“O TGV é tão importante como o futuro aeroporto de Lisboa”, defende Francisco Assis

Presidente do Conselho Económico Social defende que Portugal "tem de ser claro" nas negociações para futuras ligações ferroviárias com Espanha e defender os interesses de forma inflexível.

Francisco Assis defende que a questão da alta velocidade é tão importante como o debate sobre o futuro aeroporto de Lisboa. O presidente do Conselho Económico e Social (CES) entende que Portugal tem de tomar decisões claras na ferrovia para depois poder negociar com Espanha.

A questão do TGV é tão importante como o futuro aeroporto de Lisboa para o país”, entende o líder do CES em declarações ao ECO à margem de um debate sobre a futura linha ferroviária de Trás-os-Montes. Além de um entendimento “pluripartidário”, Francisco Assis considera que “qualquer decisão política deve ser precedida de um rigoroso estudo técnico e de uma informação técnica bastante séria”.

O ex-autarca de Amarante, concelho atravessado pela proposta de linha ferroviária, recusa-se a tomar partido sobre a construção desta infraestrutura. A decisão “cabe ao Governo”. Assinala, no entanto, que “os espanhóis são inflexíveis”, pelo que “Portugal tem de ser muito claro e saber o que quer. Sabendo muito bem o que quer tem de ser muito claro com Espanha. A articulação com Espanha não pode ser feito apenas em função das prioridades espanholas mas em função de entendimentos que têm de ser alcançados”.

A nova linha de Trás-os-Montes permite colocar o Porto a menos de três horas de comboio de Madrid, Bragança a pouco mais de duas horas de Lisboa, e Braga e Aveiro a pouco mais de oito horas de Paris. Entre Porto e Zamora são 256 quilómetros de novo traçado ferroviário. Além dos passageiros, a solução também pretende facilitar o tráfego de mercadorias sobre carris de todo o norte de Portugal para Espanha e mesmo para lá dos Pirenéus. O investimento necessário varia entre 3,5 e 4,4 mil milhões de euros, segundo o estudo da Associação Vale d’Ouro. Também há apoio dos municípios que pertencem à comunidade intermunicipal Terras de Trás-os-Montes.

Com velocidades máximas de 160 a 250 km/h, a nova linha poderá receber comboios regionais e de longo curso, incluindo ligações de alta velocidade. Também está prevista a conexão à alta velocidade espanhola – a partir de Zamora –, às linhas do Minho e do Douro e às futuras ligações Porto-Vigo e Porto-Lisboa. As principais estações serão Paços de Ferreira, Amarante, Vila Real, Alijó-Murça, Mirandela-Valpaços, Macedo de Cavaleiros, Bragança e Terra de Miranda, na fronteira. A proposta responde ao desafio do Plano Ferroviário Nacional de repor o comboio em todos os distritos.

A nível local (e não só), promete-se uma revolução nos tempos de viagem:

  • Porto-Amarante – 33 minutos (contra 46 minutos de carro);
  • Porto-Vila Real – 44 minutos (contra 1h06 do carro);
  • Porto-Bragança – 1h15 (contra 2h06 do carro);
  • Porto-Madrid – 2h45 (contra 3 horas do avião, considerando embarque e desembarque no aeroporto)

O traçado com passagem por Vila Real e Bragança foi escolhido em detrimento das ligações por Chaves e por Viseu-Salamanca porque é a única opção em que os comboios poderão ultrapassar os 160 km/h – derrotando a concorrência do carro e do autocarro – e a inclinação máxima é de 15 por mil – afastando a competitividade do camião. Também foi afastada a hipótese de aproveitar as linhas Porto-Guimarães, Porto-Caíde e a futura linha do Vale do Sousa (Valongo-Felgueiras): a velocidade máxima não ultrapassa os 120 km/h, tornando-as impróprias para serviços de longo curso.

A opção por Vila Real e Bragança ganhou ainda porque é onde se verificam os principais fluxos de entrada de trabalhadores e de estudantes que trabalham ou estudam no concelho de residência. Para Madrid, a ligação de Aveiro por Trás-os-Montes é mais rápida do que via Viseu e Salamanca.

Solução para mercadorias

Para as mercadorias, o traçado garante uma velocidade constante de 120 km/h, pendentes máximas de 1,5% (ou 15 por mil) e ligação imediata ao Porto de Leixões, o que diminui os custos de operação. A linha de Trás-os-Montes quer ser uma alternativa à ligação Aveiro-Viseu-Vilar Formoso-Salamanca, que já foi chumbada duas vezes pela Comissão Europeia por avaliação custo-benefício negativa.

No caso das cargas, a associação quer que a linha de Trás-os-Montes seja o novo corredor internacional do Norte do país, pois o “centro de gravidade das exportações do noroeste de Portugal encontra-se na zona do Porto de Leixões e do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, onde já estão localizadas as principais empresas de transportes e logística”. Sem o novo percurso, as cargas do Porto de Leixões, por exemplo, continuarão a ter de atravessar a Linha do Norte – a mais congestionada do país – até à estação da Pampilhosa, para escoarem as cargas até à fronteira com Espanha.

A linha também está preparada para ser construída em bitola ibérica e europeia, assim como receber comboios com eixos variáveis. Se a opção for pela bitola ibérica, serão necessários comboios com eixos telescópicos para seguirem para Madrid e Paris depois de passarem no intercambiador de Zamora. Se for escolhida a bitola europeia, serão necessários intercambiadores junto ao aeroporto Francisco Sá Carneiro e nos acessos à Linha do Minho.

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Governo volta a reduzir apoio aos combustíveis

  • ECO
  • 3 Julho 2023

O desconto nos combustíveis baixa três cêntimos este mês. A redução da carga fiscal passará a ser de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 27 cêntimos por litro de gasolina.

O Governo voltou a reduzir os apoios aos combustíveis. Durante o mês de julho mantém-se o desconto no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), mas baixam em três cêntimos os outros apoios com impacto nos preços da gasolina e gasóleo.

“A redução da carga fiscal passará a ser de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 27 cêntimos por litro de gasolina em julho”, indica o comunicado do ministério das Finanças enviado esta segunda-feira às redações. Em junho, esta carga fiscal foi de “28 cêntimos por litro de gasóleo e de 30 cêntimos por litro de gasolina”.

O ministério, tutelado por Fernando Medina, explica que prosseguiu o descongelamento gradual da taxa de carbono, “iniciado no mês de maio, atualizando a taxa em 2 cêntimos no gasóleo e 1,8 cêntimos na gasolina”.

Esta semana, de acordo com fonte do mercado, o litro de gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, devia descer dois cêntimos e o da gasolina baixar 2,5 cêntimos. A alteração fiscal, anunciada esta segunda, pode anular a descida antecipada pelo setor.

A redução dos apoios surge num momento que as instituições internacionais têm pressionado o Governo para retirar os apoios às famílias nomeadamente ao nível da energia e dos combustíveis já que os preços de referência do gasóleo e da gasolina estão abaixo dos verificados em outubro de 2021, quando arrancaram as medidas iniciais de mitigação ao nível do ISP.

Uma avaliação que também o Governo assinala na nota. “O preço de referência do gasóleo e da gasolina está atualmente abaixo do preço verificado em outubro de 2021, que justificou as medidas iniciais de mitigação ao nível
do ISP”, refere o comunicado, antes de acrescentar que o “consumo de combustíveis nos primeiros quatro meses de
2023 atingiu o recorde da última década” e o consumo de combustíveis rodoviários, em maio, regista um crescimento de 12% face ao período homólogo.

As Finanças recordam ainda, apesar de manter o apoio em sede de ISP, que “a tributação dos combustíveis em Portugal está significativamente abaixo da média ponderada da Zona Euro: 13% no gasóleo e 9% na gasolina”.

Em Sintra, o BCE reiterou a pressão para que os Estados-membros retirem despesas decretadas para fazer face aos tempos do combate à Covid-19 e contra a inflação. Mas, em reação o Governo garantiu que “é essencial a existência de um conjunto de medidas que procurem combater a inflação, combater o aumento dos preços da energia, proteger as famílias mais vulneráveis e ter também medidas direcionadas à classe média”, disse a ministra Mariana Vieira da Silva.

No mesmo comunicado, as Finanças indicam ainda que se mantém inalterada a redução de seis cêntimos por litro na tributação do gasóleo agrícola.

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Inspeções a grandes contribuintes detetam 700 milhões de impostos em falta

  • Lusa
  • 3 Julho 2023

Das correções efetuadas (nas quais se incluem as regularizações voluntárias) mais de metade (52%) referem-se a questões relacionadas com IRC, enquanto as do IVA respondem por cerca de 43%.

As inspeções realizadas pelo fisco em 2022, junto de empresas e particulares acompanhados pela Unidade de Grandes Contribuintes, levaram a correções que correspondem a cerca de 700 milhões de euros de impostos em falta, segundo um relatório divulgado esta segunda-feira.

De acordo com o relatório sobre o combate à fraude e evasão fiscais e aduaneiras de 2022, ao longo do ano passado foram concluídos 253 procedimentos de inspeção, de âmbito geral ou parcial, aos sujeitos passivos acompanhados pela Unidade de Grandes Contribuintes (UCG).

Na sequência dos procedimentos realizados pela área de inspeção da UGC foram identificadas correções que ascendem a cerca de 700 milhões de euros de imposto potencialmente em falta”, detalha o documento remetido pelo Governo ao parlamento, tal como determina a legislação em vigor.

Das correções efetuadas (nas quais se incluem as regularizações voluntárias) mais de metade (52%) referem-se a questões relacionadas com IRC, enquanto as do IVA respondem por cerca de 43%. As restantes têm, sobretudo, a ver com Imposto do Selo e IRS.

Parte destas correções decorrem do regime de exclusão de menos-valias com transmissão de instrumentos de capital próprio de entidades sujeitas a regime fiscal claramente mais favorável (cerca de 90 milhões de eros), da cláusula geral anti-abuso (25 milhões de euros) ou ainda do regime de preços de transferência (20 milhões de euros).

Segundo o relatório, em 2022 a UCG acompanhava um total de 4.818 contribuintes, menos 105 do que no ano anterior, entre os quais se contam 1.602 particulares (o mesmo número de 2021) e 3.216 coletivos.

Para que uma sociedade ou entidade fique sob o escrutínio desta unidade da AT é necessário que preencha pelo menos um de uma lista de critérios, nomeadamente estar sob a supervisão do regulador da banca, dos seguros ou dos mercados, ter um volume de negócios superior a 200 milhões de euros ou um valor global de impostos pagos superior a 20 milhões de euros.

Além destas, a UCG acompanha também entidades as que celebrem acordos de preços de transferência ou estejam relacionadas com multinacionais reportantes no âmbito do ‘Country-by-Country Report’.

Ao nível dos particulares, entram no raio de ação da UCG as pessoas com rendimentos superiores a 750 mil euros ou com uma capacidade patrimonial acima dos cinco milhões de euros (direta ou indiretamente, em bens e diretos), bem como as pessoas com manifestações de fortuna congruentes com esse património ou rendimentos.

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Taxas de resseguro de catástrofes nos EUA aumentam até 50%

  • ECO Seguros
  • 3 Julho 2023

As taxas de resseguro de catástrofes imobiliárias nos Estados Unidos subiram até 50% nas renovações de 1 de julho, de acordo com relatório da corretora Gallagher Re divulgado nesta segunda-feira.

As taxas de resseguro de catástrofes imobiliárias nos Estados Unidos subiram até 50% nas renovações de 1 de julho, informou a corretora Gallagher Re, num relatório publicado nesta segunda-feira.

“Todas as grandes companhias saíram e acabámos por ficar com um mercado povoado por um grande número de seguradoras muito pequenas e pouco capitalizadas”, disse James Vickers, presidente internacional de resseguros da Gallagher Re, referindo-se ao mercado da Flórida.

As resseguradoras têm vindo a aumentar as taxas nos últimos anos devido ao aumento de perdas, que os intervenientes no setor atribuem, em parte, ao impacto das alterações climáticas. O aumento das taxas de resseguro pode afetar os prémios.

As taxas de resseguro dos EUA para apólices que anteriormente enfrentavam sinistros por catástrofes naturais subiram 30-50%, disse a Gallagher Re à agência Reuters. As taxas de resseguro para apólices semelhantes na Flórida subiram 30-40%, acrescentou o corretor.

Companhias têm fechado devido ao risco de grandes perdas. A State Farm declarou em maio que deixaria de vender novas apólices de seguro aos proprietários de casas na Califórnia.

Na Flórida, “todas as grandes companhias saíram e acabámos por ficar com um mercado povoado por um grande número de seguradoras muito pequenas e pouco capitalizadas, que é exatamente o que não se quer”, disse à Reuters James Vickers, presidente internacional de resseguros da Gallagher Re.

Os resseguradores estão a aumentar os montantes que as seguradoras têm de pagar antes de o resseguro entrar em vigor, acrescentou Vickers.

A empresa de modelação de riscos RMS afirmou, em comunicado, na semana passada, que a época de furacões deste ano deverá ser “quase normal”. Mas a empresa salientou que a época de furacões quase normal do ano passado incluiu o furacão Ian, que deverá ser um dos furacões mais dispendiosos de que há registo nos EUA.

Os aumentos das taxas de resseguro para as apólices de catástrofe imobiliária nos Estados Unidos e na Flórida foram, em média, de 25 a 35% nas renovações de julho, informou a corretora Aon em comunicado na semana passada.

As taxas de resseguro para alguns tipos de apólices de guerra aérea subiram até 100% na data de renovação de 1 de julho, disse a Gallagher Re.

Os intervenientes no setor apontam para a existência de pedidos de indemnização na sequência de dois acidentes com aviões Boeing 737 MAX, de batalhas judiciais sobre aviões presos na Rússia e da destruição, este ano, de aviões no aeroporto de Cartum, como fatores que contribuem para o aumento das taxas de guerra na aviação.

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Lemonade cria ‘agentes sintéticos’ para crescimento financeiro

  • ECO Seguros
  • 3 Julho 2023

A insurtech de Israel juntou-se à General Catalyst (GC), especialista em capital de risco, para criar 'Agentes Sintéticos', uma estrutura financeira que permite crescimento sem esgotar capital.

A insurtech de origem israelita Lemonade, empresa de seguros digitais que se define “movida a inteligência artificial (IA) e impacto social” juntou-se à General Catalyst, uma empresa líder em risco e um dos seus primeiros investidores, para criar ‘Synthetic Agents’ – ou ‘Agentes Sintéticos’, em português – estruturas financeiras que desbloqueiam o crescimento sem esgotar capital.

“Acreditamos que seremos capazes de acelerar o crescimento sem recorrer às nossas reservas de capital ou vender mais ações”, afirmou Daniel Schreiber, co-CEO e co-fundador da insurtech Lemonade.

De acordo com o programa, que iniciou a 1 de julho de 2023, a General Catalyst (através da sua plataforma Customer Value) financiará até 80% de todos os CAC da Lemonade e, em troca, receberá uma “comissão” sintética de até 16% do fluxo de prémios que ajudou a financiar. Assim que a GC tiver recuperado o seu investimento e limitado o retorno de qualquer grupo, o restante “valor vitalício” dos clientes desse grupo reverte a favor da Lemonade.

Daniel Schreiber, co-CEO e cofundador da Lemonade, comentou a iniciativa: “achamos que o programa Synthetic Agents é uma espécie de divisor de águas para a Lemonade. Graças a estes, acreditamos que seremos capazes de acelerar o crescimento sem recorrer às nossas reservas de capital ou vender mais ações. Isso significa gerar um negócio significativamente maior, mais cedo, com mais dinheiro no banco e com um retorno materialmente maior sobre o capital”.

Pranav Singhvi, Diretor-Geral da General Catalyst, e arquiteto da estratégia de Valor para o Cliente, afirmou: “acreditamos que o programa de Agentes Sintéticos da Lemonade dá à companhia um balanço para investir no crescimento, para que possa preservar seu próprio capital para investimentos em tecnologia e pessoas”. O responsável continuou: “somos grandes fãs da Lemonade, uma empresa que acreditamos ter virado completamente os seguros de cabeça para baixo e se tornou uma das empresas públicas de tecnologia mais intrigantes. Como um dos primeiros apoiantes da Lemonade, poder ajudar diretamente a sua próxima fase de crescimento é exatamente aquilo para que construímos a nossa estratégia de Valor para o Cliente”.

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Clínica Médis do Grupo Ageas Portugal continua expansão

  • ECO Seguros
  • 3 Julho 2023

A nova clínica é "testemunho do compromisso da Clínica Médis em democratizar o acesso aos cuidados dentários para todos os cidadãos portugueses e promover a importância da prevenção", afirma a marca.

A mais recente adição ao cenário das clínicas dentárias no Porto, a Clínica Médis Trindade, está prestes a abrir no dia 29 de junho. Estrategicamente localizada em frente à estação de Metro da Trindade, a clínica tem como objetivo proporcionar aos residentes da zona do Porto uma maior acessibilidade e conveniência na prestação de serviços personalizados de saúde oral.

“Estamos empenhados em oferecer serviços de qualidade, com uma equipa profissional dedicada”, afirma Gonçalo Rebelo Pinto, Diretor-Geral da Clínica Médis.

“Acreditamos que promover a saúde oral é essencial para o bem-estar geral das pessoas, e estamos empenhados em oferecer serviços de qualidade, com uma equipa profissional dedicada“, afirma Gonçalo Rebelo Pinto, Diretor-Geral da Clínica Médis. Acrescenta ainda: “Com a abertura da nossa 13.ª clínica, estamos a ampliar o acesso a cuidados de saúde oral de excelência, ajudando a população do Porto a manter sorrisos saudáveis e felizes”. O profissional enfatiza que a nova clínica é um testemunho do compromisso da Clínica Médis em democratizar o acesso aos cuidados dentários para todos os cidadãos portugueses e promover a importância da prevenção e das consultas regulares ao dentista.

Para além de permitir marcações online através do seu website, a Clínica Médis Trindade disponibiliza soluções de crédito e horários alargados.

A Clínica Médis, uma marca do Grupo Ageas Portugal, conta atualmente com 13 clínicas nos principais centros urbanos do país, incluindo Lisboa, Oeiras, Cascais, Almada, Aveiro, Porto e Gaia. Está prevista a abertura da 14.ª clínica ainda este ano.

Até à data, a Clínica Médis já prestou cuidados a mais de 50.000 pacientes, empregando mais de 180 colaboradores e mais de 150 médicos dentistas especializados em várias áreas da medicina dentária. A clínica possui ainda acordos com várias seguradoras e subsistemas de saúde, tais como Médis, ADSE, SAMS Quadros e Zurich Sorridente.

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Filipa Appleton, Nuno Jerónimo e Rodrigo Albuquerque são os Best Professional to Work do marketing e publicidade

Os resultados fazem parte do Best Agency to Work for 2023, um estudo realizado pela Scopen junto de 753 profissionais de 56 agências e partilhado em exclusivo com o +M.

 

Filipa appleton, Nuno Jerónimo e Rodrigo Albuquerque
Filipa appleton, Nuno Jerónimo e Rodrigo Albuquerque

Filipa Appleton, atual diretora de marketing da Galp e a partir de setembro diretora de brand marketing do Continente, Nuno Jerónimo, fundador e diretor criativo d’O Escritório, e Rodrigo Albuquerque, managing partner da Arena Portugal, são os Best Professional to Work das marcas, das agências criativas e das agências de meios.

Os resultados fazem parte do Best Agency to Work for 2023, um estudo realizado pela Scopen junto de 753 profissionais de 56 agências e partilhado em exclusivo com o +M.

O estudo, que será apresentado ao final da tarde desta segunda-feira em Lisboa, identifica as agências mais atrativas para trabalhar – eleitas pelos próprios profissionais das agências – e também as Melhores Marcas para Trabalhar.

E, de acordo com esta segunda edição, O Escritório volta a ser considerada, pelos profissionais das agências, como a agência criativa mais atrativa para trabalhar. Segue-se, na segunda posição, a Uzina e a fechar os lugares do pódio a Stream & Tough Guy (SATG). O Top 3 é assim ocupado, destaca a Scopen, por três agências independentes.

Fuel, Fullsix, Funnyhow, Nossa, Pepper, Wunderman Thompson e Judas, encerram o ranking das agências criativas mais atrativas, com a FunnyHow, Nossa, Pepper e Judas e integrarem pela primeira vez este top.

A Scopen elaborou também o ranking das agências que integram redes internacionais. Neste, a Fuel, do grupo Havas, é a agência que ocupa a primeira posição. Segue-se, do mesmo grupo, a Fullsix e, na terceira posição, a Wunderman Thompson, do grupo WPP.

Fullsix, comOn e Pepper lideram o Top 3 das agências digitais, no qual surgem ainda nomeadas a Nossa, Uzina, Funnyhow, Wycreative, O Escritório, Fuel e a Adagietto.

“Foi importante trazer o eixo das agências digitais a este estudo”, diz Alexandra Machás, managing director da Scopen Portugal ao +M. “Considero que o trabalho feito por estas agências é altamente relevante mas menos visível, são quem tem a criatividade no digital, o analytics, a performance, a gestão de conteúdos e criação de conteúdos online que impulsionam o negócio das marcas“, reforça. Neste ranking, a responsável chama a atenção para a entrada da NTT Data. “As consultoras tendem a criar um posicionamento na indústria criativa, como se observa em Espanha de forma mais evidente”, justifica.

Consideramos igualmente interessante ver o duplo posicionamento das agências em ambos os eixos, da criatividade e do digital, apontando a uma integração de disciplinas que muitas vezes os marketers gostariam de ter juntas na mesma ‘super’ agência e que muitas vezes os marketers associavam mais às agências de network“, prossegue. “Pois essa já não é a realidade atual”, diz, dando como exemplo agências como a Nossa ou a Funnyhow, mas igualmente a Pepper, Uzina, Fuel, entre outras, enumera.

No ranking das agências de meios a Dentsu volta a ser nomeada, entre os profissionais das agências, como a agência de meios mais atrativa para trabalhar. Ao segundo subiu este ano a Arena Media e na terceira posição mantém-se a Initiative. Além das agências de meios nomeadas no Top 3 do Best Agency To Work For, surgem no Top 5 a Havas Media e a UM – Universal McCann. Media Gate. OMD, Zenith, PHD e Starcom encerram o top. As agências do GroupM, importa referir, não integraram o estudo.

Passando das agências para as marcas, o Lidl é visto pelas agências – na soma das agências criativas de meios – como a marca cuja comunicação é mais atrativa para trabalhar, tal como aconteceu em 2021, na primeira edição do estudo. Na segunda posição surge agora a Ikea e na terceira a Super Bock, marcas já nomeadas em 2021. Estas três posições mantém-se estáveis no inquérito respondido pelas agências criativas, mas mudam quando a avaliação é feita pelas agências de meios. Nesta, surge na primeira posição a Vodafone, seguida pelo Continente e pelo Lidl.

Mais de 250 marcas foram mencionadas como mais atrativas para trabalhar a sua criatividade no Best Brand to Work em Portugal, o que revela o elevado interesse da indústria criativa a trabalhar uma elevada diversidade de marcas nacionais ou internacionais“, conclui a Scopen.

Foram também mencionadas cerca de 130 marcas em campanhas pelos 753 profissionais de agências ouvidos pela Scopen. Para estes, a Nos e o Lidl são as marcas com melhores campanhas. O destaque foi para a campanha de Natal da Nos – Carrossel, Solidão Natal –, seguindo-se a campanha Tacho, do Lidl, e a Saúde Mental Natal, da Vodafone. Ikea, Worten, Superbock, Betclic, Meo, Zippy, Penguin, Samsung e Continente são as restantes marcas com melhores campanhas, de acordo com este estudo. A sondagem foi realizada em maio e junho, antes de Cannes Lions.

E, para além de agências e marcas, o estudo aponta também o Best Marketer to Work With. Filipa Appleton é a profissional nomeada na primeira posição, seguida por Leonor Dias (Vodafone), António Fuzeta da Ponte (Worten), Tiago Simões (Continente) e Rita Torres Batista (Nos). “Mais de 250 marketers foram mencionados, o que revela o elevado interesse da indústria criativa a trabalhar uma elevada diversidade de personalidades do marketing e comunicação das marcas, onde sobretudo se destacam no Top 5 os responsáveis de marcas nacionais e ainda uma marca internacional”, aponta a Scopen.

Nas agências criativas surge Nuno Jerónimo na primeira posição do ranking Best Profissional to Work With. Miguel Durão, Susana Albuquerque, João Ribeiro, Andreia Ribeiro e João Madeira encerram o top 10.

Nas agências de meios a primeira posição é ocupada agora por Rodrigo Albuquerque, managing partner da Arena Portugal. Rui Freire, Sandra Alvarez, Rita Amzalac e Teresa Morgado são os restantes profissionais que integram a lista dos mais mencionados neste ranking.

Considero relevante realçar destes resultados a elevada correlação entre a nomeação da Agência Mais Atrativa para Trabalhar com a Marca que mais gostariam os profissionais de trabalhar e ainda os marketers nomeados e pessoas das agências“, destaca Alexandra Machás. “A ‘coragem’ e criatividade é claramente a ‘chave’ disto tudo, pelo trabalho conjunto das agências com as marcas. Um exemplo é claramente o Lidl, a sua Agência O Escritório e os profissionais envolvidos, desde Nuno Jerónimo e até a Havas Media, com Rita Amzalak, e o histórico de trabalho da Filipa Appleton aquando diretora de marketing do Lidl e depois na Galp”, refere a título de exemplo.

“Para me ‘estragar’ a correlação temos depois casos como a agência StreamandTough Guy que, de facto, com clientes de menor visibilidade, são uma agência atrativa com um crescendo impressionante, sendo apenas dois na equipa, Miguel Durão e João Ribeiro”, acrescenta a responsável pelo estudo.

Onde quero chegar com estes exemplos? E poderia dar outros, é simples… quando se atinge a criatividade perfeita, a correlação de atratividade à agência-marca-marketer é igualmente perfeita, liderando em exemplaridade e modelos a inspirar os profissionais deste setor a atrair talento criativo, às agências e às marcas”, conclui Alexandra Machás.

A sondagem foi realizada nos meses de maio e junho (online), junto dos profissionais das agências que trabalham a criatividade, o digital e os meios. No total a consultora reuniu respostas de 753 profissionais, de 56 agências, representando 70% das agências criativas/digitais e 30% das agências de meios, explica.

Nesta edição foram entrevistados um total de 753 profissionais das agências (553 de agencias criativas/digitais e 220 de agências de meios), um crescimento versus a amostra de 390 respostas, de 39 agências, da primeira edição.

Cada agência soma um total de scorings, que corresponde à sua votação (nomeação) considerando a posição em que é nomeada pelos profissionais das agências. Assim a cada agência votada na primeira posição é multiplicado o total de nomeações por 5, adicionando o total de nomeações na 2ª posição multiplicado por 3 e as nomeações na 3ª posição, obtendo-se o Total Scoring de cada agência para o ranking. As restantes nomeações – Melhor Marca, Marketer e profissionais das agências – são aferidos por uma soma simples das nomeações obtidas, descreve a Scopen.

Esta ação está inserida no âmbito do barómetro Agency Scope, estudo realizado de dois em dois anos, em 12 países, e que avalia as agências em termos da sua imagem, atratividade e posicionamento.

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BNP Paribas Cardif nomeia Adam Michalski novo CAFO Portugal e Espanha

  • ECO Seguros
  • 3 Julho 2023

A especialista em parcerias bancassurance e seguro de credores reforça equipa diretiva no mercado ibérico. Adam Michalski assume responsabilidades na área financeira, atuarial e de risco.

A BNP Paribas Cardif, referência no setor de parcerias bancassurance e seguro de credores, anuncia a nomeação de Adam Michalski como o novo CAFO (Chief Acting & Financial Officer) da empresa, em Portugal e Espanha.

Com uma carreira que se estende ao longo de vinte anos, Adam iniciou o seu percurso profissional na BNP Paribas Cardif, em França, em 2003, desempenhando o cargo de atuário-chefe.

Com a sua designação para esta posição estratégica, Adam Michalski assume a responsabilidade pela área financeira, atuarial e de risco da BNP Paribas Cardif no mercado ibérico.

O profissional traz consigo uma sólida formação académica e uma vasta experiência no setor dos seguros. Graduado em engenharia civil de minas pela prestigiada École des Mines de Nancy, possui também um mestrado em Investigação Operacional pela Strathclyde University Glasgow e um certificado em Dados pela École Polytechnique de Massy Palaiseau.

Com uma carreira que se estende ao longo de duas décadas, Adam iniciou o seu percurso profissional na BNP Paribas Cardif, em França, em 2003, desempenhando o cargo de atuário-chefe. Desde então, ocupou diversos cargos de destaque na área atuarial entre 2011 e 2013.

A partir de 2013, assumiu o papel de CAFO da BNP Paribas Cardif em várias geografias, incluindo a Coreia do Sul, o Chile e a Suécia, sendo neste último responsável pela bem-sucedida implementação do projeto IFRS17.

A equipa diretiva da BNP Paribas Cardif acredita que a nomeação de Adam Michalski irá fortalecer ainda mais a presença da empresa na região ibérica, permitindo à organização prosseguir a sua missão de fornecer soluções inovadoras e de alta qualidade aos seus clientes e parceiros.

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Fisco controlou mais de 6.500 falhas de reinvestimento de mais-valias da venda da casa

  • Lusa
  • 3 Julho 2023

O valor de acréscimo de rendimento bruto observado (140,1 milhões de euros) "é substancialmente superior" ao registado um ano antes e que correspondeu a 93,4 milhões.

A Autoridade Tributária e Aduaneira fez 6.598 liquidações adicionais de IRS em 2022 a contribuintes que falharam o prazo para reinvestirem mais-valias da venda da casa, gerando um acréscimo de rendimento bruto de 140,1 milhões de euros.

Estes dados constam do relatório sobre o combate à fraude e evasão fiscais e aduaneiras de 2022, que foi divulgado esta segunda-feira publicamente, com o documento a referir que o valor de acréscimo de rendimento bruto observado (140,1 milhões de euros) “é substancialmente superior” ao registado um ano antes e que correspondeu a 93,4 milhões de euros.

Em causa estão contribuintes que venderam a casa de habitação própria e permanente em 2018, tendo indicado na sua declaração de IRS a intenção de proceder ao reinvestimento das mais-valias geradas, evitando desta forma ser tributados total ou parcialmente sobre as mesmas.

“No ano de 2022, a AT [Autoridade Tributária e Aduaneira] efetuou 6.598 liquidações adicionais, referentes às declarações Modelo 3 de IRS, relativas ao período de 2018, devido ao facto de os sujeitos passivos terem inscrito a intenção de proceder ao reinvestimento, e de não terem procedido ao reinvestimento total ou parcial do valor de realização obtido com a alienação de imóveis, dentro dos prazos estabelecidos na lei”, refere o relatório entregue no parlamento.

Recorde-se que a lei contempla a atribuição de uma isenção de tributação sobre as mais-valias obtidas com a venda da habitação própria e permanente, quando se regista compra ou construção de uma outra habitação com este fim. Porém, a isenção apenas se aplica se a compra ou construção da nova casa tiver ocorrido até 24 meses antes ou até 36 meses depois da venda da habitação anterior.

Em 2021, o controlo do não reinvestimento de mais-valias tinha levado à realização, pela AT, de 3.245 liquidações adicionais à declaração de IRS. O relatório revela também que, no ano passado, o sistema de controlo de divergência da receção da declaração anual do IRS (relativas aos rendimentos de 2021) detetou 158.530 divergências.

Por outro lado, em 2022, o fisco efetuou 6.470 liquidações adicionais às declarações de IRS relativas aos anos de 2018 a 2021, relativas a contribuintes “cujo direito a benefícios fiscais cessou” pelo facto de terem dívidas fiscais. Estas liquidações adicionais implicaram um acréscimo da coleta da ordem de 1,1 milhões de euros, cerca do dobro do valor observado um ano antes.

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Prio, Corona e Volkswagen unem-se em apoio a evento de surf solidário

Este ano 16 participantes vão representar as quatro associações portuguesas, estando o montante angariado para cada instituição dependente da performance dos surfistas associados.

As ondas da Praia de Santa Cruz, em Torres Vedras, serão as “mais solidárias do país”, ou não fossem elas as responsáveis por acolher no dia 14 de julho a Softboard Heroes – uma competição de surf solidária patrocinada pela Prio, Corona e, pela primeira, a Volkswagen.

O evento, que regressa para a sua terceira edição, junta profissionais da modalidade e celebridades numa competição de surf “saudável e inovadora”, com o objetivo final de apoiar as associações APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), FALO (Fundação António Luís de Oliveira), Cruz Vermelha de Torres Vedras e Refood. O prémio em causa aumentou, estando fixado em 15 mil euros.

Este ano 16 participantes vão representar as quatro associações portuguesas, estando o montante angariado para cada instituição dependente da performance dos surfistas associados.

Outra particularidade do evento prende-se com o facto de os participantes não utilizarem as suas próprias pranchas, mas sim pranchas de softboard, feitas de materiais não convencionais.

Para o processo de escolha das pranchas o evento conta com o apoio da Catch Surf, da JS, da Flowt, da Softdog Surf e da Softech.

A Noah Surfhouse, a Oeste Portugal, a Câmara Municipal de Torres Vedras, a Sealand Santa Cruz, a Megahits, a SIC, a OnFire, a Surf Total, a Beachcam e a Surfzine são outros dos parceiros do evento solidário.

Vídeo da edição do ano passado:

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Alunos da ESAD criam embalagens da Limiano e Terra Nostra

Os alunos vencedores foram premiados com uma bolsa de estudo no valor de dois mil euros para investirem na sua formação. O objetivo passou por aproximar o mundo académico ao mundo empresarial.

“Embalar o Futuro” é o nome da iniciativa promovida pela Bel Portugal, detentora das marcas Limiano e Terra Nostra, que desafiou os alunos da ESAD (Escola Superior de Artes e Design) de Matosinhos a criar novas soluções de embalagem. O objetivo passou por aproximar o mundo académico ao mundo empresarial.

Os estudantes da unidade curricular de Embalagem do curso de Design de Comunicação foram assim desafiados a “encontrar a embalagem do futuro que ajudasse a proporcionar uma melhor experiência de consumo com menor impacto ambiental”, explica-se em nota de imprensa.

Foram os alunos Mariana Guedes (Limiano) e Alexandre Campelo (Terra Nostra) os que conseguiram conquistar o júri com os seus projetos, o que lhes garantiu uma bolsa de estudo no valor de dois mil euros para investirem na sua formação. Foram ainda atribuídas menções honrosas a Joana Alves e Laia Sanchez.

Proposta vencedora de Mariana Guedes para a Limiano.

Parti da ideia de que a bola de queijo personifica a união e as fatias as diferentes partes que a constituem para criar o grafismo da minha embalagem. Quando falamos em família, pensamos nos diferentes membros que a constituem e se a personificarmos no queijo Limiano, todas as fatias proveem de uma bola. Através da sua exploração foram desenvolvidas ilustrações que traduzem a imagem de uma família – o seu elo protetor e os seus protegidos”, explica Mariana Guedes, citada em comunicado.

A estudante explicou ainda que, em termos de ergonomia, a aposta recaiu sobre um “formato quadrado e na inserção de abas laterais que tornam a embalagem mais flexível e capaz de suportar quer 200g como 400g sem necessidade de utilizar mais material“.

Já Alexandre Campelo, premiado pelo seu projeto para a marca Terra Nostra, apresentou uma solução focada na naturalidade.

A embalagem que criei retrata Portugal, os Açores, a sua gastronomia e surpreende com a aposta num elemento alusivo às hortênsias em azulejos dos Açores“, explica o aluno da ESAD, referindo que, no que diz respeito ao formato da embalagem, deu primazia à funcionalidade da mesma privilegiando “uma embalagem mais alta que a original, mas mais adaptada à mão de forma a facilitar o seu manuseamento e a melhorar a experiência do consumidor“.

Proposta vencedora de Alexandre Campelo para a Terra Nostra.

Paula Amaral, responsável de comunicação corporativa e sustentabilidade da Bel Portugal, explica que a empresa “tem vindo ao longo de décadas, a revolucionar o setor com formatos de embalagem mais apelativos, funcionais e sustentáveis e decidimos desafiar os estudantes da ESAD a encontrar ideias inovadoras no âmbito do Design de Embalagem através de um exercício criativo que partisse da identidade das nossas marcas Limiano e Terra Nostra, explorando novos conceitos, funções e formas de embalagem”.

“Não podíamos estar mais satisfeitos com as propostas apresentadas e ficámos surpreendidos com a criatividade e talento demonstrados por estes jovens”, acrescenta.

Por sua vez, Margarida Azevedo, designer e professora de Packaging Design da ESAD Matosinhos refere que, “a prática de projeto deve ser complementada com outras modalidades de ensino integradas, nomeadamente a resposta a desafios e concursos emanados da indústria, como foi o caso deste projeto da Bel Portugal, para as marcas Terra Nostra e Limiano”.

Esta aproximação das empresas à academia potência situações e oportunidades formativas muito positivas para os estudantes e permite que empresas e instituições acedam a novas e diversas visões e perspetivas dos seus produtos ou atividades”, acrescenta.

O júri do concurso foi composto por Paula Amaral (Bel Portugal), Margarida Azevedo (ESAD Matosinhos), Joana Rivotti (Sair da Casca) e Manuel Andrade (Monteiro Ribas).

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Rui Moreira defende nova linha de Trás-os-Montes para “reequilibrar a região” norte

Presidente da câmara do Porto defende linha Porto-Bragança-Zamora como ferramenta de combate ao centralismo para passageiros e como canal de escoamento de mercadorias.

O presidente da câmara do Porto está a favor da nova linha de Trás-os-Montes. Para Rui Moreira, o projeto para a nova ligação ferroviária entre Porto, Bragança e Zamora, com ligação a Madrid, é uma forma de combater o centralismo e funciona como um novo canal de transporte de mercadorias, em detrimento do camião. O autarca entende que a construção da linha ferroviária tem de estar ligada a políticas de integração no território.

“Obviamente interessa-nos chegar rapidamente a Madrid. A região Norte é a mais desequilibrada entre o interior e o litoral. Uma linha como esta serve para reequilibrar a região“, defendeu Rui Moreira durante um debate promovido pela Associação Vale d’Ouro em conjunto com a câmara do Porto.

Na conferência estiveram ausentes os presidentes das câmaras de Matosinhos e de Vila Nova de Gaia. Os socialistas Luísa Salgueiro (presidente da Associação Nacional de Municípios) e Eduardo Vítor Rodrigues (presidente da Área Metropolitana do Porto) tinham sido anunciados como oradores num dos painéis. Entre os autarcas, o social-democrata Hernâni Dias (Bragança) e o socialista Rui Santos (Vila Real) voltaram a defender a construção da linha, que retomaria a passagem do comboio pelos dois distritos. O próprio Ayuntamiento de Zamora também é favorável à nova ligação.

O autarca da Invicta, no entanto, sinalizou que a construção da linha ferroviária não funciona por si só. “Se não for acompanhada por políticas regionais competentes, é um dreno. Isto só faz sentido se houver políticas integradas e com a deslocalização de atividades”. Em matéria de descentralização de serviços, Rui Moreira entende que “o Estado central deve dar o exemplo”.

Rui Moreira considera também que a nova linha tem mais-valias para o transporte por carga. “Este corredor logicamente é extremamente importante. Temos as exportações com o mar à porta [via Porto de Leixões]. Se queremos chegar aos territórios interiores da Europa (França, Alemanha e outros países centrais), o mar não nos serve de grande coisa. Este percurso, principalmente se for a Medina del Campo, confere-nos uma grande grande vantagem. Temos de substituir os [camiões] TIR.”

Se a nova linha fosse só para mercadorias, já valeria a pena“, sentenciou o presidente da câmara do Porto.

Proposta Bragança, Madrid e até Paris

A nova linha de Trás-os-Montes permite colocar o Porto a menos de três horas de comboio de Madrid, Bragança a pouco mais de duas horas de Lisboa, e Braga e Aveiro a pouco mais de oito horas de Paris. Entre Porto e Zamora são 256 quilómetros de novo traçado ferroviário. Além dos passageiros, a solução também pretende facilitar o tráfego de mercadorias sobre carris de todo o norte de Portugal para Espanha e mesmo para lá dos Pirenéus. O investimento necessário varia entre 3,5 e 4,4 mil milhões de euros, segundo o estudo da Associação Vale d’Ouro. Também há apoio dos municípios que pertencem à comunidade intermunicipal Terras de Trás-os-Montes.

Apesar de o comboio “ser muito competitivo até às três horas de viagem”, Rui Moreira admite que vão continuar a existir os voos Porto-Madrid, mesmo com “menos mercado” e “menos frequência”. “Não acredito que o transporte aéreo vá ser substituído pelo transporte ferroviário num limitar de 15 a 20 anos. Há muitas pessoas que fazem a ligação Porto-Madrid para outros destinos. Por exemplo, quando as pessoas do Porto viajam para toda a América Latina (exceto para o Brasil), utilizam Madrid como hub e as pessoas continuarão a usar voos. Vai haver é menos frequência e menos mercado, como haverá menos mercado na ponte aérea entre Porto e Lisboa quando for feita a ligação em 1h15 ou 1h30.

Com velocidades máximas de 160 a 250 km/h, a nova linha poderá receber comboios regionais e de longo curso, incluindo ligações de alta velocidade. Também está prevista a conexão à alta velocidade espanhola – a partir de Zamora –, às linhas do Minho e do Douro e às futuras ligações Porto-Vigo e Porto-Lisboa. As principais estações serão Paços de Ferreira, Amarante, Vila Real, Alijó-Murça, Mirandela-Valpaços, Macedo de Cavaleiros, Bragança e Terra de Miranda, na fronteira. A proposta responde ao desafio do Plano Ferroviário Nacional de repor o comboio em todos os distritos.

A nível local (e não só), promete-se uma revolução nos tempos de viagem:

  • Porto-Amarante – 33 minutos (contra 46 minutos de carro);
  • Porto-Vila Real – 44 minutos (contra 1h06 do carro);
  • Porto-Bragança – 1h15 (contra 2h06 do carro);
  • Porto-Madrid – 2h45 (contra 3 horas do avião, considerando embarque e desembarque no aeroporto)

 

O traçado com passagem por Vila Real e Bragança foi escolhido em detrimento das ligações por Chaves e por Viseu-Salamanca porque é a única opção em que os comboios poderão ultrapassar os 160 km/h – derrotando a concorrência do carro e do autocarro – e a inclinação máxima é de 15 por mil – afastando a competitividade do camião. Também foi afastada a hipótese de aproveitar as linhas Porto-Guimarães, Porto-Caíde e a futura linha do Vale do Sousa (Valongo-Felgueiras): a velocidade máxima não ultrapassa os 120 km/h, tornando-as impróprias para serviços de longo curso.

A opção por Vila Real e Bragança ganhou ainda porque é onde se verificam os principais fluxos de entrada de trabalhadores e de estudantes que trabalham ou estudam no concelho de residência. Para Madrid, a ligação de Aveiro por Trás-os-Montes é mais rápida do que via Viseu e Salamanca.

Solução para mercadorias

Para as mercadorias, o traçado garante uma velocidade constante de 120 km/h, pendentes máximas de 1,5% (ou 15 por mil) e ligação imediata ao Porto de Leixões, o que diminui os custos de operação. A linha de Trás-os-Montes quer ser uma alternativa à ligação Aveiro-Viseu-Vilar Formoso-Salamanca, que já foi chumbada duas vezes pela Comissão Europeia por avaliação custo-benefício negativa.

No caso das cargas, a associação quer que a linha de Trás-os-Montes seja o novo corredor internacional do Norte do país, pois o “centro de gravidade das exportações do noroeste de Portugal encontra-se na zona do Porto de Leixões e do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, onde já estão localizadas as principais empresas de transportes e logística”. Sem o novo percurso, as cargas do Porto de Leixões, por exemplo, continuarão a ter de atravessar a Linha do Norte – a mais congestionada do país – até à estação da Pampilhosa, para escoarem as cargas até à fronteira com Espanha.

A linha também está preparada para ser construída em bitola ibérica e europeia, assim como receber comboios com eixos variáveis. Se a opção for pela bitola ibérica, serão necessários comboios com eixos telescópicos para seguirem para Madrid e Paris depois de passarem no intercambiador de Zamora. Se for escolhida a bitola europeia, serão necessários intercambiadores junto ao aeroporto Francisco Sá Carneiro e nos acessos à Linha do Minho.

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