Grupo Arrow compra resort Palmares por 100 milhões

  • Ana Petronilho
  • 13 Setembro 2023

A espanhola Kronos esteve em negociações com a gestora de ativos brasileira no ano passado para a venda do Palmares, mas o fim dos vistos 'gold' ditou o fracasso do negócio, sabe o ECO.

O grupo Arrow Global quer comprar o resort de luxo Palmares Ocean Living & Golf, localizado em Lagos, no Algarve, tendo já notificado a Autoridade da Concorrência nesta segunda-feira. A venda do empreendimento, que é atualmente detido pela Palminv, uma sociedade da King Street Capital Management e da promotora Kronos, foi fechada por 100 milhões de euros.

O Palmares foi comprado pela Kronos em 2018, tendo sido este um dos primeiros negócios da promotora espanhola em Portugal, que investiu no imóvel 250 milhões em obras de requalificação.

No ano passado, a Kronos esteve em negociações com a SPX Capital, mas com o fim dos vistos gold em Portugal no horizonte, a gestora de ativos brasileira recuou e o negócio caiu, sabe o ECO.

Inaugurado em 2019 depois das obras, o resort de luxo dispõe de 103 moradias, 357 apartamentos, dois hotéis de cinco estrelas e um campo de golfe.

Este ano, o grupo britânico Arrow já comprou por 250 milhões os hotéis e campos de golfe Dom Pedro ao grupo Saviotti. Esta operação envolveu seis hotéis: o Dom Pedro Portobelo, o Dom Pedro Marina e o Dom Pedro Vilamoura, em Vilamoura; o Dom Pedro Lagos; o Dom Pedro Machico e o Dom Pedro Garajau, ambos na Madeira. A que se juntam cinco campos de golfe “emblemáticos” em Vilamoura: Old Course, Pinhal, Laguna, Millenium e Victoria. Fora do negócio ficou o Dom Pedro em Lisboa.

Além disso, através da empresa Capital Elements, a Arrow também notificou a Autoridade da Concorrência para a compra da Grande Buganvília – Projectos e Actividades Hoteleiras e Imobiliárias Turísticas, S.A. A empresa que tem dois hotéis no Algarve, o Hilton Vilamoura Cascatas Golf Resort & SPA e o Vilamoura Garden, é detida pela Flitptrel Portugal, que faz parte das atividades dos americanos da Davidson Kempner em Portugal.

O grupo britânico adiantou em 2022 que ia investir 500 milhões em ativos turísticos em Portugal nos próximos cinco anos, até 2027.

Já a Kronos, após cinco anos a gerir o projeto, vendeu este ano ao grupo Rolear o resort residencial-turístico Amendoeira Golf Resort, no concelho de Silves. Com esta alienação, a empresa conclui a venda do portefólio que adquiriu ao Grupo Oceânico em 2018.

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Cerca de 20 mil famílias sobre-endividadas já pediram ajuda à Deco este ano

Está a crescer o número de famílias com rendimentos mais elevados que recorrem à Deco em situação de sobre-endividamento, por conta da subida do custo de vida.

São cada vez mais as famílias em situação de sobre-endividamento que pedem ajuda à Deco. Só este ano, até agosto, a associação de apoio aos consumidores revela que foi contactada por cerca de 20 mil famílias com dificuldades em pagar contas, refere Natália Nunes, coordenadora do gabinete de proteção financeira da Deco.

No total do ano passado, dos 31.500 contactos recebidos pela Deco, 11.340 foram realizados por famílias a enfrentar dificuldades associadas ao aumento do custo de vida, referem as estatísticas da associação do consumidor.

“Além de famílias de baixos rendimentos (correspondente ao salário mínimo ou até menos), que são as mais afetadas pela inflação, estamos a ter cada vez mais famílias com rendimentos líquidos mensais de 1.500 euros que têm sobretudo dificuldades em pagar o crédito à habitação“, refere Natália Nunes.

As famílias estão a pedir ajuda ainda numa fase inicial e não de total rutura. Coisa que não acontecia entre 2008 e 2012.

Natália Nunes

Coordenadora do gabinete de proteção financeira da Deco

A subida da taxa de inflação e das taxas de juro têm levado ao crescente número de agregados familiares em situação de aperto financeiro. Apesar de alguns desses casos terem um desfecho feliz com o apoio dos técnicos da Deco, muitos terminam com a declaração de insolvência.

Ao ECO, Natália Nunes revela que essa situação de extremo é ainda muito inferior ao que assistiu no período de 2008-2012, marcada pela crise financeira e depois pelo resgate financeiro de Portugal. “Nesse período, tínhamos de dizer a muitas famílias que o caminho mais aconselhado seria da insolvência. Neste momento isso não se coloca. As famílias estão a pedir ajuda ainda numa fase inicial e não de total rutura. Coisa que não acontecia entre 2008 e 2012.”

Esta mudança deve-se a um maior conhecimento por parte das famílias, e sobretudo a um comportamento de maior prevenção por parte das entidades bancárias desde 2012, após a publicação de um diploma que estabelece princípios e regras a observar pelas instituições de crédito na prevenção e na regularização das situações de incumprimento de contratos de crédito pelos seus clientes.

Deste diploma resultou os conhecidos Plano de Ação para o Risco de Incumprimento (PARI) e Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento (PERSI).

Inteligência artificial como arma contra o sobre-endividamento

No cerne das situações de sobre-endividamento das famílias há, essencialmente, três elementos comuns: divórcio, desemprego ou doença. “Estas são especialmente as causas que levam as famílias a entrar em incumprimento”, refere Natália Nunes.

Por forma a atacar o sobre-endividamento antes dele se tornar num problema, torna-se crucial encarar o problema antes dele se tornar num pesado fardo. No entanto, Leonardo Vanneschi e Diego Costa Pinto, professores da Nova Information Management School (Nova IMS), querem atacar o problema antes dele mesmo acontecer.

Num projeto que arrancou em 2016 com a realização das primeiras entrevistas, os dois professores, juntamente com uma equipa de outros investigadores e que contou também com a colaboração da Direção-Geral do Consumidor, desenvolveram uma plataforma assente em inteligência artificial com o intuito de prever situações de sobre-endividamento atempadamente “para que as famílias afetadas possam receber o devido apoio, evitando assim que o problema atinja proporções graves”, refere Leonardo Vanneschi ao ECO.

No cerne das situações de sobre-endividamento das famílias há, essencialmente, três elementos comuns: divórcio, desemprego ou doença.

Para o desenvolvimento deste projeto, que foi batizado de “ACIE”, foram realizadas 1.654 observações de famílias ou pessoas que resultaram na identificação de 38 variáveis que “os nossos algoritmos consideram importantes na previsão de situações de sobre-endividamento”, refere Leonardo Vanneschi.

O professor da Nova IMS refere que a “análise realizada permitiu prever o sobre-endividamento com uma precisão de 89,2% e pode servir como ponto de partida para o desenvolvimento de um conjunto de intervenções para auxiliar na resolução alternativa de litígios da dívida dos portugueses.”

Entre os elementos que mais “empurram” as famílias para situações de sobre-endividamento está, segundo a investigação dos dois professores, a dimensão da família, o tipo de trabalho e o tipo de contrato de trabalho, assim como a dimensão dos rendimentos auferidos e ainda a utilização do cartão de crédito por parte dos membros do agregado familiar.

Esta avaliação permitiu, segundo Leonardo Vanneschi, identificar três perfis de famílias mais sujeitas ao risco do sobre-endividamento:

  • Famílias com baixos rendimentos (31,3%) que mostram dificuldades quando a família aumenta ou que são vítimas de eventos adversos na sua vida. São frequentemente famílias de tamanho médio a trabalhar no setor privado, com baixo nível de desemprego, rendimentos relativamente baixos, e com reduzido uso de cartão de crédito.
  • Famílias com baixo controlo do crédito (37,4%). São geralmente famílias de pequena dimensão, com rendimentos mais elevados, mas que tendem a usar bastante o cartão de crédito e a ter um baixo controlo do crédito, que podem ser consumidores compulsivos.
  • Famílias afetadas por crises (31,33%) que ficam sobre endividadas principalmente devido a mudanças bruscas provocadas por crises económicas, como o desemprego e cortes salariais. São geralmente famílias numerosas, com baixos rendimentos e apresentam grandes despesas domésticas e enfrentam uma elevada taxa de desemprego.

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Continental “liberta” mais 60 milhões para investir na fábrica de pneus de Famalicão

Alemães dão “luz verde” à construção de mega armazém para automatizar carregamento de pneus na Continental Mabor. Quarta maior exportadora nacional fatura quase 1.300 milhões e emprega 2.600 pessoas.

A principal fábrica da Continental em Portugal acaba de receber “luz verde” da gigante alemã para a continuação dos projetos de investimento: a construção de um novo armazém industrial, com uma área superior a 4.000 metros quadrados e 26 metros de altura, que vai permitir o carregamento automático dos pneus em verde dentro das prensas de vulcanização. O CEO da Continental Mabor adianta ao ECO que esta “obra gigante”, avaliada em cerca de 60 milhões de euros, vai começar a funcionar em meados do próximo ano.

A garantia da multinacional que em 1993 passou a controlar a 100% a primeira fábrica de pneus em Portugal, que nos anos 1980 foi detida pelo grupo Amorim, chegou nos últimos dias, depois da reunião de preparação do orçamento para o próximo ano. Esta nova área industrial em Vila Nova de Famalicão vai ocupar um terreno que já tinha sido comprado pelo grupo que controla sete empresas e emprega mais de 3.700 pessoas no país. “É um grande projeto de automação e o maior projeto que estamos a fazer de um só passo”, descreve Pedro Carreira.

“Neste momento, esse processo de carga do pneu é feito por um operador, que, de uma fase para a outra, pega no pneu que vem da construção e o coloca dentro da prensa. E o que estamos a fazer é a construir um armazém gigante de pneus que não estão vulcanizados, para que depois o armazém decida, máquina a máquina, para onde o vai mandar, garantindo que consigo abastecer de forma bastante eficiente todas as prensas de vulcanização e baixar os stocks, resume o responsável máximo da subsidiária portuguesa.

Desde que comprou a Mabor, a Continental calcula já ter investido um total de 1,3 mil milhões de euros neste complexo fabril com 800 mil metros quadrados de área total e onde anualmente são produzidos mais de 18 milhões de pneus. “Todos os anos vamos adicionando volume e complexidade. Já não são os mesmos pneus. Em 1990, quase 60% dos trabalhadores eram analfabetos e achavam que íamos ser uma fábrica low tech. Afastámos esse fantasma ao mostrar capacidade técnica e que éramos bem mais eficientes que os colegas que nos vinham cá ensinar. O acionista começou a ficar interessado e construímos uma reputação que faz com que continue a investir aqui”, frisa o gestor.

A unidade minhota está a concentrar-se em pneus de gama alta, em que se incluem desde há cerca de oito anos os produtos desenvolvidos especificamente para carros elétricos, com requisitos diferentes ao nível do desenho e dos compostos químicos que são utilizados. Fornece a norte-americana Tesla desde o primeiro modelo, tendo sido mesmo uma das primeiras empresas certificadas pela marca automóvel detida por Elon Musk. Entretanto, esta exportadora com vendas para mais de 70 mercados soma contratos com todas as marcas europeias que lançaram modelos elétricos e híbridos. No ano passado, mais de um milhão de pneus saíram da Continental Mabor para equipar viaturas elétricas.

Pedro Carreira, presidente da Continental MaborRicardo Castelo/ECO

Cerca de 90% da produção está agora concentrada nos pneus ligeiros. É que a fábrica de Lousado começou nos últimos anos a diversificar para outros segmentos. Quando em 2017 a Continental quis retomar a produção de pneus agrícolas, decidiu fazê-lo em Portugal, “mercê da reputação que tinha dentro do grupo como uma fábrica super eficiente e capaz de entregar os projetos”.

Dois anos depois arrancou o projeto que trouxe também para o país os chamados pneus fora de estrada (OTR). Com carcaça metálica e maior capacidade de resistência, operam em minas, nos portos ou na construção civil, pesam até 1,5 toneladas e medem até 2,20 metros de diâmetro.

Foi também em 2019 que o grupo germânico, que passou de prejuízos a lucros no primeiro semestre deste ano, arrancou com um centro de desenvolvimento de tecnologias no Porto, com funções centradas sobretudo nas áreas de eletrificação de veículos, condução autónoma, conectividade, cibersegurança, tecnologia verde e Indústria 4.0.

Há precisamente um ano, como o ECO noticiou, o Continental Engineering Services (CES) expandiu este hub para passar a prestar também serviços em áreas como consultoria financeira, auditoria interna, sustentabilidade ou recursos humanos, transversais ao grupo, duplicando a equipa na cidade Invicta para 400 pessoas.

Já este ano, a Continental inaugurou um centro de soluções em Famalicão, com especialistas das áreas de tecnologias de informação, inteligência artificial e análise aplicada, comércio eletrónico e engenharia industrial. O objetivo é apoiar a digitalização de soluções de pneus, bem como os processos de produção e as operações comerciais. Arrancou em abril com cerca de 80 colaboradores num edifício nas imediações da fábrica, prevendo a companhia duplicar também esta equipa até 2026. E é também no distrito de Braga que está instalado o centro de pesquisa e desenvolvimento de pneus agrícolas e está a ser montado outro para os pneus de bicicletas, que depois são produzidos na Alemanha, China e Malásia.

No final de 2022, a Continental Mabor somava 2.600 funcionários contratados, além dos trabalhadores temporários que são recrutados consoante os picos de produção. Atualmente, a idade média ronda os 37 anos e 99% tem, pelo menos, o 12º ano de escolaridade. Nos últimos três anos, que ficaram marcados pela pandemia de Covid-19, entraram 476 novos colaboradores para os quadros, de acordo com os dados fornecidos pela empresa industrial, que prevê acrescentar mais uma centena ao efetivo laboral no final deste ano.

Trocou fornecedores russos “de um dia para o outro”

A Continental Mabor é a principal empresa do grupo em Portugal, tendo no último exercício contribuído com quase 1,3 mil milhões de euros (crescimento a rondar 20% em termos homólogos) para o volume global de faturação no país, que totalizou 1,6 mil milhões de euros.

Pedro Carreira indica que, “se de repente não surgir alguma coisa – começamos a ter um bocadinho mais de reservas nos prognósticos, pelo que se passou nos últimos anos –, a previsão é fazer volumes idênticos aos do ano passado” em termos de vendas líquidas. “Até este momento está tudo dentro do planeado, quer a nível de produção, quer dos investimentos que estão previstos”, completa.

De um dia para o outro, por causa das sanções às exportações russas, tivemos de interromper essas importações e mudar as cadeias de fornecimento da Europa, de onde recebo as matérias-primas por camião, para passar a receber via Índia, China, Japão ou EUA, onde houvesse.

Pedro Carreira

Presidente da Continental Mabor

Na memória do gestor está ainda o “registo dramático durante a pandemia”, que fez recuar as vendas para níveis idênticos aos de 2014 (750 milhões de euros em 2020 vs. quase 900 milhões em 2019) e assentes sobretudo no mercado dos pneus de substituição. No início de 2022, quando os prognósticos eram “muito interessantes”, surgiu a guerra na Ucrânia. Um “impacto brutal” foi nos preços do gás: mais do que triplicou a fatura energética da Continental Mabor, que ainda está “muito para lá” daquilo que eram os custos anteriormente, sobrando a “expectativa que baixem para valores mais decentes”.

Por outro lado, embora exportasse “alguma coisa” para a Rússia, o maior problema nessa altura foi a substituição das matérias-primas que vinham da Rússia para integrar os pneus da fábrica portuguesa, que ostenta o título da mais eficiente – “por uma margem enorme” – entre as 24 locais de produção e desenvolvimento do grupo a nível mundial.

“De um dia para o outro, por causa das sanções às exportações russas, tivemos de interromper essas importações e mudar as cadeias de fornecimento da Europa, de onde recebo as matérias-primas por camião, para passar a receber via Índia, China, Japão ou EUA, onde houvesse. De repente, toda a nossa cadeia logística foi stressada para poder receber matérias-primas de outros países não europeus, com todas as consequências que isso tem”, recorda o CEO.

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ISDIN colabora com a America’s Cup para aumentar a consciencialização sobre proteção solar

  • Servimedia
  • 13 Setembro 2023

ISDIN será o protetor solar oficial da 37ª America's Cup, que será realizada em Barcelona entre agosto e outubro de 2024.

Desta forma, ISDIN protegerá tanto os participantes do evento assim como os melhores velejadores do mundo e os membros da equipe da America’s Cup que se reunirá em Barcelona no próximo verão.

A aposta do ISDIN no desporto ao ar livre, e especificamente no mundo das regatas, remonta a anos, uma vez que o laboratório espanhol patrocina competições de renome como o Puig Vela Clássica, do qual é protetor solar oficial há mais de uma década, ou o Troféu Godó de Vela.

Estas colaborações, à semelhança do acordo com a America’s Cup, fazem parte da campanha global de sensibilização para a proteção solar que o laboratório realiza em colaboração com diferentes eventos desportivos de alto nível, tanto no mundo náutico como noutros desportos, como golfe, padel ou ténis.

“Fazer parte da America’s Cup, o evento de vela mais antigo e seguido do mundo, é uma oportunidade de reforçar globalmente a nossa mensagem sobre a importância de uma boa proteção solar para desfrutar do desporto, do mar e do sol e evitar o cancro de pele”, explica Juan Naya, CEO da ISDIN, que acrescenta que “a razão de ser da ISDIN é garantir a saúde da pele das pessoas e contribuir para a erradicação do cancro de pele”.

Por sua vez, Grant Dalton, CEO da America’s Cup, diz que “estamos muito honrados que uma marca nascida em Barcelona e que se preocupa tanto com a saúde das pessoas assim como com a regeneração do Mar Mediterrâneo”.

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A Corte Nacional julga improcedente o processo do Real Madrid contra Tebas e LALIGA

  • Servimedia
  • 13 Setembro 2023

O juiz do Tribunal Nacional José Luis Calama rejeitou a queixa apresentada em agosto passado pelo Real Madrid contra a Liga Nacional de Futebol Profissional e o seu presidente, Javier Tebas.

A denúncia foi apresentada contra o acordo aprovado no final de julho pelo órgão de Controle de Direitos Audiovisuais, ratificado em 4 de agosto pela Diretoria da Primeira Divisão da Liga de Futebol Profissional, que definiu os critérios de distribuição de renda obtida pela exploração e comercialização audiovisual relacionada à implantação social.

Segundo o Real Madrid, esses acordos eram de natureza fraudulenta, na medida em que constituíam uma disposição arbitrária desses direitos, “especificamente destinada a prejudicar economicamente o Real Madrid”. Isso seria motivado, segundo a denúncia, pela inimizade que, desde meados de 2021, o presidente da Liga Javier Tebas Medrano vem mostrando contra o clube, por sua oposição ao projeto da Liga Impulso e à iniciativa de criar a Superliga.

O titular do Tribunal Central de Instrução Quatro analisou os factos descritos na denúncia e concluiu que não se enquadram no Código Penal, e descarta os crimes de administração injusta, apropriação indébita, corrupção nos negócios e o crime de imposição de acordos abusivos que constam da redação do clube madrilenho.

A resolução recorda que o acordo impugnado foi aprovado por uma maioria significativa e que o facto de a distribuição acordada não estar em conformidade com as expectativas legítimas do queixoso não significa que seja abusiva em termos criminais, uma vez que a discrepância entre posições minoritárias e maioritárias não é apenas um caso muito frequente na prática, mas que esse “jogo de maiorias” não pode ser infalivelmente assimilado às noções de abuso, lucro, preconceito e ausência de benefício social, sob pena de entrar no campo punitivo qualquer acordo que para a minoria seria um retrocesso.

O despacho acrescenta que o acordo alcançado obteve apenas um voto contra e que, embora o queixoso seja um dos grandes clubes da Liga de Futebol, não é o único de tais características, pelo que é difícil compreender que prejudique o Real Madrid mas não prejudique ao mesmo tempo outras equipas da mesma entidade e, portanto, com interesses iguais, não votaram contra.

No mesmo sentido, o presidente da LALIGA, Javier Tebas, declarou que “os regulamentos da LALIGA são regulamentos muito estudados e muito trabalhados que têm o apoio da maioria dos clubes. Portanto, vamos continuar a trabalhar nesta linha que acreditamos ser a melhor para o futebol espanhol e que os clubes acreditam ser a correta.”

O desembargador rejeita a denúncia, mas acrescenta que o ordenamento jurídico contém um vasto corpo de normas extra penais que regulam a vida e o funcionamento das sociedades comerciais e que dentro das vias cíveis e administrativas existem mecanismos de controlo e reparação de possíveis danos que possam decorrer de condutas incorretas e abusivas dos órgãos dessas empresas.

Em suma, conclui Calama, “estamos perante relações tensas entre os diferentes proprietários e beneficiários dos direitos milionários de exploração de conteúdos audiovisuais das competições de futebol profissional, que na última época ascenderam a 1.837.445.000 euros, a resolver no domínio da jurisdição civil”.

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Telepizza impulsiona consumo em seus mais de 700 restaurantes

  • Servimedia
  • 13 Setembro 2023

A Telepizza anunciou esta quarta-feira que impulsiona o consumo na sua rede de restaurantes ao promover o menu de buffet mais completo do país com "Pizza e Bebidas sem Fim".

Graças à sua rede de mais de 700 restaurantes, 32 milhões de consumidores espanhóis podem desfrutar, todos os dias da semana, deste menu buffet a partir de 6,95 euros por pessoa.

A marca adianta que com a “Pizza e Bebidas Sem Fim” está ao lado dos consumidores com esta estratégia, dirigida a públicos mais jovens e famílias e continua a desafiar a tendência de subida dos preços de mercado.

De acordo com um estudo realizado pela marca com mais de 2.000 consumidores em toda a Espanha, 7 em cada 10 espanhóis iriam a um restaurante se ele tivesse um menu de pizza. Por isso, insistiu que a “Pizza e Bebidas Sem Fim” oferece uma opção competitiva para consolidar a recuperação do consumo nos restaurantes da marca após o fim definitivo da pandemia, que durante o primeiro semestre do ano apresentou um sólido crescimento de 36% face ao período homólogo.

O mesmo estudo garante que um buffet de pizza à discrição é uma das opções que 37% dos inquiridos mais gostariam de encontrar nos restaurantes Telepizza e que quase 9 em cada 10 espanhóis que vão aos seus restaurantes para partilhar momentos e experiências com a família e amigos. Com a “Pizza e Bebidas Sem Fim”, a Telepizza disse que continua a avançar com sua estratégia promocional e multicanal, disponibilizando aos seus clientes uma opção de menu gastronómico acessível.

Graças a este serviço de restauração, a Telepizza valoriza a sua grande capilaridade em todo o país, uma presença que foi reforçada até agora com 12 novas aberturas este ano em diferentes áreas de Espanha, como Galiza, Andaluzia, Múrcia e Catalunha. Atualmente, a rede de restaurantes da Telepizza em Espanha permite-lhe cobrir até 4.000 locais em Espanha, tanto em grandes como pequenas cidades, sendo a única marca de pizza no setor QSR com presença em 50 cidades com menos de 12.000 habitantes e confirmando que os espanhóis podem encontrar um restaurante da marca, em média, a 8 minutos de suas casas.

Além disso, iniciativas como estas reforçam ainda mais a ligação com os consumidores que, de acordo com o estudo da Telepizza, a confirmam como a marca de pizza mais reconhecida em Espanha para 81,3% dos inquiridos. Resultados em linha com os dados do primeiro semestre do You Gov’s Brand Tracker, onde os consumidores reconhecem a Telepizza como a marca que gera a maior confiança entre os espanhóis e como a marca no setor de pizza QSR com maior consideração de compra em Espanha.

Este posicionamento foi revalidado pelos consumidores espanhóis, que no mais recente Índice de Inovação Espanhol (IEI) reconheceram a Telepizza como a marca de pizza mais inovadora. Novos produtos como a Megamediana, a maior pizza média do mercado por apenas 6,95 euros, ou a ‘La Famiglia Carbonara’, uma gama de produtos premium com um novo molho carbonara que reinventa a receita tradicional, mostram a motivação da marca em oferecer novas experiências aos seus clientes.

A promoção da ‘Pizza e Endless Drink’, reforça um ano marcado por uma estratégia promocional pioneira no setor, colocando-se um passo à frente das restantes marcas no lançamento de ofertas como 3 x 1 ou até 70% de desconto no serviço de entrega. Todos eles pensados para oferecer opções aos consumidores em todos os seus canais.

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Empresas preveem aumentos salariais de 4,2%. Trabalhadores vão continuar a perder poder de compra

As empresas estão a contar dar aumentos de 4,2% aos seus trabalhadores. Percentagem fica abaixo da inflação projetada e é sinónimo da continuação da perda de poder de compra.

As empresas até têm estado abertas a dar aumentos salariais aos trabalhadores, mas a subida dos preços tem sido tal que esse reforço dos ordenados tem sido absorvido. Nos próximos meses, os empregadores estão a contar dar subidas remuneratórias de 4%, valor que voltará, contudo, a ser inferior à inflação projetada, salienta esta quarta-feira a Mercer, no estudo “Total Compensation 2023″. Resultado: os trabalhadores deverão continuar a perder poder de compra.

“As organizações antecipam uma evolução positiva na esfera da compensação, sendo que os aumentos salariais previstos para 2023/2024 rondam, em média, os 4,2%“, destaca a empresa de recursos humanos, que explica que esse aumento é superior ao verificado no último ano, ainda que inferior à evolução estimada para os preços.

“Apesar de se verificar um aumento, os incrementos salariais previstos mantém-se abaixo da inflação projetada, dificultando a recuperação do poder de compra dos colaboradores. Do que foi possível analisar, as organizações mantêm-se atentas à evolução da inflação, mas este contexto continuará a ser um desafio para as empresas e colaboradores em Portugal“, afirma Marta Dias, rewards leader da Mercer Portugal.

Perante o cenário atual, há mesmo empresas que estão a contar congelar os salários em 2024 em toda a sua estrutura: 7% dos empregadores ouvidos apontam nesse sentido. Em comparação, nenhuma das empresas ouvidas quanto a 2023 tinham indicado vontade de seguir com esse congelamento.

Importa esclarecer que, antes ainda da crise da inflação, os salários já eram um ponto problemático no mercado de trabalho português. Por isso, o Governo tem puxado, ano após ano, pelo salário mínimo nacional e até assinou um acordo de rendimentos com os parceiros sociais para fazer subir os vencimentos dos trabalhadores do privado. Ainda assim, as remunerações continuam a não crescer o suficiente e têm até emagrecido em termos reais.

Por outro lado, o estudo da Mercer indica que 82% das empresas realiza uma revisão salarial anual, sendo janeiro o mês preferência para essa negociação. “O desempenho individual continua a ser o principal fator que influencia a atribuição de incrementos salariais, sendo mencionado por 95% das empresas”, realça ainda a empresa de recursos humanos.

Saídas voluntárias já estão acima dos níveis pré-pandemia

Com salários a cair em termos reais, as empresas portuguesas estão a sentir dificuldades sérias na retenção de talento e as saídas voluntárias de trabalhadores já estão mesmo acima dos níveis pré-pandemia, conclui o referido estudo da Mercer.

“Apesar de os últimos anos terem sido marcados pelo decréscimo do turnover voluntário – que passou de 10%, em 2019, para 5,6%, em 2020, diminuindo posteriormente para 5% –, em 2023 o panorama inverteu-se“, salienta a empresa de recursos humanos.

E detalha: “cerca de 52% das organizações reconhecem dificuldades na retenção de talento, sendo que a percentagem de colaboradores que saíram voluntariamente no ano anterior foi, em média, 10,6%. Os valores de turnover voluntário superaram ligeiramente o observado no contexto pré-pandemia”.

Em contraste, 35% das empresas diz-se aberta a aumentar as suas equipas ainda este ano. Já quanto a 2024, só 27% admitem para já fazer esse crescimento. “Um ponto positivo é que a percentagem de empresas que assume poder vir a reduzir o seu headcount é de 1%“, salienta a Mercer, numa altura em que o desemprego tem estado estável em níveis próximos de mínimos históricos.

Desde o início da recuperação pós pandemia que as empresas têm estado abertas para fazer contratações, mas têm esbarrado com alguma escassez de mão-de-obra adequada. Isto não só no turismo e na agricultura, mas também no comércio e até nas tecnologias. Os especialistas chamam a atenção para um desencontro entre as competências dos trabalhadores que hoje procuram emprego e aquelas que as empresas estão à procura, apelando a um reforço da formação.

Este estudo teve por base a análise dos dados de 570 empresas em Portugal e quase 200 mil postos de trabalho.

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Mercado segurador mudou. Quais são as seguradoras que estão a crescer mais em 2023?

  • ECO Seguros
  • 13 Setembro 2023

Nos últimos três meses o mercado segurador virou, está a crescer a bom ritmo e os seguros de Vida Risco acompanham a subida. Conheça as 20 companhias que mais estão a aproveitar a onda positiva.

O mercado segurador em Portugal teve um começo negativo devido à fraca competitividade de rendimento dos seguros de poupança e investimento. Mas nos últimos três meses a realidade passou a ser outra e o crescimento do mercado tem sido acima da inflação.

Os dados agora divulgados pela ASF, entidade de supervisão do setor, relativos a julho, mostram que no ramo Vida o problema continua estar na falta de emissão de prémios para os seguros ligados a fundos de investimento. No entanto, comparando com igual período do ano passado, as vendas dos primeiros sete meses (janeiro a junho de 2023) e as dos últimos três meses (maio a julho) é evidente a inversão de tendência para positiva.

 

Face ao ano passado, o ramo Vida obteve um volume de prémios total inferior em 17,1%, mas nos últimos três meses já registou uma subida de 16,5%. Os seguros de Vida Risco subiram 47% no período de maio a julho apesar de, ao longo de todo este ano, estarem a subir 13,1%. Já os seguros unit linked, ou ligados a fundos de investimento, mantêm-se trajetória negativa mas agora menos acentuada.

Já os ramos Não Vida apenas reforçaram, nos últimos três meses, o crescimento positivo que têm apresentado desde o início do ano. Haverá um efeito preço devido pela inflação e pelo aumento dos custos com sinistros, mas no caso dos seguros de saúde haverá um aumento de volume face aos problemas do serviço nacional de saúde e, agora, na presença de apólices low cost para estimular a entrada no mercado.

Nota-se igualmente uma diminuição do crescimento da faturação em acidentes de trabalho o que poderá indiciar um começo de retração económica, já que a faturação neste ramo – cuja subscrição é obrigatória para todos os trabalhadores – está diretamente relacionada com o conjunto das folhas salariais do país.

Quais as seguradoras que mais estão a crescer

Aproveitando este crescimento em alguns casos, ou significando uma atitude mais agressiva no mercado, há seguradoras que estão a aproveitar o momento para aumentar o seu negócio nos primeiros sete meses de 2023.

No ramo Vida confirma-se o desempenho da GamaLife e dos produtos que está a vender através da rede do Novobanco e cuja quota duplicou desde o ano passado. A ASISA Vida começa o seu percurso de presença no mercado e cresceu quase 20%. Tanto quanto – o crescimento das companhias maiores é mais difícil – a Real Vida.

Nos ramos Não Vida destaque para a Mapfre Gerais que ganha um lugar no ranking nacional após crescer 37,2% em relação aos primeiros sete meses e a Europe Assistance que sobe 35%. Embora de menor dimensão saliente-se o aumento de negócios da Asisa Seguros, da Prévoir Vie, para a Allianz Partners (AWP P&C) e de novo para a Real Vida, companhia mista que também se destaca em Não Vida.

Com uma segunda metade do ano mais dinâmica, apenas se espera agora a resposta do setor à necessidade de produtos de poupança e investimento no ramo Vida.

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Swiss Life quer mais ações

  • ECO Seguros
  • 12 Setembro 2023

O Grupo Swiss Life gerou um lucro mais elevado e aumentou as receitas de prémios no primeiro semestre de 2023. No entanto, na gestão de activos, a atividade diminuiu.

No primeiro semestre de 2023, a Swiss Life, a maior seguradora de vida da Suíça, gerou um lucro operacional de 836 milhões de francos suíços. Trata-se de um aumento de 4,4% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Os lucros líquidos aumentaram significativamente em cerca de 13% para 630 milhões de francos, de acordo com comunicado enviado na passada quarta-feira. Com os valores semestrais, o grupo segurador apresentou, pela primeira vez, relatórios completos de acordo com as novas normas IFRS 17/9 e ajustou os valores do ano anterior em conformidade. No entanto, a mudança não teve qualquer impacto na atividade subjacente, como o grupo voltou a sublinhar.

Menor receita de honorários

As receitas provenientes da atividade de honorários com empresas de consultoria puderam crescer. Em moeda local, aumentaram 6% para 1,20 mil milhões de francos suíços. As receitas de honorários, por outro lado, diminuíram ligeiramente em 2% para 343 milhões de francos suíços. O ambiente de contenção do mercado imobiliário é apontado como a razão.

Os rendimentos de investimentos diretos aumentaram de 1,98 mil milhões de francos suíços anteriores para 2,05 mil milhões de francos suíços. O retorno do investimento direto não anualizado foi de 1,4%, em comparação com 1,2% no primeiro semestre de 2022. O rendimento líquido do investimento foi de 1,75 mil milhões de francos suíços, o que inclui variações negativas líquidas nos valores imobiliários de 0,4 mil milhões de francos suíços. O retorno líquido não anualizado do investimento foi de 1,2%.

Redução dos prémios em França

Os prémios ascenderam a 11,5 mil milhões de francos suíços, um aumento de 8% em moeda local. No mercado doméstico da Suíça, registou-se um aumento de 2% para 6,04 mil milhões de francos suíços. Em França, os prémios diminuíram 4% para 3,42 mil milhões de euros e na Alemanha voltaram a aumentar 3% para 719 milhões de euros. Devido à integração da antiga filial da Swiss Re, a Elipslife, a unidade de mercado internacional aumentou significativamente os prémios para 1,39 mil milhões de euros, contra os anteriores 0,52 mil milhões de euros.

O novo valor do balanço Margem de Serviço Contratual (CSM), que a Swiss Life reporta de acordo com a IFRS 17 e que inclui futuras contribuições de lucros não realizados de negócios de seguros existentes, ascendia a 15,9 mil milhões de francos suíços em 30 de junho. No final de 2022, situava-se em 16,4 mil milhões de francos suíços. No primeiro semestre de 2023, a transferência do CSM para a conta de resultados ascendeu a 666 milhões de francos suíços.

Lucros diminuem na Swiss Life Asset Managers

O rendimento total da SwissLifeAsset Managers caiu 13% para 441 milhões de francos. Deveu-se à venda de uma filial no quarto trimestre de 2022, aos efeitos cambiais negativos e a um mercado imobiliário moderado, de acordo com o relatório. As receitas das atividades de terceiros também estiveram sob pressão.

A Swiss Life espera um rácio de solvência (rácio SST) de cerca de 215% em 30 de junho, o mesmo que no início do ano. O valor situa-se assim acima da ambição estratégica de 140 a 190%.

Ao programa de recompra de ações concluído em maio, com um volume de mil milhões de francos suíços, seguir-se-á outro. A partir de 2 de outubro de 2023 e até ao final de março de 2024, a Swiss Life recomprará as suas próprias ações no montante de 300 milhões de francos para reduzir o número de ações em circulação.

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Allianz avança com plano Net Zero para 2030

  • ECO Seguros
  • 12 Setembro 2023

A Allianz está a avançar com um plano para aumentar as energias renováveis e tecnologias de baixo carbono, com o objetivo de impulsionar as receitas das soluções de transição.

O plano que a Allianz apresenta reafirma o compromisso de longo prazo da seguradora em alcançar emissões líquidas zero até 2050 nas suas carteiras de investimento proprietárias e de subscrição de propriedade e acidentes (P&C), com uma meta acelerada de atingir emissões líquidas zero nas suas próprias operações até 2030.

“Governos, empresas e indivíduos devem trabalhar em conjunto para criar resiliência e limitar o aquecimento global a 1,5°C”, defende Oliver Baete, líder da Allianz.

O CEO da Allianz, Oliver Bäte, destacou a urgência das ações climáticas: “Com eventos climáticos extremos, este verão reforçou a urgência de agir nas alterações climáticas. Governos, empresas e indivíduos devem trabalhar em conjunto para criar resiliência e limitar o aquecimento global a 1,5°C“, sublinhou o líder. Bäte também enfatizou o compromisso da Allianz em colaborar com clientes e empresas focadas na transição.

A gigante alemã quer aumentar de forma rentável as receitas das soluções de transição na sua carteira de seguros comerciais em 150%, ao mesmo tempo que disponibilizará investimentos adicionais de 20 mil milhões de euros até 2030. Além disso, como parte dos seus objetivos intermédios, a Allianz está a acelerar a redução de emissões nas suas carteiras de seguros Property & Casualty (P&C), com metas ambiciosas, incluindo uma redução de 30% nas emissões de carbono no segmento de seguros automóveis de retalho e uma diminuição de 45% na intensidade das emissões de gases de efeito estufa no segmento de seguros comerciais até 2030. A empresa também superou as metas de redução de emissões estabelecidas para 2025 no seu portefólio de investimento e agora visa reduzir para metade os níveis de emissões de gases de efeito estufa até 2030.

O plano da Allianz estabelece metas intermediárias concretas para 2030, visando reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) nas operações da Allianz, na carteira de investimento e nos negócios de seguros P&C. Günther Thallinger, Membro do Conselho de Administração da Allianz SE, Gestão de Investimentos, Sustentabilidade, afirmou: “Estamos a estabelecer metas tangíveis para construir transparência e confiança e liderar pelo exemplo. O nosso abrangente plano de transição sustenta o nosso compromisso de mudar o nosso próprio negócio e de incentivar e apoiar os nossos clientes e parceiros nas suas jornadas de transição”.

Os novos passos reforçam o compromisso da Allianz para com a transparência e a liderança na luta contra as mudanças climáticas, com o objetivo de “construir um futuro mais sustentável e resiliente”.

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Novobanco contacta bancos para avançar com IPO

  • ECO
  • 12 Setembro 2023

O Novobanco está a sondar bancos para preparar uma potencial oferta pública inicial (IPO). A entrada em bolsa pode ocorrer entre final de 2024 e início de 2025.

A instituição financeira liderada por Mark Bourke mantém contactos informais com vários bancos para estruturar a operação de ida para a bolsa, de acordo com o site Mergermarket, que cita três fontes próximas do processo. A entrada das ações em bolsa pode ocorrer entre final de 2024 e início de 2025.

Os assessores financeiros deverão ser selecionados entre o final de 2023 e o início de 2024, de acordo com as mesmas fontes. Perspetiva-se um dos maiores IPO em Lisboa nos últimos anos. A ida para a bolsa do grupo Luz Saúde poderá representar um “grande teste” ao sentimento e apetite do mercado. Uma das fontes apontou para uma dispersão em bolsa (free float) acima dos mil milhões de euros, embora tenha admitido que seja prematuro avançar com números.

A Lone Star, que detém 75% do Novobanco, vai ter o papel determinante nesta nova etapa do banco português.

Em outubro, o CEO Mark Bourke já tinha admitido junto dos trabalhadores a intenção de o novo capítulo do Novobanco passar pela bolsa.

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Ucrânia e IA entre os temas de von der Leyen no debate do Estado da União

  • Lusa
  • 12 Setembro 2023

Da inteligência artificial à instabilidade geopolítica no Sahel, Ursula von der Leyen quer fazer do discurso sobre o Estado da União um olhar sobre o futuro, mas na linha do horizonte está a Ucrânia.

Da inteligência artificial (IA) à instabilidade geopolítica no Sahel, Ursula von der Leyen quer fazer do discurso sobre o Estado da União um olhar sobre o futuro, mas na linha do horizonte está a Ucrânia.

Pode ser o penúltimo discurso sobre o Estado da União de von der Leyen. Há eleições europeias em junho do próximo ano e a presidente da Comissão Europeia ainda não desfez o tabu sobre querer continuar.

Contudo, vai discursar na quarta-feira em jeito de aproximação à conclusão do mandato. Em pouco mais de uma hora, Ursula von der Leyen vai recuar até 2019 e enaltecer aquilo que fez com a sua equipa de comissários, com uma pandemia pelo meio, e agora, quase ao cair do pano, uma guerra às portas da União Europeia (UE).

Finalizada a retrospetiva do mandato, a presidente da Comissão quer os 27 a olhar para o futuro e quer fazê-lo transversalmente. Fonte comunitária revelou que no discurso vai haver um enfoque na legislação sobre a IA.

A Comissão tem feito desta iniciativa legislativa um bandeira da UE, ao querer criar a primeira legislação completa e que contempla as várias utilizações da IA e como é que podem ser integradas na vida dos cidadãos sem os prejudicar.

Ursula von der Leyen vai pedir um esforço para finalizar esta iniciativa, mas também vai alertar que é necessária uma abordagem global à IA, uma mensagem que já deixou na reunião do G20, na semana passada.

A transversalidade significa olhar também para outros conflitos que não o da Ucrânia e von der Leyen vai abordar a deterioração da situação geopolítica na região africana do Sahel, especialmente os golpes militares no Níger e no Gabão, em menos de dois meses.

Há bastante tempo que von der Leyen tem feito pressão para que a UE seja mais do que um bloco político-económico influente no território europeu e olhe para África — algo com o qual Portugal tem insistido.

A redefinição da estratégia para a China também vai ser abordada, mas a presidente tem insistido nisso nos últimos meses, pelo que é expectável que haja uma referência, sem novidades.

Para o pacto sobre as migrações há capítulo dedicado e von der Leyen vai pedir mais um esforço dos eurodeputados e ao Conselho Europeu para o aprovarem, agora que para a Comissão está “nas últimas milhas”.

Mas o principal tópico vai ser, incontornavelmente, aquele que a antiga ministra da Defesa alemã mais agarrou como a bandeira da UE: a guerra na Ucrânia.

Von der Leyen vai enunciar tudo aquilo que a UE fez desde 24 de fevereiro de 2022: do apoio para reforçar as capacidades militares da Ucrânia ao apoio político e diplomático com sanções contra a Rússia e à tentativa de cercar politicamente Moscovo – pressionando a retirar as tropas do território ucraniano — para além do acolhimento de refugiados.

A Ucrânia é a linha do horizonte e nela está também a adesão à UE, mas von der Leyen quer que seja feito com conta, peso e medida.

Vários líderes, como o primeiro-ministro português, António Costa, alertaram nos últimos meses que o alargamento da UE à Ucrânia e a outros países tem de ser feito com reformas da própria União, particularmente ao modelo de financiamento, sob pena de prejudicar países que já são membros, subvertendo o princípio da equidade europeia.

O presidente do Conselho, Charles Michel, quer a discussão feita até 2030, mas a presidente da Comissão não deverá avançar com prazos. Em vez disso, quer o início do diálogo sobre o que é necessário o quanto antes, para mais tarde avançar para o alargamento. Von der Leyen não quererá “politizar o alargamento”, preferindo concentrar-se em como concretizá-lo.

Na porção do discurso reservada para as consequências do aumento da inflação e as dificuldades dos jovens, von der Leyen deverá referir o problema da habitação, foco de alarme em várias capitais europeias, incluindo Lisboa.

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