Abreu Advogados reforça equipa com sete associados

Benedita Marques Pombo, Joana Delgado, João Diogo Barbosa, Margarida Costa e Silva, Matilde Carvalho e Cortinhal, Matilde Ortins de Bettencourt e Tomás Rocha são os novos associados da Abreu.

A Abreu Advogados tem sete novos associado: Benedita Marques Pombo, Joana Delgado, João Diogo Barbosa, Margarida Costa e Silva, Matilde Carvalho e Cortinhal, Matilde Ortins de Bettencourt e Tomás Rocha. Os advogados foram promovidos após terem concluído o estágio no escritório.

“Os mais recentes associados cumpriram, ao longo dos últimos dois anos, o programa de estágio da Abreu Advogados, onde tiveram oportunidade de trabalhar em várias áreas de prática e setores, com um acompanhamento personalizado e num modelo pensado para potenciar o desenvolvimento das competências técnicas e pessoais de cada um”, refere o escritório em comunicado.

A Abreu Advogados conta com uma equipa de mais de 220 advogados, num total de cerca de 350 profissionais. Além dos escritórios de Lisboa, Porto e Madeira (em parceria), a firma dinamiza uma rede internacional de escritórios em países de língua oficial portuguesa, como Angola, Brasil, Cabo Verde, China – Macau, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste.

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Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses

  • Lusa
  • 11 Setembro 2023

Esta segunda-feira, a taxa Euribor subiu a três e a seis meses, para 3,822% e 3,970%, respetivamente. A 12 meses, desceu para 4,081%.

A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três e a seis meses e desceu a 12 meses face a sexta-feira.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou esta segunda-feira para 4,081%, menos 0,005 pontos que na sexta-feira, depois de ter subido até 4,193% em 7 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.
  • Em sentido contrário, no prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, subiu esta segunda-feira para 3,970%, mais 0,018 pontos do que na sessão anterior, abaixo dos 3,987% registados em 31 de agosto, um máximo desde novembro de 2008.
  • Por sua vez, a Euribor a três meses avançou 0,022 pontos face à anterior sessão, ao ser fixada esta segunda-feira em 3,822%, depois de ter atingido um novo máximo de 3,826% em 23 de agosto deste ano.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base — tal como em 15 de junho e 4 de maio –, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Comissário europeu adverte para “impacto direto” das vagas de calor na economia portuguesa

  • Lusa
  • 11 Setembro 2023

"Se mencionamos o risco climático como um risco macroeconómico potencial para a economia, devemos levá-lo muito a sério”, avisa comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni.

A Comissão Europeia admitiu esta segunda-feira o impacto económico de fenómenos meteorológicos extremos, como vagas de calor e cheias, em países do sul da Europa como Portugal, nomeadamente para o turismo, pedindo medidas para combate às alterações climáticas.

“É claro que há um impacto na economia e o impacto é direto. As pessoas são afetadas, os territórios são afetados, há custos de reconstrução de zonas inteiras em diferentes países, e depois há vários impactos indiretos na economia, dependendo também das zonas que são afetadas e das suas características, e isto é algo que tem influenciado um certo número de países europeus”, elencou o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni.

Falando em conferência de imprensa em Bruxelas no dia em que o executivo comunitário publicou as previsões económicas de verão, e respondendo a uma questão da Lusa, o responsável precisou que, “recentemente, Portugal, Itália, Eslovénia, Grécia, […] mas, num passado recente, a Bélgica, a Alemanha e outros países” foram afetados por fenómenos como vagas de calor propícias a incêndios florestais, cheias provocadas por elevados níveis de precipitação, entre outros.

“Portanto, este é um desafio para nós. Temos fundos disponíveis, temos um mecanismo europeu de reação que funciona bem, como o Mecanismo de Proteção Civil, mas o acentuar deste problema é algo que temos de resolver, não é algo que eu possa resolver com algumas palavras”, referiu Paolo Gentiloni.

E avisou: “Se mencionamos o risco climático como um risco macroeconómico potencial para a economia, devemos levá-lo muito a sério”.

A Comissão Europeia divulgou previsões económicas para o conjunto da zona euro e da União Europeia (UE) e as seis maiores economias comunitárias (sem incluir Portugal), numa altura de crescimento contido do Produto Interno Bruto. A inflação vai continuar a desacelerar nos próximos meses, mas será mais elevada que o esperado no próximo ano, segundo as novas previsões.

No documento, Bruxelas alerta que “os riscos climáticos crescentes, ilustrados pelas condições meteorológicas extremas e pelos incêndios florestais e inundações sem precedentes no verão, também pesam sobre as perspetivas”.

“A materialização destes riscos acarreta graves custos para a economia da UE, em termos de perdas de capital natural e de deterioração da atividade económica, incluindo o turismo”, concluiu a instituição.

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“Estamos próximos do pico das taxas de juro na União Europeia”, diz comissário Gentiloni

Comissário europeu para a Economia alerta para a necessidade de coordenar as políticas orçamentais com a política do Banco Central Europeu, para apoiar investimentos e controlar a inflação.

Na semana em que os governadores do Banco Central Europeu se reúnem para tomar mais uma decisão relativamente à política monetária no bloco, o comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, mostra-se confiante de que se está “próximo do pico das taxas de juro na União Europeia”, na conferência de imprensa de apresentação das previsões de Verão.

“A decisão será tomada pelo BCE, mas o que estimamos com base nas projeções das taxas de juro de curto prazo é que estamos próximos do pico das taxas de juro na UE”, apontou Gentiloni na conferência desta segunda-feira.

No relatório, a Comissão considera que a política monetária levada a cabo pelo banco central está a produzir efeitos na economia, ainda que admita que existem alguns riscos quanto ao crescimento económico. O comissário europeu admitiu também que a evolução da inflação é incerta, dependendo de vários fatores, sendo de salientar que a previsão para o próximo ano foi revista ligeiramente em alta devido aos preços da energia.

As estimativas apontam agora para uma inflação de 5,6% em 2023 e 2,9% em 2024 na Zona Euro. Os dados mensais mais recentes são de agosto, quando a taxa de inflação estabilizou nos 5,3%, números que o BCE terá em conta na tomada de decisão sobre o próximo passo a tomar. Christine Lagarde já sinalizou que não vão cortar as taxas em setembro, mas tanto poderão subir como fazer uma pausa nos aumentos de juros.

Estes esforços para controlar a inflação têm também de ser coordenados com as políticas orçamentais, destacou ainda Gentiloni. “Há um caminho estreito para as políticas orçamentais, porque o desafio é continuar a apoiar investimentos, usando o Plano de Recuperação e Resiliência ou recursos nacionais, sem comprometer a política monetária”, alertou.

O comissário europeu salientou assim a necessidade de “coordenação e agilidade nas políticas orçamentais”, que devem seguir um “investimento prudente em sincronia com os esforços do BCE para controlar a inflação”. Este é um dos aspetos que disse ser chave para suportar um “crescimento sustentável”, isto apesar de a Comissão ter revisto em baixa o crescimento económico da Zona Euro para 0,8% em 2023 e 1,3% em 2024.

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Vendas no setor dos serviços em Portugal desaceleram para 4% em julho

  • Ana Petronilho
  • 11 Setembro 2023

A maior desaceleração foi registada nas empresas com atividades de consultadoria, científica, técnicas e similares, diminuindo 11,6 pontos percentuais face ao período anterior.

O volume de negócios nos serviços registou uma variação homóloga de 4% em julho, o que traduz uma desaceleração de 0,4 pontos percentuais em relação à taxa observada em junho de 2023, revelam os dados divulgados esta segunda-feira pelo INE. A variação mensal do índice total foi 1% em julho (-2,7% no período anterior).

De acordo com o destaque publicado pelo INE, a maior desaceleração foi registada nas empresas com atividades de consultadoria, científica, técnicas e similares, diminuindo 11,6 pontos percentuais face ao período anterior, para uma variação de 5% e um contributo de 0,4 pontos percentuais no resultado total.

Já as empresas dos setores do comércio por grosso ou de reparação de veículos automóveis e motociclos, foram as únicas a registar uma aceleração na taxa de variação homóloga, atingindo 2,5% (um aumento de 2,2 pontos percentuais em relação a junho) e que se traduziu no contributo mais influente (1,4 pontos percentuais) para o resultado agregado.

O comércio por grosso passou de uma taxa de variação homóloga de -5,6% em junho para -3,6% no mês seguinte. O índice do comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis e motociclos também acelerou, apresentando um crescimento de 27,2% (25,7% em junho).

No setor do alojamento, restauração e similares, foi registada uma variação de 12% (15,2% em junho) e contribuiu com 1,1 pontos percentuais para a variação do índice agregado. O alojamento teve um aumento 10,7% (15,2% no mês precedente) e a restauração e similares cresceu 12,5% (15,2% no período anterior).

Os índices de emprego, remunerações e horas trabalhadas ajustado de efeitos de calendário, apresentaram variações homólogas de 4,1%, 8,5% e 2,9%, respetivamente (em comparação com 3,8%, 12,3% e 5,9% em junho), revela ainda o INE.

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Emirates está à procura de “novos talentos para tripulação de cabina em Portugal”

  • Trabalho
  • 11 Setembro 2023

Os "open days" da Emirates decorrem a 13 e 27 de setembro em Lisboa, a 15 de setembro no Porto e a 29 de setembro em Faro. Mesmo sem fazerem candidatura previamente, interessados podem apresentar-se.

A transportadora aérea Emirates está à procura de candidatos portugueses para se juntarem à equipa internacional de tripulação de cabina. As candidaturas devem ser feitas online, mas, mesmo que não entreguem o currículo previamente, os interessados podem apresentar-se nos open days previstos para setembro (em Lisboa, Porto e Faro).

“Durante este mês de setembro, a companhia aérea estará presente em Lisboa, nos dias 13 e 27 de setembro (Radisson Blu Lisbon), no Porto, no dia 15 de setembro (Mercure Porto Centro Santa Catarina) e em Faro, no dia 29 de setembro (Eva Senses Hotel)”, indica a empresa esta segunda-feira em comunicado.

Os interessados podem submeter já as candidaturas de forma digital, enviando o currículo atualizado e em inglês, bem como uma fotografia recente.

No entanto, mesmo que não enviem esses documentos previamente, “tratando-se de open days, os candidatos podem apresentar-se nos dias e locais indicados“. Nesse caso, basta levarem consigo os documentos referidos e “garantir que chegam ao local antes da hora de início“.

“Sendo a segurança uma das principais prioridades da Emirates, o candidato ideal terá de liderar com confiança e assumir o controlo na gestão dos serviços a bordo, nomeadamente no que se refere aos procedimentos de segurança. Toda a tripulação da Emirates irá receber formação de excelência nas modernas instalações da companhia aérea no Dubai”, explica a empresa.

A voar há 11 anos para Portugal, a Emirates oferece hoje 14 voos semanais a partir de Lisboa. A sua equipa de tripulação de cabina conta com 16 nacionalidades, sendo, então, “verdadeiramente global”.

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Clan tem 60 vagas de emprego para atendimento ao público

  • Trabalho
  • 11 Setembro 2023

O Clan está à procura de 60 profissionais para recrutar em várias áreas ligadas ao atendimento ao público. Candidaturas podem ser feitas online ou por via telefónica.

O Clan tem 60 vagas de emprego disponíveis no Norte, no Centro e nos Açores, estando à procura de supervisores, operadores de call center, gestores de clientes, gestores de recuperação de crédito, operadores de controlo de qualidade, operadores de customer service e assistentes de apoio ao cliente.

“Os profissionais irão desempenhar várias tarefas de rotina no âmbito do atendimento ao cliente, sendo necessária experiência prévia em funções similares, para cada um dos postos de trabalho”, explica a plataforma digital de recrutamento criada pela empresa de recursos humanos Multipessoal.

Os interessados podem avançar com as candidaturas de “forma simples e rápida” através do Clan, onde estão já indicadas todas as condições associadas às vagas.

“O registo é feito em apenas três passos, podendo, depois, os profissionais acompanhar online o estado do seu processo de recrutamento”, explica a empresa. Em alternativa, é possível fazer a candidatura também através do telefone (210 342 222).

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Travagem na economia terá impacto moderado no desemprego, prevê Bruxelas. Salários sobem

A Comissão Europeia espera crescimento dos salários nominais, mas sem compensar totalmente as perdas anteriores no poder de compra provocadas pela subida da inflação.

A Comissão Europeia espera uma reação moderada do mercado de trabalho ao abrandamento previsto para a economia. Bruxelas afasta um aumento significativo do desemprego e espera uma aceleração no crescimento dos salários nominais.

O executivo comunitário reviu esta segunda-feira em baixa as previsões para a evolução do PIB. As previsões macroeconómicas intercalares de verão apontam para um crescimento de apenas 0,8% em 2023 e de 1,4% em 2024 para o conjunto da União Europeia. Para o bloco da moeda única a projeção é de 0,8% este ano e de 1,3% no próximo.

Apesar desta travagem, Bruxelas considera que “a reação dos mercados de trabalho ao abrandamento observado e esperado do crescimento económico deverá ser moderada”. O relatório aponta que a “contínua escassez de mão-de-obra, apesar dos sinais de arrefecimento, e a retenção devido à escassez de competências, deverão limitar a resposta desfasada do mercado de trabalho ao abrandamento económico”.

A Comissão Europeia acrescenta que “não se espera um aumento significativo do desemprego. Ainda assim, espera-se que o crescimento do emprego diminua, enquanto o crescimento dos salários nominais acelerará ainda mais, mas sem compensar totalmente as perdas anteriores registadas nos rendimentos reais”.

A taxa de desemprego manteve-se inalterada em julho, nos 5,9% no conjunto da UE e nos 6,4% na Zona Euro. São os valores mais baixos desde o início das respetivas séries estatísticas (2000 na UE e 1998 na Zona Euro). Os indicadores avançados apontam para um arrefecimento moderado do mercado de trabalho.

O crescimento dos salários nominais mantém-se, embora sem acompanhar a inflação. No primeiro trimestre, o vencimento por trabalhador na UE era 5,7% mais alto do que em março do ano anterior. No bloco da moeda única o crescimento foi de 5,5%. “Dada a inflação elevada registada no período, estas taxas de crescimento nominal resultaram em perdas de poder de compra, ainda que a um taxa anual menor com a inflação anual a desacelerar”, assinala o relatório.

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Preços da energia fazem Comissão Europeia rever em alta inflação para 2024

Os preços do petróleo deverão contribuir para a inflação no próximo ano. Ainda assim, a previsão é que a taxa continue a abrandar em 2024, atingindo 2,9% na Zona Euro.

A inflação vai continuar a desacelerar nos próximos meses, mas será mais elevada que o esperado no próximo ano, segundo as previsões da Comissão Europeia divulgadas esta segunda-feira. O Executivo comunitário reviu em alta a estimativa da inflação para 2024, para 3,2% na União Europeia e 2,9% na Zona Euro, o que se deve principalmente à energia. Os preços do petróleo vão voltar a pressionar no próximo ano, bem como o final de algumas medidas aplicadas este ano para mitigar a subida dos preços.

Para este ano, as perspetivas são mais otimistas. A Comissão avançou com uma revisão em baixa das previsões para a inflação, estimando que o Índice Harmonizado de Preços do Consumidor (IHPC), indicador utilizado para as comparações europeias, vai atingir 6,5% em 2023 (a previsão era de 6,7% na primavera) na UE e 5,6% na Zona Euro (face a 5,8%).

“A inflação global deverá continuar a diminuir ao longo do horizonte de previsão, refletindo a redução gradual das pressões subjacentes sobre os preços, agravadas em 2023 pela queda dos preços da energia”, aponta a Comissão no relatório, sendo que “a moderação da inflação deverá ser sustentada pela redução das margens de lucro empresariais, proporcionando um amortecedor para o forte crescimento dos custos do trabalho”.

Mas enquanto em 2023 os preços da energia ajudaram a reduzir a inflação, depois do disparo em 2022 devido à invasão russa da Ucrânia, no próximo ano já deverão voltar a pesar no indicador. A contribuição dos preços da energia deve tornar-se “positiva em 2024”, ou seja contribuir para o aumento de preços, explica a Comissão.

Os futuros do petróleo estão mais altos que o previsto, sendo que os efeitos de contágio dos preços dos combustíveis mais elevados deverão “dominar as dinâmicas dos preços de retalho da energia”, notam. Além disso, a expiração das medidas de políticas para mitigar os preços, que a maioria dos Governos europeus aplicou este ano, deve “acrescentar-se à inflação do gás e eletricidade”, salientam.

Já as “restantes componentes não energéticas do cabaz de consumo continuarão a contribuir para o abrandamento da inflação ao longo do horizonte das previsões, também refletindo preços de input mais baixos e a normalização das cadeias de fornecimento”.

Tendo em conta os vários componentes, o IHPC deverá ser de 3,2% na União Europeia e 2,9% na Zona Euro no próximo ano, ainda ligeiramente acima da meta do Banco Central Europeu de 2% a médio prazo.

Neste relatório, é dado ainda o alerta para os riscos para estas previsões, nomeadamente devido à incerteza, sendo que “a evolução da inflação poderá surpreender tanto no lado negativo como no lado positivo”. Por um lado, com a procura interna a enfraquecer, “a inflação poderá revelar-se menos persistente do que o projetado”. Por outro, “as pressões sobre os preços poderão revelar-se mais persistentes, por exemplo se os salários acelerarem mais do que o previsto, e sem o esperado ajuste nas margens de lucro”, notam.

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Universidades portugueses participam em consórcio do grafeno que vai gerar 81 mil empregos

Graphene Flagship vai gerar 81.600 empregos e 5,9 mil milhões de euros até 2030. Resultou em 106 novos produtos, 17 spin-offs e 346 pedidos de patentes.

As universidades do Minho (UM), Porto, Aveiro e Lisboa, o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) e empresas como a Graphenest (Aveiro), Glexyz e Sphere Ultrafast Photonics integram o Graphene Flagship – “um dos maiores projetos científicos de sempre da União Europeia” (UE). E que deverá gerar, até 2030, 81.600 empregos, 38.400 deles na Europa, assim como 5,9 mil milhões de euros em valor acrescentado bruto no mercado dos materiais bidimensionais, como o grafeno.

Estes dados são divulgados pela UM e resultam de um estudo do instituto alemão WifOR, apresentado no congresso que findou os dez anos do projeto, em Gotemburgo, Suécia.

Segundo a instituição de ensino superior, a empresa Graphenest criou o caiaque mais leve do mundo, um biopolímero para tratar lesões medulares e materiais para blindar a radiação eletromagnética. “Fabrica condutores baseados em grafeno e obteve este ano 1,8 milhões de euros numa ronda de financiamento”, adianta em comunicado.

“Já o INL e a UM têm feito desenvolvimentos com grafeno num nanodispositivo para entender melhor o cérebro, num detetor portátil de doenças infecciosas, em biossensores para a deteção precoce de isquemia (falta de sangue no organismo) e numa roupa com proteção química, térmica e elétrica”, descreve a instituição de ensino superior.

Nuno Peres, professor da Universidade do Minho

Por cá, os estudos teóricos nesta área em Portugal iniciaram-se com Nuno Peres, professor catedrático do Departamento/Centro de Física da Escola de Ciências da UM, que colaborou com várias instituições internacionais em projetos de vanguarda. “Os resultados foram publicados em diversas revistas como Reviews of Modern Physics, Science e Nature, mostrando, pela primeira vez, como a luz interage com o grafeno ou como guiar radiação infravermelha num guia de ondas com a espessura de um átomo, por exemplo”, descreve a UM.

Agora, este investigador português dedica-se a trabalhos de fotónica e às propriedades óticas de semicondutores e magnéticas de sistemas magnéticos bidimensionais.

O Graphene Flagship já resultou na criação de 106 novos produtos, 17 empresas spin-off, 346 pedidos de patentes e 4900 publicações científicas. Este consórcio envolveu mil milhões de euros de investimento e reuniu 170 academias e empresas de 22 países.

“A meta foi colocar a Europa na vanguarda da área e facilitar a comercialização do grafeno“, adianta a UM na mesma nota. O grafeno, descreve a instituição, “tem a espessura de um só átomo de carbono, sendo muito leve, flexível, condutor e resistente”. Este material, obtido de cristais de grafite em 2004, “também presentes na ponta de um lápis, e alvo do Nobel da Física em 2010, vai ser aplicado na próxima geração tecnológica, desde os transportes à biomedicina, eletrónica, energia e exploração espacial”.

A estrutura do tubo de grafeno da nanotecnologia, ilustração 3D

Na Graphene Week em Gotemburgo, por exemplo, foi apresentado um carro desportivo feito com compósitos de grafeno, um filtro para contaminantes na água à base de fibras ocas de grafeno, um tubo com sensores para detetar incêndios e ruturas, bem como painéis solares de células formadas por perovskita (mineral) e grafeno, sendo os mais eficientes neste âmbito.

Há ainda avanços científicos na remoção de gelo de asas de aeronaves da Airbus, num purificador do ar interior de aviões da Lufthansa e em disjuntores de quadros de distribuição da sueca ABB. “Como o grafeno é macio e maleável, pode ser usado em elétrodos implantados no cérebro para tratar tremores em pacientes com Parkinson, sem causar cicatrizes”, conclui.

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Comissão Europeia mais pessimista revê em baixa crescimento da Zona Euro e UE para 0,8% em 2023

A Comissão Europeia admite que o ritmo de crescimento do bloco está a reduzir-se, numa altura em que os preços continuam a pressionar a procura. Inflação para 2024 revista em alta.

A Comissão Europeia está mais pessimista quanto à evolução da economia do bloco este ano, estimando que tanto a União Europeia como a Zona Euro cresçam 0,8%, uma revisão em baixa face às estimativas da primavera.

As mais recentes previsões apontam também para uma inflação mais baixa que o esperado este ano, mas mais elevada em 2024, nomeadamente devido aos preços da energia, revelam as previsões da Comissão, que desta vez foram lançadas em setembro em vez de julho para incorporar os dados mais recentes do PIB e da inflação.

Assim, “a economia da UE continua a crescer, embora com um dinamismo reduzido”, admite o Executivo comunitário, que revê em baixa a previsão do crescimento da economia da UE de 1% para 0,8% em 2023 e de 1,7% para 1,4% em 2024. Para a Zona Euro, a revisão foi de 1,1% para 0,8% em 2023 e de 1,6% para 1,3% em 2024, face às estimativas divulgadas em maio.

Estas projeções têm já em conta os dados mais recentes, que mostram que “a atividade económica na UE foi moderada no primeiro semestre de 2023 após os ​​choques formidáveis” que sofreu. “A fraqueza da procura interna, em particular do consumo, mostra que os preços elevados e ainda crescentes no consumidor para a maioria dos bens e serviços estão a ter um impacto mais pesado do que o esperado nas previsões da primavera”, apesar da descida dos preços da energia e de um mercado de trabalho “excecionalmente forte”.

“Os indicadores dos inquéritos apontam agora para um abrandamento da atividade económica no verão e nos meses futuros, com a continuação da fraqueza na indústria e a diminuição do dinamismo nos serviços, apesar de uma forte época turística em muitas partes da Europa“, sinalizam. A Comissão assume ainda que o aperto da política monetária determinado pelo Banco Central Europeu “está a fazer o seu caminho através da economia”, como mostra “o forte abrandamento na oferta de crédito bancário”.

Neste contexto, é de destacar também que a inflação deverá continuar a desacelerar, ainda que as perspetivas para o próximo ano sejam revistas em alta. O Índice Harmonizado de Preços do Consumidor, indicador utilizado para as comparações europeias, deverá atingir 6,5% em 2023 (a previsão era de 6,7% na primavera) e 3,2% em 2024 (em comparação com 3,1%) na UE. Na área do euro, a inflação deverá ser de 5,6% em 2023 (face a 5,8%) e 2,9% em 2024 (face a 2,8%), estimam. Ficam, ainda assim, acima da meta de 2% do BCE.

Quanto aos Estados-membros, estas previsões intercalares deixaram de incluir as previsões para todos os países, revelando apenas os números para as seis maiores economias do bloco. A Alemanha destaca-se, com a Comissão a prever agora uma contração de 0,4% em 2023 (quando antes projetava ainda um crescimento), ainda que recupere em 2024 com um crescimento de 1,1%. Itália, Países Baixos e Polónia também veem as previsões revistas em baixa, enquanto o crescimento de Espanha foi revisto em alta (para 2,2% em 2023), bem como de França (1% em 2023).

 

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Bruxelas antecipa “descida ligeira” nos preços das casas

“Embora as taxas elevadas do crédito à habitação devam pesar ainda mais sobre a procura de habitação, espera-se que a oferta de habitação permaneça limitada na maioria dos países da UE", diz a CE.

A Comissão Europeia espera que os preços das casas desçam ligeiramente este ano. Nas Previsão de Verão, publicadas esta segunda-feira, o Executivo comunitário alerta, contudo, para as “variações persistentes entre países”.

Num relatório no qual revê em baixa o crescimento da zona euro e da União Europeia, a Comissão diz claramente que “os preços da habitação na UE deverão descer ligeiramente em termos nominais este ano, com variações persistentes entre países”.

“Embora as taxas elevadas do crédito à habitação devam pesar ainda mais sobre a procura de habitação, espera-se que a oferta de habitação permaneça limitada na maioria dos países da UE, o que limita o potencial de uma queda generalizada dos preços da habitação”, defende ainda a Comissão Europeia.

Esta limitação na oferta deve-se, ao facto de a “construção residencial ter caído nos últimos meses na maioria dos países da EU” e a Comissão “espera que diminua ainda mais, conforme sugerido pela diminuição das licenças de construção”.

O problema da habitação é transversal na Europa e por isso existem diversos instrumentos comunitários, desde logo o Plano de Recuperação e Resiliência para ajudar a combater o problema. Ainda assim, António Costa escreveu uma carta a Ursula Von der Leyen na qual pediu ajuda comunitária para solucionar o problema da falta de habitação.

Sem lhe responder diretamente ao pedido de Portugal para novas medidas, a porta-voz do executivo comunitário para os assuntos económicos e financeiros, Veerle Nuyts, disse apenas que “a Comissão Europeia está disponível para apoiar os Estados-membros nos seus esforços para proporcionar habitação a preços acessíveis, através de várias iniciativas e instrumentos de financiamento”.

Nomeadamente, a iniciativa de habitação a preços acessíveis, com apoio técnico para avançar com renovação para edifícios mais ecológicos, à qual acresce “uma vasta gama de financiamento” comunitário, como as verbas do PRR, no âmbito do qual existem projetos “para alojamento de estudantes a preços acessíveis, por exemplo, no plano português”, e os fundos de coesão.

Ainda em termos de mercado imobiliário, a Comissão sublinha que os bancos da zona euro esperam, no terceiro trimestre, “uma nova diminuição líquida da procura de empréstimos por parte das empresas e das famílias, mas em menor grau do que durante os trimestres anteriores”. Uma diminuição resultante da esperada “uma maior restritividade líquida dos critérios de concessão de empréstimos às empresas e às famílias, mas a um ritmo mais lento do que no segundo trimestre”.

Em conferência de imprensa, quando questionado sobre a crise da habitação em Portugal, Paolo Gentiloni assinalou que as anteriores previsões económicas, divulgadas em maio passado, já continham “a questão da habitação considerada entre as dificuldades”. “Isto é, penso eu, algo de que as autoridades [portuguesas] estão bem conscientes”, rematou o comissário europeu da Economia.

(Notícia atualizada às 11h20 com as declarações de Paolo Gentiloni sobre a habitação em Portugal)

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