Euribor a 12 meses renova mínimos de oito meses

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2023

Taxas usadas no cálculo da prestação da casa tiveram comportamentos diferentes. Euribor subiu a três meses e caiu a seis e 12 meses, mantendo-se abaixo da fasquia dos 4%.

As taxas Euribor, usadas no cálculo da prestação da casa, subiram a três meses e desceram a seis e a 12 meses face a sexta-feira, no prazo mais longo para um mínimo desde abril, e manteve-se abaixo de 4% nos três prazos.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou para 3,613%, menos 0,031 pontos do que na sexta-feira e um mínimo desde maio, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, também caiu para 3,904%, menos 0,008 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses subiu para 3,938%, mais 0,018 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, na quinta-feira, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela segunda vez (consecutiva) desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a primeira de 2024, realiza-se em 25 de janeiro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Cerejeira Namora anuncia aliança com multinacional Auren

Com origem e sede principal em Espanha, a Auren está presente diretamente em 11 países, contando com 60 escritórios e mais de 2000 profissionais nas áreas de Legal, Consultoria, Tax e Auditoria.

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão acaba de anunciar a aliança firmada com a multinacional Auren. Com origem e sede principal em Espanha, a Auren está presente diretamente em 11 países, contando com 60 escritórios e mais de 2000 profissionais nas áreas de Legal, Consultoria, Tax e Auditoria.

No ano em que celebrará o 33.º aniversário, a sociedade anunciou e projetou os próximos 30 anos com uma aliança à multinacional Auren, com quem vinha já partilhando alguns projetos de trabalho conjunto nos últimos anos.

A Auren é uma sociedade de oferta full service nascida em 1998 que, além de escritórios próprios, conta ainda com uma rede alargada de parceiros em mais de 75 países através da Antea. Pese embora já estivesse a operar em Portugal sobre a sua marca nativa nas áreas de Consultoria e Auditoria, não tinha ainda um parceiro local para a oferta de serviços jurídicos.

Nuno Cerejeira Namora, sócio fundador da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, perspetiva a aliança como um “acelerador e um catalisador para o nosso negócio com uma oferta profissional e em rede capaz de dar resposta aos mais diversos desafios”. Confrontado com a pergunta: “o que muda agora?”, responde que “nada muda e muda tudo. Continuamos a ser a mesma marca de sempre, com os mesmos princípios, os mesmos valores e a mesma ambição. Muda tudo, numa perspetiva de valor acrescentado, tanto para nós, como para Auren, que sabemos agora poder sonhar juntos e ambicionar um infinito de oportunidades”.

Em comunicado, Mario Alonso, Presidente da Auren, comenta que este acordo “consolida a nossa posição e reforça a Auren como uma das principais firmas de referência no mercado português”. Para além disso, refere ainda que “a união de ambas as equipas permitirá ampliar os serviços que prestamos aos nossos clientes e reforçar a nossa posição internacional”. Explica ainda que os projetos são já muitos e estão em marcha “a todo o vapor”, nomeadamente no plano da formação conjunta, capacitação de equipas e partilha permanente entre grupos de trabalho setoriais para aproveitar a capacidade instalada e experiência adquirida.

Cecília Meireles e Gonçalo Cerejeira Namora, com responsabilidade internas nos projetos internacionais da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, lideraram o processo negocial que conduziu à união da duas marcas e, após formalização do mesmo, assinalam que “todos os desafios foram superados com extrema facilidade”, essencialmente por “existir na cultura de ambas as organizações um compromisso claro com a exigência técnica e com os princípios éticos e humanos”. Num processo que decorreu ao longo dos últimos meses e contou com várias interações com profissionais e responsáveis da gestão de todo das organizações, destacam que a partilha de visão estratégica e da cultura interna: rapidamente percebemos que “mesmo sem saber, já vestíamos todos a mesma camisola”.

Esta aliança foi apresentada publicamente no passado dia 7 de Dezembro, num evento exclusivo no Hotel Palácio do Estoril, onde Pedro Marinho Falcão, mencionou a importância de “fortalecer a operação e expertise com colegas de outras jurisdições e que vivem outras realidades”. Para o sócio fundador, é essencial “criar ligações e sinergias com o mundo, estar aberto a novas realidades e a confrontar o dia-a-dia com novos desafios que façam sair da zona de conforto. É uma aposta ganha hoje, com resultados imediatos, mas seguramente com um futuro ainda mais promissor”.

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Gómez-Acebo & Pombo assessora Stoneshield Capital na compra de uma residência de estudantes no Porto

GA_P assessora a Stoneshield Capital, de Filipe Morenés e de Juan Pepa - na compra, à Nuveen, da totalidade das ações da Studenthouse Rua Manuel Pereira, proprietária de uma residência de estudantes.

A Gómez-Acebo & Pombo (“GA_P”) assessorou a Stoneshield Capital, de Filipe Morenés e de Juan Pepa – na compra, à Nuveen, da totalidade das ações da Studenthouse Rua Manuel Pereira, proprietária de uma residência de estudantes localizada na área geográfica do Campus Asprela, no Porto.

A operação contou com o apoio de uma equipa multidisciplinar, coordenada por Mafalda Barreto (managing partner e sócia do departamento de Societário e M&A), e composta por: Susana Morgado (Associada Sénior), Inês Soares de Melo e Matilde de Sousa Marto (Associadas Júnior) do Departamento de Societário e M&A; Sofia Rodrigues Nunes (Of Counsel), Afonso Scarpa e João Marques Rodrigues (Associados) da área de Urbanismo e Imobiliário; Ana Paula Basílio e Catarina Rosa (Associadas) do Departamento Fiscal; Cláudia Tomás Pedro (Associada Sénior) da área de Propriedade Intelectual; Filipe Santos Barata (Of Counsel) da área de Banca e Seguros; Joaquim Caimoto Duarte (Of Counsel) do Departamento de Concorrência e Direito da União Europeia; Pedro Vilarinho Pires (Of Counsel) e Francisca Esteves Moura (Associada Júnior) da área de Proteção de Dados; e Ana Baptista Borges (Associada) do Departamento Laboral.

Mafalda Barreto, Managing partner da Gómez-Acebo & PomboHugo Amaral/ECO

“Nos últimos anos, a habitação tem-se revelado a maior barreira para os estudantes do Ensino Superior, sendo um constrangimento particularmente importante nos principais centros urbanos e universitários como Lisboa, Porto ou Coimbra”, refere Mafalda Barreto. E acrescenta: “Com este investimento, a Stoneshield Capital dará certamente um importante contributo para ajudar a solucionar esse problema”.

O mercado português tem sido um dos principais alvos de investimento da Stoneshield Capital, empresa líder em consultoria de investimentos imobiliários no sul da Europa, com cerca de 3 mil milhões de euros de investimentos diversificados pelos setores da habitação, centros de dados, ciências da vida e logística. Fundada em 2018, a empresa emprega mais de 1.200 pessoas nas suas várias empresas.

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Já abriram candidaturas para ingresso de mil investigadores na carreira docente ou de investigação científica

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2023

Investigadores já podem apresentar a candidatura ao concurso da FCT para 1.000 vagas na carreira docente ou de investigação científica. Prazo termina a 1 de março de 2024.

Investigadores têm a partir desta segunda-feira para apresentar a candidatura ao concurso da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) para 1.000 vagas na carreira docente ou de investigação científica.

A contratação, cofinanciada pela FCT, será feita ao abrigo de um novo programa, o FCT Tenure, e o prazo para a apresentação de candidatura decorre até 01 de março de 2024.

O programa prevê que a FCT cofinancie, por um período máximo de três anos, cada lugar de carreira docente no ensino superior atribuído, sendo que para a carreira de investigação científica o período de cofinanciamento é estendido até aos seis anos. Durante os primeiros três anos, a FCT cofinanciará em 67% os custos com salários e assegura 33% dos vencimentos na carreira de investigação científica no segundo triénio.

Para ambas, a restante parte do financiamento será assegurada pelas instituições de ensino superior (universidades e institutos politécnicos) e de investigação científica. Enquanto vigorar o apoio da FCT, os investigadores só podem dar aulas nas universidades durante um máximo de quatro horas por semana.

Está prevista uma segunda edição do concurso para 2025, que deverá contemplar a contratação de 400 investigadores doutorados para as mesmas carreiras.

As instituições que contratarem investigadores para ambas as carreiras com cofinanciamento da FCT aprovado terão de abrir os concursos de recrutamento até 31 de julho de 2025. Caso contrário, serão consideradas não elegíveis para a segunda edição do programa, com abertura prevista para 2025.

O novo programa foi criticado por reitores, que pediram mais dinheiro para as universidades poderem assumir o encargo financeiro com a integração dos investigadores, e também por sindicatos, com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) a considerar que as vagas disponíveis não chegam para evitar o desemprego em massa dos investigadores com contratos de trabalho precário, nem a continuação do incumprimento da lei.

A lei de estímulo ao emprego científico, de 2017, prevê que os contratos de trabalho tenham um prazo máximo de seis anos, findos os quais os investigadores, com doutoramento concluído, têm a possibilidade de ingressar na carreira científica ou docente.

Em Portugal, o trabalho científico é feito, sobretudo, por investigadores bolseiros e contratados a termo. O ingresso na carreira científica, de forma mais consistente, tem sido reclamado pelos investigadores há vários anos.

Apesar de os investigadores trabalharem em unidades científicas agregadas a universidades, e também darem aulas, as instituições têm resistido, ao longo dos anos, em abrir concursos para o ingresso na carreira científica, optando por lançar concursos para a carreira docente, invocando subfinanciamento e falta de professores.

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Diário da República quer aproximar-se dos cidadãos enquanto “fonte oficial”, diz diretor Bruno Pereira

O Diário da República tem desenvolvido um conjunto de esforços para se aproximar do cidadão. Para o próximo ano está previsto o lançamento de um podcast e a implementação de um novo website.

O Diário da República tem vindo a desenvolver um conjunto de iniciativas de proximidade aos cidadãos com o objetivo de dar a conhecer a publicação a todos os cidadãos, enquanto “fonte oficial, fidedigna, das regras que nos fazem viver em sociedade – sobretudo numa altura em que a desinformação assume um papel cada vez mais crescente na nossa sociedade – e ao mesmo tempo contribuir para a literacia jurídica da nossa população”, explica Bruno Pereira, diretor da publicação, ao +M.

A pandemia foi o catalisador destas iniciativas que pretende tornar o Diário da República uma ferramenta mais próxima dos cidadãos. “Na verdade o DR foi um daqueles serviços que nos dias mais críticos também não parou, e sentimos que o jornal oficial de Portugal tinha de facto um papel muito importante naquela altura e sentimos essa procura”, explica Bruno Pereira, acrescentando que foi sentido um “impulso muito grande” nas consultas ao portal do DR durante esse período.

“E isso levou-nos a pensar que o acesso ao direito não é só o acesso dos cidadãos ao tribunal. Entendemos que é também a possibilidade de todos os cidadãos terem acesso à legislação que nos rege no nosso dia-a-dia. Mas não só terem acesso como também conseguirem compreendê-la“, refere.

“Daí que procurámos como ‘vetor chapéu’ tornar o DR mais próximo dos cidadãos – não só dos cidadãos que por motivos profissionais têm necessidade de o consultar – mas também de outras camadas da população menos familiarizadas com o jornal oficial. Daí surgirem estas mudanças que visam de facto aproximar o jornal oficial, tirar-lhe aquele caráter de distanciamento, e dá-lo a conhecer a todos os cidadãos. É esse o propósito”, esclarece.

Bruno Pereira, diretor do Diário da República.

E de forma a alcançar esse propósito, o Diário da República tem desenvolvido um conjunto de iniciativas, muitas delas direcionadas em particular aos mais jovens. A reformulação das redes sociais, iniciada no final de 2021, foi a primeira a ser desenvolvida, tendo por objetivo não só dar a conhecer os principais atos publicados em cada dia, mas também curiosidades históricas e outro tipo de conteúdos.

O sucesso confesso que foi surpreendente“, diz Bruno Pereira acrescentando que “não havia expectativa que o número de seguidores pudesse ser o que é hoje em dia – sobretudo no LinkedIn – o que concretiza que de facto o DR é um instrumento para a vida profissional de muitos cidadãos, mas não só”.

Esta reformulação das redes contou com a criação de conteúdos mais atrativos, diversificados e identificáveis com o dia-a-dia da generalidade da população. Atualmente o DR conta com quase 48,5 mil seguidores no LinkedIn, 38,8 mil no Instagram e 5,1 mil no Facebook.

Direcionado especificamente para os mais novos, foi lançado também o Prémio DR. A primeira edição, em 2022, foi dirigida aos estudantes do ensino superior e recém-licenciados, que foram desafiados a criar o primeiro logótipo do Diário da República. Desta primeira edição acabou mesmo por resultar o atual logótipo em uso.

A segunda edição deste prémio – que aceitou inscrições até meados deste mês – desafia os jovens estudantes do ensino secundário a criarem um pequeno filme onde pensassem sobre o Diário da República do presente e imaginassem o do futuro.

Visando envolver “uma parte da população habitualmente menos atenta às características do Diário da República e nem sempre sensibilizada para a necessidade de conhecimento das leis enquanto condição de exercício em pleno da cidadania”, o prémio aceita candidaturas com vídeos que tenham um máximo de três minutos, devendo estes lançar ideias para tornar o DR “mais inovador e próximo daqueles que serão os adultos de amanhã”, tendo por base as questões “O que é o Diário da República hoje?” e “Como vejo o Diário da República do futuro?”.

Ainda com foco nos alunos e estudantes, foi lançada a iniciativa “Academia DR“, onde se procura ir a diferentes instituições de Ensino Superior explicar no contexto universitário “como é que o DR pode ser uma mais-valia e uma ferramenta útil, quer para docentes quer para estudantes”, diz Bruno Pereira. Esta iniciativa já passou pela Universidade Aberta, Universidade Católica do Porto e Universidade de Coimbra, e vai continuar a ser desenvolvida no próximo ano.

O Diário da República tem também encetado esforços numa perspetiva de evolução tecnológica, tendo lançado uma nova app este ano, com o objetivo de facilitar o acesso à legislação nacional a todos os cidadãos. Atualmente, estão registados cerca de 30 mil equipamentos com a app instalada, segundo os dados partilhados com o +M.

O portal do Diário da República continua no entanto a ser o meio privilegiado de consulta de legislação pelos utilizadores, registando cerca de 3,2 milhões de visitas mensais. Durante o período pandémico verificou-se um pico de consultas, tendo sido registada a marca de 1,28 milhões de acessos num só dia, refere o responsável.

Entretanto está previsto o lançamento de um novo site, tendo o primeiro passo sido dado em 2021, quando foi concluído o processo de migração do portal do DR para a cloud, que visou “aumentar a capacidade de resposta em períodos de maior procura”. “A partir daí começámos a pensar naquilo que era uma mudança visual, funcional, no próprio portal” explica o diretor do DR.

Referindo que este é um “processo contínuo” onde são introduzidas melhorias diárias no portal – “umas mais visíveis que outras” – atualmente “no que estamos a trabalhar é de facto em mudar a cara do portal”.

“O portal começou por disponibilizar as sucessivas edições diárias do jornal oficial, mas hoje em dia é muito mais do que isso. Tem um conjunto variado de conteúdos e também de funcionalidades que muitas vezes não são do conhecimento dos nossos utilizadores. Portanto este lançamento funcional, que se concretiza com uma mudança de imagem, visa de facto facilitar a consulta e o uso destas ferramentas pelos utilizadores“, acrescenta Bruno Pereira.

Relativamente a prazos, estando a ser finalizada a primeira fase do projeto, a estimativa é que durante o ano de 2024 ou no início de 2025 o mesmo seja implementado e concluído.

O Diário da República pretende também lançar um podcast, naquela que é outra das “vertentes da nossa proximidade com o cidadão e de apresentação de conteúdos jurídicos, contribuindo de facto para uma literacia jurídica”, refere Bruno Pereira.

Neste sentido, no início do próximo ano o podcast deve chegar às diferentes plataformas – como Spotify e YouTube – tanto em formato áudio como vídeo, contando com “personalidades da nossa vida social e política” como convidados para explicarem temas como o processo e feitura de uma lei, exemplifica o diretor do DR.

Este conjunto de esforços têm sido desenvolvidos “essencialmente internamente”, explica ainda Bruno Pereira, tendo o Diário Da República contado nos últimos meses com o apoio da consultora BDC e procedido à contratação de uma pessoa – a vencedora da primeira edição do prémio DR – que veio reforçar a equipa de cerca de 60 profissionais que asseguram todo o funcionamento da publicação.

Este ano, até 31 de outubro, foram publicados cerca de 1.300 atos na 1.ª série e de 62.000 atos na 2.ª série.

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Didimo, Addvolt, Merytu… Conheça as startups vencedoras dos PV Awards

Ao todo, onze prémios foram atribuídos a startups de diversas áreas de negócio que fazem parte do portefólio da Portugal Ventures. Maria João Maia, da Corium Biotech, é a empreendedora 2023. 

Didimo, Addvolt ou Merytu são três das startups vencedoras do PV Awards, iniciativa da Portugal Ventures (PV) para para distinguir as empresas do seu portefólio pelo seu desempenho ao longo do ano. Ao todo, onze prémios foram atribuídos. Maria João Maia, da Corium Biotech, é a empreendedora 2023.

“O reconhecimento do trabalho desenvolvido pelas empresas em que investimos é extremamente importante, evidenciando que continuamos a acreditar nos seus negócios, e estimula o restante portefólio para que possam alcançar os seus objetivos”, refere Rui Ferreira, presidente da Portugal Ventures, citado em comunicado.

“Para a equipa da Portugal Ventures, os PV Awards é igualmente um agradecimento por nos escolherem como parceiro de investimento, que está presente nos bons e maus momentos, e acredita diariamente no sucesso destas startups. Estamos orgulhosos do trabalho desenvolvido pelo portefólio que tem superado desafios cruciais para o seu crescimento, e que com toda a certeza vão atingir as suas metas e continuar a trabalhar na sua projeção dos seus negócios com ambição global”, continua o presidente da sociedade de capital de risco do Grupo Banco Português de Fomento.

Relançados em 2022, no âmbito dos dez anos da Portugal Ventures, os PV Awards pretendem distinguir as startups do portefólio da sociedade de capital de risco que se destacaram ao longo do ano. Os nomeados foram indicados pelas áreas de negócio da PV, tendo os vencedores sido escolhidos com um júri composto por António Grilo (Agência Nacional de Inovação), Luís Guerreiro (IAPMEI), Pedro Silveira (AICEP), Carlos Abade (Turismo de Portugal), Manuel Caldeira Cabral (Startup Portugal), Conceição Zagalo (Grace), Cristina Campos (investidora), Marcelo Lebre (Remote, Isabel Neves (investidora) e Vanda Jesus (iCapital). Ao todo foram atribuídos 11 prémios.

Conheça os vencedores

  • Prémio Startup Digital & Tecnologia 2023: reconhece a empresa que apresentou “índices superiores de execução nas áreas críticas para o seu desenvolvimento, como a penetração em mercados internacionais e o potencial acesso a capital internacional.”

Nomeados: Aptoide, Didimo, Leadzai, Mediaprobe, miio.

Vencedor: Didimo.

  • Prémio Startup Indústria & Tecnologia 2023: reconhece a empresa que apresentou “índices superiores de execução nas áreas críticas para o seu desenvolvimento”.

Nomeados: Addvolt, Eneida, Graphenest.

Vencedor: Addvolt.

  • Prémio Startup Tecnologias da Saúde 2023: reconhece a empresa que se destacou pelo seu “posicionamento e evolução numa ótica de mercados globais, considerando o produto, as suas competências internas, o progresso para o mercado e a atração de parceiros e investidores”.

Nomeados: CellmAbs, C-mo Medical Solutions, PeekMed, TargTex.

Vencedor: CellmAbs.

  • Prémio Startup Turismo 2023: reconhece a empresa que se distinguiu “num setor estratégico da nossa economia, contribuindo para a valorização da oferta nacional e que demonstra um elevado potencial de expansão da sua atividade”.

Nomeados: Doinn, HiJiffy, Merytu, Oliófora, Wotels Hub.

Vencedor: Merytu.

  • Prémio Startup Novos Negócios 2023: reconhece a empresa que se distinguiu através de investimento em pré-seed.

Nomeados: Bam&Boo, FastCompChem, Nu-Rise, Plutos, Rubynanomed.

Vencedor: Rubynanomed.

  • Prémio Exit 2023: reconhece a empresa do portefólio “na qual se registou um desinvestimento e que se distingue pelo múltiplo de saída”.

Vencedor: Spinach Tours.

  • Prémio Startup Revelação 2023: reconhece a empresa que se distinguiu em cada unidade de negócio.

Nomeados: CellmAbs, Hoopers, kendir Studios, Oliófora, Watgrid.

Vencedor: CellmAbs.

  • Prémio Alumni PV: reconhece a ex startup que, pelo seu percurso, é considerada exemplo de boas práticas.

Nomeados: ByFoods, Doppio, Eptune Engineering, Perceive3D, Spinach Tours.

Vencedor: ByFoods.

  • Prémio Empreendedor 2023: reconhece o CEO que se destacou em 2023 pela sua liderança.

Nomeados: João Aroso (Leadzai), José Ruiv (Noocity), Maria João Maia (Corium Biotech), Nuno Constantino (Wotels Hub) e Nuno Prego Ramos (CellmAbs).

Vencedor: Maria João Maia, da Corium Biotech.

  • Prémio Sustentabilidade 2023: reconhece a empresa que mais contribuiu para a problemática da sustentabilidade.

Nomeados: miio, Noocity, PeekMed, Sciven, Wotels Hub.

Vencedor: Noocity.

  • Prémio Resiliência 2023: reconhece a empresa que se distinguiu “na superação de vários obstáculos”.

Nomeados: Ablute, Beamian, Didimo, LUGGit e Stemmaters.

Vencedor: LUGGit.

  • Prémio Crescer a Empreender: grupo de estudantes do agrupamento de Escolas D. Dinis de Quarteira foi convidado a apresentar projetos de empreendedorismo. Os founders votaram na melhor ideia com a atribuição do prémio Crescer a Empreender à ideia vencedora. Todos os alunos que participaram no desenvolvimento das ideias receberam um prémio oferecido pela Rauva. “O nosso Parceiro de Ignição Territórios Criativos e a Wotels Hub, startup do nosso portefólio foram fundamentais no apoio a este projeto”.

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Líder do BCP antecipa “alteração relevante” na política de dividendos

  • ECO
  • 18 Dezembro 2023

“O trabalho realizado e os resultados alcançados permitem" perspetivar uma "alteração relevante" na política de dividendos, avança Miguel Maya, CEO do banco.

Numa altura em que o BCP regressa ao principal índice de referência europeu Stoxx 600, existe espaço para mudanças nos dividendos, sinaliza Miguel Maya. No que diz respeito a esta política, o CEO do banco admite “uma alteração relevante”, em declarações ao Jornal de Negócios.

“O trabalho realizado e os resultados alcançados permitem, sem descurar a importância que atribuímos e continuaremos a atribuir a uma gestão prudente e rigorosa do capital, perspetivar uma alteração relevante face ao passado recente, constituindo uma evolução positiva para os investidores”, indica Miguel Maya, CEO do banco.

O BCP não distribuiu dividendos em 2020 e 2021, devido à incerteza associada à pandemia de Covid-19. Já no ano passado, o banco pagou um dividendo ilíquido de 0,09 cêntimos por ação. Este ano, até setembro os lucros do BCP dispararam para 650,7 milhões de euros, sete vezes mais que no período homólogo, sendo que parte destes resultados será então entregue aos acionistas.

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Farfetch tenta fechar acordo de “resgate” antes do Natal para evitar insolvência

  • ECO
  • 18 Dezembro 2023

Empresa liderada por José Neves, que foi o primeiro unicórnio português, está em conversações avançadas com capitais de risco para obter centenas de milhões de dólares em financiamento de emergência,

A Farfetch está a tentar fechar um acordo de “resgate” antes do Natal para evitar a insolvência, de acordo com o The Sunday Times (acesso pago, conteúdo em inglês). Em cima da mesa estará um acordo com um comprador, suportado em private equity e já em estado avançado de negociações.

Na semana passada, a Sky News noticiou que a empresa de origem portuguesa estaria em conversações com vários players para obter centenas de milhões de dólares em financiamento de emergência, sendo um deles o fundo de capital privado Apollo Global Management.

Não é claro se o novo capital seria fornecido como dívida ou capital, ou uma combinação dos dois. Assim como o valor que está em causa, embora o The Sunday Times tenha noticiado que a empresa de origem portuguesa deverá precisar de levantar cerca de 500 milhões de dólares.

Estas negociações surgem depois de ser conhecido que José Neves, fundador da Farfetch, estaria a considerar tornar a empresa privada, retirando-a da bolsa de Nova Iorque. O Público noticiou que o primeiro unicórnio português poder despedir cerca de 2.000 trabalhadores este ano, ao invés dos 800 que estavam previstas, cortando até 25% da força de trabalho para garantir a viabilização.

O marketplace fundado em 2008, que tem sede fiscal na Ilha de Man, tem estado sob pressão dos mercados nas últimas semanas, depois de ter adiado a apresentação de resultados do terceiro trimestre, prevista para 29 de novembro. Na semana passada, a agência de rating Moody’s baixou ainda mais a classificação de crédito da empresa para território de “lixo” e colocou-a em revisão para um novo corte, citando a deterioração da sua posição financeira.

A Farfetch estreou-se na Bolsa de Valores de Nova Iorque em setembro de 2018, com um IPO de 20 dólares por ação. Atualmente, está a cotar nos 0,64 dólares.

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O ministro da Economia português já disse estar a “acompanhar com atenção o que se está a passar” na Farfetch, que “era um dos nossos grandes unicórnios”. António Costa Silva sustenta que as empresas têm “altos e baixos”, esperando que “esta situação possa ser estabilizada e a Farfetch possa regressar àquilo que foi antes”.

A Farfetch está também a ser visada numa ação coletiva nos EUA que argumenta que a empresa fez “afirmações enganadoras” que prejudicaram os investidores. Apesar de estar a ser fortemente penalizada em Wall Street, assim como pelos resultados e prejuízos que tem acumulado, conseguiu nos últimos dias obter um novo investidor. A Point72 Asset Management, juntamente com entidades associadas e o investidor Steven Cohen, dono da equipa de basebol New York Mets, adquiriram uma participação de 5,1% na empresa.

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O jornalista de investigação criminal Sonsoles Ónega apresenta um novo romance

  • Servimedia
  • 18 Dezembro 2023

O autor de 'Histórias Condenadas (Vida Mais Má)' coordena a partir de 2022 a seção de incidentes no programa 'E agora Sonsoles' da Antena 3.

Após mais de trinta anos como cronista judicial e policial, Carlos Quílez apresenta as 18 histórias criminais que mais o marcaram na sua carreira profissional. Um livro coral que inclui alguns relatos escritos pelos próprios prisioneiros, que abrangem desde condenados por crimes comuns, estupros ou assassinatos, como Rosa Peral, até policiais de outras épocas ou altos cargos como Sandro Rosell.

‘Histórias Condenadas (Vida Mais Má)’ é um compêndio de histórias criminais que Carlos Quílez conheceu em primeira mão após mais de trinta anos como cronista de informações policiais e judiciais. Ele as conheceu e, às vezes, as sofreu. Somente essa proximidade com o criminoso, o policial, o juiz e a vítima permite construir esse relato “desinteressado, mas extraordinariamente revelador, das fraquezas da nossa sociedade”.

Quílez, depois de mais de trinta anos de jornalismo da “vida má”, oferece essas histórias protagonizadas por pessoas que um dia decidiram seguir um caminho sem volta, com uma arma na mão, em direção a lugar nenhum, como flashes de realidade.

As histórias que o autor apresenta neste livro de “crime verdadeiro” são acompanhadas por outros relatos escritos de próprio punho por prisioneiros e ex-prisioneiros que, “com sinceridade e completamente sem maquilhagem”, explicam sua perspetiva sobre a vida, a liberdade, a prisão e a dor extraordinária que causaram às suas vítimas. Sandro Rosell (dois anos em prisão preventiva injustamente), Rosa Peral (condenada a vinte e cinco anos pelo crime da Guarda Urbana), Jesús Contreras (conhecido como o assaltante do agasalho), Flako (o Robin Hood de Vallecas), Emmanuel (chefe da Mara Salvatrucha), Matagatos (exemplo de uma raça criminosa em extinção) e outros criminosos e policiais que tiveram a gentileza de abrir mão de algumas das suas memórias mais íntimas para escrever seus relatos que transpiram emoção, crueldade e visceralidade. Menção especial ao capítulo sobre o trágico e pantomímico julgamento do ativista anarquista Salvador Puig Antich. ‘Histórias Condenadas’ é um soco na boca do estômago e uma foto em primeiro plano desta sociedade nossa, tão cúmplice quanto vítima dos seus próprios fracassos.

Carlos Quílez Lázaro (Barcelona, 1966) é formado em Jornalismo pela Universidade Autónoma de Barcelona e mestre em Jornalismo Judicial pela Universidade Autónoma de Madrid. Após vinte anos liderando a secção de tribunais e polícia da Cadena SER em Barcelona, Carlos Quílez se juntou à Oficina Antifraude da Catalunha como diretor de Análise. Após sua passagem por esta instituição, voltou ao jornalismo através do Crónica Global, da Sexta TV, da Rac 1 e da TV3. Em 2019, fundou o jornal digital Eltaquígrafo.com especializado em jornalismo de incidentes. A partir de 2022, ele coordena a secção de incidentes no programa ‘E agora Sonsoles’ da Antena 3.

Quílez foi professor de jornalismo investigativo na Universidade Pompeu Fabra e na Universidade Internacional da Catalunha e autor de uma dúzia de livros de “crime verdadeiro”. Ele ganhou o Prémio Rodolfo Walsh da Semana Negra de Gijón e o Prémio Crims de Tinta de romance policial do governo da Catalunha.

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Pobreza faz aumentar casos de crianças em Portugal sem acesso a serviços de saúde

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2023

Investigadores da Nova SBE alertam que pobreza está a impedir muitas famílias de irem a consultas ou urgências, num país onde os menores estão isentos das taxas moderadoras.

As famílias com crianças até aos 15 anos estão a recorrer menos a serviços de saúde por falta de dinheiro, segundo um inquérito nacional que mostra que, no ano passado, 15,63% dos agregados familiares não procurou auxílio.

O trabalho realizado por dois investigadores da Nova School of Business and Economics (Nova SBE), Pedro Pita Barros e Carolina Santos, lança o alerta. A pobreza estar a impedir muitas famílias de irem a consultas ou urgências, num país onde os menores estão isentos das taxas moderadoras.

No ano passado, 15,63% das famílias com crianças e jovens até aos 15 anos não foi visto por um profissional de saúde apesar de estar doente, segundo o trabalho dedicado ao “Acesso das Crianças a Cuidados de Saúde”, que faz parte da “Série Análises do Setor da Saúde” e que permite ver a evolução do fenómeno desde 2013.

O inquérito mostra que a situação se agravou, já que no ano anterior, os agregados que não acederam a cuidados de saúde representavam 13,33% do total.

O trabalho mostra ainda que ao longo da última década, houve sempre mais de 10% dos inquiridos nessa situação, sendo 2015 e 2017 os piores anos, já que mais de uma em cada quatro famílias não foi vista por um profissional de saúde apesar de estar doente (20,48% e 23,48%, respetivamente).

Os investigadores quiseram perceber se esta redução se poderia atribuir a episódios de doença menos graves, mas detetaram que as crianças de famílias mais carenciadas enfrentavam “barreiras de acesso de natureza financeira mais elevadas”, lê-se na nota informativa a que a Lusa teve acesso.

Ora, num país onde os menores estão isentos de pagar taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde, “provavelmente subsistem dificuldades noutras despesas associadas com o acesso a cuidados de saúde”, alertaram os autores.

“Na globalidade, os resultados evidenciam que a origem do problema de acesso das crianças a cuidados de saúde reside na pobreza infantil”, concluem, saudando os mecanismos de discriminação positiva existentes no SNS, mas defendendo que é preciso ir mais longe.

Para os investigadores da Nova SBE é preciso combater a pobreza para conseguir mitigar as barreiras no acesso. “O objetivo de assegurar cuidados de saúde adequados à população não poderá ser alcançado unicamente por via de políticas de saúde, stricto sensu. É necessário (re)avaliar a implementação de políticas de proteção social abrangentes, uma vez que estas complementam as políticas de saúde”, salientam no documento.

O estudo compara também os agregados familiares com crianças com menos de 15 anos e acima dessa idade e conclui precisamente que as famílias com crianças pequenas são mais afetadas e procuram menos o sistema de saúde. Um indicador comum entre estes dois grupos de agregados familiares é o facto de ambos não comprarem todos os medicamentos necessários.

No ano passado, cerca de 18,37% dos inquiridos de famílias com crianças com menos de 15 anos não adquiriu todos os medicamentos necessários ao tratamento do episódio de doença.

Existiam ainda outros fatores com potencial de influenciar o acesso a cuidados de saúde, como não ter médico de família, mas os investigadores concluíram que as famílias com crianças mais pequenas não eram mais desfavorecidas neste processo.

“Ambos os tipos de agregados foram negativamente afetados pela falta de médicos de família”,lê-se no documento hoje divulgado que mostra que é cada vez mais difícil ter médico de família.

Quase nove mil pessoas participaram nos vários inquéritos realizados pela Nova SBE entre 2013 e 2022, sendo os inquiridos “uma amostra representativa da população residente em Portugal”, refere o documento a que a Lusa teve acesso.

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Caldea leva o champanhe até à água com sua campanha de Natal

  • Servimedia
  • 18 Dezembro 2023

O spa termal vai lançar um bar aquático e trazer de volta o Storm, um show de acrobacias ao vivo para famílias.

Caldea, o spa termal de Andorra, oferece uma experiência ‘in-water’ neste período de festas de Natal, levando o champanhe até à água “para poder brindar e celebrar o Natal”.

Segundo explicado, a nova proposta permitirá aos clientes do Inúu – o spa exclusivo para adultos do Caldea – desfrutar do bar aquático, onde será oferecido um cardápio de bebidas com bolhas. De 27 a 30 de dezembro, das 20h às 23h, e a partir de janeiro, todas as sextas e sábados à noite, os clientes poderão escolher entre opções que vão desde os clássicos copos de champanhe até um coquetel de chá com refrigerante ou um smoothie sem álcool na água.

Será possível desfrutar dessa oferta enquanto os visitantes mergulham na água da grande lagoa central do Inúu, acompanhados pela música ao vivo de um saxofonista ou de uma cantora/solista, “criando assim um ambiente vibrante semelhante ao que pode ser experimentado nos spas mais exclusivos do mundo, como o Sky Lagoon da Islândia”, acrescentou.

No contexto natalino, Caldea também programou o Storm, um show de acrobacias com cordas direcionado ao público familiar e aos casais mais jovens, que também contará com jogos de água e música ao vivo de um violino eletrónico. Esta proposta, que combina habilidade artística com música rock, poderá ser vista de 27 a 30 de dezembro e de 2 a 4 de janeiro de 2024, às 11h40 e às 21h40.

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Imigrantes dão excedente de 1.600 milhões à Segurança Social

  • ECO
  • 18 Dezembro 2023

Os imigrantes pesam 7,5% no total da população, sendo que este foi “o valor mais elevado de sempre”, de acordo com o Observatório das Migrações.

Os imigrantes contribuíram com 1.861 milhões de euros para a Segurança Social em 2022, enquanto só beneficiaram de cerca de 257 mil euros em prestações sociais. Desta forma, verificou-se um saldo positivo das contribuições dos imigrantes de 1.600 milhões de euros no ano passado, noticia o Público.

Os imigrantes pesam 7,5% no total da população, sendo que este foi “o valor mais elevado de sempre”, de acordo com o Observatório das Migrações, responsável pelo relatório com estes novos dados. É quase o dobro do que em 2019, quando representavam 5,7% da população residente. Já o peso entre os contribuintes do sistema de Segurança Social subiu para 13,5%.

O mais recente relatório do Observatório das Migrações indica ainda que continuou a tendência de os estrangeiros terem maior capacidade contributiva que os nacionais, sendo que em 2022 foram 87 contribuintes por cada 100 residentes, enquanto para os portugueses são 48 contribuintes por cada 100.

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