois dos elogios ao Orçamento que reforça rendimentos, o ministro elencou os vários investimentos previstos em todas as áreas das infraestruturas, destacando o lançamento, no início de 2024, do concurso para o primeiro troço da linha de Alta Velocidade entre Porto e Lisboa.

E rematou com o polémico dossiê sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa: “Este é mesmo um Governo que investe, que quer investir mais e, não menos importante, quer investir mais rápido e tomar decisões para o futuro. Além das obras ferroviárias e do planeamento dos investimentos portuários, temos e teremos em curso melhorias na rodovia e no Aeroporto Humberto Delgado e tomaremos uma decisão que tem estado indefinida há mais de 50 anos. Sim, decidiremos mesmo a localização do novo aeroporto”.

(Notícia atualizada às 19h39)

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Do financiamento através do PRR aos fornecedores, como cortar custos na sua empresa

Um programa de corte de custos pode ajudar as empresas a dar um impulso à rentabilidade, numa conjuntura de grande incerteza. Conheça as dicas dos especialistas para cortar custos nas empresas.

A forte subida dos preços, o abrandamento na economia e o agravamento dos custos de financiamento colocam sérios desafios aos resultados das empresas. Uma boa gestão dos custos pode dar uma importante ajuda, transformando estas poupanças em lucros. Mais do que os tradicionais planos de reestruturação – muito usados em anos de crise – os especialistas deixam um conjunto de medidas para otimizar e reduzir as despesas das empresas no dia-a-dia. A longo prazo, programas como o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o Portugal 2030 podem ser as grandes fontes de financiamento dos negócios para fugir aos elevados custos de crédito da banca.

“A estratégia (de redução de custos) depende da dimensão da empresa, do volume de faturação e da indústria, sendo fundamental saber adaptar as boas práticas de redução de custos caso a caso”, explica João Costa, country manager da Expense Reduction Analysts (ERA). O especialista alerta que, frequentemente, os líderes das empresas não se envolvem na forma como mais de metade dos orçamentos são gastos. “Nalgumas empresas, implementar uma estratégia de Agile Procurement, que enfatiza a colaboração, flexibilidade e capacidade de resposta na gestão do processo de aquisição de bens, serviços, ou trabalhos a fontes externas – o Procurement – pode permitir, nomeadamente, cortar despesas gerais através da racionalização do processo, identificar potenciais problemas numa fase precoce e melhorar o desempenho dos fornecedores”, explica.

Seguir esta estratégia é, na opinião de João Costa, o segredo para as empresas se tornarem mais eficientes, eficazes e bem posicionadas para terem sucesso, num mundo em rápida mudança. Inês Martins, CEO da ECOST, concorda que as empresas enfrentam grandes desafios. “É importante que essas dificuldades sejam bem identificadas para que possam ser superadas/minimizadas”, esclarece, acrescentando que “uma gestão de custos eficaz não se trata apenas de cortar nas despesas, mas encontrar um equilíbrio entre a redução de custos e o investimento em áreas fundamentais que proporcionem o crescimento saudável e sustentável da empresa”.

Para João Ribeiro, managing partner da Mercal Consulting Group, apesar das dificuldades incontestáveis que as empresas enfrentam, há um game changing no mercado: o PRR e o Portugal 2030. Basta saber usá-los. Mas este não é o único conselho para poupar nos custos. Veja aqui as dicas para cortar nos custos na sua empresa:

Aposte na digitalização e na automatização de tarefas

Otimizar processos de produção é, para João Ribeiro, mais importante que nunca. O managing partner da Mercal realça que há uma clara “oportunidade de melhoria de produtividade e redução de custos”. A aposta na inovação e na digitalização, assim como a automatização de produção e de tarefas, podem permitir esta otimização de processos e poupar dinheiro à empresa. A título de exemplo, João Ribeiro refere o setor têxtil, onde algumas empresas automatizaram alguns processos na indústria de roupa e calçado – sem costuras. Uma tecnologia diferenciadora que permite manter a competitividade nos mercados internacionais.

Renegociar contratos e fornecedores

O agravamento dos preços das matérias-primas e do preço a pagar aos fornecedores em geral é um dos principais problemas que as empresas enfrentam e que ameaça os resultados. Procurar novos fornecedores e renegociar contratos é, para os três especialistas, uma das áreas em que as empresas podem investir para cortar custos. “Negoceie os contratos, solicite propostas a diversos fornecedores, pois estes poderão ter uma maior flexibilidade de ajustes de preços. Ter múltiplos fornecedores pode ajudar a minimizar o impacto de aumentos dos preços de um único fornecedor”, explica Inês Martins. João Costa reforça que as empresas devem “dedicar mais tempo ao processo de aquisição de bens, serviços, ou trabalhos a fontes externas”, pois “representa uma fatia significativa dos orçamentos das empresas e devem receber a atenção devida se o objetivo é otimizar processos”.

Faça uma boa gestão de stocks e evite o desperdício

Não comprar mais do que precisa ajuda a evitar desperdícios e a poupar dinheiro. “Manter um controlo rigoroso e eficaz do inventário, baseado na variação da oferta e procura em tempo real, que é fundamental para evitar a imobilização de capital em stocks não utilizados”, explica o managing partner da ERA. Inês Martins concorda que fazer uma boa gestão dos stocks pode trazer poupanças às empresas, acrescentando que estas devem procurar reduzir os desperdícios com matérias-primas, energia ou tempo.

Produtos menos dependentes da flutuação de preços

Há custos que não se podem cortar, nomeadamente nos materiais necessários para fabricar um produto. Mas, perante preços cada vez mais elevados, Inês Martins, CEO da ECOST, abre o flanco: “Avalie a possibilidade de desenvolver ou adaptar o produto transformando este menos sensível às flutuações de preços das matérias-primas. Lembramos que cada empresa é um caso e que o importante é estar atento e desenvolver uma gestão proativa com capacidade de adaptação a novos desafios”.

Eleger fontes de energia mais baratas

O verde está na moda. E a verdade é que optar por fontes de energia mais limpas pode transformar uma fatura pesada numa bem mais leve. João Ribeiro recomenda uma análise com alternativas a outro tipo de fontes de energia, mesmo que isso signifique reequacionar toda a atividade. O managing partner da Mercal reconhece, porém, que esta transformação energética tem custos. Por isso, diz, é “preciso fazer a análise de custo-benefício e ver o investimento que representa”. Para aplacar estes custos recomenda a candidatura a programas que financiam esta mudança. “Há fundos na área da energia, o Portugal 2030 e o PRR, que fazem comparticipação de custos”, remata. Para as empresas que não estão dispostas a investir em energias limpas, também é possível poupar na fatura da eletricidade. Tal como fazemos nas nossas casas, as empresas podem seguir determinadas regras que lhes permitem poupar, conforme explica a CEO da ECOST. “Analise e restruture os processos internos de produção, adapte os processos e horas onde os preços da energia são mais baratos”.

Driblar os juros mais altos com PRR e Portugal 2030

O último ano tem sido marcado pela rápida normalização das taxas de juro, que levou os custos de financiamento para máximos de 2007, com os bancos centrais a procurarem colocar um travão à escalada da inflação. Empresas e famílias estão a sentir na pele as consequências destas subidas, com as prestações do crédito a dispararem. Más notícias para quem procura financiamento para o seu negócio. “As condições de financiamento deterioraram-se, mas para acompanhamento há vários programas de apoio ao investimento: o PRR e o Portugal 2030”, destaca João Ribeiro. Para o managing-partner da Mercal este é “um fator a valorizar por parte da empresa. O benefício que daí resulta é extremamente elevado”.

Estes fundos europeus têm um envelope de milhares de milhões para investir em programas focados na resiliência, transformação climática e digital. Atualmente estão abertas candidaturas para programas como recapitalização estratégica, operacionalizado pelo Banco de Fomento, Voucher para Startups tem como objetivo a introdução no mercado de novos produtos verdes e digitais, internacionalização via ecommerce, ou descarbonização da indústria. Pode consultar no site do Recuperar Portugal, a entidade que gere o PRR, outros avisos abertos. E na página do Portugal 2030 também poderá consultar o calendário anual de concursos, ver todos os programas financiados e consultar os detalhes dos processos de candidatura.

Plataformas digitais para uma gestão mais eficaz

O conhecimento de tudo o que move a engrenagem do negócio é a chave para fazer um controlo mais eficaz dos custos. Na opinião de João Costa, da ERA, “a integração de plataformas digitais que registam transações em tempo real e a conexão com fontes externas de dados permitem uma gestão mais precisa e eficaz”. Para o especialista, “adotar estratégias preditivas, preparar para os desafios económicos e manter a agilidade é fundamental para o sucesso das empresas num cenário marcado pela inflação. O planeamento probabilístico, que prevê diferentes cenários, é, por isso, uma abordagem que se revela cada vez mais relevante”.

Fidelizar clientes, sem perder foco no custo

Passar o custo para o cliente nem sempre é a melhor estratégia. Num momento marcado pela subida de preços, as empresas poderão ganhar mais em evitar aumentar preços de venda, mantendo fidelizados os seus clientes. Isto não significa que tenham que ser as empresas a pagar os novos custos de produção e, com isso, ameaçar os resultados. Há que ser criativo, conforme explica João Costa, da ERA. “Algumas estratégias de gestão para enfrentar a inflação a longo prazo incluem apostar na fidelização dos clientes seja através de promoções, ofertas personalizadas ou programas à medida dos mesmos; mas também encontrar alternativas ao aumento de preços ao consumidor como a redução do volume do produto ou a adaptação da embalagem, mantendo os custos controlados sem que os clientes sintam o impacto de imediato”.

Reter talento para não perder trabalhadores

A escassez de mão-de-obra é outra das dificuldades com que as empresas se deparam. Evitar que os seus funcionários saiam, dando-lhes razões para ficar, é uma forma de poupar dinheiro: contratar novos trabalhadores dá mais dores de cabeça e sai mais caro. “A atração e retenção de talento, hoje em dia, são um desafio. É importante o investimento em formação continua, preocupação com o bem-estar e oferecer benefícios atrativos, tornam um desafio para a gestão de recursos humanos”, reconhece Inês Martins. João Costa concorda: “Com a falta de mão-de-obra e com a fuga de talento para o estrangeiro, é fundamental preservar os recursos humanos e as suas qualificações. Desta forma, otimizamos as despesas sem colocar em causa postos de trabalho, o funcionamento normal da empresa e a qualidade dos seus produtos e/ou serviços”, explica.

Caixa à prova de calotes

Antigamente as mercearias tinham um livrinho, onde eram apontadas as compras e a fatura era paga no final do mês. Se muitos pagavam a tempo, outros havia que davam um “calote” ao dono da loja. A prática ficou perdida no tempo, mas os maus pagadores continuam a existir. Para evitar problemas, “cobre aos seus clientes a tempo através de equipas de cobranças capazes e focadas, equilibre os prazos de pagamento aos fornecedores”, aconselha Inês Martins.

Antecipe problemas

Tal como as famílias devem fazer um fundo de emergência para acautelar qualquer eventualidade, também as empresas devem estar precavidas contra contratempos. A criação de um plano económico, com projeções de fluxos de caixa, é, para Inês Martins, uma forma de antecipar os problemas. E manter a liquidez da empresa intacta

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Leis humanitárias “não são menu à la carte”, diz Guterres

  • Lusa
  • 31 Outubro 2023

O secretário-geral criticou Israel pela assistência humanitária que permitiu entrar na Faixa de Gaza, o qual considerou "completamente inadequado e desproporcional às necessidades" em Gaza.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, relembrou esta terça-feira que o direito humanitário internacional estabelece regras claras que não podem ser ignoradas em Gaza, frisando que não se trata de “um menu à la carte” que possa ser aplicado seletivamente.

Num comunicado, o líder da ONU disse estar “profundamente alarmado” com a intensificação do conflito entre Israel, o grupo islamita Hamas e outros grupos armados palestinianos em Gaza, incluindo com a expansão das operações terrestres e intensos ataques aéreos israelitas, assim como com o contínuo lançamento de foguetes contra Israel a partir de Gaza.

“Os civis têm suportado o peso dos combates atuais desde o início. A proteção dos civis de ambos os lados é fundamental e deve ser sempre respeitada”, disse. Voltando a condenar os ataques de 7 de outubro do Hamas, Guterres, que se encontra em viagem no Nepal, frisou que “nunca há qualquer justificação para matar, ferir e raptar civis”, apelando à libertação imediata e incondicional dos civis mantidos como reféns pelo grupo islamita.

“Condeno o assassínio de civis em Gaza e estou consternado com os relatos de que dois terços dos mortos são mulheres e crianças. (…) O direito humanitário internacional estabelece regras claras que não podem ser ignoradas. Não é um menu ‘à la carte’ e não pode ser aplicado seletivamente. Todas as partes devem respeitá-lo, incluindo os princípios de distinção, proporcionalidade e precaução”, frisou.

O secretário-geral também criticou Israel devido ao nível de assistência humanitária que permitiu entrar na Faixa de Gaza, o qual considerou “completamente inadequado e desproporcional às necessidades do povo de Gaza”. Segundo as Nações Unidas, antes do início da guerra entre Israel e o Hamas, cerca de 500 camiões de ajuda humanitária entravam diariamente em Gaza, enquanto nesta última semana entraram, em média, 12 por dia.

O ex-primeiro-ministro português reiterou o seu apelo por um cessar-fogo humanitário imediato e por um acesso humanitário desimpedido, consistente, seguro e em escala, visando satisfazer as necessidades urgentes “criadas pela catástrofe que se desenrola em Gaza”. Momentos antes, António Guterres havia lançado a partir de Lumbini, considerado o berço de Buda, um apelo à paz num cenário de conflitos no Médio Oriente, na Ucrânia, no Sahel e Sudão.

Durante a sua visita ao Nepal, o secretário-geral das Nações Unidas falou da necessidade urgente de um cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita Hamas para acabar com o “pesadelo” do derramamento de sangue. “No Médio Oriente, na Ucrânia, no Sahel, no Sudão e em muitos outros lugares do mundo, os conflitos estão a intensificar-se”, disse António Guterres.

“As regras e instituições globais estão a ser minadas à medida que os direitos humanos e o direito internacional são desrespeitados”, acrescentou. O secretário-geral da ONU ofereceu ainda orações na sua visita a Lumbini, no sul do Nepal, um local que descreveu como um lugar de “espiritualidade, serenidade e paz”.

“É um lugar para refletir sobre os ensinamentos do Senhor Buda. E refletir sobre o que a sua mensagem de paz, interdependência e compaixão significa no mundo conturbado de hoje”, afirmou Guterres. “Nestes tempos conturbados, a minha mensagem ao mundo, dos jardins pacíficos de Lumbini, é simples: a humanidade tem uma escolha. Cabe-nos a nós seguir o caminho da paz”, disse António Guterres.

“Os impactos da crise climática estão a aumentar”, defendeu Guterres, que chegou na véspera à região do Evereste. “A humanidade está em guerra com a natureza e em guerra consigo mesma”, declarou.

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Galp e Continente reforçam descontos com campanha multimeios. Cristina Ferreira associa-se

A campanha contou com a participação de Cristina Ferreira nas suas redes sociais. No TikTok, o vídeo já tem cerca de cinco milhões de visualizações.

“Poupar não é um trinta e um, é 30 cêntimos” é o nome da campanha de descontos da Galp e do Continente que, já tendo sido utilizada por mais de 420 mil clientes, foi prolongada pelas marcas que também decidiram reforçar a sua comunicação através de uma campanha multimeios.

Marcando presença em televisão, rádio, outdoors e meios digitais, a campanha, no ar até 30 de novembro, tem criatividade da Omnicom Create|DDB, realização da Film Brokers e produção da Krypton.

A campanha contou também com a participação de Cristina Ferreira nas suas redes sociais. No TikTok – onde a campanha da Galp e do Continente foi a primeira parceria comercial de Cristina Ferreira – o vídeo está perto de atingir cinco milhões de visualizações (4,8 milhões, quando consultado pelo +M).

Já no Instagram da apresentadora, o vídeo contava com 687 mil visualizações e no Facebook com 60,2 mil visualizações.

O mote da campanha tem por base a simplificação do modelo de descontos atribuídos aos clientes, pelo que por cada litro de combustível abastecido, o consumidor pode acumular 15 cêntimos no Cartão Continente, mediante a apresentação dos vales de desconto recebidos em compras iguais ou superiores a 30 euros nas lojas Continente e Continente Modelo, e em compras de valor igual ou superior a 25 euros nas lojas Continente Bom dia e nas lojas Continente da Madeira, conforme se explica em comunicado.

Os clientes podem ainda descontar diretamente mais 15 cêntimos por litro de combustível nos postos Galp se forem utilizadores da app Mundo Galp.

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