Reino Unido anuncia entrega a Kiev de 200 mísseis antiaéreos

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2023

O ministro britânico referiu que o Presidente russo, Vladimir Putin, está a “testar as defesas da Ucrânia e a determinação do Ocidente, na esperança de poder arrancar a vitória das garras da derrota”.

O Reino Unido vai entregar à Ucrânia cerca de 200 mísseis antiaéreos para que o país sob ataque russo reforce as suas defesas, anunciou esta sexta-feira o ministro britânico da Defesa, Grant Shapps.

Em comunicado publicado na rede social X (antigo Twitter), o ministro referiu que o Presidente russo, Vladimir Putin, está a “testar as defesas da Ucrânia e a determinação do Ocidente, na esperança de poder arrancar a vitória das garras da derrota”.

Mas [Putin] está errado. Agora é o momento para o mundo livre se unir e redobrarmos esforços para dar à Ucrânia o que precisa para vencer”, lê-se na declaração.

Segundo Shapps, o Reino Unido entregará a Kiev centenas de mísseis antiaéreos capazes de abater “drones e mísseis russos com uma precisão incrível”.

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Ampliação do terminal sul do aeroporto de Lisboa em apreciação ambiental

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2023

A ampliação do terminal sul do aeroporto de Lisboa visa "acrescentar melhoria operacional, qualidade de serviço e desempenho ambiental" e encontra-se em apreciação ambiental pela APA.

A ANA disse esta sexta-feira à Lusa que já avançou com o projeto para ampliação do terminal sul do aeroporto de Lisboa, que se encontra em análise pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA). “A ANA reafirma o seu compromisso na realização dos projetos úteis ao bom funcionamento do Aeroporto de Lisboa, tendo já avançado com o projeto de ampliação do terminal sul e criação de nova placa de estacionamento”, afirmou a gestora aeroportuária da Vinci, em resposta escrita à Lusa.

De acordo com a empresa, este projeto visa “acrescentar melhoria operacional, qualidade de serviço e desempenho ambiental” e encontra-se em apreciação ambiental pela APA. Na quinta-feira, foi publicada em Diário da República uma resolução do Conselho de Ministros que dá à ANA quatro meses para apresentar projetos para o cumprimento das obrigações específicas de desenvolvimento no Aeroporto Humberto Delgado (AHD), em Lisboa, cujas obras têm de estar concluídas até 2027.

Segundo a ANA, esta resolução, que entrou esta sexta em vigor, “decorre de conversações com o Governo desde há uns anos sobre a priorização dos investimentos” naquela infraestrutura. Questionada pela Lusa, a gestora aeroportuária disse que “recebe positivamente o esclarecimento do concedente sobre essa priorização assim como, de forma mais abrangente, sua orientação para as soluções de curto prazo no atual aeroporto enquanto não se define a solução para a expansão da capacidade aeroportuária”.

Em 7 de dezembro, o Conselho de Ministros aprovou uma resolução que determina à ANA que execute investimentos no aeroporto Humberto Delgado, com vista a mitigar os constrangimentos operacionais e de conforto dos passageiros. Na ocasião, o secretário de Estado Adjunto e das Infraestruturas, Frederico Francisco, apontou que “o Governo não está a obrigar a ANA a fazer nada que ela não estivesse já obrigada a fazer, no entendimento do concedente [Estado] e do regulador [ANAC]”.

O governante lembrou ainda que, por forma a dar à ANA condições para executar os investimentos com o mínimo de perturbações possível, está prevista a desafetação de uso militar do aeródromo de Figo Maduro, anexo ao aeroporto de Lisboa, mas condicionada ao início de um investimento no ‘Pier Sul’.

Na resolução refere-se que, desde o início do contrato com o Estado, a ANA “mais do que duplicou o volume de negócio e quase quadruplicou o EBITDA [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização]”, porém, “o volume acumulado de investimentos, ao invés de acompanhar a evolução da procura e da rentabilidade da concessão, está 18,9% abaixo do previsto pela VINCI na privatização”.

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Bolsa teve o terceiro melhor ano da década. Quem ganhou e perdeu no PSI em 2023?

Mota-Engil mais do que triplicou de valor em 2023 e Nos caiu mais de 10%. Bolsa portuguesa somou mais de 10% e acompanhou valorizações das maiores cotadas europeias.

Inflação a descer, juros a subir, economia a travar, duas guerras e um ano que promete não deixar boas lembranças, exceto para os investidores. De Lisboa a Frankfurt, os ganhos bolsistas foram expressivos em 2023. Com ganhos acima de 10%, o PSI teve o seu terceiro melhor ano desde 2014. Mas, como em todas as histórias, há vencidos e vencedores.

O PSI acumulou um ganho de 11,78%, fechando nos 6.396,48 pontos. É o terceiro ano em que fecha com “contas positivas”. E é o terceiro melhor ano da última década, apenas superado pelos desempenhos registados em 2021 (13,7%) e em 2017 (15,2%).

A bolsa de Lisboa conseguiu acompanhar o andamento do índice de referência europeu, o Stoxx 600: as 600 principais empresas do Velho Continente (que viu o contingente português ser reforçado com o BCP) tiveram um ganho de quase 13%. Tal como o PSI, também foi o terceiro melhor ano desde 2014 para o Stoxx 600.

Em relação a outros importantes índices europeus, o desempenho do PSI ficou aquém: por exemplo, o espanhol IBEX-35 e o alemão DAX verificaram ganhos de 20% e o francês CAC-40 somou quase 17% ao longo do ano. A diferença é que estas três praças vinham de perdas em 2022, que foram agora recuperadas.

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Mota-Engil triplica de valor

Em Lisboa, a estrela do ano foi a Mota-Engil, com o título a ser impulsionado pelos bons resultados da construtora que deverá ter fechado o ano com uma faturação acima dos cinco mil milhões de euros. As ações dispararam 238,5%. É o mesmo que dizer que mais do que triplicaram nos últimos 12 meses. Cada título vale agora 3,96 euros, quando há um ano valia 1,17 euros.

O BCP, que chegou a duplicar de valor à boleia das taxas de juro, acabou por acumular um ganho de 87,43%, tendo claudicado já na parte final do ano perante a perspetiva de que os bancos centrais vão começar a baixar as taxas no próximo ano – o que significará menos lucros para os bancos. O banco liderado por Miguel Maya vale agora 4,14 mil milhões de euros na bolsa.

Das 16 cotadas do PSI, 11 tiveram registos positivos em 2023, destacando-se ainda a Ibersol (+21,0%), a Jerónimo Martins (+14,2%) e os CTT (13,3%), também com ganhos acima dos 10%.

Algumas escaparam às perdas já na reta final do ano, como a Greenvolt, cuja valorização anual de 4,9% só se tornou possível graças ao anúncio de uma oferta pública de aquisição (OPA) do fundo KKR já na segunda metade do mês de dezembro. Os americanos oferecem 8,30 euros por cada ação da Greenvolt.

Nos é a ovelha negra

Por seu lado, a Nos teve o pior desempenho anual em Lisboa, com as ações da operadora a acumularem uma perda de 12,4%. Isto num final de ano bastante agitado para o setor das telecomunicações e cujos desenvolvimentos irão prosseguir em 2024, designadamente com a venda da Altice Portugal (dona da Meo) pelo francês Patrick Drahi e a luta de poder entre o Governo espanhol e os sauditas na espanhola Telefónica.

O setor da energia também saiu a perder. A EDP Renováveis caiu quase 9% e arrastou a casa-mãe EDP para perdas acumuladas de 2%. A REN, que gere a rede elétrica em Portugal, cedeu 7,7%.

A Sonae também fechou o ano abaixo do preço de 2022, caindo quase 3%.

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EDP conclui venda de portefólio eólico de 260 MW no Brasil

A companhia liderada por Miguel Stilwell concluiu uma nova operação de rotação de ativos, desta vez parques eólicos no Brasil, com uma empresa pública da Noruega.

A EDP Renováveis deu por concluída a venda de um portefólio de projetos eólicos no Brasil (MW) à norueguesa Statkraft por 300 milhões de euros.

De acordo com a nota divulgada esta sexta-feira pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o portefólio inclui dois projetos eólicos em operação com 260 MW localizados no Rio Grande do Norte, “por um enterprise value estimado de 1,57 mil milhões de reais”, cerca de 300 milhões de euros.

Os dois parques encontram-se em operação desde 2022 e permitem à EDP dar mais um passo na estratégia de rotação de ativos anunciado em março deste ano.

“Com a conclusão desta transação, a EDP assegura cerca de 1,6 mil milhões de euros de encaixes com operações desta tipologia, as quais se encontram incluídas no programa de rotação de ativos de 7 mil milhões de euros para 2023-2026, anunciado no Capital Markets Day da EDP em março de 2023″, informa o comunicado.

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Vítor Murta garante salários regularizados no Boavista até ao final do dia

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2023

"O Boavista assume a verdade: temos dois meses em falta, mas penso que isso não matará ninguém”, disse o presidente do clube, Vítor Murta.

Os salários em atraso no Boavista vão ficar “completamente regularizados” até ao final do dia, afirmou esta sexta-feira o presidente do clube, cujo incumprimento tinha sido revelado recentemente pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

O Boavista assumiu a existência de dois meses em atraso e essa circunstância fez com não fizéssemos o cumprimento salarial num momento mais oportuno. Só que o Boavista, ao contrário de outros clubes, não coloca os seus atletas a assinarem documentos para provar que tem os salários em dia. O Boavista assume a verdade: temos dois meses em falta, mas penso que isso não matará ninguém”, atirou Vítor Murta, durante a conferência de imprensa de apresentação de Ricardo Paiva como novo treinador principal da equipa.

Em 20 de dezembro, a LPFP tinha comunicado que o Boavista, da I Liga, e o Leixões e o Länk Vilaverdense, ambos do escalão secundário, não tinham cumprido a obrigação de mostrar até dia 15 a inexistência de dívidas salariais em setembro, outubro e novembro. As três sociedades têm agora um prazo adicional de 15 dias para regularizar essa situação junto de futebolistas e treinadores, sob pena de, segundo o Regulamento Disciplinar da LPFP, receberem uma subtração de dois a cinco pontos nas provas em que competem.

O Rio Ave assumiu publicamente há pouco tempo que tinha dois salários em falta, mas não houve as parangonas que se viram nos jornais sobre o Boavista. Eu percebo que a dimensão do Boavista é outra e se fale mais de nós, mas ninguém está morto aqui nem precisa de ser reanimado. Estamos bem vivos. Os salários ficarão totalmente resolvidos hoje no caso dos atletas e parcialmente quanto aos funcionários”, detalhou Vítor Murta.

Em setembro, Boavista e Länk Vilaverdense já tinham necessitado de um período extra para demonstrarem a inexistência de dívidas nos meses de maio, junho, julho e agosto. Os atrasos salariais no clube portuense levaram ao cancelamento dos treinos em 30 de setembro e 01 de outubro, após as exigências feitas pelos profissionais do departamento médico e pelos funcionários do Estádio do Bessa, que já teriam três meses por liquidar. Vítor Murta mostrou-se disponível para negociar jogadores do Boavista na reabertura da janela de transferências, em janeiro de 2024, numa altura em que a SAD tem de saldar dívidas para desbloquear o impedimento de inscrição de novos atletas ditado pela FIFA.

“Eventual saída de Pedro Malheiro para o Benfica? Muito se tem falado sobre ele e acho que, por vezes, não é bom falarmos demasiado sobre as coisas, até porque isso afeta a cabeça dos atletas e dos colegas. Todos aqueles que fazem parte do plantel do Boavista estão no mercado. Se surgirem propostas boas para o clube e para o atleta, estamos na disposição de negociar, tal como estamos a fazer com o Malheiro e com outros”, admitiu.

A estreia de Ricardo Paiva como treinador principal está marcada para sábado, às 15:30, no Estádio Cidade de Barcelos, com a deslocação dos ‘axadrezados’, que ocupam o 12.º posto, com 16 pontos, ao Gil Vicente, 17.º e penúltimo colocado, com 12, em encontro da 15.ª jornada do campeonato, com arbitragem de Luís Godinho, da associação de Évora.

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Novas obrigações da Mota já foram admitidas à negociação

A construtora da família Mota concluiu no passado dia 11 de dezembro a emissão de 50 milhões de euros numa nova linha de obrigações com maturidade em 2028.

As obrigações emitidas pela Mota-Engil este mês, com maturidade em 2028, já estão admitidas à negociação no mercado regulamentado do Luxemburgo, informou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“As obrigações escriturais e nominativas, representativas do empréstimo obrigacionista ‘Obrigações Ligadas a Sustentabilidade Mota-Engil 2023-2028′ (‘Obrigações Mota-Engil 2028’), emitidas pela MOTA-ENGIL a 11 de dezembro de 2023, já se encontram admitidas à negociação no mercado regulamentado da Luxembourg Stock Exchange“, adianta o documento enviado ao regulador.

A Mota-Engil levantou 50 milhões de euros com a emissão de uma nova linha de obrigações que vence em 2028, realizada no passado dia 11 de dezembro e que incluía a possibilidade dos investidores trocarem títulos com maturidade próxima pelas novas obrigações.

No mesmo comunicado, a empresa adianta ainda que, na sequência da troca de obrigações de linhas que venciam em 2024 e 2026, a empresa vai amortizar e cancelar obrigações que venciam no próximo ano no montante de 7.346.000 euros, passando a linha a ter um montante total de 79.653.750 euros. Já as Obrigações Mota-Engil 2026 passam a ter um total de 113.882.500 euros, depois de terem sido amortizados 18.117.000 euros.

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Excedente orçamental sobe para 6,4 mil milhões à boleia do IRS e emprego

Saldo orçamental de novembro aumenta 172 milhões de euros face a outubro e 4.306 milhões de euros face ao mesmo mês de 2022. Pagamento do apoio à renda já ultrapassou os 245 milhões de euros.

O excedente orçamental voltou a subir em novembro para 6.387 milhões de euros sobretudo à boleia da receita fiscal com IRS, que subiu 14,7%, e das contribuições sociais que aumentaram 10,7%.

“As Administrações Públicas registaram, na ótica da contabilidade pública, um saldo orçamental ajustado de 6.387 milhões de euros até novembro (+172 milhões de euros face a outubro e +4.306 milhões de euros face ao mesmo mês de 2022)”, de acordo com o comunicado do Ministério das Finanças divulgado esta sexta-feira.

De salientar que as contas estão ajustadas do efeito da integração do Fundo de Pensões da Caixa Geral de Depósitos, caso contrário o saldo ainda seria substancialmente superior: 9.405 milhões de euros.

Em termos homólogos, “a variação reflete uma melhoria da receita efetiva de 10,4%, em termos ajustados, em grande parte fruto da resiliência do mercado de trabalho (+14,7% de IRS e +10,7% de contribuições sociais)”, justifica a tutela liderada por Fernando Medina.

O reforço do excedente orçamental deve-se sobretudo à arrecadação de impostos e de contribuições sociais. Até novembro, a receita fiscal aumentou 9,6% em termos homólogos, influenciada pelo crescimento dos impostos diretos (IRS e IRC) em 12,1% e indiretos, como o IVA ou IUC, em 7,4%. O gabinete do ministro das Finanças salienta ainda que “a receita contributiva continua a espelhar as boas dinâmicas verificadas no mercado de trabalho, aumentando 10,7% face ao mesmo período do ano anterior”.

Excluindo as medidas extraordinárias com a covid-19 e com a mitigação do impacto do choque geopolítico, a despesa efetiva cresceu 8%. Já a despesa primária, excluindo juros e outros efeitos extraordinários, aumentou 8,5% ou 6.796 milhões de euros em termos homólogos, de 79.970 milhões para 86.766 milhões de euros, destaca o comunicado do Ministério das Finanças.

O aumento dos gastos públicos até novembro face ao período homólogo continua a dever-se essencialmente ao pagamento de salários, aquisição de bens e serviços, investimento e prestações sociais.

Assim, as despesas com pessoal aumentaram 7,7%, refletindo as atualizações transversais remuneratórias dos trabalhadores das Administrações Públicas, o impacto do aumento do salário mínimo, de 705 para 760 euros, e o crescimento do subsídio de refeição, de 5,50 euros para 6 euros por dia. “Neste âmbito, destaca-se o contributo dos salários do SNS (+8,3%) e da PSP e GNR (+8,6%)”, sublinha o gabinete de Fernando Medina.

O custo com compra de bens e serviços “aumentou 6,4%, acelerando face ao mês anterior, destacando-se a evolução no Ensino Superior (+22,6%) e na Administração Local (+13,5%). Excluindo o efeito base de medidas covid-19 cresceu 12,7%”, de acordo com a mesma nota.

O investimento na Administração Central e Segurança Social “cresceu 11,3%, excluindo parcerias público-privadas (PPP), influenciada pelo efeito base da execução em 2022 da Universalização da Escola Digital, sem o qual o acréscimo seria de 26,3%”. “Para esta subida concorreu o aumento do investimento no Metro do Porto (+136,6%), na Ferrovia (+34,2%) e nas Instituições de Ensino Superior (+67,7%)“, segundo o comunicado das Finanças.

A despesa com prestações sociais cresceu 14,6% – excluindo pensões, medidas covid e extraordinárias de apoio às famílias e prestações de desemprego –, refletindo, em grande medida, a atualização do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), que passou de 443,20 euros para 480,43 euros, e as valorizações remuneratórias.

Pagamento do apoio à renda já ultrapassou os 245 milhões de euros

O Ministério das Finanças destaca “o aumento da despesa com o subsídio familiar a crianças e jovens (+21,9%), a prestação social para a inclusão (+25,3%), o complemento solidário para idosos (+17,5%) e ainda o pagamento do apoio à renda, que até novembro, ultrapassou os 245 milhões de euros”, atingindo quase os 250 milhões de euros que o Governo estimava gastar com a medida.

O gabinete de Fernando Medina sublinha ainda que “a despesa com pensões aumentou 3,7% até novembro, encontrando-se influenciada pelo pagamento do complemento excecional a pensionistas em 2022”, isto é, pela meia pensão atribuída no ano passado que levou, em janeiro deste ano, a um corte para metade na atualização regular das reformas que deveria ter sido de 7,8%. Aliás, o comunicado do Ministério reconhece que se essa regra tivesse sido seguida, o aumento da despesa teria sido de 7,8%.

Recorde-se, no entanto, que a fórmula da subida das pensões foi, entretanto, reposta e os reformados receberam a partir de julho a outra metade do aumento a que tinham direito.

O custo das medidas associadas ao choque geopolítico ascendeu, até novembro, a 2.661 milhões de euros. Deste montante, 1.155 milhões de euros têm impacto no lado da despesa, de onde se destaca o apoio extraordinário às famílias mais vulneráveis, incluindo o apoio para crianças e jovens e o apoio a setores de produção agrícola. Do lado da receita sublinha-se um impacto de cerca de 1.507 milhões de euros, com destaque para medidas de redução de tributação sobre combustíveis e alimentos, de acordo com o comunicado do Ministério das Finanças.

(Notícia atualizada às 16h47)

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Desconto do IMI familiar aumenta em 2024 e chega a 240 municípios

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2023

Os dados do Portal das Finanças indicam também que no próximo ano há 176 autarquias a aplicar a taxa mínima do IMI, ou seja, 0,3%.

Cerca de 240 municípios vão aplicar o desconto do IMI familiar, sendo que o valor desta dedução que vai ser aplicado em 2024 é mais elevado, chegando aos 140 euros para quem tem três ou mais dependentes.

De acordo com a informação disponível e que pode ser consultada no Portal das Finanças, foram 237 os municípios que comunicaram à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) a intenção de conceder às famílias com dependentes o desconto que permite reduzir a conta do IMI. De referir, contudo que não está disponível informação relativamente a 23 municípios.

A redução do IMI era até agora de 20, 40 e 70 euros consoante exista um, dois, três ou mais dependentes, respetivamente. Estes valores foram reforçados no âmbito da lei do Mais Habitação, que entrou em vigor em outubro, tendo passado para, pela mesma ordem de dependentes, 30, 70 e 140 euros. Estes novos valores serão aplicados em 2024, quando os proprietários forem chamados a pagar o IMI relativo a 2023.

O desconto é aplicado depois de calculado o IMI, ou seja, do valor que resulta da aplicação da taxa de imposto em vigor no concelho ao valor patrimonial tributário do imóvel. O IMI familiar foi aplicado pela primeira vez em 2016 (para o imposto relativo a 2015), sendo nessa altura atribuído um desconto percentual em função do número de dependentes. No ano seguinte, o modelo foi alterado e substituído por um montante fixo de desconto por dependente e sofre agora nova alteração.

De acordo com o código do IMI cabe aos municípios, mediante deliberação da assembleia municipal, “fixar uma redução da taxa do imposto municipal sobre imóveis que vigorar no ano a que respeita o imposto, a aplicar ao prédio ou parte de prédio urbano destinado a habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar, e que seja efetivamente afeto a tal fim, atendendo ao número de dependentes que, nos termos do Código do IRS, compõem o respetivo agregado familiar”.

Esta decisão tem de ser comunicada à AT até 31 de dezembro do ano a que respeita o imposto. Antes disso, até 15 de setembro, a AT envia aos municípios o número de agregados com um, dois e três ou mais dependentes que tenham, “na sua área territorial, domicílio fiscal em prédio ou parte de prédio destinado a habitação própria e permanente”. Os dados do Portal das Finanças indicam também que no próximo ano há 176 autarquias a aplicar a taxa mínima do IMI, ou seja, 0,3%.

De referir que dos 23 municípios para os quais a informação não está disponível, a maioria aplicou a taxa mínima em 2023, pelo que o número global irá superar os 176. Apesar de o grupo de municípios com taxa mínima ser relativamente estável face a 2023, também há novas entradas: é o caso do Entroncamento ou de Vila Viçosa, por exemplo, que reduziram as taxas para o patamar dos 0,3%.

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Preços do Andante aumentam 10 cêntimos em 2024 nas viagens Z2, Z3 e Z4

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2023

O preço de um bilhete Z2, que permite circular entre duas zonas contíguas, passa de 1,30 euros para 1,40, por exemplo. Novos preços entram em vigor a 1 de janeiro.

Os bilhetes ocasionais do Andante, utilizados na Área Metropolitana do Porto (AMP), vão aumentar 10 cêntimos nos títulos Z2, Z3 e z4, e 20 nos Z5 e Z6, adiantou esta sexta-feira à Lusa fonte do TIP – Transportes Intermodais do Porto.

De acordo com a nova tabela de preços divulgada à Lusa, que entra em vigor em 1 de janeiro (segunda-feira), o preço de um bilhete Z2 (permite circular entre duas zonas contíguas) passa de 1,30 euros para 1,40. O mesmo aumento nominal verifica-se nos títulos Z3, que passam de 1,70 euros para 1,80 euros, e nos títulos Z4, que passam de 2,15 euros para 2,25 euros.

A partir dos títulos para atravessar cinco zonas (Z5), o aumento é superior (20 cêntimos), passando dos 2,55 euros atualmente em vigor para 2,75 euros. Já os títulos Z6, os últimos da tabela disponibilizada pelo TIP à Lusa, sofrem também um aumento de 20 cêntimos, passando de 3,00 euros para 3,20 euros.

Quanto aos títulos diários Andante 24, no caso dos Z2 passam de 4,70 euros para 5,15 euros, os Z3 de 6,05 euros para 6,65 euros, os Z4 de 7,55 euros para 8,30 euros, os Z5 de 9,05 euros para 9,90 euros e os Z6 de 10,75 euros para 11,80. Os títulos Andante Tour 1 (que permitem viagem em toda a rede durante 24 horas) sofrem também um aumento de 50 cêntimos, passando dos 7,00 euros atuais para 7,50 euros, e os Andante Tour 3 (permitem viagens em toda a rede durante 72 horas) aumentam de 15 para 17 euros.

A aquisição de um novo cartão ocasional do Andante (cartão azul) permanecerá com um custo de 0,60 euros, como atualmente acontece, e os cartões prateados, para passes, também mantêm o custo de três e seis euros para as modalidades de estudante e normal, respetivamente. A mudança nos preços de 2024 segue a aplicação da Taxa de Atualização Tarifária (TAT), definida pela AMP, que se fixou em 6,43% para 2024.

A informação remetida pelo TIP à Lusa assinala ainda que se mantêm os preços dos passes, conforme aprovado no Orçamento do Estado para 2024. Assim, mantêm-se os preços de 30 euros para o Andante 3Z ou Municipal – para deslocações em 3 zonas ou dentro de um só município – e 40 euros para o Andante Metropolitano, bem como de 40 euros para os passes 3Z_IR e Municipal_IR, e de 50 euros para o Metropolitano IR.

Os estudantes entre os 4 e 23 anos terão passes gratuitos. Na última semana, entre 20 e 26 de dezembro, os estudantes já tinham carregado cerca de 8.300 Passes Andante Estudante gratuitos, 300 dos quais dizendo respeito a novos clientes.

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Míssil russo cruzou espaço aéreo da NATO durante ataque à Ucrânia

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2023

O míssil sobrevoou o espaço aéreo polaco durante três minutos, a uma distância de cerca de quarenta quilómetros.

Um míssil russo entrou esta sexta-feira no espaço aéreo de um país da NATO, a Polónia, antes de o deixar em direção à Ucrânia, alvo de uma vaga mortífera de ataques russos, anunciaram as autoridades polacas. “Tudo indica que um míssil russo entrou no espaço aéreo polaco. Detetámo-lo através do radar. Deixou imediatamente o espaço aéreo polaco”, dirigindo-se para a Ucrânia, disse o chefe do Estado-Maior do Exército polaco, general Wieslaw Kukula.

“Temos confirmações de radar, tanto a nível nacional como dos nossos aliados”, acrescentou, citado pela agência francesa AFP. O comandante operacional do exército polaco, general Maciej Klisz, disse que o míssil sobrevoou o espaço aéreo polaco durante três minutos, a uma distância de cerca de quarenta quilómetros.

“Enviámos as nossas forças e aviões para o intercetar e abater, se necessário, mas o tempo [de sobrevoo] e a forma como manobrou (…) tornaram isso impossível e permitiram que o míssil saísse do território polaco”, afirmou. Segundo Klisz, o sistema de defesa aérea polaco foi colocado em alerta na quinta-feira à noite, na sequência da vaga de ataques russos contra a Ucrânia.

Para evitar erros, foram efetuadas buscas terrestres no local onde o sinal de rádio do míssil se perdeu, disseram oficiais do exército. Na sequência do incidente, as autoridades civis e militares polacas realizaram reuniões de emergência e o Presidente Andrzej Duda manteve conversações com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg. A Polónia é membro da NATO e da União Europeia (UE).

Em novembro de 2022, um míssil ucraniano caiu na aldeia polaca de Przewodow, a cerca de seis quilómetros da fronteira com a Ucrânia, matando dois civis. A explosão ocorreu numa altura em que a Rússia estava a realizar ataques maciços contra infraestruturas civis ucranianas em todo o país. Até ser identificada a origem, a queda do míssil na aldeia polaca fez temer que a NATO fosse arrastada para o conflito, dado que a Polónia está protegida pelo compromisso de defesa coletiva da Aliança Atlântica.

A Rússia realizou esta sexta o ataque considerado de maior dimensão desde que invadiu a Ucrânia há quase dois anos, provocando 18 mortos e 132 feridos, de acordo com um balanço provisório. As autoridades ucranianas disseram que a Rússia lançou 122 mísseis e 36 ‘drones’ (aeronaves sem tripulação) contra alvos em toda a Ucrânia, num ataque que durou 18 horas.

O Ministério da Defesa russo reivindicou ter atingido “todos os alvos” previstos no intenso ataque lançado de madrugada. A invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança no continente desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será significativo.

A Ucrânia lançou uma contraofensiva no verão, depois de ter recebido armamento novo dos aliados ocidentais, mas já reconheceu que os resultados foram modestos.

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Governo trava atualização da taxa de carbono sobre os combustíveis

Governo determinou a suspensão da atualização da taxa de carbono de janeiro desde 2023, mas retomou a sua atualização em maio para a voltar a suspender em setembro.

O Governo vai voltar a não atualizar a taxa de carbono que incide sobre a gasolina e o gasóleo, confirmou ao ECO o Ministério das Finanças. A medida insere-se na manutenção dos apoios aos combustíveis apesar da entrada num novo ano, tal como o ECO já avançou.

Em dezembro de 2022, o Governo determinou a suspensão da atualização da taxa de carbono em janeiro de 2023 – que resultou num desconto adicional de 13,4 cêntimos por litro no gasóleo e de 12,2 cêntimos por litro na gasolina, face à taxa de carbono que seria fixada em 2023, com base na evolução dos preços do comércio europeu dos leilões de licenças de emissão de gases de efeito de estufa, explica o comunicado de há um ano do Ministério das Finanças.

Mas em maio, e tendo em conta preocupações ambientais, iniciou o descongelamento da taxa. A última atualização (em dois cêntimos no gasóleo e 1,8 cêntimos na gasolina) foi decidia em julho, para vigorar no mês de agosto. Mas acabou por se manter até hoje, apesar de na altura o Executivo justificar o agravamento da fiscalidade com “objetivos ambientais e o alinhamento gradual do peso dos impostos sobre os combustíveis em Portugal com a média da Zona Euro”. Além disso, o consumo de combustíveis recorde da última década nos primeiros seis meses do ano também justificou a decisão.

Mas, preocupações ambientais à parte, com a entrada do novo ano, o Governo volta a suspender a atualização da taxa de carbono e o valor da receita que o Executivo abdica é ainda maior, porque haverá lugar à fixação de uma nova taxa em 2024 decorrente da evolução dos preços do comércio europeu dos leilões de licenças.

A opção é manter tudo tal como está. Ou seja, a chegada de um novo ano não se traduz no fim dos apoios aos combustíveis. A portaria de 25 de setembro, que fixou uma redução de impostos de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina, não tem data limite para a concessão do apoio. Por isso, não há prazo para a vigência da medida, estando esta exclusivamente dependente da decisão do Executivo. Para que não haja dúvidas sobre a continuidade da aplicação da medida, a Autoridade Tributária vai publicar um ofício no qual especifica que a portaria se mantém em vigor, avançou ao ECO o Ministério das Finanças.

Ao contrário das portarias anteriores, que foram sendo sucessivamente publicadas na sequência da caducidade das anteriores, esta portaria, que está em vigor desde 25 de setembro, não têm definido um limite para a sua produção de efeitos. Além disso, o próprio Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) também optou por não estabelecer qualquer tipo de alteração ao regime de apoio aos combustíveis. O OE2024 entra em vigor a 1 de janeiro de 2024 e, estando o Governo em gestão, considera que não faria sentido uma grande alteração a este nível.

A opção de publicar a última portaria sem uma data limite foi intencional, sabe o ECO, para dar margem de manobra ao Executivo para revogar a medida quando entendesse. O facto de estar em gestão em nada limita os seus poderes nesta matéria, por isso a decisão será sempre ditada pela evolução do mercado, ou por razões eleitoralistas.

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Hotéis algarvios com programa de fim de ano têm ocupação acima dos 90%

  • Lusa
  • 29 Dezembro 2023

Embora cerca de 40% da oferta hoteleira no Algarve esteja encerrada, a expectativa da AHETA é que seja atingida uma taxa de ocupação “na ordem dos 70 a 75%” na passagem de ano, “acima do ano passado”.

Os hotéis algarvios com pacotes especiais de animação para o fim de ano estão com uma taxa de ocupação acima dos 90% e muitos deles já esgotados, estimou esta sexta-feira o presidente da principal associação regional do setor.

É um fim de semana prolongado e, daquilo que é o feedback de hotéis que têm programa de fim de ano com animação, estão com excelentes ocupações, todos eles acima de 90%, muitos deles cheios”, afirmou à Lusa o presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Hélder Martins. O dirigente acrescentou que, segundo uma sondagem realizada pela associação, as “muitas dezenas” de unidades hoteleiras que apresentam pacotes especiais de fim de ano, com alojamento, jantar e espetáculo, entre outros serviços, “já estavam cheias”.

“Quem está a trabalhar, se tiver programa de fim de ano, está bem. Quem não tem programa de fim de ano, está esta semana a receber reservas de última hora daquelas pessoas que vêm para os eventos de rua”, notou, salientando que as boas previsões climatéricas para este período são outro fator positivo. Embora cerca de 40% da oferta hoteleira no Algarve esteja encerrada, a expectativa da AHETA é que seja atingida uma taxa de ocupação “na ordem dos 70 a 75%” na passagem de ano, “acima do ano passado”.

“Estamos no pico da época baixa. Tivemos mais de 80% [de taxa de ocupação] em outubro, tivemos 45% em novembro e, no ano passado, tivemos 35% em [todo o mês de] dezembro. Este ano melhorará, porque o Natal foi muito melhor também”, sublinhou Hélder Martins. O Algarve tem ofertas para todas as bolsas, do mais caro ao mais económico, mas o presidente da AHETA reconheceu que os hotéis com pacotes mais caros “foram os primeiros a encher”.

“É um pouco o relato daquilo que aconteceu no verão, ou seja: quem tem dinheiro, tem dinheiro, quer viajar, tem disponibilidade. Quem tem dificuldades, quem paga juros, da habitação, ou tem outros problemas, tem mais dificuldade”, analisou. O mercado português continua a ser o “principal fornecedor” de turistas para o réveillon, incluindo “pessoas que decidem no último dia”, mas também há muita procura de ingleses, irlandeses, franceses, alemães e escandinavos, designadamente para as zonas de Vilamoura, Albufeira, Portimão.

Ainda assim, Hélder Martins lamentou que o Algarve não tenha “um programa único, que seja motivador, galvanizador, para trazer um elevado número de turistas” à região. “É evidente que o Algarve, lamentavelmente, não tem um programa de fim de ano de grande impacto, como a Madeira tem, por exemplo. Nós temos 20 ou mais programas, mas não temos um grande programa. Albufeira faz um esforço muito significativo, mas não deixa de cada concelho ter o seu programa”, referiu.

Em Albufeira, a noite de réveillon faz-se na rua com a música dos The Gift e do coletivo Amália Hoje, além do evento Pop Art Parade, a concluir um programa de cinco dias. Na última noite do ano, as bandas D.A.M.A. e Quem é o Bob? atuam em Quarteira, enquanto Diogo Piçarra e Pete Tha Zouk sobem ao palco em Monte Gordo, em Vila Real de Santo António.

Já os Calema animam o público em Lagos, com Faro a receber o espetáculo Revenge of the 2000’s e Portimão a despedir-se do ano com os Turb’ Ó Baile.

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