Ministra da Coesão quer Norte fora das regiões de convergência em 10 anos

Ministra da Coesão quer que as verbas do Programa Operacional Norte 2030 sejam bem aplicadas para que a região passe a ser desenvolvida daqui a uma década e não de convergência.

A ministra da Coesão Territorial apelou a que as verbas do Programa Operacional Norte 2030, que foi esta terça-feira apresentado, em Santa Maria da Feira, sejam bem investidas de modo a que, dentro de uma década, o Norte deixe de ser uma região de convergência para passar a ser uma região desenvolvida. Ana Abrunhosa não quis puxar orelhas, mas sim, incentivar ainda mais esta região nortenha da qual, acredita, depende o futuro do país.

Durante o encerramento do Seminário Estratégia Norte 2030, que decorreu durante todo o dia, no centro de congressos Europarque, a ministra da Coesão Territorial realçou que o Programa Operacional Norte 2030 é o “que tem uma dotação mais generosa [3,4 mil milhões de euros]“, tendo em conta que esta é “uma região com mais assimetria, que sofreu bastante na pandemia, mas que tem vindo a acelerar [o desenvolvimento]”.

“O primeiro-ministro já disse aqui a importância que atribuímos à região Norte. Gostaria de sublinhar que o futuro do país depende muito do futuro do Norte que é uma região que tem sabido ultrapassar crises profundas, que tem muitas assimetrias mas tem muita potencialidade”, frisou a governante.

“Se temos como objetivo que, daqui a 10 anos, a região Norte seja desenvolvida e deixe de ser uma região de convergência, obviamente que temos de aplicar, investir muito bem estes recursos que temos à nossa disposição“, avisou a ministra da Coesão Territorial. E apelou à concretização de parcerias entre os municípios, empresas e academias. “Os municípios não podem trabalhar de forma isolada quando querem dinamizar os seus sistemas”, reforçou. Por isso, incentivou, deve-se “trabalhar em conjunto, diminuir assimetrias, estimular a passagem do conhecimento da academia para as empresas, estimular a competitividade das empresas e a sua internacionalização”.

Se temos como objetivo que a região Norte daqui a 10 anos seja desenvolvida e deixe de ser uma região de convergência, obviamente que temos que aplicar, investir muito bem estes recursos que temos à nossa disposição.

Ana Abrunhosa

Ministra da Coesão Territorial

Ana Abrunhosa destacou ainda a importância de ser traçado um caminho em prol da riqueza do país. “Os projetos que temos que apoiar são aqueles que nos ajudam a fazer o caminho de mais competitividade, de mais inovação, porque sabemos que esse é um caminho que resulta e que traz riqueza para os países, sobretudo numa região que tem uma indústria forte, que exporta bastante”.

Contudo, advertiu a governante, é preciso continuar a ser uma região competitiva, porque “os concorrentes estão sempre a inovar. Portanto, esta região para se manter competitiva tem que continuar sempre a inovar e a incorporar conhecimento”.

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Internistas do Hospital Amadora-Sintra recusam fazer mais de 150 horas extraordinárias

  • Lusa
  • 4 Julho 2023

O conselho de administração do HFF confirmou "a receção de um conjunto de pedidos de dispensa de trabalho suplementar por parte de médicos da equipa de Medicina Interna da instituição".

Os internistas do Hospital Fernando Fonseca apresentaram esta terça-feira pedidos de dispensa de trabalho extraordinário além das 150 horas, confirmou o hospital, adiantando que está a procurar com a tutela uma solução para garantir a capacidade de resposta da urgência.

A notícia foi avançada pelo Expresso que adianta que 37 médicos de Medicina Interna do Hospital Fernando Fonseca (HFF), que serve os concelhos de Amadora e Sintra, entregaram ao final da manhã de hoje ao conselho de administração as declarações escritas em que manifestam a indisponibilidade para a prestação de trabalho suplementar além das 150 horas anuais.

Numa resposta escrita à agência Lusa, o conselho de administração do HFF confirmou “a receção de um conjunto de pedidos de dispensa de trabalho suplementar por parte de médicos da equipa de Medicina Interna da instituição”.

O HFF adianta que “está a ser procurada uma solução conjunta com a Direção Executiva do SNS e com a tutela para garantir a capacidade de resposta do Serviço de Urgência com maior pressão assistencial e que serve a maior área geográfica da região de Lisboa e Vale do Tejo”.

Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, também confirmou esta situação, sublinhando que a “manifestação de indisponibilidade” por parte dos médicos representa “uma segurança para os doentes”.

Estes médicos, muitos deles, já ultrapassaram nestes seis meses as 200, 250, 300 horas (…) trabalharam mais 30, 35 dias úteis, além daquilo que é o seu trabalho”, salientou Roque da Cunha, lembrando que há cerca de oito meses os chefes de equipa do Serviço de Urgência de Medicina deste hospital Fernando da Fonseca apresentaram a demissão, por considerarem estar em causa a qualidade assistencial e a segurança dos utentes.

O dirigente sindical adiantou que estes médicos, além da urgência externa, têm de garantir a urgência interna, sendo que, muitas vezes, estão entre 80 a 100 doentes no Serviço de Observação, porque não têm lugares nos serviços respetivos de Medicina.

Roque da Cunha lamentou que não haja “um sinal claro” por parte do Governo de criar condições de fixação dos médicos, lembrando que depois de estarem mais de um ano em negociações com a tutela, o processo negocial tenha terminado no dia 30 com “uma proposta inaceitável” para os sindicatos.

“Portanto, mais uma vez, quando a realidade se confronta com a propaganda, a realidade ganha sempre. O que isto quer dizer é que, apesar de estes médicos terem 18 horas no seu horário de trabalho normal para fazer os serviços de urgência, haverá muitos dias e muitas noites onde o Serviço de Urgência de Hospital Fernando Fonseca estará encerrado”.

“Estando encerrado, vai criar pressão sobre todos os outros serviços da Área Metropolitana de Lisboa de Medicina Interna”, disse, recordando que os chefes de equipa do Hospital Garcia da Orta, em Almada, do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, e do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, mantiveram os seus pedidos de demissão, o que, vincou, “quer dizer que a situação se tem vindo a degradar e, como nada está a ser feito em termos efetivos, infelizmente, a situação vai se agravar em vez de melhorar”.

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Debates quinzenais com primeiro-ministro vão regressar com novas regras

  • Lusa
  • 4 Julho 2023

Segundo o texto acordado entre PS e PSD regressará o formato de debates quinzenais, num modelo semelhante ao que existia até 2020, mas com uma mudança na forma como os partidos podem dividir o tempo.

O primeiro-ministro voltará a responder quinzenalmente às perguntas dos deputados no parlamento, mas com um número limite de vezes em que os partidos podem dividir o seu tempo de intervenção, num máximo de sete para PSD e PS.

Segundo o texto acordado entre PS e PSD para a revisão do Regimento, a que a Lusa teve acesso, haverá também alguns períodos em que não se realizarão debates quinzenais: no mês da apresentação do Programa do Governo (uma vez por legislatura), no mês do debate sobre o estado da nação (habitualmente em julho), no período em que decorrer a discussão da proposta de lei do Orçamento do Estado (entre meados de outubro e final de novembro), bem como na quinzena seguinte à discussão de moções de confiança ou de moções de censura.

O regresso dos debates quinzenais com o primeiro-ministro é a mudança central que levou a uma nova revisão do Regimento da Assembleia da República, iniciada dois anos depois de PS e PSD terem acordado o fim dos debates quinzenais, com o atual modelo em vigor a apenas obrigar o primeiro-ministro a comparecer de dois em dois meses em plenário para debates sobre política geral.

De acordo com o texto que irá ser discutido no grupo de trabalho que está a rever o Regimento – com o objetivo de entrar em vigor em setembro – regressará o formato de debates quinzenais, num modelo semelhante ao que existia até julho de 2020, mas com uma mudança na forma como os partidos podem dividir o seu tempo global de intervenção e réplicas, que até agora era gerido livremente.

“Os grupos parlamentares que dispõem de dez ou mais minutos de tempo global de debate podem dividir o seu tempo em sete intervenções”, lê-se no texto, numa disposição que se aplicará a PS e PSD na grelha prevista para a atual legislatura. Já os restantes grupos parlamentares que dispõem de menos de dez minutos de tempo global de debate poderão dividir o seu tempo em cinco intervenções.

“Os deputados únicos representantes de um partido podem dividir o seu tempo em duas intervenções”, refere o texto. Cada intervenção é seguida, de imediato, pela resposta do primeiro-ministro, que dispõe do mesmo tempo para as respostas.

Tal como acontecia antes de 2020, os debates com o primeiro-ministro terão dois formatos alternados – um iniciado pelo chefe do Governo e outro pelos partidos –, voltando a ter apenas uma ronda (em vez das atuais duas) e variando entre os 109 e os 99 minutos (contra os atuais 180).

“No primeiro, o debate é aberto por uma intervenção inicial do primeiro-ministro, por um período não superior a dez minutos, a que se segue a fase de perguntas dos deputados desenvolvida numa única volta; no segundo, o debate inicia-se com a fase de perguntas dos deputados desenvolvida numa única volta”, refere o texto.

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Bancos concordam com alívio na taxa de stress pois atual limite dificulta acesso ao crédito

Banca considera que o Banco Portugal faz bem em aliviar o choque de 300 pontos base que tem de simular na concessão de um empréstimo. Atual exigência está a dificultar acesso das famílias ao crédito.

A intenção do Banco de Portugal de aliviar a taxa de stress nos empréstimos da casa é bem vista pelos bancos, e vai ao encontro do que já têm defendido, pois a exigência de simular um choque de 300 pontos base está a criar dificuldades às famílias no acesso ao crédito.

Desde 2018 que os bancos têm de simular o impacto de um choque de 300 pontos base quando concedem um crédito, no sentido de avaliar a capacidade financeira das famílias num cenário adverso de agravamento das taxas de juro.

O supervisor deverá rever ainda este ano esta taxa de stress, dado que o choque já se concretizou em grande medida perante a subida das Euribor – que servem de base para o cálculo da prestação da casa – no último ano e meio, por conta do aperto financeiro do Banco Central Europeu (BCE), não se perspetivando que venha a subir muito mais para lá dos atuais níveis.

“A confirmar-se, a Associação Portuguesa de Bancos (APB) vê esta medida como positiva, considerando que os bancos já tinham referido, algumas vezes, que o atual limite estaria a dificultar o acesso das famílias ao crédito”, refere a associação que representa o setor ao ECO.

A confirmar-se, a APB vê esta medida como positiva, considerando que os bancos já tinham referido, algumas vezes, que o atual limite estaria a dificultar o acesso das famílias ao crédito.

APB

A possibilidade de aliviar este teste de stress de 300 pontos base já tinha sido levantada pelo supervisor liderado por Mário Centeno no início do ano.

Em entrevista à Antena 1 e Jornal de Negócios, a vice-governadora, Clara Raposo, reforçou a ideia, adiantando que a revisão poderá ocorrer depois do verão, quando houver maior certeza sobre a evolução das taxas de juro do BCE. “Faz sentido. (…) Estamos a olhar no sentido de vermos se baixa, eventualmente, um pouco o choque extra”, afirmou Clara Raposo, sem desvendar qual a redução estará em cima da mesa do supervisor.

Segundo explicou a responsável do banco central, com uma maior folga nesta regra, mais famílias poderão ter acesso ao crédito.

Desde 2018 que está estabelecido um limite de taxa de esforço de 50% – tecnicamente conhecida como Debt Service-to-Income (DSTI). O que significa que determinada família não pode ter encargos com o empréstimo da casa que representem mais de metade do seu rendimento: se tem os rendimentos mensais de 1.000 euros, a prestação não pode ultrapassar os 500 euros.

Esta taxa de esforço tem por base a taxa de juro do empréstimo a que se soma uma taxa de stress de 300 pontos base (3%). Isto é, a família tem de mostrar que tem capacidade de pagar o empréstimo mesmo num cenário em que se verifica um choque de 3% nos juros.

A medida foi introduzida quando os juros estavam perto de 0% e visava acautelar o risco de incumprimento das famílias em caso de uma abrupta subida das taxas. Que escalaram, entretanto, para mais de 3% nas taxas que são usadas nos contratos de empréstimo, situação que agora criar dificuldades na contratação de um crédito bancário.

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Hungria ameaça bloquear financiamento de armas se Kiev continuar a sancionar banco OTP

  • Lusa
  • 4 Julho 2023

O ministro acrescentou que não serão apenas os 500 milhões de euros que o Governo húngaro já bloqueou, mas ainda as futuras propostas de financiamento.

O Governo da Hungria anunciou esta terça-feira que o país não apoiará qualquer financiamento de armas para a Ucrânia enquanto Kiev mantiver o OTP, o maior banco húngaro, na lista de empresas que apoiam a Rússia e submetidas a sanções. “A nossa proposta é clara: enquanto o OTP se mantiver na lista, a Hungria não apoiará nenhum financiamento da União Europeia (UE) sobre transferência de armas à Ucrânia”, assinalou o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó.

O ministro acrescentou que não serão apenas os 500 milhões de euros que o Governo húngaro já bloqueou, mas ainda as futuras propostas de financiamento. O Governo liderado pelo primeiro-ministro nacionalista Viktor Orbán é considerado o país da UE com relações mais próximas com Moscovo e critica as sanções impostas à Rússia, apesar de ter aprovado todos os pacotes impostos pelo bloco comunitário na sequência da invasão militar da Ucrânia.

Em finais de junho, os países da UE concordaram em aumentar em mais 3,5 mil milhões de euros o Fundo Europeu de Apoio à Paz (FEAP), que tem sido sobretudo utilizado para financiar armamento com destino à Ucrânia. Devido ao veto da Hungria, a UE não conseguiu um acordo para a concessão da oitava tranche de 500 milhões de euros para a Ucrânia provenientes deste fundo.

Szijjártó sublinhou que os argumentos ucranianos para manter o banco húngaro na lista de entidades sancionadas por promover a guerra russa “são ridículos”. O próprio OTP assegura que a sua participação no setor bancário da Rússia apenas se situa em 0,1%.

Numa referência ao processo de adesão da Suécia à NATO, Szijjártó assegurou que Budapeste não atrasará o processo caso a Turquia dê luz verde para a entrada do país nórdico. “Se existir algum avanço naturalmente cumpriremos a nossa promessa de que a Hungria não atrasará a entrada de nenhum país”, disse, antes de participar num encontro da comissão intergovernamental da Hungria com a Jordânia.

O chefe da diplomacia húngara disse estar pessoalmente “em estreito contacto” com o seu homólogo turco, Hakan Fidan, com quem manterá conversações num momento em que Ancara negoceia com Estocolmo e a NATO sobre o tema. O ministro assinalou ainda que o Governo já apresentou no parlamento o texto que apoia a entrada da Suécia à NATO.

Hungria e a Turquia permanecem os únicos países da Aliança Atlântica que ainda não ratificaram a adesão, que requer uma aprovação por unanimidade.

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Marcelo marca eleições na Madeira para 24 de setembro

As eleições na Região Autónoma da Madeira foram marcadas para 24 de setembro.

As eleições na Região Autónoma da Madeira foram marcadas para 24 de setembro. “O Presidente da República marcou para 24 de setembro próximo, as eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira”, lê-se na nota divulgada no site da Presidência da República.

A lei Eleitoral da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira estabelece que as eleições para a nova legislatura terão que se realizar “entre o dia 22 de setembro e o dia 14 de outubro”, tendo que ser marcadas pelo Presidente da República “com a antecedência mínima de 60 dias”.

O governo regional da Madeira é liderado por Miguel Albuquerque, na sequência da coligação PSD/CDS PP. Atualmente, o PSD tem 21 dos 47 deputados da Assembleia Legislativa da Madeira, o CDS-PP três, o PS 19, o JPP três e o PCP tem um deputado.

Em maio deste ano, o PSD/Madeira ratificou, por unanimidade, o acordo de coligação com o CDS-PP para as eleições legislativas regionais deste ano. Já do lado da Iniciativa Liberal Nuno Morna será o cabeça de lista do partido. De acordo com a Lusa, do lado do Livre, Tiago Camacho foi escolhido pelo partido nas primárias.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h50)

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Metade dos trabalhadores de plataformas fiscalizados estavam irregulares, diz ministra

  • Lusa
  • 4 Julho 2023

"Este é um primeiro indício de que, de facto, temos aqui muito para garantir e transformar para que a Agenda do Trabalho Digno seja uma realidade efetiva na vida dos trabalhadores", disse ministra.

Cerca de metade dos trabalhadores das plataformas digitais que foram alvo, na semana passada, de uma fiscalização pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) estavam em situação irregular, disse esta terça-feira a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Ana Mendes Godinho falava na sessão de abertura do colóquio “O Trabalho Digno. Contexto e leituras da Agenda”, em Lisboa, promovido pelo CoLABOR – Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social. A ACT desenvolveu a primeira ação de fiscalização, na semana passada, após a entrada em vigor das alterações laborais no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, que entraram em vigor em maio, passando a prever a presunção de laboralidade para os trabalhadores das plataformas digitais.

“Cerca de 50% dos trabalhadores que foram identificados nesta ação estavam completamente irregulares do ponto de vista da sua relação laboral, portanto, não faziam sequer parte do sistema de proteção social nem de relação laboral”, afirmou Ana Mendes Godinho.

Este é um primeiro indício de que, de facto, temos aqui muito para garantir e transformar para que a Agenda do Trabalho Digno seja uma realidade efetiva na vida dos trabalhadores”, considerou Ana Mendes Godinho. A ministra não referiu, porém, qual o número de trabalhadores em causa. À margem, questionada pelos jornalistas, Ana Mendes Godinho indicou tratar-se de dados preliminares da ACT que não foram ainda divulgados na sua totalidade.

Na quarta-feira, decorreu uma ação de fiscalização aos estafetas de plataformas digitais, como a Glovo e Uber Eats, envolvendo “cerca de 30 inspetores” da ACT, em Lisboa e Porto, anunciou a inspetora-geral, Maria Fernanda Campos, que falava aos jornalistas no início da ação que decorria no Parque das Nações, em Lisboa. “Esta ação inicia-se hoje [dia 28 de junho], vai durar até final do ano” e vai “acompanhar aqui o que é a situação dos trabalhadores nas plataformas, o seu relacionamento”, disse a inspetora-geral da ACT.

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Ucrânia acusa Unilever de “patrocinar guerra”

O protesto surgiu na sequência de evidências que demonstraram que a Unilever - dona de marcas como a Dove, Cif, Lipton ou Axe - pagou 331 milhões de dólares em impostos à Rússia no ano passado.

A Unilever foi acusada de “patrocinar” a guerra da Rússia contra a Ucrânia por ainda estar presente no país e assim contribuir com os sues impostos para o esforço de guerra, refere o The Guardian.

O descontentamento tomou forma como um protesto do The Ukraine Solidarity Project (USP) esta segunda-feira, que ostentou um grande cartaz, a simular um outdoor, na sede da Unilever em Londres, com imagens de soldados ucranianos feridos e em pose com o logo da Dove. “A ajudar a financiar a guerra da Rússia na Ucrânia” lia-se no cartaz.

O protesto surgiu na sequência de evidências que vieram demonstrar que a Unilever – detentora de marcas como a Dove, Hellmann’s, Cif, Lipton ou Axe – pagou 331 milhões de dólares (303,6 milhões de euros) em impostos à Rússia no ano passado.

“Um míssil kalibr custa um milhão de dólares. A matemática é simples”, refere-se num vídeopublicado pela USP no Twitter:

Segundo o jornal The Guardian, pensa-se que uma nova lei na Rússia pode levar ao recrutamento de três mil funcionários da Unilever, entre as quatro fábricas e a sede da marca no país.

A Unilever está a contribuir com centenas de milhões em receitas fiscais para um estado que está a matar civis e a patrocinar um grupo mercenário prestes a ser designado como uma organização terrorista no Reino Unido“, afirmou Valeriia Voshchevska, porta-voz da USP, citada pelo jornal britânico.

“Arrisca-se a que os seus trabalhadores e os seus recursos sejam mobilizados para a máquina de Putin. Algumas das maiores empresas já deixaram a Rússia. É possível – após 16 meses de guerra – que o tempo para desculpas já tenha passado”, acrescentou.

No ano passado, segundo o grupo de investigação Follow The Money, a Unilever na Rússia duplicou os seus lucros para 9,2 mil milhões de rublos (95 milhões de euros) e aumentou em 10% o investimento em publicidade para 21,7 mil milhões de rublos (224 milhões de euros), face a 2021.

A Unilever já havia dito que tinha terminado com todas as importações e exportações dos seus produtos para dentro e fora da Rússia em março do ano passado, e que tinha interrompido o investimento em publicidade e fluxos de capital, refere o The Guardian.

Ainda segundo este jornal, o antigo CEO da Unilever, Alan Jope, disse na altura que a quantidade de produtos que a Unilever vendia na Rússia tinha descido significativamente e que o aparente aumento nas vendas, lucros e gastos com publicidade foi resultado da inflação e das mudanças nas taxas de câmbio.

Nós entendemos porque é que pedem à Unilever para sair da Rússia“, disse a empresa na segunda-feira, citada pelo Guardian, “no entanto, para empresas como a Unilever, que têm uma presença física significativa no país, a saída não acontece de uma vez“.

A companhia acrescentou que caso abandonasse as suas marcas e negócios na Rússia, estes seriam apropriados e operados pelo estado russo, referindo que ainda não encontrou uma forma de vender o negócio de uma forma “que evite que o estado russo obtenha ainda mais benefícios e que proteja o nosso povo”. Neste sentido, continuar a operar o empreendimento com “estritas restrições” era a melhor opção, disse a Unilever, citada pelo jornal britânico.

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Mónica Camacho assume liderança das marcas Seat e Cupra em Portugal

A profissional, que transita da Audi, ocupa o cargo de Pedro Fondevilla, que regressa a Barcelona para assumir novas funções dentro das marcas Seat e Cupra.

Mónica Camacho foi nomeada diretora-geral das marcas Seat e Cupra em Portugal. A profissional, que transita da Audi, ocupa, desde 1 de julho, o cargo de Pedro Fondevilla, que regressa a Barcelona para assumir novas funções dentro das marcas.

“Aceito este desafio com grande sentido de responsabilidade e como uma missão apaixonante onde, em conjunto com a rede de concessionários e com a equipa, continuaremos a trabalhar para o crescimento das marcas Seat e Cupra, cujo potencial no nosso mercado é muito grande”, comenta Mónica Camacho, citada em comunicado.

Licenciada em Engenharia e Gestão Industrial e com um MBA em Gestão de Empresas, a nova responsável pelas marcas Seat e Cupra tem 20 anos de experiência na indústria automóvel, com ênfase na área comercial.

Começou na Peugeot Portugal em após-venda, desenvolvimento de rede e marketing, em 2004. Em 2017 integrou a direção comercial de automóveis Citroën, com as responsabilidades de acompanhamento e gestão da rede de concessionários e, em 2019, assumiu a direção de marketing da DS Automobiles, sendo responsável pela imagem global da marca em Portugal. Nos últimos dois anos, Mónica Camacho desempenhava funções de diretora de marketing na Audi, sendo responsável pela estratégia da marca e gestão de produto.

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Audiências TV: SIC segue na liderança em junho

No prime-time, entre as 20h e as 24h, a distância entre o canal da Impresa e o canal da Media Capital é agora de 1,5 pontos percentuais.

A SIC fechou o mês de maio com um share de 15,4%, o mesmo resultado do mês anterior, e mais 0,9 pontos percentuais do que a TVI, que se situou nos 14,5%. A estação da Impresa registou então uma audiência média de 3,5%, mais duas décimas do que a do canal da Media Capital. Em termos absolutos, a SIC foi vista em média por 299 mil pessoas, mais 18,3 mil pessoas do que audiência média da TVI.

Destaque também para a RTP1, que fechou o último mês com um share de 13%, mais 1,2 pontos percentuais do que em maio. A audiência média foi de 2,9%, percentagem que se traduz em cerca de 251,9 mil indivíduos, um crescimento de cerca de 20 mil em relação ao último mês.

O Total Cabo, cuja audiência é diluída pelos vários canais que o constituem, foi visto em média por 800 mil pessoas.

Analisando por períodos horários, os dados fornecidos pela Dentsu/Carat ao +M mostram alterações na liderança em algumas faixas. A RTP lidera entre as 7h30 e as 12h e a SIC das 12h às 18h. Continua a ser no início da tarde, entre as 12h e as 14h, que a estação consegue a sua melhor média, com 22,2%. No acesso ao prime-time, das 18h às 20, a liderança passa da TVI para a RTP1, com um share de 16,7%. Segue-se a SIC com 14,2% e a TVI com 14%.

A SIC segura a liderança entre as 20h e as 24h, agora com uma vantagem de 1,5 pp em relação à TVI. Nas duas horas e meia seguintes a primeira posição mantém-se com a estação de Paço de Arcos, que ganha agora este período com um share 12,4%. A TVI situa-se nos 11% e a RTP1 nos 6,2%. Durante a noite, a partir das 2h30 e até às 7h30, a liderança é então da TVI, com 8,9%.

No Top 15 de programas, a SIC colocou no último mês sete programas, a TVI três e a RTP1 cinco. No cabo, nove das 15 posições são ocupadas pela CMTV, canal que fecha o mês com um share de 5,1%. O programa mais visto do cabo foi Benfica vs Sporting, jogo de futsal da Liga Placard, transmitido pelo Canal 11.

 

Nota Técnica para a produção da análise evolutiva e mensal
Dados: Yumi / Caem_TV Fonte: Mediamonitor/ GFK Análise Dentsu/Carat para o +M/ECO
Outros: Vídeo, DVD, VHS, Blu-Ray, satélite, consolas, unmatch (além dos 150 canais medidos e o time-shift com um delay de 7 dias), plataforma dos operadores (vídeo clube, jogos)
Aud. Total: Percentagem de indivíduos que contactaram um canal, pelo menos uma vez.
Aud. Média: Audiência provável que contacta com o canal em qualquer momento do período respetivo.
Tempo médio despendido: Média do tempo que cada indivíduo contactado despendeu com um canal num determinado período.
Share Aud.: Percentagem de tempo que é despendido a ver um dado canal relativamente ao tempo total de visão do meio (Televisão) num determinado período.

Top produzido para programas “Net” (TeleReport), com duração superior a 3 minutos. Audiência corresponde à média ponderada das partes do programa. Não são considerados como programas: Sorteios e Tempo de Antena.

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Mota-Engil começa a explorar corredor ferroviário do Lobito

  • ECO
  • 4 Julho 2023

Construtora portuguesa pertence a consórcio com operador de mercadorias Trafigura, que irá investir até 555 milhões de euros em concessão a 30 anos.

Arrancou nesta segunda-feira a exploração do corredor do Lobito. A rota ferroviária entre as minas na República Democrática do Congo e o porto angolano do Lobito está concessionada nos próximos 30 anos à empresa Lobito Atlantic Holdings, que reúne o grupo Mota-Engil, grupo logístico Trafigura e o operador ferroviário Vecturis. A entrega da concessão do Estado angolano ao consórcio privado decorreu nesta terça-feira.

“A presença da Mota-Engil demonstra o elevado compromisso que temos com o desenvolvimento económico e social para a região da África Subsariana, que resultará desta infraestrutura com mais de 1.300 quilómetros. O projeto transformará o potencial em realidade neste extraordinário continente que é África e que tantos nos liga por termos começado em Angola há 77 anos”, nota o presidente executivo da Mota-Engil, Carlos Mota Santos.

As três empresas comprometem-se a investir 455 milhões de dólares (417,1 milhões de euros) em Angola e até 100 milhões de dólares na República Democrática do Congo. Está prevista a compra de 35 locomotivas e de 1.555 vagões para circularem do lado angolano. Haverá ainda a formação de trabalhadores para o efeito.

O acordo foi anunciado depois de a Comissão Europeia ter aprovado, na passada quarta-feira, a criação da empresa Lobito Atlantic Holdings.

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Caça russo despenha-se em voo de treino no leste do país

  • Lusa
  • 4 Julho 2023

Um avião supersónico MiG-31 da Força Aérea da Rússia despenhou-se durante um voo de treino na península de Kamchatka, no leste do país.

Um avião supersónico MiG-31 da Força Aérea da Rússia despenhou-se durante um voo de treino na península de Kamchatka, leste do país, afirmou esta terça-feira o ministério da Defesa russo. As autoridades indicaram que o acidente ocorreu no decurso de manobras sobre o golfo de Avachinski, o que também foi confirmado pela Frota do Pacífico da Rússia.

“Em 04 de julho, um caça MiG-31 despenhou-se quando efetuava um voo de treino programado na região de Kamchatka”, assinalaram por sua vez as Forças Armadas russas, que não forneceram informações sobre o estado do piloto.

Em paralelo, o ministério da Defesa russo indicou que dois bombardeiros estratégicos russos Tu-95MS efetuaram um patrulhamento de rotina sobre águas internacionais do mar de Bering, junto às costas do Alasca. “O voo prolongou-se por mais de 13 horas”, precisou.

No decurso da missão, os dois bombardeiros foram escoltados por caças Su-30M e Su-35C do agrupamento aéreo do distrito militar leste. “Todos os voos de aviões estratégicos são efetuados em estrita concordância com as normas internacionais do uso do espaço aéreo sobre águas neutrais, sem violar as fronteiras de outros Estados, sublinhou o ministério da Defesa.

O Tu-95, com capacidade para transportar mísseis nucleares, é um avião que pode atingir velocidades até 925 quilómetros por hora.

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