Governo enviará em breve à AR nomes dos nomeados para o Tribunal de Contas Europeu

  • Lusa
  • 12 Setembro 2023

O gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Europeus respondeu que "o Governo encontra-se neste momento a ultimar o processo de nomeação".

O Governo enviará em breve ao parlamento os nomes dos três nomeados ao Tribunal de Contas Europeu, disse à Lusa, após o eurodeputado Carlos Coelho ter criticado o facto de há dois anos Portugal não ter um juiz na entidade.

A semana passada, o eurodeputado do PSD Carlos Coelho questionou a Comissão Europeia sobre a inexistência, há já dois anos, de um membro português no Tribunal de Contas Europeu (TCE), na sequência da morte de João Figueiredo, em 2021.

Questionado pela Lusa sobre esta demora e qual o andamento do processo, o gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Europeus respondeu que “o Governo encontra-se neste momento a ultimar o processo de nomeação” e que pretende “enviar em breve à Assembleia da República os nomes dos três candidatos, para efeitos de audição prévia”, não dando mais informações.

 

Segundo a legislação, após a escolha de três pessoas o executivo submete os seus currículos ao parlamento, onde decorrerão audições prévias na comissão de assuntos europeus para avaliação da competência de cada nomeado. Concluído este processo, o Governo escolhe um e submete esse nome às entidades europeias. O escolhido ainda tem de ser ouvido no Parlamento Europeu, para consulta, cabendo depois ao Conselho a nomeação ao cargo de juiz do Tribunal de Contas Europeu.

Na pergunta que a semana passada dirigiu ao executivo comunitário, o eurodeputado Carlos Coelho considerou que a falta de um membro português no Tribunal de Contas Europeu há já dois anos “levanta sérias questões no que respeita à capacidade de Portugal cumprir eficazmente as suas responsabilidades no seio do Tribunal de Contas Europeu”. Os membros do TCE – o auditor externo da UE – são propostos por cada Estado-membro e nomeados pelo Conselho da União Europeia após consulta ao Parlamento Europeu (PE).

João Figueiredo, que morreu em 30 de junho de 2021, substituiu Vítor Caldeira no TCE em 1 outubro de 2016, afeto à Câmara I (Utilização Sustentável de Recursos Naturais), depois de ter sido (2008-2016) juiz do Tribunal de Contas português. Exerceu também funções de secretário de Estado da Administração Pública (2005-2008).

O jornal Politico noticiou, em setembro do ano passado, que o ex-ministro das Finanças João Leão seria um dos candidatos, mas até então não houve novidades. Em dezembro do ano passado, questionado sobre o tema, o governador do Banco de Portugal disse esperar que estivesse para breve a nomeação.

“É um lugar que, obviamente, deveria estar preenchido e deverá estar preenchido, espero, em breve. Não acho que seja uma situação normal. Acho que tem mesmo de ser preenchido. O seu não preenchimento fragiliza a presença de Portugal nas instituições europeias, não tenho dúvida sobre essa matéria e, portanto, acho que era importante fazê-lo”, afirmou Mário Centeno em entrevista à Renascença.

Sobre o nome de João Leão, que foi seu secretário de Estado quando era ministro das Finanças, disse que “muito provavelmente Portugal ficaria bem representado”.

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França suspende venda de iPhone 12 devido a radiação elevada

  • ECO
  • 12 Setembro 2023

Devido aos níveis de radiação ultrapassarem os limites estabelecidos, França vai suspender a venda dos iPhones 12, caso a Apple não solucione o problema.

A Apple vai parar de vender o iPhone 12 em França, avança a Reuters. O motivo prende-se com os níveis de radiação ultrapassarem os limites estabelecidos, apontou o ministro francês Jean-Noel Barrot ao jornal Le Parisien.

Esta decisão surge depois da L’agence nationale des fréquences ter realizado testes que revelaram que a Taxa de Absorção Específica do iPhone 12 era “ligeiramente” superior à legalmente proibida. Segundo a Reuters, a gigante tecnológica ainda se pronunciou sobre o assunto.

Ainda assim, o ministro francês alertou uma atualização de software por parte da Apple para seria suficiente para corrigir os problemas de radiação. Jean-Noel Barrot aguarda uma resposta nas próximas duas semanas, caso contrário admite estar “preparado para ordenar a recolha de todos os iPhones 12 em circulação”.

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Mais 134 trabalhadores temporários despedidos de empresas do parque industrial da Autoeuropa

  • Lusa
  • 12 Setembro 2023

A Rangel decidiu despedir 94 trabalhadores temporários a partir do dia 15 de setembro. Também a empresa Novacoat decidiu despedir 94 trabalhadores.

Duas empresas do parque industrial da Autoeuropa confirmaram o despedimento de mais 134 trabalhadores temporários devido à paragem de produção na fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela, revelou esta terça-feira a Coordenadora das Comissões de Trabalhadores (CT).

“Lamentavelmente, a Rangel (logística) decidiu despedir 94 trabalhadores temporários a partir do dia 15 de setembro. Também a empresa Novacoat (logística) decidiu despedir 94 trabalhadores temporários a partir do dia 15 de setembro. (tratamento de superfícies e pintura para a indústria automóvel) decidiu despedir 40 trabalhadores temporários, pelo que, neste momento, já temos quase 500 trabalhadores despedidos”, disse à agência Lusa Daniel Bernardino, coordenador das Comissões de Trabalhadores do parque industrial da Autoeuropa.

Os 134 trabalhadores agora despedidos pela Rangel e pela Novacoat juntam-se aos cerca de 100 trabalhadores temporários que já tinham sido despedidos pela Autoeuropa e a mais 200 que também foram despedidos de outras empresas do parque industrial, algumas muito dependentes da fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela, no distrito de Setúbal.

O despedimento de mais 134 trabalhadores temporários ocorre no dia em que o Governo reúne com a coordenadora das CT do parque industrial da Autoeuropa. Em declarações à agência Lusa na segunda-feira, o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, anunciou que o Governo iria receber esta terça os representantes dos trabalhadores do parque industrial, numa reunião com a ministra do Trabalho e com o secretário de Estado da Economia.

Miguel Fontes garantiu também que o Governo está a trabalhar em diversas soluções para minimizar o impacto, para trabalhadores e empresas fornecedoras, da paragem de produção de nove semanas na Autoeuropa. “Já temos um conjunto de iniciativas previstas para responder às diferentes situações, seja mobilizando instrumentos de formação profissional, a que os trabalhadores possam, por via das empresas, recorrer enquanto esta paragem estiver a acontecer, seja facilitando as prestações sociais a que porventura tenham direito, para que possam ser processadas da forma mais ágil possível”, disse.

Segundo Miguel Fontes, o Governo tem estado a inteirar-se do impacto que a paragem de produção terá, não apenas nas 19 empresas do parque industrial, mas também em outras 86 empresas fornecedoras da fábrica da Volkswagen em Palmela.

A Autoeuropa foi forçada a uma paragem de produção de nove semanas devido às dificuldades de um fornecedor da Eslovénia, que foi fortemente afetado pelas cheias que ocorreram naquele país no passado mês de agosto.

A paragem de produção na Autoeuropa, de acordo com os números avançados pela coordenadora das CT, já terá levado, até agora, ao despedimento de 434 trabalhadores temporários na Autoeuropa e nas empresas fornecedoras sedeadas no parque industrial adjacente à fábrica de Palmela.

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Exportações de componentes automóveis sobem 19,6% até julho

  • Lusa
  • 12 Setembro 2023

A Europa concentra 89,4% das vendas realizadas este ano, tendo as exportações de componentes automóveis para esta região crescido 22,1% entre janeiro e julho, face ao período homólogo.

As exportações de componentes automóveis aumentaram 19,6% de janeiro a julho, face ao mesmo período de 2022, para 7.340 milhões de euros, segundo dados divulgados esta terça-feira pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA).

Tendo em conta apenas o mês de julho, o aumento homólogo foi de 11%, para 980 milhões de euros, representando uma subida pelo 15.º mês consecutivo. Em comunicado, a AFIA destaca que as exportações de componentes automóveis continuam a mostrar “um ritmo de crescimento superior às exportações nacionais de bens, que neste mesmo período diminuíram 10,6%, apresentando-se como um dos motores do crescimento económico de Portugal”.

A associação realça que a Europa concentra 89,4% das vendas realizadas este ano, tendo as exportações de componentes automóveis para esta região crescido 22,1% entre janeiro e julho, face ao período homólogo. Espanha continua a ser o principal destino dos componentes automóveis fabricados em Portugal, representando 28,6% das exportações.

Segundo a AFIA, analisando o ‘top’ 15 de mercados clientes de Portugal, há um aumento nas exportações de componentes automóveis portugueses em catorze dos quinze países, sendo a exceção os Estados Unidos da América (-16,2%).

Os mercados que registam maior aumento em relação ao período homólogo são o marroquino e o austríaco, com crescimentos de 44%, apesar de apresentarem valores baixos de quota de exportações, respetivamente de 1,5% e de 1,3%.

“Esta evolução sucede ao mesmo tempo que o mercado automóvel na Europa cresce 16,7%, o que é um sinal de que a indústria portuguesa de componentes para automóveis continua com um ritmo de crescimento acima do mercado europeu, estando a ganhar quota do mercado”, salienta a AFIA.

De acordo com a nota, os cálculos da AFIA têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas em 09 de junho pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

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Lucro da Farminvest mais do que duplica para 7 milhões no 1.º semestre

  • Lusa
  • 12 Setembro 2023

A dívida consolidada da Farminvest fixou-se em 214,3 milhões de euros, quando em dezembro de 2022 estava em 245,4 milhões de euros.

A Farminvest totalizou sete milhões de euros de lucro na primeira metade do ano, acima dos 3,2 milhões de euros apurados no primeiro semestre de 2022, foi comunicado esta terça-feira ao mercado.

De acordo com a informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), as contas consolidadas do primeiro semestre evidenciam um resultado líquido consolidado de 7,009 milhões de euros.

Para esta evolução contribuíram, no período em análise, os resultados das suas participadas Alliance Healthcare, Glintt, HMR, CUF + JMSR, Imofarma, Globalvet e Aponatura, GO-FAR, FV IPG e FV SGPS, bem como os ajustes de consolidação.

Por sua vez, a dívida consolidada da Farminvest fixou-se em 214,3 milhões de euros, quando em dezembro de 2022 estava em 245,4 milhões de euros. O relatório intercalar das contas consolidadas da empresa no primeiro semestre vai ser publicado em 29 de setembro.

As áreas de negócio da Farminvest são a distribuição farmacêutica, prestação de cuidados de saúde, sistemas de informação, inteligência sobre o mercado farmacêutico, desenvolvimento da atividade da farmácia e setor imobiliário.

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Marcelo incentiva o diálogo entre professores e Governo

  • Lusa
  • 12 Setembro 2023

"Em relação aos professores que falta ainda distribuir, é preciso que essa instabilidade – e eu acho que vai acontecer isso – seja resolvida rapidamente", disse o Presidente da República.

O Presidente da República defendeu esta terça-feira ser preciso que a falta de professores nas escolas “seja resolvida rapidamente” e apelou ao diálogo entre “responsáveis educativos e professores” a começar “logo no início do ano letivo”.

“Em relação aos professores que falta ainda distribuir, é preciso que essa instabilidade – e eu acho que vai acontecer isso – seja resolvida rapidamente”, considerou Marcelo Rebelo de Sousa, à margem da cerimónia de abertura do ano académico 2023/2024, na Aula Magna da Universidade de Lisboa.

O chefe de Estado fazia referência à falta de professores nas escolas, facto que marcou hoje o arranque do novo ano letivo, e salientou que, este ano, o ensino básico, secundário e superior se iniciam na mesma data, desejando a todos “um bom começo”.

Este [ano letivo] tem aparentemente 80 mil alunos para saberem finalmente qual é o professor numa cadeira, mas eu espero que isso possa acontecer rapidamente. Porque, embora 80 mil sejam pouco em relação a 1,3 milhões, para eles 80 mil é importante”, salientou.

Questionado pelos jornalistas, o Presidente da República distinguiu a falta de professores de uma outra problemática do setor, as greves dos docentes e as negociações com o Governo. “Em relação ao resto, que é, à forma de, ao longo do ano letivo, continuar o diálogo e se chegar a entendimentos entre responsáveis educativos e professores, eu aí acho que é o caminho que deve ser feito, não há outro caminho”, apelou.

Para o chefe de Estado, esse diálogo deve “começar logo no início do ano letivo” e deve “ser um diálogo que procure dar os passos que são possíveis em cada momento entre sobretudo Estado, escolas, responsáveis de gestão das escolas, professores”.

O ano letivo 2023/2024 arrancou esta terça-feira para cerca de 1,3 milhões de alunos do 1.º ao 12.º ano, mas muitos não terão ainda todas as disciplinas por faltarem professores nas escolas.

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E à quinta vez, juíza do caso EDP aceita perícia neurológica independente a Salgado

A ordem da juíza tem “máxima urgência” e determina ao Instituto de Medicina Legal a perícia independente “por se afigurar relevante para a boa decisão da causa”.

E à quinta vez, a resposta foi positiva. A magistrada que vai presidir ao julgamento do caso que envolve Manuel Pinho e Ricardo Salgado aceitou o pedido dos advogados do ex-homem forte do BES para que lhe seja feita uma perícia “neurológica” independente, no Instituto de Medicina Legal de Lisboa (INML). A notícia foi avançada pelo semanário Expresso.

Em causa a doença de Alzheimer alegada pelos advogados e sustentada pelo médico neurologista do ex-banqueiro que pode ser crucial para saber se o arguido está em condições ou não de se defender no julgamento. A primeira sessão de julgamento está marcada para dia 3 de outubro.

O início do julgamento do Caso EDP, que tem como arguidos o ex-ministro da Economia Manuel Pinho, a sua mulher, Alexandra Pinho, e o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, está marcado para 03 de outubro.Lusa

A magistrada diz que essa perícia tem agora a “máxima urgência” e determina ao Instituto de Medicina Legal que, “por se afigurar relevante para a boa decisão da causa”, se proceda à “realização da perícia médico legal da especialidade do foro neurológico ao arguido Ricardo Salgado”.

O juiz de instrução do caso BES – que decidiu pela ida de Salgado a julgamento por 65 crimes em agosto – voltou a ignorar aquele que é o principal trunfo da defesa do ex-banqueiro: a doença de Alzheimer. No despacho de pronúncia, o magistrado Pedro Correia não dedicou nem uma linha nas 220 páginas que escreveu sobre este assunto.

A defesa do banqueiro – liderada por Francisco Proença de Carvalho – insistiu ao longo dos vários processos que envolvem o seu cliente – BES/GES, Marquês e caso EDP – que os vários tribunais pedissem uma perícia médica independente ao INML, de forma a que se confirmasse a doença que foi diagnosticada pelo neurologista do ex-banqueiro. Esse relatório médico, assinado por Joaquim Ferreira, foi apresentado nos vários autos pelos advogados.

Em março, o juiz de instrução do processo BES/GES já tinha recusado o pedido de realização de uma perícia médica neurológica ao ex-banqueiro Ricardo Salgado, para comprovar o diagnóstico de doença de Alzheimer que lhe foi feito. O magistrado Pedro Correia considerou que a fase de instrução não é a fase indicada para o fazer, mas sim a de julgamento. Esta já tinha sido a quinta recusa da justiça portuguesa, no que toca a pedidos de perícia médica independente, realizada por médicos independentes, do INML.

De acordo com o despacho de março, o juiz Pedro Correia rejeitou o pedido da defesa do antigo presidente do Grupo Espírito Santo (GES), ao considerar que “não se vê como o resultado de perícia realizada nos termos requeridos poderia ser essencial à decisão a proferir nesta fase processual”.

Dois meses, depois, mais duas recusas se juntaram ao rol. A apreciação desse pedido foi igualmente negada, pelo mesmo magistrado de instrução do GES. “Indefere-se a realização da perícia médica. Entende-se que inexiste qualquer inconstitucionalidade na decisão”, disse o juiz Pedro Santos Correia, na sequência de uma interrupção da sessão do debate instrutório do processo BES/GES, lembrando que a questão do diagnóstico de Doença de Alzheimer “foi já apreciada nos autos”.

Uma semana antes desta decisão, também a juíza de instrução do processo EDP – cujos principais arguidos são Manuel Pinho e Ricardo Salgado – recusou a realização dessa perícia, pedida pela defesa do ex-banqueiro.

A juíza considerou que essa perícia seria “manifestamente contrária aos fins da instrução” e que isso não iria interferir com uma eventual pronúncia do arguido para julgamento, segundo pode ler-se no despacho da juíza do Tribunal Central de Instrução Criminal.

No requerimento apresentado pela defesa do ex-banqueiro, os advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce sublinharam que a doença de Alzheimer estava “científica e clinicamente comprovada” pelos documentos que juntaram ao processo, demonstrando assim que Ricardo Salgado estava impedido de exercer, pessoalmente, a sua defesa e pedindo a realização da perícia médica com vista à posterior extinção dos autos para o ex-banqueiro.

Dos vários documentos clínicos, consta o parecer do neurologista Joaquim Ferreira, que atestou “um diagnóstico final e definitivo”, confirmando que o antigo líder do Grupo Espírito Santo (GES) tem Doença de Alzheimer, “apresentando um agravamento progressivo das limitações cognitivas e motoras”.

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Apple lança novos iPhones 15 com porta USB-C

A marca cedeu à Comissão Europeia e introduziu novos iPhones 15 com porta USB-C. As duas versões topo de gama têm um novo botão personalizável e estrutura em titânio.

Chegaram os novos iPhones. A Apple apresentou esta terça-feira as quatro próximas versões do popular smartphone, que ainda representa mais de metade das receitas da empresa norte-americana: os iPhones 15 e 15 Plus e os iPhones 15 Pro e 15 Pro Max. Todos passam a dispor de porta USB-C, igual à de muitos telemóveis Android, por imposição da Comissão Europeia.

Os dois modelos topo de gama têm uma estrutura feita de titânio, o que lhes confere um aspeto mais metálico do que os iPhones anteriores. Além disso, estes equipamentos já não incluem o típico interruptor lateral para silenciar o telemóvel, porque a Apple optou por introduzir um novo botão personalizável. O iPhone 15 Pro tem 6,1 polegadas e o iPhone 15 Pro Max tem 6,7 polegadas.

Já os novos iPhones 15 e 15 Plus adotam um design semelhante aos modelos mais caros lançados no ano passado. Com esta evolução, os novos iPhones da gama mais baixa passam a dispor da Dynamic Island, a aba dinâmica no topo do ecrã, que aumenta e diminui de tamanho, mostrando informação útil, como uma chamada recebida ou a porta de embarque do seu próximo voo.

Ambos os iPhones têm ecrãs OLED, para imagens mais nítidas e brilhantes, de 6,1 polegadas no iPhone 15 e 6,7 polegadas no caso do 15 Plus. Estes são os preços de entrada dos novos iPhones em Portugal, que podem ser encomendados a partir das 13h de sexta-feira e chegam às prateleiras das lojas a 22 de setembro:

  • iPhone 15: 989 euros
  • iPhone 15 Plus: 1.139 euros
  • iPhone 15 Pro: 1.249 euros
  • iPhone 15 Pro Max: 1.499 euros

Apple acelera os relógios

Além dos telemóveis, a Apple anunciou uma nova gama de relógios inteligentes. O Apple Watch Series 9 é a nova versão do relógio da Apple e, para este ano, a marca apostou em melhorar o desempenho do equipamento, tornando-o cada vez mais num computador de pulso.

Graças ao novo processador, a assistente Siri consegue processar os pedidos do utilizador diretamente no equipamento, aumentando a rapidez da resposta e elevando a autonomia do aparelho para as 18 horas. Com um ecrã mais brilhante, fica mais fácil ver o ecrã em dias de sol e a Apple inventou um novo gesto para interagir com o Apple Watch: tocar com o indicador no polegar.

A Apple lançou também uma nova gama de relógios com processadores mais potentesApple

O Series 6 chega às lojas a 22 de setembro e a Apple anunciou também um novo Apple Watch Ultra 2, a versão mais musculada do produto, que recebe também as novidades do modelo regular.

Para quem precisa de mais espaço, o plano de armazenamento pago da Apple engordou. Passa a ser possível subscrever planos com 6 TB e 12 TB de espaço na cloud, mas, para já, a marca não anunciou quanto custam. Por fim, no evento desta terça-feira, o CEO da Apple, Tim Cook, confirmou que a empresa mantém a intenção de lançar no mercado os óculos de realidade Vision Pro no início do próximo ano.

Todos os anos, a Apple apresenta novidades com grande entusiasmo. Mas, para já, os investidores não estão convencidos. No final da apresentação, as ações da empresa caíam 2,2%, para 175,42 dólares, num período em que a tecnológica tem estado sob pressão, depois de a China, alegadamente, ter proibido os trabalhadores governamentais e das empresas estatais de usarem iPhones.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h54)

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Conselho Superior da Magistratura arquiva processo de averiguações a Carlos Alexandre

  • Lusa
  • 12 Setembro 2023

"O processo de averiguações ao Sr. Juiz Carlos Alexandre foi arquivado por se ter considerado que não foi praticada qualquer infração disciplinar", referiu o CSM.

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) arquivou esta terça-feira o processo de averiguações que tinha sido instaurado em junho ao juiz Carlos Alexandre, considerando que não houve qualquer infração disciplinar.

“Por decisão do Plenário, que hoje teve lugar no CSM, o processo de averiguações ao Sr. Juiz Carlos Alexandre foi arquivado por se ter considerado que não foi praticada qualquer infração disciplinar”, referiu o CSM em resposta à Lusa, descartando qualquer ligação do arquivamento à aplicação da lei da amnistia aprovada no âmbito da Jornada Mundial da Juventude.

O processo de averiguações ao agora juiz desembargador – que ocupou durante quase duas décadas o lugar de magistrado no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) – foi aberto por possível violação dos deveres no âmbito do Caso EDP.

Em causa esteve uma certidão recebida pelo CSM, confirmada pelo organismo de gestão e disciplina dos juízes em 7 de junho, com base num acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) no qual os juízes desembargadores mandaram devolver a pensão de reforma de 26 mil euros ao antigo ministro da Economia Manuel Pinho, que havia sido arrestada por despacho do juiz do TCIC.

“A situação participada justifica uma averiguação no quadro do disposto no art.º 123.º-A do Estatuto dos Magistrados Judiciais, com vista a aferir se esta conduta é suscetível de constituir infração disciplinar”, referiu então fonte oficial do CSM, acrescentando que “foi nomeado um inspetor judicial para este processo de averiguações, que se já se encontra a decorrer”.

Na participação que foi enviada pelo TRL era reportada uma “situação que pode constituir violação do ‘(…) dever de acatamento das decisões proferidas em via de recurso por tribunais superiores’ (…) relativamente ao Sr. Juiz de Direito Carlos Alexandre”.

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É oficial. CEO da BP demite-se com “efeito imediato”

  • ECO
  • 12 Setembro 2023

Bernard Looney demitiu-se com "efeito imediato" da liderança da BP. O ex-presidente executivo estava no cargo desde 2020.

O CEO da BP, Bernard Looney, demitiu-se esta terça-feira com “efeito imediato”, avança a agência AFP. Esta terça-feira o Financial Times já tinha revelado a intenção do irlandês que liderava a petrolífera desde 2020.

O presidente executivo entrou para a petrolífera em 1991, passando toda a sua carreira na empresa. Durante estes anos foi ocupando vários cargos em diversas zonas do globo como Alasca, Golfo do México, Vietname e no mar do norte do Reino Unido.

Em 2020 foi nomeado CEO com o objetivo de transformar a BP numa empresa de energia integrada e de acompanhar a transição energética. O irlandês comprometeu-se assim a reduzir a produção de petróleo e gás para reduzir as emissões e a investir em tecnologias de energia verde.

(Notícia atualizada às 20h00 com a confirmação da demissão)

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Caso EDP. Julgamento de Manuel Pinho e Ricardo Salgado começa a 3 de outubro

  • Lusa
  • 12 Setembro 2023

O julgamento arranca às 09h30 do dia 3 de outubro, no Juízo Central Criminal de Lisboa, com a audição dos arguidos.

O início do julgamento do Caso EDP, que tem como arguidos o ex-ministro da Economia Manuel Pinho, a sua mulher, Alexandra Pinho, e o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, está marcado para 3 de outubro.

De acordo com um despacho da juíza Ana Paula Rosa, a que a Lusa teve acesso, o julgamento arranca às 09h30 do dia 03 de outubro, no Juízo Central Criminal de Lisboa, com a audição dos arguidos, que se vai prolongar por todo esse dia, estando ainda reservado para o mesmo efeito o dia 6 de outubro.

A juíza deixou ainda mais de 30 sessões marcadas até ao início de janeiro de 2024 e agendou já as alegações finais do Ministério Público para 11 de janeiro e das defesas dos três arguidos para as datas de 15, 16 e 17 desse mês, concluindo o julgamento com as últimas declarações de Manuel Pinho, Alexandra Pinho e Ricardo Salgado no dia 18 de janeiro.

O antigo ministro da Economia (entre 2005 e 2009) Manuel Pinho, que está em prisão domiciliária desde dezembro de 2021, vai responder em julgamento por um crime de corrupção passiva para ato ilícito, outro de corrupção passiva, um crime de branqueamento de capitais e um crime de fraude fiscal.

A sua mulher, Alexandra Pinho, será julgada por um crime de branqueamento e outro de fraude fiscal – em coautoria material com o marido –, enquanto o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, vai a julgamento por um crime de corrupção ativa para ato ilícito, um crime de corrupção ativa e outro de branqueamento de capitais.

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Ocupação na hotelaria do Algarve desce para 89,9% em agosto

  • Lusa
  • 12 Setembro 2023

O registo está 3% abaixo do valor médio da ocupação de 2019 (ano anterior à pandemia). Os mercados irlandês, dos EUA, Canadá e Dinamarca apresentaram as maiores subidas.

A hotelaria do Algarve registou em agosto uma taxa de ocupação média por quarto de 89,9%, uma descida de 2,3 pontos percentuais (p.p) em relação ao mesmo período de 2022, anunciou esta terça-feira a maior associação hoteleira algarvia.

De acordo com os dados provisórios avançados pela Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) no resumo da evolução mensal da atividade no setor, o registo está 3% abaixo do valor médio da ocupação de 2019 (ano anterior à pandemia).

De acordo com a associação empresarial, os mercados que mais contribuíram para a descida foram os dos Países Baixos, de Espanha, da França e da Alemanha. Os mercados irlandês, dos Estados Unidos da América, Canadá e Dinamarca foram os que apresentaram as maiores subidas, comparativamente com o período homólogo do ano passado.

Segundo a AHETA, o mercado nacional esteve praticamente ao mesmo nível de 2019, verificando-se apenas uma quebra 0,1%. No mês de agosto, as estadias médias mais prolongadas foram as do mercado dos Países Baixos, com 6,5 noites, seguido do mercado do Reino Unido, com 6,1 noites.

A estadia média nas unidades de alojamento algarvias foi de 5,1 noites, o que representa uma descida de 1,7% face a 2019. Por zonas geográficas, as maiores subidas, comparativamente com 2019, ocorreram nas zonas de Lagos/Sagres (+3,4 p.p.), Lagoa/Silves (+1,2 p.p.) e Portimão/Monchique (+0,3 p.p).

As principais descidas verificaram-se em Monte Gordo/Vila Real de Santo António (-3,8 p.p.) Albufeira com (-3,9 p.p.) e Loulé (-3,3 p.p.).

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