10ª sessão do Ciclo de Conversas debate soluções de base natural

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  • 26 Julho 2023

A última sessão do Ciclo de Conversas, lançado pelo Município do Porto, aconteceu na passada quinta-feira, dia 20 de julho, e abordou o tema "Soluções de base natural".

O Porto Innovation Hub recebeu, na passada quinta-feira, dia 20 de julho, o décimo momento do Ciclo de Conversas, promovido pela Câmara Municipal do Porto, no âmbito do Pacto do Porto para o Clima.

Esta foi a última de um ciclo de dez sessões, que teve como tema do debate “Soluções de base natural”. A discussão centrou-se, por isso, nas adaptações que o Porto e as suas cidades congéneres europeias terão de adotar a curto prazo na sua população, no parque habitacional, nas infraestruturas, e na atividade comercial.

Durante esta última sessão foi, ainda, destacada a necessidade de a sociedade aprender mais sobre a Natureza, de modo a conseguir aplicar os seus sistemas e processos a conceitos e infraestruturas humanas para resolver as disfunções ambientais e tornar a vivência nas cidades mais sustentável.

Desta reflexão resultam várias soluções baseadas na natureza, que deram tema ao último debate. Estas soluções foram apresentadas pelos vários especialistas presentes na sessão, que ressalvaram a crescente expansão e adoção de soluções naturais um pouco por toda a Europa, com o objetivo de promover a sustentabilidade, salvaguardar ecossistemas e promover uma maior adaptação dos territórios às alterações climáticas.

No Porto, os “Parques-esponja”, como a Asprela ou, brevemente, o da Alameda de Cartes, são alguns exemplos de soluções naturais que também foram apresentados nesta última sessão. Estes parques foram dimensionados para que, em períodos de chuvas muito intensas, possam transformar-se em grandes bacias de retenção, com capacidade de acolher elevados caudais, evitando inundações e salvaguardando a infraestrutura de águas pluviais.

A estratégia de expansão da rede de hortas municipais e a expansão de floresta nativa através da “Rede de BioSpots” nos nós da VCI, o “Porto BioLab” na Antiga Quinta de Salgueiros ou a oferta de árvores aos cidadãos e organizações através da iniciativa “Se tem um Jardim, temos uma árvore para si” foram outras intervenções destacadas, já que todas têm o denominador comum de procurar promover múltiplos benefícios ambientais, entre os quais a mitigação do efeito de ilha de calor urbano, a eficiência energética, a melhoria da qualidade do ar ou promoção do ciclo urbano da água.

O debate, moderado por Pedro Pombeiro, Diretor do Departamento de Planeamento e Gestão Ambiental da Câmara Municipal do Porto, contou com a participação de Nuno Oliveira, CEO & Managing Partner da NBI – Natural Business Intelligence; Cristina Calheiros, Vice-Presidente da Associação Nacional de Coberturas Verdes; e José Lameiras, Professor Auxiliar na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

Pode assistir a toda a conferência no vídeo abaixo:

Pode, ainda, ouvir em conferência em podcast:

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Investigadores propõem uso da energia das ondas para impulsionar aquacultura offshore

  • Lusa
  • 26 Julho 2023

O estudo, publicado na revista científica internacional Renewable Energy, mostra uma “nova possibilidade de aplicação” da energia das ondas para o desenvolvimento da aquacultura.

Investigadores do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto propõem a utilização da energia das ondas para impulsionar a produção em aquacultura offshore em diferentes pontos da costa portuguesa, foi hoje revelado.

O estudo, publicado na revista científica internacional Renewable Energy, mostra uma “nova possibilidade de aplicação” da energia das ondas na aquacultura, afirma, em comunicado, o CIIMAR.

Em declarações à agência Lusa, o autor do estudo, Daniel Clemente, esclareceu que o estudo visava perceber que aplicações pode ter a energia produzida a partir das ondas, “recurso muito abundante, mas que ainda não está consolidado”.

“O estudo procura identificar a combinação perfeita entre tecnologias de conversão de energia das ondas e as espécies em produção de aquacultura com o objetivo de promover a produção nacional de aquacultura de uma forma sustentável e independente das necessidades energéticas”, observou.

Face à consolidação de outras energias na costa, como a energia eólica e solar, o estudo focou-se nas atividades que decorrem no mar e para as quais a energia proveniente das ondas pode traduzir-se numa vantagem, como a produção em aquacultura offshore.

“Tendo em conta o vasto espaço marítimo português e a agitação continua e intensa das ondas associadas, existe interesse em expandir as operações de aquacultura existentes offshore e suportar as suas exigências energéticas com eletricidade produzida através da conversão da energia das ondas, uma fonte renovável e, neste caso, diretamente acessível”, referiu.

No estudo, os investigadores sugerem ainda os locais mais promissores para aplicação destas tecnologias na costa portuguesa, nomeadamente, Sines e Figueira da Foz.

“São os locais para os quais temos ao mesmo tempo informação sobre a viabilidade das espécies como dados de energia disponível das ondas face a restrições batimétricas e de outro cariz que consideramos neste estudo”, observou, dizendo que tal não implica que de futuro sejam considerados outros locais.

À Lusa, Daniel Clemente esclareceu que nestes locais poderia, por exemplo, ser instalado um parque de energia das ondas offshore “mais longe da costa” e um parque de aquacultura ‘offshore’ “mais perto da costa”.

“A ideia seria ter o sistema de energia das ondas não só a produzir eletricidade, mas, estando nessa posição mais avançada, a fazer uma espécie de efeito de escudo, ou seja, absorve a energia das ondas, transforma em eletricidade e cria condições mais tranquilas para as operações do parque de aquacultura offshore”, notou.

Segundo o investigador, a possibilidade de combinar estes dois sistemas ‘offshore’ e aplicá-los em alto mar implica, contudo, que o estudo seja “refinado” quanto ao “uso do espaço marítimo, estudo de impacte ambiental, análise com as comunidades locais, possíveis locais de reservas naturais, de pesca ou de navegação”.

Citado no comunicado, o professor Francisco Taveira Pinto, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), afirma que a rentabilidade dos sistemas de extração de energia das ondas “depende muito da utilização da eletricidade produzida”.

“Se estes fins forem, por exemplo, múltiplos e localizados ‘in situ’, os custos diminuem e essa rentabilidade aumenta. A aquacultura corresponde, nesta perspetiva, a uma atividade económica que pode usufruir desta potencialidade, contribuindo também para o desenvolvimento estratégico das tecnologias de extração de energia das ondas”, refere.

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Diretora executiva do NatWest demite-se após polémica com conta de Nigel Farage

  • Lusa e ECO
  • 26 Julho 2023

Alison Rose, que renunciou ao cargo esta manhã, foi criticada por ter sido identificada como a fonte de informações incorretas divulgadas por um jornalista da BBC sobre a conta de Farage.

A diretora executiva do NatWest, um dos maiores bancos da Grã-Bretanha, demitiu-se esta quarta-feira, na sequência de uma polémica sobre o encerramento de uma conta bancária do antigo líder do Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), Nigel Farage. Alison Rose admitiu ter cometido um “sério erro de julgamento” por discutir o encerramento da conta de Farage no Coutts Bank, parte do grupo NatWest, com um jornalista da BBC.

Numa declaração divulgada esta quarta-feira, horas depois de ter expressado total confiança na responsável, o banco acabou por dizer que Alison Rose saiu “por mútuo acordo”. “É um momento triste”, disse ainda o presidente do banco, Howard Davies.

A responsável, que renunciou ao cargo hoje de manhã, foi criticada por ter sido identificada como a fonte de informações incorretas divulgadas por um jornalista da BBC sobre a conta de Farage. A emissora pública também foi forçada a pedir desculpa pelas informações incorretas divulgadas e que indicavam que a conta tinha sido encerrada porque Farage não atendeu à exigência de riqueza do banco – ter um empréstimo de um milhão de libras (1,1 M€) no Coutts.

Quando o caso veio a público, há algumas semanas, Farage admitiu que não sabia porque é que a conta tinha sido encerrada, mas depois disse ter tido acesso a um documento que questionava a sua adequação como cliente do Coutts. O documento expressava preocupação com as suas opiniões políticas e avaliava o risco relativo à sua reputação caso o mantivesse Farage como cliente.

Depois da divulgação da história pela BBC, baseada numa fonte anónima, Farage divulgou documentos que obteve do banco e que mostravam discussões entre funcionários sobre as suas opiniões políticas e o “dano à reputação” associado a mantê-lo como cliente. Os documentos diziam que Farage era “visto como xenófobo e racista” e “considerado por muitos como um vigarista hipócrita”.

Farage desempenhou um papel importante na retirada do Reino Unido da União Europeia, em grande parte alimentando preocupações sobre a imigração. Os eleitores acabaram por apoiar o Brexit num referendo realizado em 2016 e o Reino Unido deixou a UE em 2020.

Na noite de terça-feira, Rose pediu desculpa e reconheceu que ela era a fonte anónima da reportagem imprecisa da BBC, que afirmava que a decisão de fechar a conta de Farage era puramente comercial.

No Twitter, Farage escreveu que, depois da saída de Alison Rose, “outros devem seguir-se”. “Espero que isto sirva de aviso ao setor bancário. Precisamos de mudanças culturais e legais num sistema que, injustamente, encerrou muitos milhares de pessoas inocentes. Darei o meu melhor para ser a sua voz”, lê-se na publicação que fez esta manhã.

 

O NatWest foi resgatado pelo Governo durante a crise global de 2008 e quase 40% continuam a ser propriedade dos contribuintes britânicos.

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Moedas espera “retorno absolutamente extraordinário” da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa

  • Lusa
  • 26 Julho 2023

"Nós temos aqui um retorno que é muito maior do que qualquer outro evento teve alguma vez para a cidade", garante Moedas. Autarca assegura que investimento se mantém dentro do limite - 35 milhões.

O presidente da Câmara de Lisboa disse esta quarta-feira que colabora na preparação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), até pelo “retorno absolutamente extraordinário” para a cidade, mas não participa religiosamente, tal como fez em “eventos de variadíssimas religiões”.

“A questão aqui não é um evento para a Igreja Católica, é um evento para todos os jovens do mundo e é um evento que terá um retorno absolutamente extraordinário para aquilo que é a cidade“, afirmou Carlos Moedas (PSD), em entrevista à agência Lusa.

Procurando fazer contas ao retorno económico, o autarca de Lisboa indicou que, se um milhão de jovens participar na JMJ, estiver na cidade sete ou oito dias e gastar 40 ou 50 euros por dia, resultará numa “quantia de 200 a 300 euros, no mínimo, que cada pessoa destas traz para Lisboa, multiplicado por um milhão, são 200, 300 ou 400 milhões” de euros.

“Estamos a falar aqui em centenas de milhões de euros [….]. Neste caso, podemos retirar o fator religioso, tirar aqui esse fator de que é um evento religioso, até porque eu penso que o Papa quer que seja um evento para todos os lisboetas, e, retirando esse fator, nós temos aqui um retorno que é muito maior do que qualquer outro evento teve alguma vez para a cidade”, reforçou o presidente da câmara.

Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se este ano em Lisboa, entre 01 e 06 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.

Questionado sobre a disponibilidade para apoiar eventos de outras religiões, Carlos Moedas assegurou que “a câmara municipal tem feito eventos de variadíssimas religiões” e sublinhou que a ideia do Papa Francisco na JMJ é “honrar outras religiões, com encontros inter-religiosos, com encontros ecuménicos entre várias religiões e, também, de jovens que não têm religião”, considerando que “essa é a grande marca desta Jornada Mundial da Juventude”.

“O Estado português é um Estado laico e o presidente da câmara deve manter essa postura de Estado e essa postura da câmara municipal […]. Eu ajudo ao evento, mas eu não participo religiosamente”, declarou o social-democrata, referindo que as convicções religiosas de cada um são do foro pessoal, ainda que as suas sejam publicamente conhecidas como “agnóstico convicto”, mas que, até pela força política que representa — PSD –, tem “profundos valores cristãos”.

O autarca de Lisboa reforçou que participa na JMJ como já participou em eventos da religião muçulmana, como no Iftar, afirmando que, quando foi o “romper do jejum dos muçulmanos em Lisboa, estava na mesquita”.

O autarca disse que também esteve na celebração da Hanukkah para os judeus e assegurou que estará noutras religiões, porque deve “manter essa equidistância”.

Para o presidente da câmara, “ser laico não é estar contra as religiões, é estar com as religiões e aqueles não têm religiões”.

“Hoje em dia, esta fricção em que vivemos, constante na sociedade, em que temos de estar contra uns ou contra outros, o meu papel é ao contrário, é estar com todos”, expôs, recusando as críticas quanto à participação na chegada dos símbolos da JMJ a Lisboa, afirmando que foi “por esse respeito” que esteve presente.

Quando era emigrante em França, Carlos Moedas participou na JMJ em 1997 e, passado 26 anos, é o representante da cidade anfitriã do evento e vai receber na sua casa o filho da pessoa com quem esteve na capital francesa, revelou.

Sobre o impacto da JMJ no aumento da procura turística, que pode ter consequências no acesso à habitação, o autarca defendeu que “o turismo é importante para cidade, mas não é o turismo que está a retirar casas às pessoas”.

O turismo dá trabalho às pessoas, cria empregos. Depois, há pessoas que vêm do estrangeiro, que se instalam em Portugal e que podem pagar preços de imobiliário mais altos e que podem fazer subir os preços, isso é outro tema”, apontou, referindo que, durante muitos anos, não só não se produziu habitação e os preços aumentaram, portanto houve uma crise de oferta, como também não se construiu habitação municipal para ter preços mais reduzidos.

O autarca do PSD realçou a prioridade que tem em investir em habitação municipal, dispondo de 800 milhões de euros, verba que diz que não tem comparação, nem mesmo na altura do PER — Programa Especial de Realojamento, iniciado em 1993.

“Se a Jornada Mundial da Juventude tem um impacto negativo na habitação em Lisboa? Não, não tem. A Jornada Mundial da Juventude é um evento durante sete dias, em que as pessoas vêm a Lisboa, estão cá sete dias, depois vão-se embora, e nesses sete dias vão gastar 200 ou 300 milhões de euros a consumir e, portanto, com impacto económico direto positivo na cidade“, frisou.

Relativamente à aprovação de novos hotéis na cidade, Carlos Moedas disse que “não é a vontade política do presidente da câmara que decide se há mais hotéis ou menos hotéis”, explicando que tal está previsto no Plano Diretor Municipal, que dá direito aos proprietários para investir consoante o que está definido.

O município de Lisboa vai gastar até 35 milhões de euros na JMJ, dos quais 25 milhões são investimento que fica na cidade, segundo o autarca.

Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa para a JMJ, com o Papa Francisco, de 01 a 06 de agosto.

Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a jornada nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso de um encontro com jovens em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures, e no Parque Eduardo VII, no centro da capital.

Moedas assegura que investimento de Lisboa se mantém dentro do limite de 35 milhões

A menos de uma semana da Jornada Mundial da Juventude, o presidente da Câmara de Lisboa afirma que está “tudo preparado” e assegura que o investimento municipal no evento se mantém dentro do limite de 35 milhões de euros.

Sobre o investimento do município na JMJ, Carlos Moedas garante que será até 35 milhões de euros, dos quais 25 milhões são investimento na cidade e 10 milhões no evento.

No Parque Eduardo VII, onde será feita a abertura oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), na próxima terça-feira, 01 de agosto, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), faz um balanço “positivo” do trabalho feito para acolher este evento organizado pela Igreja Católica, que contará com a presença do Papa Francisco.

Palco-altar no Parque Tejo será “centralidade” em Lisboa após evento

O palco-altar no Parque Tejo, em Lisboa, será “uma centralidade para a cidade” após a Jornada Mundial da Juventude, por ser o espaço onde esteve o Papa, além de poder acolher outros eventos, afirmou esta segunda-feira o presidente da câmara.

“Temos, obviamente, projetos para que esse palco-altar no futuro seja utilizado para eventos. Não os vou anunciar agora a uma semana antes de vir o Papa, mas estamos a pensá-los, estamos a organizá-los […] tenho levado algumas pessoas a ver toda aquela área, é uma área extraordinária para eventos, com o palco ou sem o palco”, declarou o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), em entrevista à agência Lusa.

Depois da polémica sobre o custo do palco-altar no Parque Tejo, que resultou, em fevereiro, na redução do valor de 4,2 milhões de euros para 2,9 milhões – assegurados pela Câmara de Lisboa -, a infraestrutura está hoje pronta para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realiza de 01 a 06 de agosto, prevendo-se que seja utilizada nos dois últimos dias deste evento organizado pela Igreja Católica.

Ainda que o foco agora seja a JMJ, para o qual o palco-altar foi construído, o presidente da Câmara de Lisboa reforçou que a infraestrutura ficará no Parque Tejo após a evento e pode ser utilizada noutras ocasiões.

“Toda aquela área tem um potencial enorme para eventos”, indicou Carlos Moedas, referindo que o Parque Tejo, com mais de 30 hectares de espaço verde no lado de Lisboa e outros 70 hectares no concelho vizinho de Loures, é uma área “bastante plana e tem uma vista extraordinária sobre o rio” e uma “vista única para a cidade”.

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Puigdemont, de “episódio do passado” a dono da chave do poder em Espanha

  • Lusa
  • 26 Julho 2023

Partido separatista Juntos pela Catalunha (JxCat), de Carles Puigdemont, até agora "não alinhado" em Madrid nem com a esquerda nem com a direita, assume protagonismo na resolução do impasse político.

O ex-presidente do governo regional da Catalunha Carles Puigdemont foi considerado “um episódio” do passado há poucas semanas pelo socialista Pedro Sánchez, que agora depende dele para voltar a ser primeiro-ministro.

“Pedro Sánchez nas mãos de Puigdemont”, escreveu a politóloga Estefanía de Molina na edição de terça-feira do jornal El Pais, sintetizando assim o resultado das eleições legislativas espanholas de domingo.

O partido socialista (PSOE) foi o segundo mais votado, mas tem mais aliados no parlamento do que o vencedor, o Partido Popular (PP, direita), pelo que Pedro Sánchez tem possibilidade de se manter à frente do Governo, coligado com a extrema-esquerda, se negociar uma ‘geringonça’ com nacionalistas e separatistas no Congresso dos Deputados.

As forças que em 2020 viabilizaram o Governo atual de esquerda e extrema-esquerda podem este ano não ser suficientes, pelo que assume protagonismo o partido separatista Juntos pela Catalunha (JxCat), de Carles Puigdemont, até agora ‘não alinhado’ em Madrid nem com a esquerda nem com a direita. Protagonista da tentativa de autodeterminação da Catalunha em 2017, vive desde esse ano na Bélgica para fugir à justiça espanhola e tornou-se eurodeputado.

Apesar dos títulos da imprensa espanhola focados em Puigdemont ou de o JxCat ser sempre descrito como “o partido de Puigdemont”, o antigo presidente do governo autonómico nem sequer tem um cargo formal no Juntos pela Catalunha, que tem Jordi Turull como secretário-geral e Laura Borràs como presidente. Puigdemont é considerado o líder de facto do partido e a casa onde vive na Bélgica é com frequência conhecida como “o quartel geral de Waterloo” do JxCat.

Apesar da presença regular de Puigdemont no espaço mediático espanhol, a influência e o protagonismo do ex-presidente catalão, a braços com batalhas jurídicas nas instâncias europeias para não ser deportado para Espanha e julgado, parecia ser cada vez menor.

Em paralelo, o JxCat perdeu terreno nas últimas eleições (incluindo as de domingo), optou por deixar, no ano passado, a coligação no governo autonómico catalão, perdendo assim também poder institucional, e Laura Borràs foi recentemente condenada por corrupção e deixou o cargo de presidente do parlamento regional.

Mas Puigdemont e o JxCat renasceram inesperadamente como protagonistas da política espanhola no domingo, quando se contavam os votos das legislativas. “A Pedro Sánchez apareceu-lhe de madrugada Carles Puigdemont”, escreveu a politóloga Estefanía de Molina, catalã, no mesmo texto no El Pais.

Na véspera do arranque da campanha eleitoral, a 6 de julho, Sánchez tinha afirmado numa entrevista que Puigdemont era passado e hoje não era mais do que uma personagem “episódica” da história de Espanha, um dos “velhos fantasmas do passado” a que a direita gosta de regressar.

No mesmo dia, numa entrevista a partir da Bélgica, Puigdemont disse sobre Sánchez que era igual ao líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, e que passados cinco anos de governo socialistas não há motivos para confiar nas promessas do líder do PSOE às forças independentistas. Puigdemont disse não ver sentido na viabilização de um governo PSOE pelo JxCat a troco de “quatro migalhas que, ainda por cima, não se cumprirão”.

“O mais pragmático hoje é a confrontação”, acrescentou, numa condenação da “mesa de diálogo” com o Governo de Madrid aberta na última legislatura pela Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), que lidera o executivo regional catalão.

Para a politóloga Estafanía de Molina, é difícil para o independentismo “saltar a promessa” de não investir Pedro Sánchez “a troco de nada”, ainda por cima quando o líder socialista promete desde 2019 levar Puigdemont de volta a Espanha para ser julgado. No entanto, na opinião da politóloga e colunista do El Pais, Sánchez tem hoje mais margem de manobra para cedências a nacionalistas e independentistas.

Após cinco anos de governo, com a “mesa de diálogo” com a Catalunha, indultos a independentistas condenados em 2017 e mudanças no Código Penal que aliviam penas de outros que venham a ser julgados, o PSOE passou a ser o partido mais votado na região e os nacionalistas e separatistas perderam todos deputados e votos nas últimas eleições, incluindo o JxCat.

“Pedro Sánchez enfrenta assim um independentismo desnorteado, cujos partidos ele mesmo despedaçou com as suas teses de apaziguamento”, escreveu Estafanía de Molina.

No conjunto de Espanha, o PSOE elegeu no domingo mais deputados e teve mais votos do que nas eleições anteriores, com as eleições a revelaram que “há uma Espanha plural que não só perdoou os indultos, mas que até lhes deu aval”, defendeu a politóloga.

“É esse país que não quer nem uma Catalunha nem um Euskadi [País Basco] incendiados, como prometia a extrema-direita” e “quem sabe se também essa mesma Espanha acabará por reclamar um eventual perdão de Puigdemont”, questionou Estefanía de Molina.

Para a politóloga, “desta vez, os cidadãos votaram [no PSOE e em Sánchez] com conhecimento de causa” e as urnas “referendaram-no”, com “o afundamento independentista na Catalunha”. Estefanía Molina não está sozinha nesta análise, que escreveu para o El Pais, um jornal normalmente alinhado com a esquerda.

No El Mundo, jornal mais alinhado com a direita, o politólogo Javier Redondo, concluiu, numa coluna com o título “Sánchez agarra-se à Catalunha”, que o eleitorado de esquerda referendou no domingo as políticas mais polémicas do Governo liderado pelos socialistas, incluindo as negociadas com os independentistas.

Depois de ter feito no governo concessões aos separatistas opostas ao que tinha prometido, Sánchez, no domingo, ainda “juntou mais uma força supremacista ao seu catálogo de dependências, precisamente a de Puigdemont”, acrescentou o politólogo.

“O inquietante não é que o eleitor anti Sánchez dê por adquirido que Sánchez cederá [a Puigdemont], mas que os seus eleitores assumam isso com normalidade. Nem sequer o interpretariam como um mal necessário para travar a direita, mas como parte da ginástica de normalização da Catalunha e da sua relação com o resto de Espanha”, conluiu.

Quanto à posição aparentemente intransigente de Puigdemont, Estefanía de Molina considera que o partido está perante “um paradoxo”, porque “se acabar por forçar [novas] eleições” e a extrema-direita entrar no Governo, “acabará por haver pouca autonomia”.

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Lucro da Endesa cai 4% no primeiro semestre para 879 milhões de euros

  • Lusa
  • 26 Julho 2023

A companhia espanhola salientou que os resultados no primeiro semestre de 2022 tinham tido um efeito extraordinário, com as mais-valias da venda de 51% do negócio de mobilidade elétrica à Enel.

O grupo espanhol de energia Endesa teve lucros de 879 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, menos 4% do que nos mesmos meses de 2022, revelou esta quarta-feira a empresa. A Endesa sublinhou, num comunicado, que os resultados no primeiro semestre de 2022 da Endesa tinham tido um efeito extraordinário, com as mais-valias da venda de 51% do negócio de mobilidade elétrica à italiana Enel.

Assim, segundo a empresa, retirando esse efeito extraordinário de 2022, os lucros no primeiro semestre do ano passado foram 734 milhões de euros, que comparam com os 879 milhões de 2023, ou seja, neste cenário, houve um aumento de lucros nos últimos seis meses.

A empresa é a maior elétrica espanhola e a segunda na distribuição de gás em Espanha. Em Portugal, a Endesa produz e distribui eletricidade, tendo no ano passado ganhado o concurso para a reconversão da central do Pego (Abrantes), com um projeto de investimento de 600 milhões de euros.

A Endesa tem ainda em Portugal projetos para geração de energia solar no Algarve e na barragem do Alto Rabagão (Montalegre).

Em 2022, a Endesa teve lucros de 2.541 milhões de euros, um aumento de 77% em relação a 2021. A companhia atribuiu o resultado do ano passado, parcialmente, “ao bom comportamento do negócio do gás” num ano marcado pela maior produção de eletricidade com recurso ao gás, em centrais de ciclo combinado.

Este aumento da produção de eletricidade com recurso ao gás deveu-se à necessidade de compensar os efeitos da seca na Península Ibérica (que afetou a geração hidroelétrica, que depende da água armazenada nas barragens) e da paragem das centrais nucleares francesas (o que aumentou a exportação de energia para França, a partir de Espanha).

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84% dos líderes esperam que IA ocupe lugar central nas empresas. Mas temem questões éticas

Apesar das expectativas serem altas, 56% dos líderes nacionais tem ainda questões relacionadas com a ética em torno desta tecnologia.

A grande maioria (84%) dos líderes tecnológicos em Portugal espera que a Inteligência Artificial (IA) generativa ocupe um lugar central nas organizações, mas a maioria (56%) tem questões relacionadas com ética em torno desta tecnologia. Por outro lado, a maioria dos profissionais (62%) não tem as competências necessárias para utilizar esta tecnologia de forma eficaz e segura, revela o mais recente “State of IT Report“, elaborado pela Salesforce.

“Estes últimos anos têm sido desafiantes para as empresas, independentemente do setor de atuação, em parte com a herança dos constrangimentos da pandemia, mas também, e mais atualmente, devido ao declínio das condições económicas”, afirma Fernando Braz, country leader da Salesforce Portugal.

“No entanto, pouco mudou no que diz respeito aos pedidos feitos aos departamentos de TI para fazerem mais com menos, para pouparem nos custos de TI, criarem e desenvolverem mais rapidamente, oferecerem melhores experiências aos clientes e utilizadores ou para aumentarem o foco na produtividade e eficiência da empresa. É por isso que nunca foi um momento tão difícil, mas paradoxalmente tão gratificante para ser um líder de TI”, acrescenta, em citado em comunicado.

Pouco mudou no que diz respeito aos pedidos feitos aos departamentos de TI para fazerem mais com menos, para pouparem nos custos de TI, criarem e desenvolverem mais rapidamente, oferecerem melhores experiências aos clientes e utilizadores ou para aumentarem o foco na produtividade e eficiência da empresa. É por isso que nunca foi um momento tão difícil, mas paradoxalmente tão gratificante para ser um líder de TI.

Fernando Braz

Country leader da Salesforce Portugal

A larga maioria dos profissionais de TI em Portugal (72%) afirma que o papel da IA está bem definido, valor que deverá aumentar, tendo em conta que 84% acredita que a IA generativa, em especial, terá muito em breve um papel proeminente na sua empresa. Ainda assim, os desafios relacionados com a ética desta tecnologia preocupam 56% dos inquiridos.

Transformação digital constante consume capacidade técnica

Atualmente, em Portugal, 55% das empresas de TI sente dificuldade em acompanhar a procura e os pedidos. Trata-se de uma realidade que a Salesforce prevê que irá piorar ao longo dos próximos 18 meses, com 68% dos projetos a aumentaram a exigência. Como resposta, 85% dos profissionais de TI em Portugal dizem estar cada vez mais focados na melhoria de eficiência operacional.

A segurança está, por sua vez, no topo das prioridades. Cerca de 65% dos profissionais de TI em Portugal tem dificuldade em equilibrar os objetivos de negócio com as necessidades de segurança, levando-os a adotar diversas medidas de segurança. Entre as empresas portuguesas, a maioria (53%) utiliza encriptação de dados e autenticação multifator (58%), detalha o relatório.

Maioria dos profissionais não tem competências necessárias para usar IA Generativa

Um outro estudo também da Salesforce, intitulado “Generative AI Snapshot Research Series”, revela ainda que, apesar de encontrarem vantagens na utilização de IA generativa, 62% dos profissionais considera que não tem as competências necessárias para usar esta tecnologia de forma eficaz e segura. Isto apesar de mais de metade (54%) acreditar que a IA Generativa irá ajudar no desenvolvimento da sua carreira.

Também os líderes de negócio têm a mesma perceção, com 70% dos gestores a afirmarem que não acreditam que as suas equipas tenham as competências necessárias para usar a IA generativa eficazmente e, acima de tudo, de forma segura.

Segundo os dados apresentados esta quarta-feira pela Salesforce, apenas um em cada dez trabalhadores globais possui as competências gerais de IA mais procuradas. A pesquisa também indica que, embora os profissionais queiram aprender e esperam que as suas empresas ofereçam oportunidades de qualificação, os empregadores geralmente ficam aquém das expectativas.

Cerca de dois em cada três trabalhadores (67%) espera que o seu empregador ofereça oportunidades para aprender a usar IA Generativa, mas quase a mesma quantidade (66%) diz que o seu empregador não oferece formação nessa tecnologia.

a IA Generativa apresenta grandes oportunidades para empresas e trabalhadores. No entanto, à medida que a IA se torna mais comum no local de trabalho, a lacuna de competências continuará a aumentar (…) As empresas têm a responsabilidade de democratizar o acesso às competências e formação necessárias para terminar com a lacuna de competências em IA.

Ann Weeby

SVP of Trailhead da Salesforce

“A IA generativa apresenta grandes oportunidades para empresas e trabalhadores. No entanto, à medida que a IA se torna mais comum no local de trabalho, a lacuna de competências continuará a aumentar”, diz Ann Weeby, SVP of Trailhead da Salesforce.

“As empresas têm a responsabilidade de democratizar o acesso às competências e formação necessárias para terminar com a lacuna de competências em IA”, conclui.

O “State of IT Report” foi construído com base num questionário a mais de 4.300 tomadores de decisão na área de TI, entre diretores e cargos mais elevados, em 29 países, incluindo Portugal. No caso do “Generative AI Snapshot Research Series” foram inquiridos mais de 4.000 profissionais de escritório, que trabalham a tempo inteiro. Os entrevistados representam empresas de diversos tamanhos e setores nos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.

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Ryanair quer incentivo de 13 euros por passageiro para manter voos para Açores no Inverno

  • ECO
  • 26 Julho 2023

Tendo em conta que a companhia aérea transportou um pouco mais de 300 mil passageiros no inverno passado de e para os Açores, medida poderia ter impacto de cerca de 3,9 milhões de euros.

A Ryanair ameaça não manter os voos para os Açores durante o inverno caso sejam eliminadas duas taxas, no valor de três euros por passageiro, e caso não seja criado um novo incentivo de dez euros por passageiro. Este montante, que totaliza 13 euros por cada passageiro, serviria para compensar o fim das isenções nas taxas de emissões de carbono. O CEO da Ryanair, Eddie Wilson, salienta que não se trata de um subsídio, mas sim de um incentivo.

“Não estamos a pedir esse dinheiro. É aqui que as pessoas se confundem: não estamos à procura de um subsídio. Estamos a pedir que as taxas não sejam aumentadas. E isso será extensível a todas as companhias aéreas, não só para a Ryanair. É só o que estamos a dizer”, afirma, em entrevista ao Jornal Económico (acesso apago). Assim, os 13 euros colocariam “a situação no ponto em que estava antes dos aumentos”.

Atualmente, a Ryanair opera 44 voos semanais em quatro rotas de e para Ponta Delgada. No entanto, o futuro desta ligação está em risco devido aos aumentos “exorbitantes” de preços da ANA, lê-se num comunicado enviado pela companhia aérea às redações, esta quarta-feira. “Mais de 3,5 mil milhões de euros do dinheiro dos contribuintes foram desperdiçados no resgate da TAP, mas o Governo nada fez para proteger a conectividade e o emprego nos Açores”, critica o CEO da Ryanair.

No Porto e em Faro, onde a companhia está a operar o seu maior horário de sempre este verão, houve renegociação. “O crescimento é resultado direto da intervenção da ANAC (a Entidade Reguladora dos Aeroportos de Portugal), que impediu o operador aeroportuário ANA de introduzir taxas excessivas nestes aeroportos”, comenta a transportadora low cost.

Contudo, “a intervenção da ANAC não foi suficientemente longe, tendo a ANA aumentado as taxas para a Madeira e os Açores”, lamenta a Ryanair, apelando ao Governo português que tome medidas “urgentemente”, de modo a “proteger a conectividade e os empregos nos Açores”.

Tendo em conta que a companhia aérea transportou no ano passado de e para os Açores um pouco mais de 300 mil passageiros durante o inverno (150 mil chegadas e 150 mil partidas), a medida poderia ter um impacto de cerca de 3,9 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 9h58 com informação do comunicado da Ryanair)

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Hoje nas notícias: Ryanair, médicos estrangeiros e Novobanco

  • ECO
  • 26 Julho 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A Ryanair ameaça não manter os voos para os Açores durante o inverno sem que haja um incentivo no valor de 13 euros por passageiro. Já o Ministério da Saúde quer trazer para Portugal entre 200 a 300 médicos da América Latina. E na banca, Bruxelas confirma que o plano de reestruturação imposto ao Novobanco está finalmente concluído. Estas são algumas das notícias nas manchetes nacionais desta quarta-feira.

Ryanair quer incentivo de 13 euros por passageiro para manter voos para Açores no Inverno

A Ryanair ameaça não manter os voos para os Açores durante o inverno caso sejam eliminadas duas taxas, no valor de três euros por passageiro, e caso não seja criado um novo incentivo de dez euros por passageiro. Este montante, que totaliza 13 euros por cada passageiro, serviria para compensar o fim das isenções nas taxas de emissões de carbono. O CEO da Ryanair, Eddie Wilson, salienta que não se trata de um subsídio, mas sim de um incentivo. “Não estamos a pedir esse dinheiro. É aqui que as pessoas se confundem: não estamos à procura de um subsídio. Estamos a pedir que as taxas não sejam aumentadas. E isso será extensível a todas as companhias aéreas, não só para a Ryanair. É só o que estamos a dizer”, afirma. Assim, os 13 euros colocariam “a situação no ponto em que estava antes dos aumentos”. Tendo em conta que a companhia aérea transporte de e para os Açores 300 mil passageiros no inverno (150 mil chegadas e 150 mil partidas), a medida poderia ter um impacto de cerca de 3,9 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Governo quer reforçar centros de saúde com 200 a 300 médicos da América Latina

O Ministério da Saúde quer trazer “entre duas a três centenas” de médicos estrangeiros oriundos de vários países da América Latina para reforçar os cuidados de saúde primários em regiões onde a falta de médicos de família é mais grave. É o caos de algumas áreas do Alentejo e da serra algarvia, mas também de Lisboa e Vale do Tejo. Esta quarta-feira, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, vai ser ouvido na Comissão de Saúde no Parlamento, a pedido da Iniciativa Liberal, que quer ver esclarecida “a eventual celebração de um acordo de contratação de médicos entre o Estado português e o Estado cubano”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Bruxelas informa que reestruturação do Novobanco está concluída

A Comissão Europeia informou as autoridades portuguesas de que o plano de reestruturação imposto ao Novo Banco está finalmente concluído. “Temos a comunicação formal do ‘Monitoring Trustee’ de que foram atingidos todos os compromissos do plano de reestruturação assumidos perante a DGComp [Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia], não havendo nada mais pendente”, afirma a assessoria de comunicação do Novo Banco. Em fevereiro, Bruxelas já tinha dado ‘luz verde’ ao cumprimento do Novo Banco, mas era ainda preciso uma avaliação com os resultados de 2022 devidamente certificados pelo auditor externo.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Arguidos da Operação Picoas foram avisados 15 dias antes

Os arguidos da ‘Operação Picoas’ souberam 15 dias antes que estava a ser preparada uma ação policial contra si, tendo tido tempo para esconder possíveis provas, pode ler-se no despacho das medidas de coação. Ainda não está apurado, contudo, se os visados foram informados por alguém diretamente ligado à investigação ou por algum meio de comunicação social.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

“Lobos solitários” e protestos ilegais e violentos são ameaça durante JMJ

Motivas ou não ideologicamente, as ações isoladas de pessoas com perturbações mentais, os “lobos solitários” e os grupos de manifestantes envolvidos em protestos ilegais e violentos foram consideradas pelo Serviço de Informações de Segurança (SIS) como as ameaças que podem a ocorrer ao longo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e, nomeadamente, durante a visita a Portugal do Papa Francisco. Dos cinco graus de ameaça internacionalmente reconhecidos e previstos na tabela dos serviços de informações, o evento que arranca já a 1 de agosto foi classificado com o grau 3 (“Significativo”), o que representa uma subida de um grau face ao que normalmente vigora em Portugal (“Moderado”).

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

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Lucros da EDP Renováveis encolhem 70% no primeiro semestre, para 80 milhões de euros

Entre janeiro e junho, as receitas da empresa ascenderam a 1.225 milhões de euros, 1% abaixo do período homólogo, “devido a uma produção fraca, juntamente com um menor preço médio de venda”.

Os lucros da EDP Renováveis caíram 70% nos primeiros seis meses deste ano, para 80 milhões de euros, reportou a empresa em comunicado enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Neste período, as receitas foram 1% inferiores em relação ao ano anterior, para 1.225 milhões de euros, “devido a uma produção fraca, juntamente com um menor preço médio de venda, parcialmente compensado pela capacidade adicional instalada durante os últimos doze meses (+1,4 GW de crescimento líquido)”, com o EBITDA a baixar 23%, para 754 milhões.

Já os custos operacionais aumentaram 10%, incluindo impostos de clawback na Europa (34 milhões de euros relacionados com a Roménia e a Polónia), mas também custos de pessoal mais elevados devido ao aumento de 11% no número de colaboradores e à inflação. A empresa destaca igualmente os custos incorridos com atrasos nas adições de capacidade nos Estados Unidos e na Colômbia, no valor de 41 milhões.

A dívida líquida totalizava 5,7 mil milhões de euros no final de junho, 700 milhões acima da registada no término do ano passado, com uma relação de 2,9 vezes face ao EBITDA nos últimos doze meses, “refletindo o aumento dos investimentos no período compensado pelo aumento de capital”. A EDP Renováveis contabiliza um investimento bruto de 2,3 mil milhões na primeira metade do ano, com 85% do Capex a ser investido na Europa e na América do Norte.

Na terça-feira, a EDP Renováveis tinha anunciado a venda do projeto Sorolla à austríaca Verbund por um valor 460 milhões de euros. A transação englobou nove projetos eólicos operacionais com uma idade média de 14 anos e com a “possibilidade de repotenciação e capacidade solar híbrida adicional”, segundo informou ao mercado.

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Lucros do grupo Santander sobem 7% no primeiro semestre, para 5.241 milhões

  • Lusa
  • 26 Julho 2023

Europa contribuiu em 43% para os resultados globais do grupo "graças ao forte crescimento dos lucros em Espanha, Reino Unido, Portugal e Polónia", destaca a instituição financeira.

O grupo espanhol Santander teve lucros de 5.241 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, mais 7% do que no mesmo período de 2022, anunciou o banco esta quarta-feira, atribuindo estes resultados “ao forte crescimento das receitas, especialmente na Europa”.

As receitas do grupo aumentarem 13% no primeiro semestre do ano, para 28.234 milhões de euros, e cresceram em todas as regiões onde o banco opera. Num período de aumento das taxas de juro, o volume global de empréstimos concedidos pelo Santander “manteve-se estável” neste período, com o banco a destacar o crescimento de 6% dos créditos ao consumo.

No entanto, na Europa, o crédito concedido pelo banco caiu 5%, “devido à menor procura e às amortizações”, com o Santander a destacar a queda de 6% em Espanha e de 4% no Reino Unido.

Globalmente, os lucros do Santander na Europa chegaram aos 2.536 milhões de euros no primeiro semestre, mais 40% do que nos mesmos meses de 2022, “graças ao forte crescimento dos lucros em Espanha, Reino Unido, Portugal e Polónia”. A Europa contribuiu em 43% para os resultados globais do grupo.

Na América do Norte (Estados Unidos e México), o Santander teve lucros de 1.346 milhões de euros no primeiro semestre, menos 19% do que mesmo período de 2022. No México, o banco teve um “comportamento sólido” e os lucros cresceram 23%, para 760 milhões de euros, enquanto nos Estados Unidos está em curso “a normalização, depois da pandemia, das dotações para o financiamento de automóveis”. A América do Norte contribuiu em 23% para os resultados globais do Santander.

Já a América do Sul contribuiu com 25% para os resultados do grupo e os lucros nesta região desceram 23%, para 1.458 milhões de euros, “principalmente devido aos menores ganhos no Brasil e no Chile, enquanto na Argentina, Uruguai, Peru e Colômbia melhorou o resultado”.

No Brasil, os lucros do Santander foram 823 milhões de euros, menos 40% do que no primeiro semestre de 2022, o que o banco atribuiu aos “custos associados à inflação”, a uma queda da margem das taxas de juro e a “uma mudança de perfil de risco dos empréstimos do banco para ativos de maior qualidade”. “As perspetivas macroeconómicas no Brasil são favoráveis, já que a inflação está a desacelerar e se espera que as taxas de juro caiam a curto prazo este ano”, lê-se no comunicado do Santander.

No ano passado, o grupo espanhol Santander teve no ano passado lucros de 9.605 milhões de euros, um valor recorde que representou um aumento de 18% em relação a 2021.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 26 de julho

  • ECO
  • 26 Julho 2023

Ao longo desta quarta-feira, 26 de julho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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