Dia Mundial da Alimentação: MEO junta-se a movimento nacional contra o desperdício alimentar

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  • 15 Outubro 2023

Cada português desperdiça mais de 180 quilos de comida todos os anos. No Dia Mundial da Alimentação, que se celebra hoje, o MEO junta-se ao Movimento Unidos Contra o Desperdício.

Todos os dias, milhares de quilos de alimentos acabam no caixote do lixo. A realidade não é exclusiva de Portugal, onde cada cidadão é responsável por 184 quilos de comida desperdiçada por ano, mas o país continua a estar acima da média europeia, fixada em 127 quilos. As consequências sociais, económicas e morais destes números motivaram a criação, em 2020, do Movimento Unidos Contra o Desperdício que tem como objetivo “mobilizar a sociedade para hábitos que facilitem o aproveitamento de excedentes” e ao qual o MEO aderiu no final de setembro.

De acordo com os números da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês), cerca de um terço de toda a produção alimentar é desperdiçada anualmente. É uma realidade negra num país em que, como Portugal, 16,4% da população está em risco de pobreza e onde mais de 400 mil pessoas têm carências alimentares. Aliás, segundo a FAO, se apenas um quarto dos alimentos desperdiçados em todo o mundo fossem doados, seria possível saciar a fome de 870 milhões de pessoas.


No terceiro aniversário do Movimento Unidos Contra o Desperdício, assinalado a 29 de setembro, no dia da Consciencialização sobre as Perdas e o Desperdício Alimentar, o MEO juntou-se à causa que reúne já mais de três centenas de empresas em Portugal. A carta de adesão foi assinada por Luíza Galindo, diretora de Marketing e Comunicação da marca. “

"Assumir este compromisso é um passo natural para uma empresa que já se afirmou e conquistou o seu lugar entre os pioneiros na defesa das causas que mais impactam a sociedade. Quando, no MEO, dizemos ‘humaniza-te’, é também disto que estamos a falar: unir esforços em combates que são de todos e para os quais não existem soluções que não passem por esta mobilização conjunta.”

Luíza Galindo, diretora de Marketing e Comunicação, MEO

Para promover o consumo responsável de alimentos, o MEO lançou uma campanha de âmbito nacional que apela à redução do desperdício e que sublinha que, todos os dias, cada português deita fora um terço das suas refeições. As mais de 1,8 milhões de toneladas de alimentos que acabaram no lixo em Portugal, em 2021, têm impacto ambiental, mas também económico. Cálculos indicam que, em média, cada português perde 28 euros por mês em comida que não consome – são 336 euros por ano e por pessoa, o que num contexto de inflação e aumento das taxas de juro nos créditos à habitação tem impacto no orçamento familiar.

Desperdiçar alimentos não é uma inevitabilidade. No site oficial do Movimento Unidos Contra o Desperdício, pode encontrar um vasto conjunto de dicas que ajudam a planear melhor as suas compras, mas também técnicas para preservar os alimentos corretamente. Além disso, a plataforma disponibiliza ainda dezenas de receitas que evitam o desperdício e aproveitam as sobras de outras refeições. Comer bem, de forma saudável e sustentável não tem de ser caro – pelo contrário.

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Sandra Maximiano terá sido escolhida pelo Governo para presidente da Anacom

Professora do ISEG terá sido escolhida pelo Governo para suceder a João Cadete de Matos na liderança do regulador das comunicações, segundo o comentador Luís Marques Mendes.

O Governo terá escolhido Sandra Maximiano para ocupar o cargo de presidente da Anacom, avançou o comentador Luís Marques Mendes este domingo à noite na SIC. A confirmar-se, a professora associada do ISEG é o nome que se segue a João Cadete de Matos, que completou seis anos na liderança do regulador no passado dia 15 de agosto.

De acordo com Marques Mendes, o nome ainda está a ser avaliado pela CReSAP, que tem de emitir um parecer favorável para a nomeação avançar. Antes de chegar à liderança do regulador, Sandra Maximiano também tem de passar no crivo da Assembleia da República, cujo parecer, não sendo vinculativo, tende a ser respeitado neste tipo de nomeações.

“É uma economista muito conceituada”, disse o comentador, que referiu ser uma escolha positiva por parte da tutela. O nome da próxima presidente da Anacom era, provavelmente, a notícia mais aguardada pelo setor, mais especificamente pelas operadoras de telecomunicações, que nunca se coibiram de criticar duramente o atual presidente ao longo dos últimos seis anos.

Além da ligação ao ISEG, onde se licenciou em Economia e fez mestrado, Sandra Maximiano tem vindo a publicar mensalmente artigos de opinião no Expresso, referindo: “Escrever opinião é um modo de analisar de fora o que se passa cá dentro.”

Na sua página de autora no jornal, indica ainda: “Sou economista mas raramente escrevo sobre a dívida e o défice, conduzo antes experiências para analisar o comportamento dos agentes económicos.” É ainda, desde 2009, professora assistente na Universidade de Purdue, segundo a própria.

Alguns dos seus artigos recentes publicados no Expresso incluem “Como combater o vício das raspadinhas?”, “Como acabar com salários baixos?” e “Faz sentido que os CEO ganhem uma fortuna?”. No ano passado, a professora escreveu ainda sobre a semana de quatro dias de trabalho e a reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS), por exemplo.

Fotografia de Sandra Maximiano disponibilizada no site do ISEG

O ECO já contactou o Ministério das Infraestruturas no sentido de confirmar esta informação, estando a aguardar resposta. No entanto, tem vindo a questionar o gabinete de João Galamba acerca deste processo desde meados de julho, incluindo durante este mês, sempre sem sucesso.

O perfil está em linha com o que era esperado, segundo o que vinha a ser dito ao ECO por várias fontes do setor, que falavam na possibilidade de o Governo escolher uma académica para ocupar esta função (a lei prevê a alternância de género, pelo que teria sempre de ser uma mulher).

Em maio, no congresso anual da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), Galamba tinha traçado o perfil do que pretende que seja a próxima era da Anacom: “Para o futuro, espero um setor onde haja lugar à crítica e ao diálogo construtivos, ao respeito institucional e à procura equilibrada de soluções para o desenvolvimento do setor e para a defesa dos consumidores, procurando sinergias e melhorando processos produtivos. É nestas linhas que devemos desenhar e executar a política de comunicações que o país necessita, com envolvimento de operadores e autarquias e o papel importante do regulador como fonte de estabilidade no setor”, disse o ministro da tutela.

(Notícia atualizada pela última vez às 22h19)

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Tranquilidade toma 20% do capital da RNA assistência

  • ECO Seguros
  • 15 Outubro 2023

A operação já resulta da aquisição pela Generali SpA, da Liberty europeia, a RNA, rede de assistência e de serviços de saúde passa a ter a Tranquilidade como parceira de capital.

A Assicurazioni Generali S.p.A., vai comprar uma participação qualificada indireta correspondente a 20 % do capital social e dos direitos de voto da portuguesa RNA – Rede Nacional de Assistência, companhia de prestação de serviços de assistência na área automóvel, viagem também de serviços de saúde, anunciou a ASF, supervisora do setor, indicando a não oposição a que esta transação se realize.

José Gabriel e David Moita, acionistas da RNA, terão na Tranquilidade/Generali um novo interlocutor.

Liderada por David Moita, a RNA Seguros é uma seguradora que tem no seu capital a CA Seguros e tinha a Liberty que, com a aquisição das suas operações pela Generali, transfere a sua posição para o grupo italiano que em Portugal usa a marca Tranquilidade.

A RNA S.A. tem como clientes seguradoras e outros grandes institucionais tendo faturado 4,26 milhões de euros em 2022, com resultados líquidos diretos da atividade de 505 mil euros.

No entanto, enquanto grupo detém, para além de 100% da RNA seguros, 90% da Ibero RNA, tem 14,23% da ASYB – Rede de Assistência Integral, empresa espanhola que presta serviços a 60 seguradoras e 2% da International Assistance Group, uma rede mundial de assistência com sede em Paris. Como grupo, a RNA obteve lucros líquidos de quase 3 milhões de euros em 2022.

Em Portugal, a RNA realizou 315 mil intervenções durante o ano passado, sendo o seu negócio repartido a 60% por prestação de assistência, 30% em serviços de saúde e 10% em negócio internacional.

Com a substituição da Liberty pela Tranquilidade/Generali, o presidente David Moita, que é o maior acionista com 21% terá novo interlocutor. A CA Seguros tem 20%, tanto quanto tinha a Liberty e terá agora a Tranquilidade, José Gabriel – que tembém lider a SGS Seguros tem 14,33% sendo os restantes acionistas todos com 6,67% do capital Gabriel Salvat e as empresas Solidneutron, ADE e Spidersoft.

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Conselho Europeu pede a Israel resposta que garanta proteção de todos os civis

  • Lusa
  • 15 Outubro 2023

Os líderes dos 27 fixaram assim "a posição comum da União Europeia" perante o conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas.

Os membros do Conselho Europeu reconheceram este domingo o direito de Israel a defender-se, mas sublinharam que a resposta deve estar alinhada com “o direito humanitário e internacional” e que deve “garantir-se a proteção de todos os civis”.

Os líderes dos 27 fixaram assim “a posição comum da União Europeia” perante o conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas, divulgada em comunicado prévio à cimeira extraordinária que decorre na terça-feira por videoconferência para abordar a crise no Médio Oriente.

No comunicado conjunto, a União Europeia (UE) “condena nos termos mais enérgicos possíveis o Hamas e os seus ataques terroristas brutais e indiscriminados em Israel” e deplora “profundamente” a perda de vidas humanas. “Não há justificação para o terror”, enfatizaram os 27.

Nessa linha, insistem “firmemente no direito de Israel a defender-se em consonância com o direito humanitário e internacional face a estes ataques violentos e indiscriminados“.

“Reiteramos a importância de garantir a proteção de todos os civis em todo o momento de acordo com o Direito Internacional Humanitário”, reiteraram. Simultaneamente, os 27 apelaram ao Hamas para que liberte “imediatamente” todos os reféns “sem condições prévias”.

Sublinharam a importância do fornecimento de ajuda humanitária “urgente” e disseram estar dispostos a apoiar os civis mais necessitados de Gaza em coordenação com os seus parceiros, “garantindo que as organizações terroristas não abusam da referida ajuda”. “É crucial evitar uma escalada regional”, acrescentaram.

Por último, os líderes comunitários reiteraram que continuam comprometidos com “uma paz duradoura e sustentável baseada na solução de dois Estados” mediante “esforços renovados” no processo de paz no Médio Oriente.

Sublinhamos a necessidade de nos comprometermos amplamente com as autoridades palestinianas legítimas, assim como com os parceiros regionais e internacionais que podem desempenhar um papel positivo na prevenção de uma nova escalada“, concluíram.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, convocou no sábado uma cimeira extraordinária para terça-feira tendo em conta que “a tragédia que se está a desencadear tem muitas consequências para a Europa”.

Na convocatória aos chefes de Estado e de Governo da UE, afirmou que “as trágicas cenas” que ocorrem na Faixa de Gaza como consequência do cerco israelita e “a falta de bens essenciais, combinado com a destruição provocada pelos graves bombardeamentos, estão a fazer soar os alarmes na comunidade internacional”.

O político belga alertou na carta que o conflito “poderia ter consequências graves para a segurança” das sociedades europeias e que se não for gerido “com cuidado” pode “alimentar o extremismo” ou impulsionar “vagas migratórias em direção à Europa”.

O grupo islamita Hamas, considerado terrorista pela União UE e pelos Estados Unidos, iniciou em 07 deste mês um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza, que controla desde 2007, e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.

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Vídeos falsificados nas redes sociais promovem desinformação sobre o conflito

  • Lusa
  • 15 Outubro 2023

As redes sociais encheram-se, a seguir ao ataque do Hamas contra Israel, de vídeos sobre o conflito. A Associated Press fez a verificação de vários casos e concluiu que se tratava de desinformação.

As redes sociais encheram-se, nos dias que se seguiram ao ataque do Hamas contra Israel, em 07 de outubro, com vídeos e fotografias sobre o conflito que tornaram difícil distinguir os factos da ficção.

Apesar de terem surgido muitas imagens e relatos reais do que se passou, foram misturados com outros conteúdos com afirmações falsas, usando e manipulando vídeos de outros acontecimentos.

Entre fabricações e deturpações, foram partilhadas muita ‘fake news’ e desinformação: a notícia do rapto de um comandante israelita era falsa, como era adulterado o memorando da Casa Branca, em que o Presidente dos EUA, Joe Biden, anunciava um apoio de milhares de milhões de dólares a Israel.

Nas falsificações surgem também vídeos antigos do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e até imagens de um filme como se fosse real.

A Associated Press fez a verificação de vários casos e concluiu que se tratava de desinformação.

Vídeo mostra uma reportagem da BBC News que confirma que a Ucrânia forneceu armas ao Hamas?

Não. O vídeo, amplamente partilhado nas redes sociais, é fabricado, confirmam funcionários da BBC e do Bellingcat, um ‘site’ de investigação que é citado como alegada fonte.

As imagens, com um logótipo característico da BBC, pretenderiam reproduzir uma notícia da BBC com um relatório recente da Bellingcat sobre o fornecimento de armas ao Hamas pela Ucrânia.

“Bellingcat: Falha da ofensiva militar ucraniana e ataque do Hamas estão relacionados”, lê-se no texto do vídeo, com mais de 2.500 comentários e 110.000 visualizações na rede Telegram. “Os palestinianos compraram armas de fogo, munições, drones e outras armas”, alega-se ainda.

“Não chegámos a tais conclusões nem fizemos tais afirmações”, escreveram os responsáveis do Bellingcat numa publicação no X (ex-Twitter) que incluía capturas de ecrã da reportagem falsa. “Gostaríamos de sublinhar que se trata de uma invenção e que deve ser tratada como tal”, alegou ainda.

Eliot Higgins, fundador da organização sediada em Amesterdão, anotou, num outro post no X, que estas alegações foram amplificadas por utilizadores russos das redes sociais.

A BBC não respondeu aos e-mails que pediam comentários sobre o assunto, mas Shayan Sardarizadeh, um repórter do departamento de verificação de factos, confirmou num ‘post’ no X que o vídeo é falso.

A Igreja Ortodoxa Grega de São Porfírio foi destruída durante os bombardeamentos de Israel a Gaza?

É falso. Funcionários da igreja confirmaram na quinta-feira que o edifício continua intacto, mesmo após o bombardeamento, mas publicações que circulavam nas redes sociais afirmavam, erradamente, que o templo cristão, situado na secção al-Zaytun da Cidade Velha de Gaza, tinha sido alvo do ataque.

“Israel acabou de explodir a terceira igreja mais antiga do mundo”, escreveu um utilizador do Instagram, acrescentado: “A Igreja Ortodoxa de São Porfírio em Gaza tinha 1.616 anos de idade.” A conclusão da AP é que estas alegações são falsas.

Vídeo mostra jovem ator filmado deitado numa poça de sangue falso como exemplo da propaganda usada na guerra entre Israel e o Hamas?

O vídeo é de uma filmagem dos bastidores do filme “Empty Place”, uma curta-metragem centrada na história de Ahmad Manasra, um palestiniano que foi preso aos 13 anos, em 2015, acusado do esfaqueamento de dois israelitas.

Os utilizadores das redes sociais de ambos os lados da guerra – Israel e o Hamas – estão a partilhar o vídeo, cada um alegando falsamente que se trata da prova de que o outro lado está a criar propaganda.

No vídeo, um jovem está deitado num passeio coberto de sangue, com a perna direita dobrada para trás, mas trata-se da filmagem de uma curta-metragem. Nas imagens, aparece uma equipa de filmagem à volta do ator. Outros atores circulam vestidos de soldados e com a roupa usada por muitos judeus ortodoxos.

“Vejam como os israelitas estão a fazer vídeos falsos a dizer que os ‘combatentes da liberdade da palestina mataram crianças”, lê-se num ‘tweet’ que, até quarta-feira, tinha recebido mais de 5.600 gostos e foi partilhado 4.400 vezes.

Uma publicação no Instagram afirmava o contrário: “Estes terroristas estão a vestir-se de soldados JUDEUS para criar vídeos falsos sobre soldados israelitas! Propaganda falsa!”

Mas nenhuma das alegações é correta. O vídeo mostra, afinal, imagens da curta-metragem de 2022, dirigida por Awni Eshtaiwe, um cineasta sediado na Cisjordânia.

Joe Biden anunciou que vai enviar 8 mil milhões de dólares em ajuda militar a Israel?

Não. A imagem de um memorando, amplamente partilhada nas redes sociais, foi fabricada: Biden nunca fez qualquer anúncio desse tipo, confirmou a Casa Branca na segunda-feira.

Nas redes sociais, começou a ser partilhada uma imagem adulterada do memorando, dias depois do ataque do Hamas a Israel, em 07 de outubro.

O suposto memorando está formatado a imitar uma ordem executiva, como as publicadas na página da Casa Branca na Internet, com o logótipo azul e branco da Casa Branca na parte superior e o nome de Biden na parte inferior.

“Biden assina ordem para enviar 8 mil milhões de dólares em ajuda militar a Israel”, escreveu um utilizador que partilhou o suposto memorando no X (ex-Twitter).

Aparentemente, o memorando é uma versão adulterada de uma ordem executiva emitida por Biden para fornecer assistência militar à Ucrânia, no verão de 2023.

Vídeo mostra milícias do Hamas a saltarem de paraquedas para um campo desportivo antes de atacarem israelitas durante o ataque surpresa do grupo a Israel?

É falso. Embora o Hamas tenha utilizado parapentes para transportar combatentes através da fronteira entre Gaza e o sul de Israel, estas imagens estão ‘online’ pelo menos desde setembro, e mostram homens de paraquedas sim, mas num campo desportivo no Cairo, Egito.

“O Hamas saltou de parapente entre cidadãos israelitas e começou a massacrá-los”, lê-se no texto do vídeo. Publicado no TikTok, o vídeo foi visto mais de 38.000 vezes. Mas, na realidade, está ‘online’ desde, pelo menos, 27 de setembro, quando foi publicado no TikTok com a etiqueta de localização “Egito”.

Os detalhes do vídeo apontam para o Egito como local. Nas imagens, aparece uma pessoa vestida com uma camisola azul em que se lê “El Nasr SC” nas costas, o nome de um clube do Cairo. E no vídeo, a multidão não parece angustiada com a chegada dos paraquedistas, como seria de esperar se se tratasse de uma força invasora. Muitas mulheres e crianças são vistas a correr em direção a eles, de telemóvel na mão, a fazer vídeos e fotografias da exibição aérea.

Dois vídeos mostram o Presidente russo a avisar os EUA para “se manterem afastados” da última guerra em Gaza?

Não. Ambos vídeos que circulam na Internet têm meses e Putin surge a falar sobre a guerra Rússia-Ucrânia e não sobre o conflito no Médio Oriente. As legendas são falsas.

“A América quer destruir Israel como destruímos a Ucrânia no passado”, lê-se na legenda de um dos vídeos. “Estou a avisar a América: a Rússia vai ajudar a Palestina e a América não pode fazer nada”. Uma publicação do TikTok que partilhava o vídeo tinha recebido cerca de 11.600 visualizações até há dias.

A legenda de outro vídeo de Putin, filmado num local diferente, diz o mesmo: “Estou a avisar a América para se afastar da guerra entre a Palestina e Israel.” Mas os dois vídeos são muito anteriores à última guerra entre Israel e Hamas e não fazem qualquer referência a Israel.

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APS abre inscrições para formação em seguros de acidentes de trabalho

  • ECO Seguros
  • 15 Outubro 2023

A formação visa oferecer uma atualização das bases do instituto jurídico dos acidentes de trabalho que tem registado evoluções em diferentes áreas.

A Associação Portuguesa de Seguradoras (APS) anunciou a realização do “Ciclo de Formação Seguros em Acidentes de Trabalho”, um programa para aprofundar conhecimentos neste ramo que “tem registado evoluções em diferentes áreas”. A formação tem lugar entre as 9 e 13 horas nos dias 26 e 27 de outubro e 9, 10, 13, 14, 15 e 20 de novembro.

A formação visa oferecer uma compreensão das bases do instituto jurídico dos acidentes de trabalho. Serão ainda exploradas as modalidades de seguros mais relevantes neste contexto, como análise e debates sobre o regime jurídico dos acidentes de trabalho e na gestão de sinistros e pensões.

Ainda que a formação tenha sido estruturada para ser um todo coeso, o Ciclo de Formação permite inscrições por módulo, proporcionando flexibilidade adicional aos interessados.

O programa detalhado do Ciclo de Formação inclui cinco módulos essenciais, com datas específicas a anotar: o Módulo 1, que aborda os “Regimes de Acidentes de Trabalho. O Fundo dos Acidentes de Trabalho” terá lugar nos dia 26 e 27 de outubro; o Módulo 2, referente à “Gestão de Sinistros em Acidentes de Trabalho” nos dias 9 e 10 de novembro; o Módulo 3, dedicado ao “Provisionamento das Pensões e da Assistência Vitalícia” que ocorrerá a 13 de novembro; o Módulo 4, que se concentra nas “Pensões de Acidentes de Trabalho”, marcado para os dias 14 e 15 de novembro e o Módulo 5 que abordará “Contencioso de Acidentes de Trabalho” que ocorrerá a 20 de novembro.

O objetivo deste programa é que os participantes adquiram conhecimentos sobre a “subscrição e regulamentação no seguro de Acidentes de Trabalho”; sobre “o enquadramento legal e a atuação do Fundo de Acidentes de Trabalho”, acerca da “regulação de sinistros nos seguros de acidentes de trabalho. O regime jurídico da participação eletrónica de acidentes de trabalho”; “o provisionamento no seguro de acidentes de trabalho, em especial as responsabilidades com a assistência vitalícia e pensões”; sobre o “enquadramento legal do processo de acidente de trabalho visando apresentar as suas etapas, custas e respetiva base legal”, e também a “jurisprudência: acórdãos, analisando com os formandos a sua importância e impacto efetivo nas seguradoras, nomeadamente do Supremo Tribunal de Justiça”, como pode verificar carregando aqui.

As formações terão lugar na sede da APS, em Lisboa.

Para informações e proceder à inscrição, disponibiliza-se a página do programa. Informações adicionais também estão disponíveis no site oficial da APS em www.apseguradores.pt/academia.

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Allianz adquire Tua Assicurazioni à Generali por 280 milhões

  • ECO Seguros
  • 15 Outubro 2023

Para a Generali, a venda significará a possibilidade de "reduzir a complexidade de operações e continuar com um crescimento rentável". Para a Allianz reforçar quota em seguros propriedade e acidentes.

Após um leilão, que tinha como potenciais licitantes as seguradoras alemãs Allianz e Talanx, a disputa terminou. A Allianz adquire a subsidiária Tua Assicurazioni à Generali por 280 milhões de euros em dinheiro, e aumenta a sua presença em seguros de propriedades e acidentes em Itália, avançou a Reinsurance News, na passada sexta-feira.

O seguro automóvel representa 60% da Tua Assicurazioni que obteve prémios brutos no valor de 280 milhões de euros brutos. A seguradora pertencia à Cattolica, grupo segurador adquirido pela Generali no ano passado.

A transferência da subsidiária enquadra-se na estratégia das duas seguradoras. Para a Generali, a venda significará a possibilidade de “reduzir a complexidade de operações e continuar com um crescimento rentável”, pretendo potenciar a eficiência e “aumentar a diversificação dos seguros de saúde e de acidentes”, alinhado com a sua estratégia “Lifetime Partner 24: Impulsionar o Crescimento”, escreve a Reinsurance News. Com esta operação o índice de solvência deverá aumentar em aproximadamente 1 ponto percentual.

Já para Giacomo Campora, CEO da Allianz, a aquisição “enquadra-se perfeitamente na nossa estratégia, aumentando a nossa presença no mercado de propriedades e de acidentes com foco no retalho e nas pequenas e médias empresas”, escreve o jornal.

De acordo com a Reinsurance News, a transação ainda não está finalizada, estando ainda sujeita a aprovações regulamentares estando a sua conclusão prevista para o início de 2024.

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Verlingue Portugal lança Expertise para preparar contra ciberataques

  • ECO Seguros
  • 15 Outubro 2023

A corretora criou um evento dedicado às empresas e aos responsáveis por elas, para capacitá-los de ferramentas que os protegem de ciberataques.

“Protegemos o futuro” foi o mote da 1.º edição da Verlingue Expertise, realizada na passada quarta-feira com o objetivo “de aumentar a literacia em seguros e capacitar as empresas com as ferramentas necessárias para enfrentarem os desafios do futuro”. A Associação Nacional de Farmácias recebeu o evento que contou com mais de 100 participantes, entre eles multinacionais e pequenas e médias empresas, avançou a corretora de seguros num comunicado.

Dirigentes da corretora Verlingue: Pedro Neto Batista, Ricardo Santos, Tiago Corrêa Figueira, Sofia Melo Mendes, Joaquim Oliveira e Diogo Baptista.

A proteção contra um eventual ataque cibernético e a gestão de danos pós-incidente foram os temas introduzidos no primeiro painel, conduzido pelo Diretor Comercial da Verlingue, Diogo Batista, que “deu a conhecer às empresas mecanismos de defesa para mitigação do risco cibernético”, lê-se no comunicado.

De acordo com Senior Security Leader da IBM Cyber Consulting, Rui Ribeiro, a “necessidade de transformação tecnológica que não foi acompanhada pelos mecanismos de proteção adequados”. Desta maneira, as empresas não estão preparadas para responder “adequadamente aos incidentes de segurança cibernética, nem tem noção do prejuízo financeiro e reputacional a que podem estar sujeitas”, lê-se no comunicado.

Mas existem formas de mitigar, transferir, reter e até evitar os riscos, declarou Sérgio Carlos Duarte, Cyber Security Pre Sales Lead da Capgemini, afirmando que “o seguro de Cyber é uma ferramenta extremamente útil. É o botão de pânico mais eficaz”, visto que os protocolos internos de proteção “verificam-se, na maioria das vezes, insuficientes”, de acordo com o comunicado.

O seguro cyber pode incluir várias coberturas, como “Responsabilidade por Dados Pessoas e Corporativos, Responsabilidade pela Segurança de Dados, Responsabilidade por Empresas Terceirizadas, Custos de Defesa, Investigação, Sanções Administrativas, Restituição de Imagem da Sociedade e Pessoal, Notificação e Monitorização”, escreve a Verlingue.

Como garantir a segurança dos dirigentes das empresas face a ciberataques?

O segundo painel foi dedicado à responsabilidade civil dos administradores, gestores e diretores, a quem a assunção de consideráveis responsabilidades, pode resultar, por vezes, “em pedidos de indemnização contra eles, por alegada e efetiva violação de dever, negligências, falsas declarações, erros e omissões”.

De acordo com o comunicado, o seguro D&O, que inclui “todos os encargos jurídicos de defesa” pode responder à necessidade de proteção e/ou reconstrução de imagem, caso exista “uma cobertura específica para a contratação de agências de comunicação em matéria de gestão de crise, afirmou Pedro Neto Batista, Diretor Comercial da Verlingue, lê-se no comunicado.

A 1.º edição da Verlingue Expertise encerrou com uma reflexão de Joaquim Oliveira, Membro do conselho de Administração da Verlingue: “Construir programas de seguros adaptados à realidade de cada empresa e, assim, conseguimos sensibilizar os nossos clientes para a importância de um conjunto de riscos a que estão sujeitos. Por isso, é que nós dizemos que Protegemos o Futuro. Somos obstinados nisto. Isto não é só uma assinatura, é o nosso propósito”, lê-se no comunicado.

A Verlingue Expertise terá sua segunda edição em 2024.

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🎥 O que vai mudar nos pagamentos que fazemos no dia-a-dia?

  • ECO
  • 15 Outubro 2023

Vamos poder fazer transferências bancárias usando apenas o número de telemóvel do destinatário. Lojas vão ter de aceitar, pelo menos, um meio de pagamento eletrónico. O que vai mudar nos pagamentos?

Transferências apenas com o número de telemóvel. Saber para quem vamos transferir dinheiro antes de fazer a operação. Ir a uma loja e saber que o comerciante disponibiliza um meio de pagamento eletrónico além do numerário. A forma como pagamos pelas coisas no dia-a-dia vai mudar. O Banco de Portugal apresentou esta semana a Estratégia Nacional para os Pagamentos de Retalho 2025. Quais são as novidades?

http://videos.sapo.pt/BWJpRy6ffftSH0G91V9s

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Doze jornalistas morreram desde início do conflito em Gaza

  • Lusa
  • 15 Outubro 2023

Entre os mortos estão dez jornalistas palestinianos, um jornalista israelita e outro desaparecido, além de um morto em ataques no sul do Líbano.

O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) denunciou a morte de pelo menos doze jornalistas, mais dois desaparecidos e oito feridos desde o início do conflito entre o Hamas e as Forças Armadas israelitas, em 07 de outubro.

Entre os mortos estão dez jornalistas palestinianos, um jornalista israelita e outro desaparecido, além de um morto em ataques no sul do Líbano.

A contagem inclui os mortos até 14 de outubro, nos primeiros oito dias do conflito, explica o CJP, que alerta para “os perigos particularmente elevados” que afetam os jornalistas na Faixa de Gaza “dado o risco de um ataque por terra das forças israelitas”.

O CPJ também alerta sobre os “bombardeios devastadores da aviação israelita, a impossibilidade de comunicação e os contínuos cortes de energia”.

São civis que realizam um trabalho importante em tempos de crise e não devem ser atacados pelas partes em conflito”, disse o coordenador do CPJ para o Médio Oriente e Norte de África, Sherif Mansour, pedindo que ambas as partes tomem medidas para garantir a sua segurança.

O grupo islamita Hamas lançou no dia 07 um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.

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Netanyahu apresenta Governo de unidade e promete “desmantelar” Hamas

  • Lusa
  • 15 Outubro 2023

Netanyahu, acompanhado por Benny Gantz, membro da oposição que se tornou ministro sem pasta, frisou que o Governo de unidade "envia uma mensagem clara ao inimigo, ao país e ao mundo".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apresentou este domingo o novo Governo de emergência de Israel e avisou que as forças israelitas vão “desmantelar” as milícias do Hamas.

“Os nossos maravilhosos combatentes estão prontos a atuar a qualquer momento para exterminar os monstros sangrentos que pegaram em armas contra nós“, disse Netanyahu, durante uma breve apresentação em público da equipa, antes de uma reunião de segurança, à porta fechada, entre os membros do novo Governo.

Netanyahu, acompanhado por Benny Gantz, membro da oposição que se tornou ministro sem pasta, frisou que o Governo de unidade “envia uma mensagem clara ao inimigo, ao país e ao mundo”.

Foi também anunciado hoje que o primeiro-ministro israelita terá o primeiro encontro com as famílias dos raptados pelo Hamas, um total de 126, segundo as estimativas do exército israelita, numa reunião na base de Ramla.

O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, avisou as milícias libanesas do Hezbollah que o seu país não está interessado numa escalada das hostilidades na fronteira e que “respeitará” qualquer exercício de “contenção” que as milícias decidam levar a cabo, mas que pagarão um “preço elevado” se entrarem na guerra.

Não queremos uma escalada. Temos uma missão a cumprir, por isso, se o Hezbollah decidir enveredar pelo caminho da guerra, pagará um preço muito alto, muito alto”, enfatizou Gallant, durante uma visita a um posto militar israelita perto de Gaza, em mais um dia de trocas de artilharia na fronteira israelo-libanesa que causaram a morte de pelo menos um israelita.

O grupo islamita Hamas lançou no dia 07 um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.

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Prova principal do processo CMEC/EDP vai para o lixo. E agora, o que acontece?

Centenas de milhares de emails vão agora para o lixo e não podem ser usados como prova. Ministério Público vai ter mais dificuldade em sustentar uma acusação. Processo pode não chegar a julgamento.

O Ministério Público foi confrontado quinta-feira com uma decisão nada favorável ao trabalho feito neste últimos 11 anos, relativo ao processo CMEC/EDP — na parte que envolve António Mexia e Manso Neto — quando o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), num acórdão de fixação de jurisprudência, considerou que a apreensão de emails só pode ser feita com autorização de um juiz de instrução criminal.

Esta decisão pode pôr em causa todo o processo – que está em investigação há 11 anos e que ainda não teve uma acusação –, já que as principais provas recolhidas que sustentavam uma eventual acusação pelo Ministério Público diziam respeito a emails trocados entre António Mexia, ex-presidente da EDP, e Manso Neto, antigo administrador da empresa. Emails que agora não vão poder ser utilizados por Carlos Casimiro e Hugo Neto, os magistrados do Ministério Público titulares do processo.

O que é uma decisão de fixação de jurisprudência?

Um acórdão de uniformização de jurisprudência é uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que tem por objetivo, em nome da segurança jurídica, pôr termo a uma divergência ou contradição entre acórdãos proferidos por este Tribunal ou pelos Tribunais da Relação, sobre a mesma questão. E vale quase como lei: a partir desta decisão tomada pelos juízes conselheiros do Supremo, os juízes do Supremo e da Relação terão sempre de decidir nesse sentido.

E não é de todo possível ao Ministério Público recorrer desta decisão. O ECO sabe que esta decisão deixou um mau estar significativo no interior da estrutura do Ministério Público. Contactada pelo ECO, fonte oficial da PGR não quis responder às questões colocadas sobre a decisão e quais poderão ser os próximos passos dos procuradores.

João Manso Neto e António Mexia

O que acontece, em concreto, ao que ‘sobra’ do processo?

A questão que preocupa os magistrados do Ministério Público prende-se com o facto de uma parte muito preponderante da prova recolhida contra António Mexia, João Manso Neto, Manuel Pinho, João Conceição e Miguel Barreto assentar, nas respetivas caixas de correio eletrónico. Embora não seja a única: existe também prova testemunhal e prova documental. Mas que é muito menos.

Segundo vários advogados contactados pelo ECO/Advocatus e um magistrado do Ministério Público, o MP terá agora de analisar o conteúdo do acórdão para decidir os próximos passos. Qual a prova que vale e pode ficar, e que pode ser usada numa eventual acusação, e qual a que terá de ser descartada.

Mais ainda quando há a possibilidade da prova documental e testemunhal estar relacionada com material constante dos referidos emails, ficando, deste modo, contaminada pelo chamado efeito à distância das proibições de prova. Mas o ECO sabe que em causa estão centenas de milhares de emails que serão agora deitados para o lixo. Tornando assim mais longe que o Ministério Público consiga sustentar uma acusação. E, mesmo que o faça, e havendo uma abertura de instrução, poderá, nessa fase, cair logo o processo, não chegando sequer a julgamento.

Para já, o acórdão terá de baixar ao Tribunal da Relação de Lisboa, às mãos de Rui Teixeira, que decidiu e que agora terá de fazer um novo acórdão, que vá ao encontro do que definiu o STJ. Depois disso, o processo terá de ir ao novo juiz de instrução criminal para fazer cumprir o acórdão da Relação. É mais que certo que o que aconteça será a destruição do correio eletrónico apreendido.

O que disse o Supremo Tribunal de Justiça?

A dúvida que atrasou o processo EDP/CMEC referia-se à competência para apreender emails já abertos: se era do Ministério Público ou do juiz de instrução. O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) acabou por decidir, por unanimidade, que o Ministério Público deveria ter pedido autorização ao juiz de instrução.

Isto porque, após decisões contraditórias do Tribunal da Relação de Lisboa, a defesa de Mexia e Manso Neto, a cargo de João Medeiros e Rui da Costa Pereira, decidiram avançar para o STJ. Uma das decisões considerava que os emails, que se encontram armazenados num sistema informático, só poderiam ser apreendidos com um despacho do juiz de instrução. Outra decisão sublinhava que o juiz de instrução só pode apreender os emails quando estes não tenham sido abertas pelo destinatário, podendo o Ministério Público apreender os mesmos.

Agora, o STJ, vem dizer que compete ao juiz de instrução criminal “ordenar ou autorizar a apreensão de correspondência eletrónica, ou de outros registos de natureza semelhante, independentemente de estarem abertas (lidas) ou fechadas (não lidas)”, diz o texto dos juízes conselheiros. Uma decisão que foi tomada por unanimidade pelos 15 juízes.

Os advogados de defesa, João Medeiros e Rui da Costa Pereira, elogiam “o facto de esta decisão do Supremo Tribunal de Justiça representar a afirmação, do mais alto Tribunal do país, da salvaguarda dos direitos fundamentais dos cidadãos e do reconhecimento de que essa tarefa é, e está exclusivamente adstrita, na fase de inquérito, ao juiz de instrução criminal”. E “enaltecer a expressão incontestável e pacificada destes princípios constitucionais, traduzida na proclamação unânime de todos os 15 juízes conselheiros que integram o plenário das secções criminais do Supremo, entre os quais estão, aliás, e em parte considerável, magistrados do Ministério Público de carreira e que com total independência votaram unanimemente esta decisão, que contraria a solução preconizada pela Procuradoria-Geral da República. Uma decisão que, também, se une à jurisprudência recente e estabilizada do Tribunal Constitucional, que pendia, precisamente, para a mesma posição. Uma decisão de aplaudir”.

Processo EDP dividido. Mexia e Manso Neto ‘separados’ da acusação de Pinho e Salgado

Em dezembro do ano passado, o processo — originalmente chamado de processo EDP — foi dividido em dois. Assim, a parte que respeitava aos arguidos António Mexia, ex-líder da EDP e a João Manso Neto, passou a ser o processo EDP/CMEC. Nele, está ainda Manuel Pinho, mas pelas decisões que tomou enquanto governante e que terão beneficiado a EDP, no caso relativo a novos 32 mecanismos de Custos de Manutenção de Equilíbrio Contratual (CMEC).

Já o ‘segundo’ processo refere-se à acusação deduzida nesse mês de 2022, contra Manuel Pinho, Ricardo Salgado e Alexandra Pinho. E que está agora já em fase de julgamento. Em causa estão crimes de corrupção passiva, fraude fiscal e branqueamento de capitais. A acusação conta com 574 páginas e revela que Salgado e Pinho foram acusados de dois crimes de corrupção: ativa no caso de Salgado e passiva no caso de Pinho e de branqueamento de capitais. Aos crimes de Pinho junta-se ainda o crime de fraude fiscal.

O ex-ministro da Economia e arguido no julgamento do processo EDP, Manuel Pinho, à chegada para o início do julgamento no Campus de Justiça, em Lisboa, 10 de outubro de 2023.ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Esta acusação sublinha que, desde 1994, Manuel Pinho, ex-ministro de Economia do Governo socialista de José Sócrates, recebeu do “saco azul” do GES um montante mensal de cerca de 15 mil euros – e meio milhão de euros de uma só vez, em maio de 2005, o qual não foi por si declarado até julho de 2012. Ou seja, durante 18 anos. E sublinham que este funcionava não só como um “mero informador mas, sobretudo, um verdadeiro agente infiltrado do BES/GES no Governo da República”.

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