FNAC debate oportunidades do comércio digital em Leiria

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  • 13 Outubro 2023

FNAC promove a primeira edição do Ecommerce & Marketplace Summit by FNAC, no próximo dia 16 de outubro, em Leiria. A iniciativa assinala uma década desde o lançamento do marketplace da marca.

O processo de digitalização da economia é uma inevitabilidade com a qual as empresas, mais pequenas ou maiores, terão de lidar. Aliás, o nível de competitividade dos negócios será, cada vez mais, definido pela sua maturidade digital e pela sua capacidade de fazer evoluir o modelo de negócio. É neste contexto que surge a primeira edição do Ecommerce & Marketplace Summit by FNAC, organizado pela insígnia do retalho no próximo dia 16 de outubro em Leiria, assinalando uma década desde o lançamento da plataforma digital da marca. A entrada é gratuita.

"Faz todo o sentido continuar a apostar no comércio digital e há ainda muito potencial de desenvolvimento no mercado português. Há que recordar o crescimento acentuado das vendas online desde o período pandémico. Porém, a verdade é que persistem desafios para os empreendedores que procuram apostar neste segmento. Mais do que uma transição para o comércio digital, os retalhistas devem potenciar o canal digital como uma solução complementar para os seus clientes.”

Tiago Figueirôa, diretor de Ecommerce, Bilheteira e Logística da Fnac

Significa isto que a prioridade deve ser apostar numa estratégia omnicanal que ofereça uma experiência completa ao consumidor, dando-lhe flexibilidade para optar entre os diferentes canais de venda disponíveis. Para Tiago Figueirôa, questões como a diversidade do catálogo de produtos, serviços de entrega, soluções de devolução e meios de pagamento “são fatores críticos”.

Ecommerce, um diamante em bruto

Embora o comércio digital não seja uma novidade, a maior aceleração deste mercado aconteceu nos últimos três anos à boleia da disrupção causada pela pandemia. A FNAC conhece bem os desafios e as oportunidades que o digital pode significar para um retalhista, não tivesse sido a insígnia a estrear o primeiro marketplace em domínio .PT há precisamente uma década. “Nestes dez anos de existência, a Fnac já abriu as portas a mais de dois mil vendedores de todas as partes do mundo”, esclarece Tiago Figueirôa, que esta plataforma “cresceu 35 vezes mais comparando com o ano de arranque”.

É por isso que a marca organiza a primeira edição do Ecommerce & Marketplace Summit by Fnac, um evento que se repetirá todos os anos e que tem como objetivo debater a migração inteligente dos negócios para o digital, mas também partilhar as boas práticas e tendências que estão a moldar o futuro do comércio digital. A iniciativa é dirigida a profissionais do setor, players deste mercado e aberta ao público em geral.

A programação inclui uma mesa-redonda dedicada ao tema “O estado da digitalização dos negócios em Portugal”, assim como um debate sobre “Marketplaces como canais aceleradores de negócio e notoriedade”. Regina Santana, Mentora de Negócios Digitais, Vanessa Arlandis, Diretora Marketing & Online da Moviflor Portugal, Isabel Luna, Head of Value Added Services no Banco Santander Portugal e Vitor Brandão, CEO Boomfit, são alguns dos nomes que marcarão presença nestes dois painéis. Destaque ainda para a presença de Marta Jorge, especialista de ecommerce da AICEP e responsável pelo Programa Exportar Online, e para a intervenção de Cristiano Carmo, especialista no ecossistema Amazon, que vai abordar os desafios dos marketplaces na próxima década.

O Ecommerce & Marketplace Summit vai realizar-se na loja FNAC Leiria a partir das 15h. O evento terá transmissão em direto, via streaming, na página de YouTube da FNAC Portugal.

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Estarão os municípios portugueses a caminho para atingir as metas da Agenda 2030?

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  • 13 Outubro 2023

A Agenda 2030 está num ponto intermédio de execução, mas muitos municípios estão longe das metas para os ODS. O Relatório Voluntário Local pode ser uma ferramenta, mas sabe o que é e para que serve?

Em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou a Agenda 2030 como um convite aos diferentes Estados e setores da sociedade para promoverem a sustentabilidade a nível global. A Agenda 2030 assumiu 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que são a base de uma transformação ambiental, social e económica a realizar até ao ano de 2030.

Com a Agenda 2030 a entrar na segunda metade do seu período de execução, a correta monitorização e definição estratégica para o alcance dos ODS ao nível territorial é um elemento distintivo da política pública municipal. É preciso ter consciência que as metas de sustentabilidade já não são apenas definidas em termos ambientais, mas também em termos sociais e económicos. Assumir este compromisso com os territórios já nem sequer significa assumir um primado ambiental, mas uma verdadeira preocupação com a sustentabilidade territorial e o equilíbrio entre as suas dimensões.

O compromisso com o desenvolvimento sustentável, inclusivo e integrado deve ser uma prioridade de todos os territórios, com as autoridades locais a desempenharem um papel crucial na prossecução da Agenda 2030. As competências da Administração Local em diversas áreas de fronteira e sobreposição aos ODS (abastecimento de água, recolha de resíduos, educação, infraestruturas, proteção civil e segurança pública, entre muitos outros) estão intrinsecamente associadas às ações que irão conduzir ao alcance das metas estabelecidas nos 17 ODS.

De acordo com a plataforma ODSLocal, responsável pela monitorização do alcance dos ODS ao nível municipal em Portugal, apenas 113 dos 308 municípios portugueses aderiram até ao momento a essa plataforma. A baixa adesão à plataforma ODSLocal é em si reveladora da insuficiente proatividade da Administração Local portuguesa para o acompanhamento do seu progresso face aos ODS. Destes 113 municípios, apenas 13 foram distinguidos com o selo ODSLocal em 2022, que premeia um elevado grau de compromisso com a sustentabilidade local. A cerca de 1 mês da conferência anual da plataforma ODSLocal (“Conferência ODSLocal’23: Das Metas às Soluções”), estes são números que devem servir de alerta aos municípios nacionais.

É sob esta premissa que a administração local está desafiada pela ONU a desenvolver um Relatório Voluntário Local (RVL) sobre o alcance das metas estabelecidas nos 17 ODS da Agenda 2030. A elaboração destes RVL permite fazer um ponto de situação sobre o caminho percorrido até agora no alcance dos ODS, e criar mecanismos de monitorização que identificam os principais desafios na prossecução desses ODS.

Apesar da realização de Relatórios Voluntários Locais ter sido iniciada em 2015, são ainda poucos os Municípios portugueses que avançaram com a sua realização. De acordo com a informação disponibilizada pela Organização das Nações Unidas, apenas três municípios portugueses – Mafra, Cascais e Braga – viram aprovado e publicado este documento pelo Departamento de Economia e Assuntos Sociais da ONU. A estes três municípios irá em breve juntar-se Torres Vedras, que apresentou o seu RVL no final do mês de setembro, desenvolvido com a assistência técnica da EY-Parthenon.

Porque deverão os municípios portugueses fazer o seu próprio RVL? Três motivos respondem a esta pergunta.

Em primeiro lugar, para que muitos municípios deixem de estar relativamente alheados do seu posicionamento face às metas dos ODS para 2030. Em segundo lugar, para efetivamente traçarem um roadmap de atuação que seja exequível e que contribua para o alcance das metas da Agenda 2030 nos próximos 7 anos. E em terceiro lugar, pelo papel que uma ferramenta como o RVL pode ter na projeção internacional dos territórios portugueses. Após a submissão ao Departamento de Economia e Assuntos Sociais da ONU, e em caso de aprovação, o RVL ficará disponível para consulta pública online e será “o rosto” do território no que diz respeito às áreas da sustentabilidade ambiental, social e económica.

A proximidade da EY-Parthenon às autarquias e a sua experiência na realização de Relatórios Voluntários Locais e em matérias de desenvolvimento territorial e políticas públicas afirma-a como sendo um parceiro de valor para os municípios que desejem ser precursores da monitorização e implementação estratégica dos ODS a nível nacional.

Vânia Rosa, Executive Director EY-Parthenon

Margarida Pessoa Vaz, Senior Strategy Consultant na EY-Parthenon

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Novabase vende negócio de recrutamento de IT por 50 milhões

  • ECO
  • 12 Outubro 2023

A Neotalent emprega atualmente cerca de 800 colaboradores, e apresentou uma faturação de 47 milhões de euros em 2022.

A Novabase vai vender o seu negócio de recrutamento em tecnologias de informação, Neotalent, ao ConclusionGroup por 49,4 milhões de euros. A Neotalent emprega atualmente cerca de 800 colaboradores e apresentou uma faturação de 47 milhões de euros em 2022.

De acordo com a nota divulgada esta sexta-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a concretização da compra e venda ocorrerá nos próximos meses, estando, no entanto, “sujeita à verificação de um conjunto de condições” consideradas habituais neste tipo de operações, incluindo a não oposição da Autoridade da Concorrência.

O preço acordado na data de concretização da transação é de 49,4 milhões de euros, estando sujeito a ajustamentos. A nota informa ainda que a este valor pode acrescer um valor adicional de até 950 mil euros (“earn-out”), sujeito, designadamente, ao cumprimento integral do Transitional Services Agreement (“TSA”).

O comunicado assinala que a Novabase poderá vir a auferir com esta transação uma mais-valis de 21 a 26 milhões de euros, “desconsiderando o impacto, imprevisível na presente data, das condicionantes positivas e negativas da contrapartida final, bem como do potencial earn-out”.

“Este acordo acelera a estratégia de crescimento da Novabase, concentrando todos os nossos recursos e
energias na expansão internacional do negócio Next-Gen, particularmente nas áreas de Cognitive e Analytics”, refere Álvaro José Ferreira, administrador executivo da Novabase, citado no comunicado.

Já Engbert Verkoren, CEO da Conclusion, salienta que este é “realmente um grande passo” e que com esta aquisição a empresa vai alcançar “massa crítica necessária para uma capacidade nearshore eficaz”. A Conclusion, sociedade-veículo da private equity neerlandesa NPM Capital, comprou recentemente a tecnológica portuguesa Score Consulting.

 

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Catástrofes: seguros de habitação disparam nos EUA

  • ECO Seguros
  • 12 Outubro 2023

A inflação, os problemas nas cadeias de abastecimento e o aumento da frequência das catástrofes naturais estão entre os responsáveis pelo aumento dos preços dos seguros para a habitação.

Os seguros para a habitação acompanham a tendência da frequência dos estragos das habitações provocados pelas catástrofes naturais – estão ambos a aumentar. O que está a acontecer nos Estados Unidos da América (EUA), onde os desastres naturais fizeram disparar os preços a pagar pelos seguros da habitação, de acordo com o estudo da Policygenius, escreve o New York Times (NYT).

93 mil milhões de euros é o valor aproximado do que as seguradoras dos EUA “pagaram em sinistros relacionados com desastres naturais em 2022”, avança o estudo citado pelo NYT. Resultado? A análise de risco (isto é, a avaliação das ameaças) aumentou e o valor que os clientes passaram a pagar às seguradoras por um seguro à habitação, denominado de prémio, “aumentou em média 21% desde maio de 2022 a maior de 2023, 12% superior ao do mesmo período no ano anterior”.

Segundo o New York Times, enquanto umas seguradoras reagem às catástrofes naturais com o aumento do valor das apólices, destacando-se a Florida, nos EUA, onde os prémios aumentaram cerca de 35%, influenciados pelo furacão Ian, que se tornou “o furacão mais caro da história”, aumento previsto pelos analistas do Keefe, Bruyette & Woods (KBW), como noticiou o Eco Seguros.

Outras seguradoras recusaram-se a renovar os seguros, como é o caso da “Farmers Insurance” que “anunciou que não vai renovar um terço das suas apólices na Flórida”, lê-se no jornal americano. Houveram ainda seguradoras que chegaram a declarar falência.

Importa salientar que o estudo analisou mais de 17,000 apólices renovadas com a Policygenius em 46 estados e na capital estadunidense, Washington, D.C., informa o New York Times.

Para além dos desastres naturais, a inflação e os problemas nas cadeias de abastecimentos também contribuem para o aumento do preço dos seguros, visto que “tornam as reparações mais casas e o aumentam dos preços das casas no geral”, lê-se no jornal.

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ASF define novas regras para aprovar gestores de seguradoras

  • ECO Seguros
  • 12 Outubro 2023

O supervisor acaba de publicar a norma regulamentar que define o perfil de quem pretende requerer o registo prévio para o exercício de funções nas seguradoras. É exigente.

A Autoridade de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) já definiu as regras a que os gestores das seguradoras estão obrigados para passarem o chamado ‘fit and proper’ do supervisor. Após consulta pública, foi agora publicada pela ASF a Norma Regulamentar n.º 9/2023-R, de 3 de outubro que define assim as condições para registo prévio dos gestores no exercício funções reguladas. Qualificado, idóneo, disponível e independente sáo as condições que os gestores da índústria de seguros têm de preencher.

Estão na mira desta norma administradores, diretores de primeira linha, membros de órgãos de fiscalização das empresas de seguros nacionais e estrangeiras a operar em Portugal e responsáveis por funções-chave das seguradoras e gestoras de fundos de pensões. Todos são obrigados a registo prévio na ASF, e têm de ter os seus nomes aprovados de acordo com os seus méritos gerais e específicos para exercerem a atividade.

O Supervisor salienta que as orientações agora divulgadas consideraram o quadro legal e regulamentar vigente nacional e o de Direito da União Europeia, bem como um conjunto alargado de outras orientações, guias e manuais de recomendações e boas práticas em matéria de supervisão do sistema de governação, não só do setor segurador, como de outras entidades financeiras.

O que é um gestor qualificado, idóneo, disponível e independente?

A Qualificação é especialmente relevante, no que respeita aos conhecimentos teóricos, a posse de habilitações em certos setores mais ligados às atividades típicas das entidades supervisionadas, como o dos seguros, financeiro, economia, gestão, contabilidade, Direito, matemática, ciências atuariais ou estatística.

Quanto a experiência prática, a ASF valoriza cargos ou funções que a pessoa tenha desempenhado em entidades da mesma natureza ou envolvendo responsabilidades semelhantes. Os fatores avaliados incluem: o tipo de cargos ou funções anteriores, a respetiva duração e as entidades envolvidas.

Para o supervisor, os traços de um padrão comportamental idóneo de um gestor de seguros ou de fundos de pensões são a capacidade de contribuir para uma gestão sã e prudente, de decidir de forma ponderada e criteriosa dentro de critérios de racionalidade, de cumprir pontualmente as suas obrigações e de agir de modo compatível com a preservação da confiança do mercado.

Para a ASF é valorada, para a análise de idoneidade de um gestor, uma simples “acusação” na qual estarão reunidos e desenvolvidos os indícios determinantes de processos, de natureza judicial, administrativa ou disciplinar, em curso. O legislador entendeu que este é um facto que tem obrigatoriamente de ser considerado na avaliação de idoneidade.

No entanto, a acusação não assume, pela sua natureza, uma gravidade semelhante à de uma “condenação”, e esta, por seu turno, à de uma condenação transitada em julgado, ou a outras circunstâncias confirmadas ou irreversíveis, com maior peso valorativo. Pelo contrário, o facto de um processo judicial, administrativo ou disciplinar, findar com uma decisão favorável ao avaliado, não implica que a ASF conclua pela sua idoneidade, dada a prevalência do mérito sobre o tratamento processual. O supervisor terá de perceber o que motivou a decisão favorável, se um juízo efetivo sobre a ilicitude ou a culpa, ou se pormenores de cariz exclusivamente processual ou formais, como a desistência ou a transação.

A disponibilidade traduz-se, num primeiro nível, na capacidade do avaliado assumir uma determinada função, por não existir risco grave de conflito de interesses face às funções já desempenhadas. Num segundo nível, se essa acumulação, permite dedicar-lhe tempo suficiente.

Ser identificado um risco de conflito de interesses não significa que o avaliado não possa ser registado para o exercício da função. Tal apenas sucederá se o risco for considerado “material” e se não for possível preveni-lo ou mitigá-lo.

Gestor de seguros não deve trabalhar mais de 60 horas semanais

Quanto à disponibilidade de tempo, esta pressupõe uma avaliação quantitativa, através da avaliação do número de cargos ou funções desempenhadas, para se julgar se a pessoa pode dedicar o mínimo de tempo razoável ao exercício da função objeto de registo. Também é realizada uma avaliação qualitativa da disponibilidade de tempo estimada, tendo em vista apurar se a mesma se coaduna com as exigências concretas da função objeto de registo e de acordo com as características da entidade. Uma referência da ASF quanto à carga de funções de gestão acumuladas indica que, no total, o trabalho de um gestor não deve exceder uma média de 60 horas semanais.

A independência exprime a capacidade de o avaliado exercer as suas funções com isenção, não estando sujeito à intervenção, pressão ou influência de terceiros. É relevante a pesquisa ou declaração de existência de laços pessoais, profissionais e ou económicos.

Contudo, a existência de fatores prejudiciais da independência de um determinado membro do órgão de administração de uma entidade supervisionada não é impeditivo do seu registo. A decisão final da ASF atenderá, sobretudo, à explicação dada pela entidade, que suporte que a capacidade de atuação isenta do avaliado não se encontra significativamente comprometida, aliada ao seu percurso profissional e aos traços comportamentais evidenciados ou conhecidos, em especial se a pessoa forma opiniões próprias, é capaz de resistir à mentalidade de grupo, é ativa na forma como exerce as suas funções e se não existem indícios ou situações passadas que sugiram o contrário.

Para as empresas de seguros ou de resseguros com sede em Portugal, devem ser avaliados os membros do órgão de administração e outras pessoas que dirijam efetivamente a empresa, os membros do órgão de fiscalização, o revisor oficial de contas (ROC) a quem compete a certificação legal de contas da empresa e os diretores de topo, os que constituem a primeira linha hierárquica da empresa.

Devem ainda ser previamente analisados o atuário responsável, os responsáveis por funções-chave, incluindo, obrigatoriamente, a Gestão de Riscos, Verificação do Cumprimento (compliance), Auditoria Interna e Atuarial. As empresas ou a ASF podem ainda identificar outras funções-chave como Encarregado de Proteção de Dados (DPO) e a pessoa responsável pela aplicação das políticas e procedimentos de adequação dos membros do órgão de administração responsáveis pela atividade de distribuição de seguros e de resseguros.

Para as Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões (SGFP), com sede em Portugal, são verificados os membros do órgão de administração e outras pessoas que dirijam efetivamente a empresa, os membros do órgão de fiscalização e o revisor oficial de contas. São ainda objeto de análise os responsáveis pelas funções-chave de gestão de riscos, de verificação do cumprimento e de auditoria interna, podendo as sociedades ou a ASF identificar outras funções-chave, tal como no caso das empresas de seguros ou de resseguros.

Para as empresas participantes, incluindo as sociedades gestoras de participações no setor dos seguros, que integrem um grupo supervisionado pela ASF, são analisados os membros do órgão de administração e outras pessoas que dirijam efetivamente a empresa, os membros do órgão de fiscalização, quando exista, o ROC e o atuário responsável.

As sucursais de empresas de seguros ou de resseguros com sede em Portugal apenas precisam de ver aprovado o nome do seu mandatário geral. Já as mesmas empresas com sede num país terceiro à União Europeia necessitam de fazer aprovar o mandatário geral e o seu substituto, o ROC, os diretores de topo, os responsáveis por funções-chave e o atuário responsável.

A Norma Regulamentar pode ser consultada aqui .

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Governo envia meios para combater fogos na Madeira

  • Lusa
  • 12 Outubro 2023

O combate às chamas envolve um total de 127 operacionais, com o apoio de 42 viaturas e do helicóptero, que opera apenas durante o dia, e que efetuou 55 descargas de água.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) vai enviar meios para ajudar no combate aos incêndios na Madeira, anunciou esta quinta-feira o ministro da Administração Interna.

José Luís Carneiro adiantou aos jornalistas que esta força será enviada “o mais rapidamente possível”, tratando-se apenas de “uma questão de preparação e projeção desses mesmos meios”. O ministro disse que o pedido foi feito na “última hora” pelas autoridades de proteção civil da Madeira à ANEPC.

Oito pessoas receberam assistência médica devido aos incêndios que lavram na Madeira, em três concelhos, entre as quais um bebé por inalação de fumo, indicou o secretário regional da Saúde e Proteção Civil.

Em conferência de imprensa no Serviço Regional de Proteção Civil, no Funchal, Pedro Ramos apresentou o ponto da situação dos três incêndios que estão ativos nos concelhos de Câmara de Lobos, Calheta (zona oeste) e Porto Moniz (costa norte), e anunciou a chegada à região, na manhã de sexta-feira, de uma equipa de 55 elementos da força especial de bombeiros enviada pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

O governante adiantou que o combate às chamas envolve um total de 127 operacionais, com o apoio de 42 viaturas e do helicóptero, que opera apenas durante o dia, e que efetuou 55 descargas de água.

O fogo deflagrou inicialmente na quarta-feira, cerca das 18:00, na freguesia dos Prazeres, concelho da Calheta, na zona oeste da ilha da Madeira, tendo alastrado durante a noite à freguesia contígua da Fajã da Ovelha e, posteriormente, às freguesias da Ponta do Pargo e das Achadas da Cruz, esta já no concelho do Porto Moniz, onde lavra agora com mais intensidade.

Durante a tarde, deflagrou outro incêndio no concelho de Câmara de Lobos, contíguo ao Funchal a oeste, numa área florestal, no sítio da Vera Cruz, freguesia da Quinta Grande, que permanece ativo.

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Proposta de OE2024 é um “cinto apertado”, critica PCP

  • Lusa
  • 12 Outubro 2023

O secretário-geral comunista defendeu que o executivo dá “mais recursos e mais privilégios ao grande capital, com ainda mais benefícios fiscais atribuídos por tudo e por nada”.

O secretário-geral do PCP defendeu esta quinta-feira que a proposta de Orçamento do Estado para 2024 apresentada pelo Governo revela um “poder absoluto” para favorecer os grupos económicos e consiste “num cinto muito apertado na vida dos trabalhadores”.

“É um orçamento de quem se julga com poder absoluto para favorecer absolutamente os interesses dos grupos económicos”, criticou Paulo Raimundo na sessão pública “Orçamento do Estado 2024 – As medidas necessárias para resolver problemas e desenvolver o país”, que decorreu na Amadora, e na qual também participou a líder parlamentar comunista, Paula Santos.

Para o secretário-geral do PCP, a proposta de Orçamento do Estado para 2024 entregue esta terça-feira no parlamento é “mais um instrumento na continuação de opções que não dão resposta aos principais problemas com que os trabalhadores e o povo estão confrontados”.

Raimundo considerou que, “por muito ardilosa que seja a propaganda, nada apaga a opção [do Governo] pela limitação dos aumentos dos salários e das pensões”, acusando-o também de passar “completamente ao lado dos lucros dos grupos económicos e das multinacionais”.

“Estamos perante uma proposta de Orçamento que mais não é do que um cinto apertado, muito apertado, na vida dos trabalhadores e do povo, uma proposta de continuação das injustiças e desigualdades”, defendeu Paulo Raimundo, acrescentando que não se recupera o poder de compra que se perdeu com o aumento da inflação em 2022 e 2023.

Entre as várias críticas que fez à proposta do Governo, o secretário-geral comunista defendeu em particular que o executivo dá “mais recursos e mais privilégios ao grande capital, com ainda mais benefícios fiscais atribuídos por tudo e por nada”. “Só em benefícios e privilégios fiscais dirigidos no fundamental às grandes empresas o Governo prevê entregar mais de 1.600 milhões de euros, mais 200 milhões daquilo que foi entregue neste ano”, disse.

Neste contexto, Paulo Raimundo defendeu que a proposta do Governo “segue em toda a linha dos interesses do grande capital e revela a ânsia privatizadora que caracteriza o PS, mas também PSD, Chega, IL e CDS”, referindo-se à venda da TAP e da Efacec. “É esta a matriz da proposta de Orçamento, e é por isso que são indisfarçáveis as dificuldades de PSD, CDS, Chega e IL em, para lá da gritaria, criticarem o documento que, nas suas opções de fundo, em tudo se aproxima das suas próprias opções e objetivos”, defendeu.

Paulo Raimundo sustentou ainda que a proposta orçamental prossegue “um caminho de desmantelamento” dos serviços públicos, afirmando que não se tomam medidas “para fixar e atrair profissionais para o SNS”, não se reconhece o tempo de serviço dos professores, ou se tomam medidas para “valorizar as carreiras e profissões em toda a administração pública”.

“Mais uma vez estão aí anúncios de investimentos, para lá insuficientes, em muitos dos casos não sairão, como não saíram estes últimos anos, do papel”, disse. O secretário-geral do PCP defendeu que o que é necessário é implementar medidas como o aumento dos salários e pensões, a revogação da caducidade da contratação coletiva, o controlo os preços dos bens essenciais ou a fixação de profissionais nos serviços públicos.

“Sim, um outro Orçamento do Estado é necessário e é possível, uma outra política é urgente. (…) Nós precisamos de um Orçamento do Estado que abra caminhos e dê resposta à melhoria das nossas condições de vida”, sustentou, apelando à mobilização da população para “alterar o rumo que está em curso” e salientando que as manifestações que já decorreram forçaram o Governo a tomar medidas. “Eles, apertados contra a parede, deixam sempre cair qualquer coisa”, disse.

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Visabeira compra 100% da Jayme da Costa

O grupo de Fernando Campos Nunes vai comprar à Core Capital os 50% que esta detém na Jayme da Costa. O grupo alemão Mutares fica assim pelo caminho.

O grupo Visabeira vai comprar a totalidade da Jayme da Costa. A Visabeira já detinha uma participação de 50% da empresa e decidiu comprar os restantes 50% à Core Capital, a capital de risco que entrou na empresa, em 2019, e a ressuscitou no âmbito de um Processo Especial de Revitalização (PER).

O grupo de Fernando Campos Nunes apresentou à Core uma oferta pelos seus 50% na Jayme da Costa, como avançou o Jornal de Negócios (acesso pago) em julho, que surgiu depois de terminado o período de exclusividade do fundo alemão Mutares, que está prestes a concluir a compra da Efacec.

A oferta da Mutares remonta ao início deste ano, mas, tal como o ECO avançou, desde que foi selecionada para a compra da Efacec – a 7 de junho – suspendeu as negociações de compra desta empresa especialista no setor das energias renováveis, em particular nos projetos de engenharia, procurement e construção de energia solar.

Ao que o ECO apurou a Jayme da Costa vai ter este ano um EBITDA entre três e quatro milhões de euros, um salto face ao EBITDA ajustado negativo de 11, 2 milhões de euros em 2022. A empresa “já saiu dos cuidados intensivos”, mas ainda requer muito investimento, disse ao ECO fonte conhecedora do negócio.

O processo de recuperação da empresa, cujas instalações fabris se situam no concelho de Vila Nova Gaia, permitiu passar de um nível de faturação de 5,8 milhões de euros em 2029, quando a Core a comprou, para cerca de 50 milhões, este ano, e a equipa cresceu de 67 colaboradores para 176. Além disso, a empresa já tem, para 2024, encomendas que asseguram uma estabilização dos valores de EBITDA.

As ofertas em cima da mesa rondavam entre cinco e sete vezes o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) que a Jayme da Costa vier a registar este ano, avançou o Jornal de Negócios e confirmou o ECO.

O arrastar do processo de privatização da Efacec acabou por jogar a favor da Visabeira, que entrou na Jayme da Costa em 2020, para lhe dar músculo financeiro, fundamental para vingar no mercado fotovoltaico, altamente aquecido. Foi a complementaridade entre a Efacec e a Jayme da Costa que despertou o interesse do fundo alemão nesta empresa centenária (foi criada em 1916).

Um interesse que não desapareceu, como apurou o ECO, mas está condicionado ao resultado da reprivatização da Efacec – uma corrida na qual a Visabeira esteve em conjunto com a Sodecia. Ou seja, só depois da compra da Efacec é que a Mutares iria avaliar as possíveis sinergias entre as duas empresas. Mas essa janela de oportunidade fechou-se, já que tudo aponta para que a operação só fique fechada nas primeiras semanas de novembro.

Enquanto a Efacec tem estado num lento processo de desvalorização, tendo em conta o impasse na operação de reprivatização, a Jayme da Costa já está recuperada, com a dívida saldada, mas a precisar de ganhar escala. A empresa replica em menor escala as áreas de negócio da Efacec e, segundo avançou o Expresso (acesso pago), já absorveu mais de duas dezenas de quadros da empresa.

O seu presidente executivo é Fernando Lourenço, um antigo quadro da Efacec, onde trabalhou 25 anos, que chegou a ser administrador já após a entrada de Isabel dos Santos na empresa.

Esta é a segunda alienação que a Core faz este ano. Em agosto, a capital de risco vendeu a Electrofer à Metalogalva, uma empresa do VigentGroup com presença em 15 países e um volume de negócios consolidado de 400 milhões em 2022. A Core fica ainda com duas participações maioritárias, através do fundo Core Restart (criado em 2018 para investir em empresas em recuperação) na Portugal Senior Health Care, no setor da saúde, com 12 unidades a operar e em desenvolvimento, dedicadas a cuidados continuados e a alojamento residencial para idosos, e a Varandas de Sousa, no setor “agro food”, o maior produtor nacional de cogumelos frescos.

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Municípios consideram que OE2024 traz “muito boas notícias”

  • Lusa
  • 12 Outubro 2023

Luísa Salgueiro assinalou como positivo o reforço de mais 600 milhões de euros de verbas do Orçamento do Estado para os municípios.

A presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) afirmou esta quinta-feira que o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) traz “muito boas notícias” para os municípios porque vai ao encontro de muitas das suas reivindicações.

“Eu direi que o Orçamento do Estado traz muito boas notícias para os municípios portugueses. O ano de 2024 vai ser, do ponto de vista financeiro e das medidas que estão previstas no Orçamento do Estado, um bom ano para os municípios portugueses”, disse Luísa Salgueiro em declarações à Lusa, à margem do lançamento da primeira pedra de um Equipamento Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) em Matosinhos, no distrito do Porto.

O orçamento vai ao encontro de muitas das reivindicações da associação, sendo resultado do “sucesso das negociações” que têm vindo a ser travadas entre a ANMP e o Governo, salientou. A socialista, que também assume a liderança da Câmara Municipal de Matosinhos, no distrito do Porto, assinalou como positivo o reforço de mais 600 milhões de euros de verbas do Orçamento do Estado para os municípios, assim como o aumento na ordem dos 150 milhões de euros para o Fundo de Financiamento da Descentralização.

A descentralização é dos temas que mais tem ocupado a ANMP para garantir que esta tem um “efeito neutro” no orçamento dos municípios, frisou. Os municípios do continente vão receber 1.362,2 milhões de euros através do Fundo de Financiamento da Descentralização (FFD) para desempenharem as competências descentralizadas da administração central, segundo a proposta de OE2024.

Para além disso, Luísa Salgueiro destacou a incorporação no orçamento de uma medida há muito reivindicada pelos municípios que assenta na alteração do regime da ADSE tornando-o igual entre a administração central e a administração local. Contudo, apesar destes pontos positivos, a presidente da ANMP assumiu que continuam a existir reivindicações em aberto que vão continuar a estar em cima da mesa, nomeadamente a redução das taxas de IVA para as refeições escolares e iluminação pública.

Gostaria muito que houvesse redução das taxas de IVA para as refeições escolares e para a energia. Acho que era importante que aquilo que são as despesas dos municípios não tivessem a taxa máxima e, isso, ainda não está contemplado, portanto, era algo que eu gostaria de ver alterado”, ressalvou. E acrescentou: “Também gostaríamos que não houvesse limite de endividamento”.

A proposta de Orçamento do Estado para 2024 vai ser discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro. A votação final global está marcada para 29 de novembro. O Orçamento do Estado tem aprovação garantida pela maioria parlamentar do PS.

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Marsh e Ucrânia lançam plataforma de análise de risco de guerra

  • ECO Seguros
  • 12 Outubro 2023

A corretora Marsh McLennan auxiliou Kiev na conceção e teste de uma plataforma que visa aumentar a confiança das seguradores e investidores no país para que o país se reerga economicamente.

O governo ucraniano lançou uma plataforma de dados que avalia os riscos de guerra do país. O objetivo do projeto é aumentar a confiança das seguradoras, dos investidores e dos governos no país, para auxiliarem na recuperação da Ucrânia, avançou esta quinta-feira a agência Marsh Mclennan, que auxiliou o Kiev “na conceção e teste da plataforma”.

Se em junho, quando foi anunciada a parceria público-privada, Kiev revelava esperança no futuro – “este apoio da Marsh McLennan é um passo crucial para nos ajudar a atrair o investimento de que necessitamos para reconstruir e crescer fortes”, disse o vice-ministro da economia Oleksandr Gryban. Agora, já disponibiliza dados que acredita que vão impulsionar o investimento no país, “76% das comunidades na Ucrânia não tiveram incidentes relacionados com a guerra este ano. Isto demonstra que grande parte da Ucrânia está agora aberta ao investimento”, afirma Oleksiy Danilov, Secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, de acordo com a agência.

Que dados foram recolhidos?

De acordo com a agência, “76% das comunidades não tiveram incidentes relacionados com a guerra em 2023 até 1 de Outubro”. Além disso, “a análise mostra que as hostilidades se concentraram num conjunto específico de comunidades ucranianas: 9% das comunidades foram sujeitas a bombardeamentos intensos; 6% são comunidades afastadas da linha da frente que foram alvo de ataques russos. Mostra também que 101 comunidades outrora ocupadas foram recuperadas da Rússia pela Ucrânia desde o início da invasão”, lê-se no website.

De acordo com a agência, a Marsh Mclennan utilizou suas quatro empresas (Marsh, Guy Carpenter, Mercer e Oliver Wyman, especializadas em estratégia, seguros e resseguros, regulação financeira e parcerias público privadas para criar a plataforma.

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Cavaco diz desconhecer “grau de ilusão e anestesia fiscal” do Orçamento

  • Lusa
  • 12 Outubro 2023

O ex-Presidente da República disse que "os conceitos de ilusão fiscal e anestesia fiscal são muito importantes para analisar a apresentação pública de um Orçamento".

O ex-Presidente da República Cavaco Silva disse esta quinta-feira não ter informação suficiente sobre “o grau de ilusão fiscal e de anestesia fiscal” do Orçamento do Estado para 2024, escusando-se a comentar o documento.

À entrada para a apresentação do livro do advogado e antigo dirigente do PSD, António Pinto Leite, “Não há vidas grátis”, Aníbal Cavaco Silva foi questionado sobre a proposta orçamental do Governo para o próximo ano, apresentada na terça-feira.

Os senhores sabem muito bem que eu não sou comentador de orçamentos e, para além disso, eu não tenho informação suficiente sobre o grau de ilusão e anestesia fiscal que está presente neste Orçamento e na sua apresentação pública. Por isso não posso dizer-vos nada sobre o assunto”, afirmou. Questionado se há ilusão neste Orçamento, o antigo primeiro-ministro e líder do PSD repetiu que “os conceitos de ilusão fiscal e anestesia fiscal são muito importantes para analisar a apresentação pública de um Orçamento”.

Cavaco Silva explicou que estes conceitos são de um académico italiano do início do século XX, Amilcare Puviani, que os considerou essenciais para analisar a apresentação de um orçamento. “Vêm-me sempre à memória porque na minha tese de doutoramento fiz um estudo aprofundado precisamente sobre a ilusão e a anestesia fiscal”, disse.

De acordo com um artigo da presidente do Conselho de Finanças Públicas, Nazaré da Costa Cabral, que cita o académico italiano referido por Cavaco, “a ilusão orçamental acontece quando as receitas públicas e o esforço fiscal associado não são de imediato percebidos pelos contribuintes, o que estimula, por parte do governo do setor em causa, o aumento da despesa pública coberta por essa mesma receita”.

Noutros artigos académicos, equipara-se o conceito de ilusão fiscal ao da “anestesia fiscal do contribuinte, que existe quando os contribuintes têm uma visão distorcida da relação entre os impostos que realmente pagam e os que acham que pagam”.

O livro de António Pinto Leite é apresentado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e conta na assistência com o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, o antigo vice-primeiro-ministro Paulo Portas, o antigo ministro do Governo socialista Pedro Siza Vieira, o conselheiro de Estado e antigo dirigente do CDS-PP António Lobo Xavier ou o atual ‘vice’ dos democratas-cristãos Paulo Núncio.

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Pilotos exigem transparência sobre a reprivatização da TAP

  • Lusa
  • 12 Outubro 2023

"Chegou a altura de cobrar o cheque da transparência e exigir que tenha cobertura", afirma o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil.

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) exigiu esta quinta-feira transparência sobre a reprivatização da TAP, questionando se a venda da companhia estava ou não prevista no plano de reestruturação.

Numa comunicação aos associados, a que a Lusa teve acesso, a direção do SPAC considera que “em vésperas de reprivatização da TAP, as dúvidas são mais do que as certezas e a promessa de transparência que foi feita a todos os portugueses, é um cheque” que “foi passado sem cobertura”.

“Chegou a altura de cobrar o cheque da transparência e exigir que tenha cobertura”, afirma o sindicato, apontando a contradição entre as declarações do primeiro-ministro e do ex-ministro das Infraestruturas e Habitação e atual deputado Pedro Nuno Santos. Em setembro, António Costa garantiu que o plano de reestruturação da empresa sempre previu a privatização e “menos de um mês depois” Pedro Nuno Santos afirmou que “o dito plano, nunca previu a reprivatização”.

“Sendo impossível estarem os dois a dizer a verdade, resta-nos a terrível desconfiança, perante um Governo que se recusa a dar a conhecer o plano de reestruturação, se é que tal plano existe”, refere. O SPAC garante “nada” ter contra a privatização da TAP, mas que “não pode ficar a assistir à reprivatização de um ativo essencial para a coesão nacional, feita “na sombra” e deixando o país às escuras sobre o que na realidade se está a passar”.

O Governo aprovou recentemente as condições para a venda de pelo menos 51% do capital da companhia aérea, esperando ter o caderno de encargos pronto até ao final deste ano e o processo de privatização concluído no primeiro semestre de 2024.

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