Startup de serviços domésticos Oscar levanta 1,1 milhões para alavancar expansão

Aumentar a capilaridade, adicionar novas categorias de serviços e reforçar equipa estão nos objetivos desta ronda de investimento liderada pela Lince Capital.

A startup portuguesa Oscar acaba de fechar uma ronda de financiamento de 1,1 milhões de euros. Alavancar a capilaridade da empresa no país, novas categorias de serviço e reforço da equipa de engenharia e operações estão nos objetivos da startup que atua na área de prestação de serviços domésticos. Diogo Coutinho é o novo country manager da Oscar.

“2023 e 2024, sem dúvida, serão anos de consolidação no mercado nacional e internacional”, refere João Marques, CEO da Oscar, destacando que a empresa tem registado um crescimento médio de 30% por mês e uma forte procura pelos seus serviços. João Marques refere que esses números se devem a “um processo 100% transparente, quer para utilizadores, quer para profissionais, quer pela economia nacional, pois contrariamos a elevada economia paralela que o setor dos serviços domésticos ainda vive.”

“A somar, estamos comprometidos em investir no nosso ativo mais valioso — a nossa equipa — com a contratação de uma equipa de inovação e client care motivada pela democratização, organização e transparência do setor. Para apoiar toda esta nova ênfase, acabámos de contratar o Diogo Coutinho, um profissional com um excelente track record dentro e fora do ecossistema e que assume agora as funções de country manager em Portugal”, revela ainda o CEO da startup.

João Marques, CEO da Oscar

Liderada pela Lince Capital, com o apoio da Olisipo Way, na ronda de investimento participaram ainda investidores internacionais como Tony Honkanen, diretor de expansão internacional na Wolt — o unicórnio de food delivery — e da Accel Scout Program, através de Humberto Ayres Pereira, CEO da Rows.

Alargar a “presença de profissionais e técnicos conectados à Oscar em novos distritos”, reforçar a rede “em zonas onde a operação já está presente como Lisboa, Porto, Margem Sul, Coimbra, Setúbal, Cascais e Sintra”, alavancar a capilaridade no país, “adicionar novas categorias de serviços, bem como reforçar a equipa com profissionais qualificados no campo da engenharia e operações” estão entre os objetivos da ronda.

Diogo Coutinho — ex-head of Portugal na Kitch — assume o papel de country manager do Oscar com responsabilidade pelo negócio em Portugal e por definir novas estratégias de expansão.

Com mais de 200 mil downloads, três mil profissionais inscritos e um volume de negócio a rondar os 3 milhões de euros, entre julho e agosto de 2023, a operação cresceu 68% e 225% em relação a agosto de 2022, segundo números partilhados pela empresa.

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BCE vai apertar liquidez dos bancos na próxima fase da luta contra a inflação

  • ECO
  • 18 Setembro 2023

Banco central preanunciou uma pausa na subida das taxas de juro, mas vai continuar a combater inflação elevada: quer acabar com o excesso de liquidez na banca e pode aumentar requisitos de reservas.

O Banco Central Europeu (BCE) quer apertar o excesso de liquidez dos bancos e como primeiro passo pode aumentar as exigências ao nível dos requisitos de reservas, avança a agência Reuters.

Atualmente, os bancos estão obrigados a deter, junto do respetivo banco central, um montante correspondente a pelo menos 1% dos depósitos dos clientes e as fontes citadas pela Reuters adiantam que poderá aumentar para 3% ou 4%. O que implicaria que os bancos teriam de parquear mais dinheiro nos cofres do banco central sem qualquer remuneração.

O debate em torno deste tema deverá começar na próxima reunião do BCE em Atenas, agendada para 26 de outubro, e marcará uma nova fase da luta contra a inflação.

Depois de ter subido as taxas de referência na Zona Euro por dez ocasiões, o BCE sinalizou que vai fazer uma pausa nos aumentos dos juros, que se encontram em níveis recorde.

As discussões sobre a forma como se poderá reduzir o excesso de liquidez no sistema vão se centrar em três áreas, de acordo com as mesmas fontes: o montante das reservas que os bancos devem manter no BCE, o fim dos programas de compra de títulos e um novo quadro para orientar as taxas de juro de curto prazo.

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Trabalhadores da Bola esperam fundamento de despedimento coletivo para agir

  • Lusa
  • 18 Setembro 2023

As duas listas de trabalhadores visados atingem cerca de 80. Alguns funcionários foram abrangidos por rescisões amigáveis, mas não conseguiram ter acesso às quotas da Segurança Social

Os trabalhadores do grupo A Bola que estão a ser alvo de um despedimento coletivo aguardam os fundamentos para esta decisão do grupo Ringier para agir, disse à Lusa o presidente do Sindicato dos Jornalistas.

Luis Simões confirmou que os trabalhadores receberam uma comunicação, no dia 8 de setembro, a dar conta da decisão das empresas Vicra Comunicações e Vicra Sociedade Desportiva, compradas recentemente pelos suíços Ringier Sports Media Group, de avançar com um despedimento coletivo.

Nessa comunicação, os trabalhadores são informados de que poderão designar uma Comissão Representativa, que deverá levar a cabo as negociações neste âmbito. Luís Simões, ele próprio trabalhador do jornal A Bola, explicou que as comissões estão formadas, uma para cada empresa e que deverão ser comunicadas até amanhã.

As duas listas de trabalhadores visados atingem cerca de 80, sendo que Luís Simões indicou que, entre eles estão funcionários que foram abrangidos por rescisões amigáveis, mas que não conseguiram ter acesso às quotas da Segurança Social para receberem subsídio de desemprego. Dessas listas, cerca de 40 são jornalistas e o resto paginadores, informáticos, contabilidade, entre outras profissões.

“Neste momento é impossível dizermos o que vamos fazer, porque não sabemos os pressupostos ainda” deste despedimento, destacou o líder sindical, afirmando que irão trabalhar juridicamente para tentar contestar o processo. “Nós precisamos de saber os pressupostos do despedimento coletivo para agirmos”, salientou.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas disse ainda que os trabalhadores alvo de despedimento foram colocados num outro andar do edifício onde funciona o grupo. “Então no terceiro piso, nós trabalhamos no segundo”, destacou, adiantando que houve “um início em que não estavam a marcar serviços, mas agora já voltaram a marcar”.

Luís Simões reconheceu ainda que “é muito difícil” que este processo esteja resolvido antes do final do ano. O presidente do Sindicato voltou a apontar que são cerca de 100 os trabalhadores abrangidos, entre o despedimento coletivo e as rescisões por mútuo acordo. Contactado pela Lusa, o grupo Ringier não quis acrescentar mais informação às declarações que fez no passado.

A 1 de setembro o grupo reiterou que tem “em curso um processo de tomada de decisões” sobre o qual não irá “falar até que o mesmo esteja devidamente concluído”.

O grupo disse ainda que tem uma “boa ligação com os seus trabalhadores e mantém, desde o início, um diálogo construtivo com o sindicato, com o qual [se] reúne frequentemente”, concluindo que “está empenhado em preservar o legado de A Bola, na sua versão impressa, TV e digital, pelo que este processo representa um passo fundamental e inevitável para garantir o seu futuro e manter o estatuto de líder dos Media desportivos em Portugal”.

A Ringier Sports Media Group (RSMG) anunciou em 17 de julho a conclusão da compra da Sociedade Vicra Desportiva, incluindo A Bola, e a revista AutoFoco e nomeou Felipe Montesinos Gomes diretor-geral para implementar estratégia para o digital.

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Empresas de Coimbra exigem ao Estado cumprimento atempado das suas obrigações

  • Lusa
  • 18 Setembro 2023

Empresários da região de Coimbra pretendem "uma regulamentação estável, com critérios claros e previsíveis, que lhes permita planear, investir e crescer com confiança".

O Conselho Empresarial da Região de Coimbra (CERC) exigiu, esta segunda-feira, ao Estado rigor no cumprimento das suas obrigações e na criação de uma regulamentação estável e previsível, que permita às empresas planear e investir.

“A máquina fiscal funciona muito bem e se as empresas entregam qualquer imposto devido fora do prazo são penalizadas, mas quando há uma medida de apoio às empresas, seja ela qual for, o Estado atrasa-se e não acontece nada“, lamentou, à agência Lusa, o presidente daquela estrutura.

Nuno Lopes salientou que os empresários da região de Coimbra pretendem “uma regulamentação estável, com critérios claros e previsíveis, que lhes permita planear, investir e crescer com confiança”.

O dirigente sustentou que aquela “dualidade de critérios” desacredita o Estado e leva a que muitas empresas não se candidatem a medidas de apoio ao investimento e à produção, porque nunca sabem quando podem contar com as comparticipações.

“Gostávamos que uma empresa quando se candidata a um determinado valor com um determinado projeto, que seja uma mais-valia, o processo fosse mais célere e funcionasse de forma que os apoios ficassem disponíveis nas datas estabelecidas”, sublinhou.

Reunido na Lousã, na presença de representantes de 14 associações empresariais dos 19 concelhos da região de Coimbra, o CERC salientou, em comunicado, que os empresários consideram que a “incerteza ou a falta de regulamentação prejudicam a competitividade das empresas e afastam os investidores“.

Gostávamos que uma empresa quando se candidata a um determinado valor com um determinado projeto, que seja uma mais-valia, o processo fosse mais célere e funcionasse de forma que os apoios ficassem disponíveis nas datas estabelecidas.

Nuno Lopes

Presidente do Conselho Empresarial da Região de Coimbra (CERC)

Os empresários querem ver implantada “uma relação mais justa em nome da justiça e da estabilidade, em benefício de todos os envolvidos e reclamam por um estado responsável que comece, de imediato, por cumprir com os prazos a que se compromete e que antes de exigir às empresas e aos particulares, comece por exigir a si próprio”.

Para manter uma relação justa entre o setor público e o privado, é vital que todos cumpram com suas obrigações de maneira eficaz, tanto no recebimento quanto no pagamento, estabelecendo regras iguais para todos”, lê-se na nota.

Os atuais preços dos combustíveis e as crescentes taxas de juro, que têm impacto direto nas empresas, são as maiores preocupações do CERC, que representa mais de 15 mil empresas.

Para aquela entidade, existe a “necessidade premente de reformar as políticas de investimento e fiscais para proteger os negócios e a urgência na implementação de medidas para preservar empregos e a economia local”.

O presidente do CERC revelou ainda à agência Lusa que as empresas estão “um bocadinho asfixiadas” pela carga fiscal, a burocracia nas candidaturas aos fundos de apoio e com dificuldades na contratação de quadros técnicos intermédios.

“Uma das maiores lacunas do setor é precisamente aqueles quadros intermediários de determinadas profissões, como eletricistas e canalizadores”, denunciou Nuno Lopes.

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Itália considera ofensa reforço de controlo fronteiriço pela Áustria

  • Lusa
  • 18 Setembro 2023

"A decisão de Viena de reforçar o controlo dos veículos provenientes de Itália é uma bofetada na cara da solidariedade europeia exigida ontem [domingo] em Lampedusa", disse Salvini.

O governo italiano deplorou esta segunda-feira a decisão da Áustria de reforçar os controlos fronteiriços com Itália face à forte pressão migratória neste país, considerando que se trata de uma “ofensa grave” e “bofetada na cara da solidariedade europeia”.

A decisão de Viena de reforçar o controlo dos veículos provenientes de Itália é uma bofetada na cara da solidariedade europeia exigida ontem [domingo] em Lampedusa”, declarou o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini, aludindo à visita efetuada à ilha siciliana pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que reclamou “uma resposta europeia”.

Salvini, líder do partido de extrema-direita Liga e responsável pela pasta das Infraestruturas e Transportes no governo de coligação liderado por Giorgia Meloni, acrescentou que a decisão do governo austríaco constitui também “uma ofensa grave às forças policiais e aos voluntários italianos que há anos defendem as fronteiras europeias”.

“Se Viena quer arvorar-se como campeã da legalidade europeia em matéria de migração, deveria enviar meios e homens para ajudar no Mediterrâneo”, prosseguiu, observando que “é demasiado fácil construir fortalezas nos Alpes, castigando trabalhadores como os camionistas e os turistas, enquanto a Itália combate os traficantes”.

O ministro dos Transportes sublinhou que o reforço dos controlos, anunciado no fim-de-semana pelo chanceler austríaco, Karl Nehammer, ameaça agravar ainda mais a saturação em zonas de passagem como Brenner, que liga Itália e Áustria e é essencial para o transporte de mercadorias entre o sul e o centro da Europa, “dificultado por proibições ilegítimas e discriminatórias”.

Desde o início deste ano, já desembarcaram em Itália cerca de 130 mil migrantes, mais do dobro do número de chegadas registado no mesmo período no ano passado (68 mil) e o triplo em comparação com 2021 (43 mil), de acordo com os dados hoje atualizados pelo Ministério do Interior italiano.

Giorgia Meloni afirmou esta segunda que Itália acompanhará com atenção os compromissos assumidos pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na sua visita a Lampedusa no domingo. Meloni referiu-se, em particular, à promessa de disponibilizar dinheiro para um acordo histórico com a Tunísia, depois de o seu Governo aprovar esta segunda um pacote para a emergência migratória.

O memorando assinado por Meloni, Von der Leyen e pelo primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, com o Presidente tunisino, Kais Saied, em meados de julho prevê uma “parceria estratégica e global” destinada a combater a imigração ilegal e a reforçar as relações económicas entre o bloco comunitário e o país norte-africano, que se situa numa das principais rotas de migrantes e refugiados que viajam para a Europa.

Entretanto, o Governo italiano aumentou para 18 meses o período máximo de detenção dos migrantes que vão ser repatriados por não serem elegíveis para asilo, indicaram fontes governamentais. Meloni tinha anunciado que o seu executivo iria aprovar esta medida na reunião do Conselho de Ministros de hoje, como parte de um conjunto de medidas para lidar com o aumento das chegadas de migrantes do norte de África à ilha de Lampedusa.

A primeira-ministra italiana considera que o aumento do afluxo de migrantes colocou o país sob uma “pressão insustentável” e deslocou-se com a presidente da Comissão Europeia a Lampedusa no domingo, depois de a ter convidado a visitar a ilha italiana para ver pessoalmente a situação. Na sexta-feira, Meloni afirmara que o tempo máximo de permanência dos requerentes de asilo nos centros de acolhimento se manteria em 12 meses.

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Anacom está a “monitorizar” cumprimento da decisão que exclui certas empresas do 5G

Regulador confirma estar a supervisionar a implementação da deliberação nacional que exclui certos fornecedores do 5G e está a receber informação das operadoras.

A Anacom está a “monitorizar” a implementação da deliberação que exclui certos fornecedores das redes 5G em Portugal, servindo de “interface” entre o órgão decisor e as operadoras de telecomunicações, revelou esta segunda-feira o presidente da entidade. Além disso, segundo João Cadete de Matos, as operadoras estão a partilhar informação com o regulador para esse efeito.

Em maio, uma comissão inserida no Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço (CSSC) impediu certas empresas de fornecer equipamentos e de prestar serviços às operadoras no âmbito do 5G, nomeadamente as que tenham sede em países fora da União Europeia, da OCDE ou da NATO, como é o caso da chinesa Huawei. A lei confere à Anacom o poder de fiscalizar o cumprimento dessa decisão, mas o regulador ainda não se tinha pronunciado sobre a mesma.

Esta segunda-feira, numa sessão de perguntas e respostas sobre a nova plataforma informativa Geo.Anacom, os jornalistas questionaram Cadete de Matos acerca da deliberação da Comissão de Avaliação de Segurança. O presidente da Anacom evitou entrar em detalhes, mas deu alguma informação adicional acerca do andamento do processo.

“A Anacom vai cumprir e executar todas as decisões que são tomadas pelo país relativamente à segurança, não só no quadro nacional como também no quadro europeu”, começou por dizer Cadete de Matos. “As decisões que são públicas são conhecidas, e aquilo que também é público e já foi noticiado, e deriva não só das decisões mas do cumprimento da Lei das Comunicações Eletrónicas, é que compete à Anacom supervisionar o cumprimento das decisões que são tomadas nesse âmbito”, reconheceu.

Ladeado pelo secretário de Estado da Digitalização, que preside o CSSC, Cadete de Matos continuou: “Aquilo que estou em condições de à data de hoje partilhar é que essa informação tem sido transmitida na medida em que é solicitada e foi solicitada ao longo do tempo no trabalho que fez a Comissão de Avaliação de Segurança, e a Anacom tem a responsabilidade de fazer esse interface com os operadores, assim como os operadores têm já pedido e nos transmitido toda a informação que é necessária para monitorizar essas decisões.”

A Anacom vai cumprir e executar todas as decisões que são tomadas pelo país relativamente à segurança, não só no quadro nacional como também no quadro europeu.

João Cadete de Matos

Presidente da Anacom

“Processo está absolutamente claro na lei”

Na mesma ocasião, o secretário de Estado da Digitalização, Mário Campolargo, rejeitou que exista falta de transparência do Governo sobre a exclusão de certos fornecedores das redes 5G, por motivos de segurança, alegando que “o processo está absolutamente claro” na Lei das Comunicações Eletrónicas.

Numa tentativa de “desmistificar” a ideia de que existem “dúvidas” acerca da deliberação da referida comissão, Mário Campolargo garantiu que esse procedimento “tem sido seguido à risca”.

“Ou seja, tem-se feito a identificação, em colaboração com os operadores, dos equipamentos que estão na rede; por razões óbvias, esses equipamentos, até para proteção das estratégias comerciais das empresas, quer dos operadores, quer dos fornecedores de serviços, é obviamente uma informação que não me parece relevante para um cidadão e para as empresas, e é seguramente muito importante para quem está no negócio, e portanto isso é reservado”, apontou.

"Tem-se feito a identificação, em colaboração com os operadores, dos equipamentos que estão na rede.”

Mário Campolargo

Secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa

O governante recordou, depois, que a análise que conduziu à deliberação que exclui certas empresas do 5G é técnica e assenta no risco que esses fornecedores representam para a segurança nacional.

“A análise que a Comissão de Avaliação de Segurança fez foi essa mesmo: é uma comissão de avaliação de segurança. Não tem a ver com a qualidade intrínseca, nem com o preço, nem com a disponibilidade de equipamentos. Tem a ver com riscos que as infraestruturas de serviço público, e estamos a falar de infraestruturas que servem toda a gente, todas as empresas neste país, possam ter. A decisão foi tomada, segue os seus trâmites absolutamente normais e não creio haver nenhumas dúvidas, nem que haja nada mais, neste momento, a esclarecer”, reiterou Mário Campolargo.

Como noticiou o ECO no princípio deste mês, a Huawei impugnou em tribunal a deliberação por considerar que a mesma é ilegal. “A Huawei Portugal está confiante de que o tribunal irá analisar a deliberação e repor a legalidade”, disse, na altura, fonte oficial da empresa.

O ECO noticiou também que as operadoras já estão a trabalhar em planos de implementação da referida decisão. O presidente da Anacom e o secretário de Estado da Digitalização não revelaram os prazos que as operadoras têm de cumprir.

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Marcelo pede mais financiamento global para objetivos de desenvolvimento sustentável

  • Lusa
  • 18 Setembro 2023

O Presidente da República considerou que já houve "muito tempo perdido, tempo de mais" na concretização das 17 metas estabelecidas na chamada Agenda 2030.

O Presidente da República defendeu esta segunda-feira que é preciso mais financiamento global para a concretização dos objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos pelas Nações Unidas e que há que recuperar o tempo perdido nesta matéria.

“Temos de agir, temos de garantir mais resultados e rapidez”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, numa Cimeira sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque. Num discurso de três minutos, em português, o chefe de Estado considerou que já houve “muito tempo perdido, tempo de mais” na concretização das 17 metas estabelecidas na chamada Agenda 2030.

A erradicação da pobreza e da fome, redução das desigualdades, energia limpa e acessível e a ação contra as alterações climáticas são algumas dessas 17 metas. “Apoiamos em Portugal a realização de uma cimeira social mundial bem sucedida e com resultados visíveis”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado manifestou apoio ao “alerta precoce” feito pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, sobre esta matéria, acrescentando: “Pensamos que é essencial o financiamento acrescido mundial aos objetivos do desenvolvimento sustentável”.

“Avançámos com um projeto piloto com Cabo Verde, que é um projeto multiplicável noutros países, nomeadamente em África, de conversão da dívida pública em investimento num fundo climático e ambiental”, referiu. Marcelo Rebelo de Sousa chegou no domingo à noite a Nova Iorque para participar na 78.ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Marcelo Rebelo de Sousa apelou a que os países-membros das Nações Unidas apresentem “mais resultados e rapidez” no cumprimento dos respetivos roteiros nacionais para atingir os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, para que se tornem “mais resilientes, mais justos, mais verdes”.

“Mais capazes de prevenir riscos de catástrofes, mais inclusivos, mais promotores dos direitos das mulheres, da solidariedade entre gerações, da integração dos migrantes e da participação dos jovens”, completou. Quanto a Portugal, o Presidente da República realçou os passos que estão a ser dados no setor da energia: o compromisso de atingir a neutralidade carbónica em 2045, de aumentar para 60% o recurso a fontes de energia renováveis em 2030 e para 80% a eletricidade gerada por fontes de energia renováveis em 2026.

“Chamamos a atenção para a importância da ligação entre o clima e os oceanos, para a redução das catástrofes, para a proteção civil preventiva, para o sistema integrado de combate às desigualdades provocadas pelas catástrofes”, acrescentou.

No fim da sua intervenção, declarou: “Não podemos defraudar o legado para as gerações futuras. É nosso dever honrar o compromisso da Agenda 2030, em nome da humanidade e do planeta. Não podemos falhar, não vamos falhar”. Marcelo Rebelo de Sousa chegou no domingo à noite a Nova Iorque para participar na 78.ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

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Governo “não tem sido sério” na gestão do preço dos combustíveis, diz Montenegro

  • Lusa
  • 18 Setembro 2023

"O Governo ganha dinheiro e ganha muito dinheiro, entre outras coisas, na parcela de IVA que atua sobre o preço do produto e sobre o preço do imposto que lhe está associado”, disse o líder do PSD.

O líder do PSD, Luís Montenegro, afirmou esta segunda-feira que o Governo “não tem sido sério” na gestão do preço dos combustíveis e defendeu que “tem de compensar aquilo que está a arrecadar a mais em IVA”. “Desde a primeira hora que o Governo socialista não tem sido sério na gestão do preço dos combustíveis”, afirmou Luís Montenegro, em Torres Novas, no distrito de Santarém, onde hoje começou mais uma iniciativa “Sentir Portugal”.

Segundo o presidente social-democrata, “o Governo socialista aumentou, logo mal iniciou funções, em 2016, o ISP [Imposto Sobre Produtos Petrolíferos]”, sendo que, “desde o início, comprometeu-se a que as variações de preço tivessem uma compensação, nomeadamente porque na formação do preço dos combustíveis, quando aumenta o valor do produto, aumenta também o valor do imposto e aumenta o IVA [Imposto sobre o Valor Acrescentado] sobre estas duas componentes”.

“Portanto, o Governo ganha dinheiro e ganha muito dinheiro, entre outras coisas, na parcela de IVA que atua sobre o preço do produto e sobre o preço do imposto que lhe está associado”, declarou, considerando que o ministro das Finanças, Fernando Medina, “sabe muito bem o que é que tem a fazer, tem a descer o ISP em função do nível de receita que está a arrecadar a mais pelo efeito do IVA”.

Para o social-democrata, “é isso que tem de fazer já, uma vez que o Governo não quis acolher” a proposta do PSD “feita o ano passado relativamente aos combustíveis e à energia de, pelo menos transitoriamente, descer o IVA para 6%”. “Ao menos que sejam sérios, ao menos que façam aquilo que prometeram, é só ter um mecanismo automático, não é preciso estar a inventar sempre portarias e inventar sempre despachos”, afirmou Montenegro.

Reconhecendo que “a variação do preço dos combustíveis, durante algum tempo, de facto, atenuou, mas agora são muitas semanas e consecutivas”, Luís Montenegro salientou que “não é preciso esperar mais nada”. O presidente do PSD considerou que “não é uma questão de ser um pico temporário”, insistindo que “é uma questão de ter um mecanismo automático”.

“A partir de determinado valor, o Governo tem de compensar os aumentos que decorrem da variação do mercado, tem de compensar aquilo que está a arrecadar a mais em IVA, descendo o ISP”, destacou, lembrando que “já se fez isso noutras ocasiões”. Para o social-democrata, Fernando Medina, “não tem nada de andar a estudar, é não complicar”, sustentando que esta é, “pelo menos, uma possibilidade que o Governo tem à sua disposição”.

Ficar à espera significa, mais uma vez, vontade de castigar as pessoas, as empresas, as instituições, uma vontade de arrecadar primeiro para depois, passado algum tempo, tentar atenuar. É, efetivamente, uma política que, neste caso, não é séria e, neste caso, também não tem nenhum tipo de sensibilidade”, acrescentou. No sábado, o Governo garantiu que vai monitorizar os preços dos combustíveis, dados os recentes aumentos, prometendo “vontade de agir no sentido da proteção das famílias”, se for “absolutamente necessário”.

“Nós estamos a avaliar e temos de avaliar o que é que vai acontecer do ponto de vista da evolução dos preços, se estamos num pico excecionalmente temporário que depois regressa ou se não estamos”, disse o ministro das Finanças, Fernando Medina, a jornalistas portugueses no final da reunião dos ministros das Finanças da União Europeia, que decorreu em Santiago de Compostela no âmbito da presidência espanhola da UE.

O governante salientou que o executivo português “já deu mostras de capacidade e vontade de agir no sentido da proteção das famílias, quando tal se torna absolutamente necessário fazer”.

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Sismo de magnitude 4.8 no centro-norte de Itália faz centenas de deslocados

  • Lusa
  • 18 Setembro 2023

Só numa cidade, Tredozio, há 140 edifícios onde estão a ser feitas verificações de estabilidade na sequência do terramoto. Não há registos de vítimas.

Centenas de famílias foram deslocadas devido ao terramoto de magnitude 4.8 que atingiu esta segunda-feira de manhã as regiões italianas de Toscana e Emilia Romagna (centro-norte), informaram fontes locais, após um primeiro levantamento de casas potencialmente inseguras.

Segundo a agência noticiosa italiana Ansa, só numa cidade, Tredozio, há 140 edifícios onde estão a ser feitas verificações de estabilidade na sequência do terramoto, disse o governo provincial de Forli-Cesena.

“Teme-se que o número de famílias desalojadas possa ascender a várias centenas”, declarou o presidente da província e presidente da Câmara de Cesena, Enzo Lattuca.

“Os meus colegas presidentes de câmara estão agora a providenciar o primeiro acolhimento e o alojamento adequado para as dezenas de famílias que ficaram fora das suas casas””, acrescentou. Para já, não há relatos de quaisquer vítimas.

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Sines recebe maior número de metaneiros de sempre em 2022. Três foram russos

Regulador informa que chegaram a Sines 70 metaneiros, em 2022, o valor mais elevado de sempre. Nigéria, Estados Unidos e Trinidade e Tobago foram principais fornecedores.

No ano passado, chegaram ao Terminal de Sines 70 navios metaneiros que realizaram operações de descarga de gás natural liquefeito (GNL). Segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), este foi o valor mais elevado de sempre e, comparativamente a 2021, representa um aumento de 9,4%.

De acordo com o relatório sobre a qualidade de serviço do setor, divulgado esta segunda-feira, o volume de gás descarregado no terminal de GNL, em 2022, correspondeu a 9408.547 metros cúbicos, tendo a Nigéria representado 50% do total das entregas, com a chegada de 34 metaneiros.

Dos Estados Unidos chegaram 24 descargas de GNL, representando 34% das entregas, ao passo que de Trinidade e Tobago chegaram oito metaneiros. Da Rússia, chegaram ao Terminal de Sines três descargas e da Guiné Equatorial foi apenas registada uma entrega de GNL.

A ERSE indica que o valor total da energia descarregada no Porto de Sines traduziu-se em 63,3 terawatts-hora (TWh) de gás natural liquefeito (GNL), tendo o terminal de Sines injetado na Rede Nacional de Transporte de gás aproximadamente 59,9 TWh.

Apesar de o número de recargas ter alcançado o patamar mais elevado, o número de enchimentos de cisternas de GNL diminuiu 12,4% face a 2021. O regulador informa que, no ano passado, o Terminal de GNL abasteceu 6.592 cisternas, correspondentes a 1,9 TWh, incluindo cerca de 0,4 TWh destinados à Região Autónoma da Madeira. Também o tempo médio efetivo de enchimento registou uma redução de 5,3% e 0,4%, respetivamente, face ao ano 2021.

Os indicadores de continuidade de serviço reportados em relação ao Terminal de GNL de Sines estão em linha com os dos anos anteriores, detetando-se algumas variações e refletindo a evolução do funcionamento do próprio terminal, quer em termos de número de navios metaneiros descarregados e carregados, bem como o número de enchimentos de cisternas”, lê-se no relatório da ERSE.

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Ucrânia afirma ter furado linha de defesa russa perto de Bakhmut

  • Lusa
  • 18 Setembro 2023

Após a recuperação das aldeias de Andriivka e Klichtchiivka, "a linha de defesa do inimigo foi atravessada", avançou o general ucraniano Syrsky,

O general ucraniano Oleksandr Syrsky afirmou esta segunda-feira que as tropas ucranianas furaram a linha de defesa russa perto de Bakhmut, no leste da Ucrânia. Após a recuperação das aldeias de Andriivka e Klichtchiivka, “a linha de defesa do inimigo foi atravessada”, declarou Syrsky, citado pelo centro de imprensa do Exército ucraniano.

Essas pequenas localidades “eram um elemento importante da linha de defesa russa, que se estende de Bakhmut a Gorlivka”, explicou. As 72.ª, 31.ª e 83.ª brigadas russas “foram destruídas e perderam totalmente a capacidade de combater” nas batalhas perto de Bakhmut”, indicou o general.

Admitiu, contudo, que “a situação geral na zona leste continua complicada” e que “os intensos combates perto de Bakhmut prosseguem”. Na sequência da perda das duas povoações próximas de Bakhmut, o Exército russo “está a realizar muitos contra-ataques” na esperança de “retomar as posições perdidas” e prepara-se para atacar mais a norte, na zona de Kupiansk e Lyman”, sublinhou Syrsky.

A Ucrânia anunciou na sexta-feira a retomada de Andriivka e, no domingo, a de Klichtchiivka, ambas situadas a sul da cidade de Bakhmut. Com 70.000 habitantes antes da invasão lançada pela Rússia em fevereiro de 2022, Bakhmut foi conquistada em maio passado pelas forças russas, após uma das batalhas mais longas e sangrentas desta guerra.

A Ucrânia lançou em junho uma contraofensiva para recuperar os territórios ocupados pela Rússia, depois de ter recebido armamento e equipamento militar ocidentais e formado novos batalhões. As forças ucranianas começaram quase logo a recuperar terreno nos flancos norte e sul desta cidade.

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China convoca embaixador alemão após Berlim ter chamado ditador a Xi Jinping

  • Lusa
  • 18 Setembro 2023

Os comentários da ministra alemã são para Pequim "totalmente absurdos e constituem um grave ataque à dignidade política da China, bem como uma provocação política aberta".

O embaixador alemão em Pequim foi convocado no domingo ao Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês após comentários da chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, que descreveu o Presidente Xi Jinping como um ditador. A informação sobre a chamada do embaixador alemão à sede da diplomacia chinesa no domingo foi avançada esta segunda-feira por um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão.

A China descreveu o comentário de Baerbock – feito durante uma entrevista à cadeia televisiva norte-americana Fox News, em 14 de setembro – como uma “provocação política”, de acordo com a diplomacia alemã. A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, disse esta segunda que os comentários de Baerbock foram “totalmente absurdos e constituem um grave ataque à dignidade política da China, bem como uma provocação política aberta”.

Referindo-se à guerra na Ucrânia, a ministra alemã, interrogou-se ainda sobre o efeito da guerra da Ucrânia no comportamento do líder chinês. “Se Putin vencesse esta guerra, que sinal enviaria esse facto a outros ditadores no mundo, como Xi, o Presidente chinês?”, perguntou Baerbock, durante a entrevista televisiva, argumentando que, também por isso, é fundamental que Kiev vença o conflito contra Moscovo.

Um porta-voz do chanceler social-democrata Olaf Scholz, entrevistado esta segunda em Berlim, considerou que a forma como a China é governada, através de um sistema de partido único, não corresponde aos “ideias democráticos” do Governo alemão, mas recusou-se a usar o termo “ditador” para falar de Xi.

A China é o maior parceiro comercial da Alemanha, mas Berlim tem vindo a endurecer o seu tom em relação a Pequim há vários meses, ao mesmo tempo que procura reduzir a dependência da sua economia e proteger melhor os seus interesses estratégicos face a uma China cada vez mais agressiva.

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