Portugal propõe converter dívida dos Estados-membros da CPLP em apoio à transição ambiental

  • Lusa
  • 27 Agosto 2023

António Costa diz que o Governo está disponível para trabalhar na conversão das dívidas num fundo de investimento para a transição ambiental. Defendeu também um programa de intercâmbio académico.

Portugal está disponível para converter a dívida dos Estados-membros em apoios à transição ambiental, à semelhança do que acontece com Cabo Verde, afirmou este domingo o primeiro-ministro português, na cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Na sua intervenção durante a sessão restrita da 14.ª conferência da organização lusófona, que decorre este domingo em São Tomé, António Costa disse que Portugal está disponível para “trabalhar com cada um dos Estados-membros da CPLP para também converter a dívida em fundo de investimento em ambiente, na energia, na água, na reciclagem, de forma a acelerarmos esta transição”.

O ponto de partida desta proposta é trabalhar “com base num projeto-piloto” que Portugal arrancou com Cabo Verde: a “criação do Fundo Climático e Ambiental”, que será aprovado formalmente pela Praia em outubro, explicou o governante. Neste projeto, “Portugal comprometeu-se a converter a dívida de Cabo Verde em investimento na transformação ambiental”.

O primeiro-ministro português defendeu também um programa de intercâmbio académico que permita a frequência de um semestre noutro país da organização.

“Que daqui até 2026, possamos conseguir ter nos nossos diferentes países pelo menos um curso onde todos sejamos certificados para podermos ter ao nível da CPLP uma frequência como o programa europeu Erasmus”, disse António Costa no seu discurso na cimeira, em São Tomé, apelidando este novo projeto de ‘Frátria’, numa evocação à expressão ‘Mátria’ de Caetano Veloso.

O objetivo é, “pelo menos em cada um dos cursos, em cada uma das universidades, de cada um dos nossos países, ter um semestre reconhecido para que os nossos jovens possam circular mais entre todos os nossos países”, disse o governante português, que evocou a sua origem pessoal para a ideia deste projeto.

Guiné vão seguir-se a São Tomé na presidência da CPLP

A Guiné-Bissau vai assumir a próxima presidência da CPLP, entre 2025 e 2027, sucedendo a São Tomé e Príncipe, que assumiu este domingo a liderança da organização. O anúncio foi feito pelo Presidente da República de São Tomé, Carlos Vila Nova.

A CPLP, que integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, realiza a 14.ª conferência de chefes de Estado e de Governo, em São Tomé e Príncipe, sob o lema “Juventude e Sustentabilidade”.

O Presidente da Guiné Equatorial defendeu que a organização deve “abrir as portas” a outros povos que desejem aderir, defendendo que a cooperação “é um património da Humanidade”.

“A República da Guiné Equatorial considera que a CPLP deve abrir as suas portas para outros povos, de diferentes culturas, que o desejem, porque a cooperação entre Estados é um património da Humanidade para promover o bem-estar de todos os homens”, afirmou Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, num discurso durante a sessão restrita, reservada aos chefes de Estado e de Governo.

O chefe de Estado da Guiné Equatorial – o membro mais jovem da organização, a que aderiu há nove anos – afirmou que o seu país “sempre será grato pela sua admissão como membro de pleno direito da CPLP”.

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Chinesa Evergrande com prejuízo de 4.200 mihões no primeiro semestre

  • Lusa
  • 27 Agosto 2023

A gigante do imobiliário atribuiu grande parte dos seus resultados negativos a fatores como a devolução de terrenos ou a perda de valor devido à imparidade de ativos financeiros.

A endividada ‘gigante’ imobiliária chinesa Evergrande anunciou hoje um prejuízo de cerca de 4.200 milhões de euros (33.012 milhões de yuans), no primeiro semestre do ano.

De acordo com EFE, a empresa, que em 2020 faturou 1.001 milhões de euros (8.076 milhões de yuans), indicou ainda que, no final de junho deste ano, o seu passivo total (despesas, dívidas e obrigações financeiras) ascendia a cerca de 303.752 milhões de euros (2,38 biliões de yuans), 2,02% inferior ao do ano anterior, mas cerca de 25% superior ao do final de 2020.

Deste montante, 79.463 milhões de euros (624.765 milhões de yuans) correspondem a empréstimos, o que representa um aumento de 2,02% face ao final de 2022.

Os números refletem também uma diminuição de 5,13% no valor dos ativos totais (bens e direitos que podem ser convertidos em meios monetários) da empresa face ao final do ano de 2022, fixando-se em 221.817 milhões de euros (1,74 biliões de yuans).

No primeiro semestre de 2023, a Evergrande registou um volume de negócios de 28.529 milhões de euros (128.067 milhões de yuans), o que representa um aumento de 43% face ao mesmo período de 2022.

Além das perdas operacionais, a Evergrande atribuiu grande parte dos seus resultados negativos a fatores como a devolução de terrenos ou a perda de valor devido à imparidade de ativos financeiros.

A promotora imobiliária chinesa, a mais endividada do mundo, solicitou, na segunda-feira, o regresso da negociações das suas ações na bolsa de valores de Hong Kong.

Em comunicado enviado ao mercado, na sexta-feira, a Evergrande afirmou ter cumprido todos os requisitos para levantar a suspensão da negociação das suas ações, em vigor desde 21 de março de 2022, e garantiu que possui “operações comerciais suficientes”.

A empresa referiu que está a “dar prioridade à estabilização das operações e à resolução de riscos” e que está a “trabalhar com o máximo esforço para garantir a entrega dos imóveis”.

A imobiliária informou que, com o apoio dos governos locais, empresas e proprietários, o grupo retomou a construção de 732 empreendimentos para garantir a entrega dos imóveis. Em 2022, a Evergrande entregou um total de 301.000 unidades.

A ‘gigante’ imobiliária da China foi responsável pelo início da crise que atravessa o setor no país desde 2021, quando anunciou que não conseguiria pagar as suas dívidas de 2,4 triliões de yuans, valor equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) daquele país.

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📹 Lisboa é a capital mundial em que as rendas prime mais subiram. Veja o “top 10”

  • ECO
  • 27 Agosto 2023

Lisboa é a capital mundial onde se registou a maior subida do preço das rendas, segundo um estudo da Savills. Veja o ranking das dez maiores subidas.

Lisboa é a capital mundial onde se registou a maior subida do valor das rendas, sobretudo em casas premium, de acordo com o estudo da consultora SavillsÍndice Mundial do Mercado Residencial Prime”, que analisou 30 cidades. No primeiro semestre deste ano, o valor das rendas em Lisboa subiu 13,9% em cadeia e 32,7% em termos homólogos. Veja o “top 10” das cidades com maiores subidas das rendas no primeiro semestre neste vídeo.

http://videos.sapo.pt/eRCZPtCl9d94Po9gZJ9c

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Ministério da Educação tem plano para escola europeia em Lisboa para filhos dos funcionários de Bruxelas

  • Ana Petronilho
  • 27 Agosto 2023

Desde 2018 que é estudada a criação de uma escola europeia em Lisboa para os filhos dos funcionários da Comissão e do Parlamento Europeu, que iria funcionar na Secundária Marquês de Pombal.

O Ministério da Educação tem planos para criar uma nova escola europeia acreditada em Lisboa, para ser frequentada pelos filhos dos funcionários da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu em Portugal. A nova escola europeia iria funcionar na Secundária Marquês de Pombal, na zona de Belém, para onde, em 2018, foram deslocados cerca de 300 alunos do Conservatório Nacional de Música.

A intenção do Governo, que está em cima da mesa desde 2018, consta do Relatório e Contas de 2021 da Parque Escolar onde se lê que, nesse ano, a empresa pública – criada em 2007 pelo Governo de José Sócrates para requalificar as escolas públicas do país – desenvolveu “a pedido do Ministério da Educação” seis estudos.

E um desses estudos é sobre “uma proposta de criação de uma escola europeia acreditada em Lisboa” para “garantir o ensino europeu aos filhos dos funcionários da União Europeia das duas agências instaladas no país, ou outros agentes das instituições ou órgãos como as delegações nacionais do Parlamento Europeu ou da Comissão Europeia” com “potencial de oferta de um ensino europeísta a uma população mais vasta”, lê-se no relatório da Parque Escolar.

Sem adiantar muitos detalhes, o documento refere ainda que as instalações da Secundária Marquês de Pombal iriam sofrer obras, que ficariam a cargo da Parque Escolar.

O estudo para a criação da escola europeia em Lisboa arrancou em 2018 a pedido da Inspeção Geral da Educação e Ciência, “tendo em 2021 sido aprofundado” com a “avaliação da viabilidade de instalação da Escola Europeia Acreditada na Escola Secundária de Marquês de Pombal”, lê-se no relatório da Parque Escolar. Acontece que desde 2020 que a titularidade da escola transitou para a Câmara de Lisboa.

O ECO questionou o Ministério da Educação e a Parque Escolar sobre a localização da escola, quando seria criada e qual a capacidade do número de alunos, mas, até à hora da publicação deste texto, tanto o Governo como a empresa pública recusaram responder. Também foi negado ao ECO o acesso ao estudo desenvolvido pela Parque Escolar, que entretanto mudou o nome para Construção Pública e passou a ter como prioridade a construção de habitação pública.

Mas criar uma escola europeia, em Lisboa, para os filhos dos funcionários de Bruxelas é uma intenção antiga do Governo que chegou a ser conversada com a Comissão Europeia mas, nos últimos anos, os planos não têm tido qualquer desenvolvimento, sabe o ECO.

Já a Câmara de Lisboa, através da vereadora Sofia Athayde (CDS), que tem o pelouro da Educação, disse ao ECO que não tem “conhecimento de qualquer plano, proposta ou iniciativa a ser desenvolvida pelo Governo na Escola Secundária Marquês de Pombal, apesar da efetiva titularidade” da escola Secundária Marquês de Pombal já ter passado para a autarquia.

Sofia Athayde adiantou ainda que a autarquia “tem previstas obras de requalificação para a a escola em 2025/2026”, salientando ainda que as instalações continuam a ser frequentadas “provisoriamente” desde o ano letivo 2018-2019 (há cinco anos) pelos 300 alunos da Escola Artística de Música do Conservatório Nacional, que “aguardam a conclusão das obras que são da responsabilidade da Parque Escolar”.

A Secundária Marquês de Pombal foi fundada em 1884 sendo uma das mais antigas no país e está nas atuais instalações, em Belém, desde 1962, nunca tendo sofrido obras de requalificação de fundo.

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Arábia Saudita interessada em juntar-se à Liga dos Campeões

  • ECO
  • 27 Agosto 2023

A Arábia Saudita está interessada em conversações para se juntar à Liga dos Campeões, a prova rainha das competições de clubes da UEFA. Organização considera que se trata de uma "invenção".

A Arábia Saudita, que tem gasto centenas de milhões no reforço das suas equipas com estrelas do futebol europeu, está interessada em conversações para se juntar à Liga dos Campeões, noticia este domingo a Bloomberg. UEFA não dá sinais de abertura.

“Estamos a tentar ser diferentes, pelo que qualquer tipo de mudança de formato ou melhorias que possam ser introduzidas na liga serão bem-vindas”, disse o diretor de operações da Saudi Pro League (SPL), Carlo Nohra, em entrevista à agência norte-amercana.

Carlo Nohra afirma que SPL ainda está “completamente comprometida” em estar na Liga dos Campeões da AFC, a principal competição de clubes da Ásia. As conversações sobre uma adesão à Liga dos Campeões da UEFA teriam provavelmente de acontecer entre a UEFA e a Federação Saudita de Futebol.

O responsável pelo futebol no organismo europeu, Zvonimir Boban, considerou este mês uma “invenção” a possibilidade de adesão dos clubes sauditas à Liga dos Campeões em 2025, em resposta ao jornal croata Jutarnji List. O Cazaquistão, apesar de ser um país asiático, faz parte da UEFA.

As equipas sauditas gastaram o equivalente a cerca de 650 milhões de dólares nos últimos meses para elevar a qualidade do seu futebol. Jogadores como Karim Benzema, do Real Madrid e Neymar, do Paris Saint-Germain, juntaram a Cristiano Ronaldo, que em janeiro ingressou no Al-Nassr.

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Testes genéticos confirmam morte de Prigozhin em queda de avião, diz Rússia

  • ECO
  • 27 Agosto 2023

Comité de Investigação russo garante que teste genéticos feitos aos ocupantes do jato privado confirmam a identidade de todos os ocupantes, incluindo o antigo líder do Grupo Wagner.

Investigadores russos afirmaram no domingo que testes genéticos confirmaram que Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo mercenário Wagner, estava entre as 10 pessoas mortas na queda de um jato privado na última quarta-feira, avança a Reuters.

A agência de aviação russa já tinha publicado os nomes de todas as 10 pessoas a bordo do jato particular que caiu na região de Tver, a noroeste de Moscou. A lista incluía Prigozhin e Dmitry Utkin, o seu braço direito e parceiro na criação do grupo Wagner.

“Como parte da investigação à queda do avião na região de Tver, os exames genéticos moleculares foram concluídos”, disse o Comité de Investigação da Rússia em comunicado publicado na aplicação de mensagens Telegram.

“De acordo com os resultados, as identidades de todos os 10 mortos foram estabelecidas e correspondem à lista constante da ficha de voo”, afirmou.

O jato particular que transportava Prigozhin e a sua guarda caiu no final da tarde de quarta-feira na região de Tver, a noroeste de Moscovo, levantando imediatamente suspeitas de um assassinato orquestrado pelo poder russo.

Em Washington, Paris, Berlim ou Kiev, altos funcionários deram a entender que as suas suspeitas recaíam diretamente sobre o Kremlin. Por seu lado, o Kremlin negou ter ordenado o assassinato de Prigozhin, qualificando estas insinuações como “especulação”.

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Trump angariou 7,1 milhões desde que se entregou na Geórgia

  • ECO
  • 27 Agosto 2023

O ex-presidente usou a foto da rendição numa prisão em Atlanta para apelar a donativos. Desde que foi formalmente acuado, Donald Trump já conseguiu 20 milhões, segundo o seu porta-voz.

O antigo presidente Donald Trump já angariou 7,1 milhões de dólares desde que publicou na rede social X (ex-Twitter) uma foto tirada quando se entregou numa prisão em Atlanta, no âmbito da acusação criminal em que é acusado de tentar falsificar os resultados das eleições de 2020 no estado da Geórgia.

A revelação foi feita pelo seu porta-voz, Steven Cheung, também na rede social de Elon Musk. Só na sexta-feira foram angariados 4,18 milhões de dólares, elevando para 20 milhões o montante conseguido nas últimas três semanas, desde que Trump foi indiciado pela acusação no condado de Fulton.

Após o ex-presidente se ter entregue na Geórgia, na noite de quinta-feira, publicou a fotografia tirada na prisão na rede social X, com a indicação do site que serve para fazer donativos para a campanha. A imagem deu também origem a uma “explosão” de merchandising não oficial, com t-shirts ou canecas com a imagem.

 

Donald Trump é o candidato que mais dinheiro angariou para a campanha presidencial, segundo um ranking divulgado pelo The New York Times, atualizado a 1 de agosto. O ex-presidente soma 22,5 milhões de dólares, seguido pelo também republicano Tim Scott, com 21,1 milhões. Joe Biden é o terceiro com 20,1 milhões. O dinheiro que entrou nas últimas semanas terá impulsionado a liderança do antigo presidente.

A acusação no condado de Fulton é o quarto processo criminal contra Trump desde março, quando se tornou o primeiro ex-presidente na história dos Estados Unidos a ser acusado judicialmente.

Donald Trump é uma das 19 pessoas acusadas na Geórgia por tentativa de reverter os resultados das eleições presidenciais de 2020, nas quais o Republicano perdeu para o atual Presidente, o Democrata Joe Biden, por uma margem estreita.

Esta acusação criminal teve origem numa chamada telefónica, data de janeiro de 2021, quando o ex-presidennte pediu ao secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, que lhe conseguisse votos suficientes para vencer no estado.

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Com 500 milhões na mira, Fundo Land espera começar a comprar terrenos em 2024

  • Lusa
  • 27 Agosto 2023

O Fundo Land, que pretende captar 500 milhões de euros em cinco anos, quer reunir até ao final de dezembro o investimento necessário para começar a adquirir terras.

O Fundo Land, que pretende captar 500 milhões de euros em cinco anos e espera oferecer aos investidores um retorno de cerca de 10%, pretende levantar até ao final do ano o capital necessário para começar a comprar terrenos.

O objetivo é captar 500 milhões de euros, maioritariamente de investidores internacionais, em cinco anos, para realizar intervenções num total de áreas até 200 mil hectares” por todo o país, com mais incidência nas zonas desertificadas, explicou à agência Lusa João Raimundo, porta-voz do fundo.

Estamos a captar investimento e, até final do ano, pretendemos conseguir angariar o montante adequado para começar a comprar terrenos“, resume João Raimundo, quando questionado acerca do ponto em que está o projeto.

Este instrumento é referido como o primeiro fundo de investimento imobiliário português visando a sustentabilidade, com autorização da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), obtida em fevereiro, e aponta para um retorno de 10% ao longo da sua vida, de 15 anos, renovável por períodos de cinco anos.

João Raimundo salienta, no entanto, que o retorno do investimento depende de vários fatores, como a evolução do preço do carbono, no mercado.

Entre os promotores do fundo está o empresário Filipe de Botton, a quem se juntaram Fernando Esmeraldo (ex-presidente da gestora de fundos ECS), Ângela Lucas (investigadora da Católica na área da sustentabilidade e ex-assessora do Ministério do Ambiente), João Lopes Raimundo (gestor que esteve em vários negócios de capital de risco) e Carlos Trindade (especialista em gestão agroflorestal).

O grupo de profissionais de vários setores que se juntaram para criar o fundo definiram como tarefa a aquisição e gestão responsável de terras, principalmente abandonadas, por terem sido destruídas por incêndios ou por serem solos pobres, mas também o sequestro de carbono e a dinamização das regiões.

Esta gestão inclui “reflorestar com espécies autóctones, mais adaptadas à seca e mais resilientes aos incêndios, recuperar ecossistemas, e captar carbono”, contribuindo para a redução da pegada carbónica das entidades ou empresas investidoras no fundo, realçou Ângela Lucas, também porta-voz do Land.

Classificado como um fundo ‘verde escuro’ por ter o objetivo principal de ser sustentável, nas vertentes ambiental e social, o Land tem como meta atingir 750.000 toneladas de carbono sequestradas por ano.

Um ponto realçado pela advogada, especialista em legislação relacionada com alterações climáticas, é a dinamização e fixação das populações através de atividades económicas agroflorestais conjugadas com criação ou recuperação de produções características de cada região.

E se o rendimento obtido nas florestas é de longo prazo, o mesmo não acontece na captação de carbono, que é de mais curto prazo, “permitindo ter sustentabilidade” num tempo mais próximo, especifica João Raimundo, explicando que o objetivo é estar em várias zonas e ter floresta em diversas fases de desenvolvimento.

Ângela Lucas fala ainda da importância da utilização da tecnologia para defender e recuperar os ecossistemas, com novas soluções para, por exemplo, prevenir e detetar incêndios, medir o carbono captado ou acompanhar a evolução da biodiversidade.

Para perceber como pode o Fundo Land aproveitar as vantagens da tecnologia para cumprir os seus objetivos, avançou com uma parceria com a NOS.

Portugal fixou a meta de atingir a neutralidade carbónica em 2045, o que implica que as emissões de dióxido de carbono têm de ser compensadas, nomeadamente, pelo sequestro e armazenamento de carbono.

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Só 16% dos candidatos ao ensino superior não foram colocados. Medicina com recorde de novos estudantes

Entraram 49.438 estudantes na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao ensino superior, 84% dos candidatos. Medicina terá recorde de 1.595 novos alunos.

A primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior terminou com 49.438 estudantes colocados, 84% dos que se candidataram, o que representa um crescimento de três pontos percentuais, indica um comunicado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). Mais de metade conseguiu colocação na primeira opção.

O total de alunos colocados representa uma diminuição de 0,7% em relação à mesma fase do concurso de 2021. O que se deve à diminuição de 4% no número de candidatos, para 59.073.

Já a percentagem dos que conseguiram lugar tem vindo a crescer. “Entre 2021 e 2023 a taxa de colocação aumentou de 77% para 84%, o que demonstra um crescente ajustamento entre a procura dos estudantes e a oferta das instituições”, assinala o ministério liderado por Elvira Fortunato.

Os resultados podem ser consultados no site da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) ou no portal das candidaturas online.

O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) também considera que os resultados demonstram que “as instituições, em particular as universidades, adaptaram bem a sua oferta aos desejos dos jovens estudantes que acabaram o ensino secundário e às necessidades do país”.

Os dados divulgados pelo MCTES indicam que 56% dos estudantes foram colocados na sua primeira opção de candidatura e 87% numa das três primeiras opções.

Medicina com número recorde de novos estudantes

Com 1.595 alunos colocados, mais 51 face ao ano anterior, os cursos de medicina terão a partir do ano letivo 2023-2024 um número recorde de novos estudantes. O que o ministério atribui ao “acréscimo de vagas sobrantes dos concursos especiais de ingresso em medicina para licenciados”. Nota ainda que já haviam ingressado 247 estudantes ao abrigo dos concursos especiais de ingresso em medicina para licenciados e ainda serão colocados os candidatos dos regimes especiais de acesso ao ensino superior.

O MCTES destaca também o aumento de 21% nos estudantes colocados em licenciaturas em Educação Básica nesta fase, que totalizaram 923, ocupando 97% das vagas disponibilizadas. “Nos últimos dois anos o número de colocados em licenciaturas em Educação Básica aumentou 45%, o que demonstra o crescente interesse dos estudantes por estas formações”, destaca o ministério.

Das 54.363 vagas colocadas a concurso, sobraram 5.212 vagas para a segunda fase, uma diminuição de 1,4% face a 2022.

“É muito significativo verificar um menor número de vagas sobrantes, uma subida das colocações dos estudantes nas suas primeiras opções e, especialmente, um aumento da procura em cursos em que Portugal precisa de novas gerações de profissionais, como são as tecnologias de informação e a formação de professores”, afirma António Sousa Pereira, presidente do CRUP e reitor da Universidade do Porto.

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Engenharia Aeroespacial e Medicina com as médias de acesso mais altas. Veja os cursos acima de 18

Engenharia e Gestão Industrial e Arquitetura também no top dos cursos com as médias de entrada mais elevadas na 1.ª fase do Concurso de Acesso ao ensino superior.

Os cursos com média mais elevada na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior de 2023 não destoam face aos anos anteriores, com Engenharia Aeroespacial e Medicina a registarem as notas mais altas. Ao todo há 14 cursos com média acima de 18 valores.

O lugar cimeiro coube este ano ao curso de Engenharia Aeroespacial da Universidade do Minho, com uma média de 18,86 valores, destronando o curso de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, no Porto, que teve a segunda nota mais elevada: 18,68. A mesma do último colocado no curso de Engenharia Aeroespacial do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, segundo os dados divulgados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).

Engenharia e Gestão Industrial, Arquitetura, Bioengenharia ou Línguas e Relações Internacionais figuram também entre as licenciaturas com nota de entrada mais elevada. Ao todo, 14 cursos registaram uma média superior a 18 valores (ver lista mais abaixo).

Nas áreas Economia, a média de entrada mais alta pertence ao curso de Gestão da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, com 17,9 valores. Seguido de muito perto pela licenciatura da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, com 17,85 valores. No curso de Economia, as posições invertem-se, com 17,35 valores na Universidade Nova de Lisboa e 17,3 valores na do Porto.

A primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior terminou com 49.438 estudantes colocados, 84% dos que se candidataram, o que representa um crescimento de três pontos percentuais, indica um comunicado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). A maioria (56%) dos estudantes foi colocado na primeira opção de candidatura e 87% numa das três primeiras opções.

O ministério destaca que “foram colocados 5.068 novos estudantes nos ciclos de estudo mais competitivos (isto é, com maior número de candidatos em 1.ª opção no ano anterior com nota igual ou superior a 17 valores), aumentando cerca de 2% face ao ano anterior”.

Das 54.363 vagas colocadas a concurso, sobraram 5.212 vagas para a segunda fase, uma diminuição de 1,4% face a 2022.

Veja o top dos cursos com médias mais elevadas:

  1. Engenharia Aeroespacial, Universidade do Minho – 18,86 valores
  2. Medicina, Universidade do Porto, Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar – 18,68 valores
  3. Engenharia Aeroespacial, Universidade de Lisboa, Instituto Superior Técnico – 18,68 valores
  4. Engenharia e Gestão Industrial, Universidade do Porto, Faculdade de Engenharia – 18,55 valores
  5. Engenharia Aeroespacial, Universidade de Aveiro – 18,52 valores
  6. Arquitetura, Universidade do Porto, Faculdade de Arquitetura – 18,45 valores
  7. Bioengenharia, Universidade do Porto, Faculdade de Engenharia – 18,45 valores
  8. Medicina, Universidade do Porto, Faculdade de Medicina – 18,35 valores
  9. Medicina, Universidade do Minho, 18,28 valores
  10. Línguas e Relações Internacionais, Universidade do Porto – Faculdade de Letras – 18,28 valores
  11. Matemática Aplicada à Economia e à Gestão, Instituto Superior de Economia e Gestão – 18,2
  12. Direito, Universidade do Porto – Faculdade de Direito – 18,14
  13. Engenharia Física Tecnológica, Instituto Superior Técnico – 18,1
  14. Medicina, Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciências Médicas – 18,02

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Costa diz que Portugal fala “a uma só voz” na política externa e recusa comentar veto na habitação

  • Lusa
  • 26 Agosto 2023

Quando estamos a falar de política externa Portugal fala sempre a uma só voz", afirmou António Costa à chegada a São Tomé e Príncipe, onde participa no domingo na cimeira da CPLP.

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que Portugal fala “sempre a uma só voz” no que se refere à política externa, rejeitando polémicas, e recusou comentar o veto do Presidente da República ao pacote da habitação.

“Como sabe, eu tenho uma regra – e gosto de cumprir regras -, que é quando estamos no estrangeiro não falamos das questões de políticas internas e quando estamos a falar de política externa Portugal fala sempre a uma só voz”, afirmou António Costa à chegada a São Tomé e Príncipe, onde participa no domingo na cimeira da da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

“Quando fala o Presidente da República, quando fala o primeiro-ministro, quando fala o presidente da Assembleia da República, quando fala o ministro dos Negócios Estrangeiros, falamos a uma só voz, portanto não há polémicas”, salientou, sem especificar ao que se referia.

À chegada a São Tomé, o primeiro-ministro foi questionado se já falou com o Presidente da República depois de ter vetado as alterações à legislação da habitação e sobre polémicas que têm marcado a atualidade nacional.

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Índia impõe restrições às exportações de arroz com imposto de 20%. Preços internacionais deverão subir

  • Lusa
  • 26 Agosto 2023

Medida visa reduzir os preços locais do arroz, no que poderá ser uma ferramenta eleitoral para o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, antes das eleições do próximo ano.

O governo indiano impôs novas restrições às exportações de arroz, com a aplicação de um novo imposto de 20% sobre o arroz vaporizado até 15 de outubro, numa decisão que pode aumentar os preços globais deste produto. A decisão foi anunciada pelo ministério das Finanças na noite de sexta-feira e vem juntar-se às restrições que pesam sobre todas as variedades de arroz não basmati.

Medidas protecionistas como esta destinam-se a reduzir os preços locais do arroz, no que poderá ser uma ferramenta eleitoral para o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, antes das eleições do próximo ano.

No entanto, esta medida acontece numa altura em que preços do arroz asiático dispararam no início deste mês para níveis nunca vistos em quase 15 anos, com a dificuldade adicional que isto acarreta para grandes importadores como as Filipinas e alguns países africanos.

“Os preços domésticos vão baixar e o governo indiano poderá controlar mais facilmente a inflação alimentar, mas os compradores internacionais terão de absorver o aumento dos preços“, afirmou o presidente da Associação dos Exportadores de Arroz, B.V. Krishna Rao, em declarações à Bloomberg, citado pela Europa Press.

O arroz é um alimento básico para aproximadamente metade da população mundial e estas restrições acontecem num momento em que os preços dos alimentos ainda estão elevados devido à guerra da Rússia na Ucrânia.

O arroz vaporizado representa aproximadamente um terço dos envios totais de arroz da Índia. O país já proibiu as exportações de arroz partido e de arroz branco não basmati, restringiu as exportações de trigo e açúcar e o armazenamento de algumas culturas.

A Índia está também a considerar abolir um imposto de importação de 40% sobre o trigo e vender tomates, cebolas e cereais das reservas estatais para melhorar o abastecimento local.

O arroz vaporizado é aquele que provém de um processo que envolve a fervura parcial do arroz em casca antes de moê-lo, para aumentar os seus valores nutricionais e alterar a textura do arroz cozido.

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