Pré-aviso de greve no Porto de Lisboa a partir de 5 de julho

  • Lusa
  • 20 Junho 2023

Estão em causa as violações do direito à greve, nos últimos três anos, pelas empresas que operam no porto de Lisboa, colocando trabalhadores de empresas terceiras a realizar trabalho abrangido pelos p

O Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) apresentou nesta terça-feira um pré-aviso de greve a partir de 05 de julho para o porto de Lisboa, que se refletirá também no porto de Setúbal.

“O Sindicato Nacional dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego, Conferentes Marítimos e Outros, em nome e em representação dos trabalhadores portuários integrados no respetivo âmbito estatutário, que exercem a sua atividade profissional nas áreas dos Portos de Lisboa e de Setúbal, declara greve à prestação de trabalho nestes portos, a partir das 08:00 do dia 05 de julho de 2023 até às 08:00 do dia 05 de novembro de 2023“, indicou o SEAL em comunicado.

Estão em causa as violações do direito à greve, nos últimos três anos, pelas empresas que operam no porto de Lisboa, colocando trabalhadores de empresas terceiras a realizar trabalho abrangido pelos pré-avisos de greve, assim minando a eficácia de qualquer paralisação dos trabalhadores portuários para obterem um Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) mais justo.

O SEAL recordou que a sua presente luta “começou porque todas as empresas de operação portuária decidiram, em conjunto, de forma totalmente concertada, apresentar à insolvência a empresa de cedência de mão-de-obra portuária de que eram as únicas associadas e, simultaneamente, únicas clientes, a A-ETPL”, e sublinhou que essa luta “não terminará enquanto o problema não for resolvido, pelas empresas ou pelos tribunais”.

“Neste momento, é já um dado adquirido que a reabertura do estabelecimento comercial da A-ETPL comprovou em pleno o plano de todas as empresas de se livrarem dos trabalhadores daquela sem qualquer custo, tendo-se chegado ao ponto de alegarem desconhecer trabalhadores que, durante anos a fio, foram por elas requisitados”, afirmou o sindicato.

Para “permitir que os trabalhadores da A-ETPL pudessem regressar ao setor”, o SEAL explicou “ter sempre optado por permitir uma enorme ampliação dos serviços mínimos, muito para além daquilo que legalmente seria exigível e, ainda assim, haver navios abrangidos por serviços mínimos operados por trabalhadores de outras empresas sem que previamente fosse feita qualquer requisição de trabalhadores ao sindicato”.

“Além disso — prosseguiu – há inúmeros casos, todos já documentados, de navios que, não estando abrangidos pelos serviços mínimos, foram operados por trabalhadores temporários especificamente contratados para o efeito”.

“Todos os Grupos de Operadores portuários que operam no porto de Lisboa estão a utilizar este ‘estratagema’, numa clara manifestação de fraude à lei (o Grupo ETE opera todos os navios ao largo neste sistema), com a total conivência do ACT que, no porto de Lisboa, não atua de todo, razão pela qual as ações de responsabilização civil e criminal pelas violações do direito à greve que estavam a ser preparadas antes do início da negociação com o Grupo Yildirim irão agora prosseguir”, referiu o sindicato do setor.

Segundo o SEAL, “a greve envolverá todos os trabalhadores portuários efetivos e também aqueles que possuam vínculo contratual de trabalho portuário de duração limitada, cujas entidades empregadoras ou utilizadoras sejam as empresas de trabalho portuário ou empresas de estiva em atividade nos referidos portos, compreendendo-se ainda no âmbito da greve as empresas titulares de direitos de uso privativo nas respetivas áreas portuárias”.

Quanto à incidência operacional e períodos de duração diária da paralisação, o sindicato precisou que “a greve se materializará na abstenção da prestação de trabalho em todas as empresas de estiva do porto de Lisboa (…) em todas as operações realizadas, seja qual for o período de trabalho, normal ou suplementar, para a execução das quais as entidades empregadoras ou utilizadoras de mão-de-obra portuária contratem ou coloquem trabalhadores estranhos à profissão e que não integrassem o contingente efetivo e eventual à data de 04 de fevereiro de 2020”.

Efeitos em Setúbal

No porto de Setúbal, precisou o SEAL, a greve “restringir-se-á à abstenção da prestação do trabalho incidente sobre navios ou cargas que, neste contexto de greve, sejam desviados do porto de Lisboa para este porto desde o dia 04 de fevereiro de 2020 até ao limite final fixado neste aviso prévio de greve”.

Frisando que “a intenção do SEAL sempre foi o regresso ao setor portuário dos trabalhadores da A-ETPL, sendo-lhe indiferente se retornam para a empresa A ou B, desde que todos os seus direitos sejam salvaguardados”, o sindicato indicou que, por essa razão, “a prestação de trabalho pelos trabalhadores oriundos dessa empresa no porto de Lisboa não está abrangida pelo presente pré-aviso de greve”.

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Mariana França Gouveia integra a VdA como sócia

Mariana França Gouveia saiu da PLMJ este mês, onde estava como sócia da área de Resolução de Litígios. Entre setembro de 2018 e outubro de 2022 foi diretora da Nova School of Law.

Mariana França Gouveia é a nova sócia da Vieira de Almeida. Mariana França Gouveia saiu da PLMJ este mês, onde estava como sócia da área de Resolução de Litígios. A VdA integra a advogada como sócia da área de Prática de Contencioso & Arbitragem.

Mariana França Gouveia é doutorada em Direito. A sua área de especialização incluiu, para além do Direito Processual Civil, a Resolução Alternativa de Litígios, a Arbitragem e a Mediação. Neste âmbito criou e dirige o NOVA Dispute Resolution Forum, um centro de conhecimento que investiga e forma nas matérias do Processo Civil e Resolução Alternativa de Litígios.

Entre setembro de 2018 e outubro de 2022 foi a Diretora da NOVA School of Law.

Na sua carreira, destaca-se como advogada e árbitra em processos arbitrais domésticos e internacionais, com sedes em diversos lugares do mundo e nas mais importantes instituições arbitrais. Dedica-se ainda e a lecionação e investigação académicas, com trabalhos reconhecidos na área da Justiça e da Resolução Alternativa de Litígios.

João Vieira de Almeida, senior partner da VdA avançou que “a vinda da Mariana França Gouveia para a VdA é motivo de enorme orgulho e satisfação, pelas suas qualidades pessoais e pela reconhecida experiência e reputação na área que vem desenvolver”.

Para Mariana França Gouveia “é um privilégio e uma enorme alegria juntar-me a uma equipa de excelência como a VdA, para fortalecer a área da arbitragem. A arbitragem é uma área da litigância de enorme exigência e a VdA é sem dúvida o local ideal para continuar a desenvolver um projeto capaz de servir os clientes ao mais alto nível, tanto em Portugal como em qualquer parte do mundo”.

 

Sede da Vieira de Almeida em Santos, Lisboa.José Campos

A sua carreira divide-se entre a gestão, ensino e investigação académicas, com trabalhos na área da Justiça (em especial Justiça Económica, FFMS, 2012) e da Resolução Alternativa de Litígios (em especial, Curso de Resolução Alternativa de Litígios, Almedina, 2014) e a prática como advogada e árbitra, em complexos processos arbitrais domésticos e internacionais.

Foi assessora jurídica da Unidade de Mediação e Acompanhamento de Conflitos de Consumo, fundada pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e pelo Instituto do Consumidor, de Julho de 2001 a Junho de 2003. E coordenadora da Unidade de Mediação e Acompanhamento de Conflitos de Consumo, fundada pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e pelo Instituto do Consumidor, de Fevereiro de 2004
a Maio de 2006.

Fez o estágio de advocacia ia na sociedade Soares Machado, Andrade Ramos, Athayde de Tavares & Associados, entre setembro de 1997 e Maio de 1999. Foi também assessora da Ministra da Justiça entre Maio e Outubro de 2002, consultora do Gabinete de Política Legislativa e Planeamento do Ministério da Justiça de Novembro de 2002 e Janeiro de 2004, diretora do Gabinete de Auditoria e Modernização do Ministério da Justiça, de Fevereiro de 2004 a Janeiro de 2005.

Passou a consultora da sociedade de advogados Soares Machado & Associados em Outubro de 2006 e membro do Conselho de Prática Arbitral da Associação Portuguesa de Arbitragem, em Novembro de 2009. Esteve como consultora da SRS Advogados (à data com este nome) desde Outubro de 2010 e vogal do Conselho do Centro de Arbitragem Comercial da Câmara de Comércio e Indústria desde Maio de 2012.

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Isabel dos Santos condenada por desvio ilegal de 52,6 milhões da Sonangol

  • Lusa
  • 20 Junho 2023

Tribunal de recurso concluiu que o dinheiro foi desviado da Sonangol através de sociedades anónimas neerlandesas para beneficiar a empresária angolana Isabel dos Santos e o marido, Sindika Dokolo.

A empresária Isabel dos Santos desviou ilegalmente, com recurso a documentos falsificados, 52,6 milhões de euros da petrolífera estatal angolana Sonangol para uma empresa sua, concluiu um tribunal de recurso neerlandês.

A sentença é citada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla em inglês) que esteve na origem do caso que ficou conhecido como “Luanda Leaks” e teve acesso ao documento – ainda não publicado – através do jornal neerlandês NRC.

A decisão foi ditada pela Câmara Empresarial, um departamento especial do Tribunal de Recurso de Amesterdão que concluiu que o dinheiro foi desviado da Sonangol através de sociedades anónimas neerlandesas para beneficiar Isabel dos Santos e o seu marido, Sindika Dokolo, que morreu em 2020, no Dubai, devido a um acidente quando mergulhava.

Isabel dos Santos já avançou que vai recorrer da decisão. A empresária angolana justificou o recurso realçando que o tribunal não analisou “documentos relevantes submetidos pela defesa, documentos estes que poderiam alterar, de forma significativa e substancial, a decisão proferida, demonstrando de forma inequívoca a veracidade material dos factos em questão”.

No recurso serão apresentados estes documentos, demonstrando a verdade e a existência das atas da Sonangol, incluindo as correspondentes e reais deliberações que, por razões que se desconhece, foram ignoradas”, frisou Isabel dos Santos numa publicação na rede social Instagram.

A filha do ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos sublinhou ainda que a decisão do tribunal resulta de “uma falta de conhecimento do normal funcionamento empresarial”.

A decisão vai ao encontro da investigação do ICIJ e valida um relatório condenatório de um diretor nomeado pelo tribunal para a Esperaza Holding BV — um veículo usado pela Sonangol para comprar ações na portuguesa Galp. O relatório concluiu que a venda, em 2006, de 40% da Esperaza à Exem Energy BV, uma empresa detida por Sindika Dokolo, tinha resultado de um “ato de corrupção” e deveria ser anulada.

No final de 2006, a Sonangol vendeu 40% das ações que detinha na Esperaza e entregou-as à Exem, empresa cujos beneficiários finais eram Isabel dos Santos, filha do ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos, e o seu marido.

O ICIJ aponta que Isabel dos Santos e os seus parceiros beneficiaram de negócios lucrativos ligados ao petróleo, diamantes, telecomunicações, bancos e imóveis sob o governo de José Eduardo dos Santos, que permaneceu no poder quase 40 anos.

Após o pai ter saído da presidência, cargo assumido pelo seu sucessor João Lourenço, atualmente no segundo mandato, a Sonangol contestou em tribunal a legalidade da aquisição da participação de 40% da Exem na Esperaza, disputa resolvida a favor da Sonangol, em 2022, por uma instância arbitral neerlandesa, que anulou a aquisição por ser “contrária à ordem e aos bons costumes públicos”.

Em 15 de novembro de 2017, o recém-eleito Presidente angolano João Lourenço demitiu Isabel dos Santos do cargo de presidente da Sonangol, no âmbito do combate à corrupção que assumiu como bandeira eleitoral. A pedido da Sonangol, em 2020, a Câmara Empresarial ordenou uma investigação dos negócios da Esperaza a partir de 01 de janeiro de 2017.

O tribunal concluiu que a empresária assinou falsas deliberações para canalizar 52,6 milhões de euros em dividendos da Esperaza Holding BV para sua própria empresa e que tentou ocultar essas transferências ilegais, com datas anteriores à demissão.

O tribunal disse que ficou estabelecido que “todas as pessoas que assinaram um ou mais decretos sabiam que estes eram retroativos” e que os diretores da empresa deveriam ter percebido que Isabel dos Santos estava a tentar fazer um pagamento rápido de dividendos, através de resoluções forjadas e retroativas.

“A decisão é um passo intercalar na longa tentativa da estatal Sonangol para recuperar os milhões roubados”, acrescenta o ICIJ.

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Grupo espanhol de reboques investe três milhões em Mangualde

  • Lusa
  • 20 Junho 2023

A Lecitrailer, que lidera o setor dos reboques e semirreboques no mercado espanhol, passa a ter em Mangualde a sua primeira base de serviço pós-venda em Portugal, criando 20 novos postos de trabalho.

O grupo espanhol LeciTrailer investiu cerca de três milhões de euros e criou 20 postos de trabalho em Água Levada, no concelho de Mangualde, de acordo com o anúncio feito pela autarquia local.

“Mangualde continua a atrair investimento de qualidade, que ajuda a projetar ainda mais a dimensão económica e empresarial do concelho, colocando-nos no patamar de excelência do setor no país”, considerou o presidente da Câmara, Marco Almeida, congratulando-se com a constante expansão do cluster da indústria automóvel neste concelho do distrito de Viseu.

Segundo Marco Almeida, “a escolha de Mangualde para este investimento vem potenciar a política definida há mais de uma década, e que continua a ser trilhada ao longo deste mandato, de fazer do concelho um território atrativo para o investimento e capaz de criar postos de trabalho e gerar riqueza económica e social”.

A Lecitrailer, que lidera a lista de fabricantes de reboques e semirreboques do mercado espanhol, passa a ter em Água Levada a sua primeira base de serviço pós-venda em Portugal, na qual é possível reparar todo o tipo de chassis e carroçarias de todas as marcas.

A autarquia avançou ainda que “a base de Mangualde da LeciTrailer conta atualmente com cerca de 20 funcionários”, mas a empresa pretende “chegar à meia centena de postos de trabalho”.

“Instalada numa superfície com cerca de 36 mil metros quadrados e equipada com a tecnologia mais avançada do mercado, a base de serviço pós-venda LeciTrailer dispõe de desempeno de chassis, cabine de decapagem em jato de granalha, cabine de pintura, frenómetro, sistema de alinhamento de pneus a laser e fossas de reparação”, explicou.

A fabricante de reboques e semirreboques passa, assim, a contar com sete bases pós-venda próprias (cinco em Espanha, uma em França e uma em Portugal), numa superfície combinada de mais de 500 mil metros quadrados.

No último ano, Mangualde recebeu o grupo de vestuário Valérius, que criou 110 postos de trabalho, e o grupo da área do calçado Magnanni, que pretende criar até 50 postos de trabalho.

Marco Almeida garantiu que “Mangualde está sempre disponível para ser um agente facilitador no acolhimento de novos investimentos, criadores de novos postos de emprego e, consequentemente, geradores de riqueza para o concelho”.

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Axa Investment Managers reorganiza responsabilidades

  • ECO Seguros
  • 20 Junho 2023

Na sociedade gestora de ativos do grupo segurador internacional Axa, o Client Group vai ter um novo corresponsável. Ambos os diretores são internos da empresa.

A Axa Investment Managers, filial de fundos do grupo segurador Axa, nomeou André Thali e Pietro Martorella como co-responsáveis do Client Group da Axa IM Core.

A nomeação é uma promoção para Pietro Martorella, atual responsável pelos mercados ibéricos e de Itália da Axa IM. Para além de manter as suas atuais funções para o sul da Europa, será também responsável pelas áreas da Europa (Ocidental), Europa (Sul), Américas e Marketing.

A partir de 1 de julho, os dois gestores serão responsáveis pelos serviços aos clientes e pela estratégia de crescimento da AXA IM. De acordo com comunicado publicado na segunda-feira, os dois diretores responderão perante Hans Stoter, responsável mundial da AXA IM Core.

Pietro Martorella será ainda responsável pela Europa Ocidental, Europa do Sul, Américas e Marketing como Diretor do Core Client Group Southern Europe. Entrou para a AXA IM em 2004 como Diretor da Distribuição de Retalho e Grossista e foi nomeado Diretor-Geral do escritório italiano em 2009. Antes disso, ocupou vários cargos na distribuição de retalho e de fundos no BNP Paribas AM.

Como Diretor do Grupo de Clientes DACH (Alemanha e Suíça), Thali assumirá também a responsabilidade pelo Norte da Europa, Alemanha, Áustria e Suíça, Ásia, Japão, ETF e estratégia de produtos. Desde 2017 que é Diretor do Grupo de Clientes Core DACH na AXA IM e Diretor Executivo Adjunto da AXA IM Switzerland. Anteriormente, foi Diretor do Grupo de Clientes da Suíça e do Liechtenstein de 2013 a 2017. Antes de se juntar à AXA IM, desempenhou a função de responsável pelas vendas a terceiros na Europa na atual marca Swisscanto do Zürcher-Kantonalbank.

Matt Lovatt, atualmente responsável pelo Grupo de Clientes da AXA IM Core a nível mundial, reformar-se-á em 1 de julho de 2023, informa ainda a nota.

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Allianz Partners revela que maioria dos condutores querem elétricos

  • ECO Seguros
  • 20 Junho 2023

A tendência para transportes mais ecológicos está a tornar-se popular. O relatório 'States of Mind New Mobility' da Allianz Partners revela 3 mudanças de perspetiva que estão a liderar a mobilidade.

A crescente adoção de veículos privados, mais ecológicos, a transição da propriedade de veículos (partilha) e a micro-mobilidade são três tendências futuras que a Allianz Partners, líder mundial em seguros e serviços de assistência, apurou, no seu mais recente relatório da série ‘States of Mind’.

O estudo é baseado nos insights de Michael Maicher, Global Partner & Director e Global Chief Sales Officer for New & Micro-Mobility da Allianz Partners, e de Alejandro Agag, Presidente e fundador da Fórmula E e Extreme E, bem como em dados de opinião pública da própria Allianz Partners. O relatório analisa três mudanças de mentalidade que estão a impulsionar o que se prevê como um futuro mais ecológico para a mobilidade.

“A última década foi transformadora para os veículos elétricos, tanto em termos de avanços tecnológicos como da crescente adesão das pessoas” afirma Alejando Agag, Presidente e fundador da Fórmula E e da Extreme E.

Adoção de transportes mais ecológicos

A primeira mudança de mentalidade destaca a crescente adoção de veículos privados mais ecológicos, com 60% dos condutores a expressar a intenção de compra de um veículo elétrico ou híbrido como sua próxima aquisição automotiva, de acordo com o estudo da Allianz Partners em 10 mercados-chave. A tendência é ainda mais acentuada entre pessoas com famílias jovens, com 75% dos indivíduos entre 26 e 40 anos com filhos a querer adquirir um veículo elétrico ou híbrido na sua próxima compra. O relatório destaca a necessidade de políticas intensivas, maior investimento em infraestrutura e inovações revolucionárias para promover a adoção em grande escala.

Da propriedade do veículo à sua utilização

Em relação à segunda mudança de mentalidade, o relatório destaca a transição da propriedade do veículo para sua utilização. Com os automóveis privados estacionados 92% do tempo, o crescimento da mobilidade compartilhada oferece uma utilização mais eficiente de recursos. Além disso, o desenvolvimento de veículos autónomos, como os ‘robô-táxis’, tem o potencial de revolucionar as ofertas de mobilidade como serviço e aumentar ainda mais os níveis de adoção.

A micro-mobilidade passa a ser uma realidade

A terceira mudança de mentalidade aborda a micro-mobilidade como uma realidade em ascensão. Embora o uso de trotinetes, ciclomotores e bicicletas elétricas tenha aumentado significativamente, seu crescimento tem sido complexo e, por vezes, controverso. A regulamentação tem enfrentado desafios para acompanhar os avanços tecnológicos, e a perceção do público também precisa de melhorias. Por exemplo, 32% das pessoas desconhecem se é obrigatório possuir um seguro ao usar uma trotinete elétrica, e 31% não têm certeza se é necessário um seguro para utilizar uma bicicleta elétrica.

Alejandro Agag, Presidente e fundador da Fórmula E e Extreme E, destaca a transformação dos veículos elétricos ao longo da última década e reforça que a redução de custos, melhor experiência de utilização e mais veículos mais atraentes no mercado são importantes para o público. Agag menciona o potencial dos avanços na tecnologia das baterias impulsionados pela Inteligência Artificial (IA) e computação quântica, que podem acelerar ainda mais a revolução dos elétricos.

Michael Maicher, Global Partner & Director e Global Chief Sales Officer for New & Micro-Mobility na Allianz Partners, acrescenta que um ponto chave no desenrolar da mobilidade. Os condutores já estão a efetuar mudanças comportamentais significativas, quer na compra de veículos elétricos, quer na adoção de trotinetes e bicicletas elétricas, bem como na forma como os veículos são utilizados.

Maicher destaca a importância de criação de infraestruturas eficientes na transição para a mobilidade verde. A falta de postos de carregamento é um obstáculo significativo que impede muitas pessoas de adotarem opções mais sustentáveis. Enfatiza que mais investimentos, tanto públicos como privados, na mobilidade criarão um ciclo positivo, acelerando mudanças tecnológicas e soluções sustentáveis mais acessíveis e atraentes.

O relatório da Allianz Partners destaca a necessidade da abordagem holística para impulsionar uma mobilidade mais ecológica, com colaboração entre governos, empresas, fabricantes de automóveis e provedores de serviços de mobilidade. A adoção em massa de veículos verdes, a transição para a utilização partilhada de veículos e o desenvolvimento da micro-mobilidade são aspetos fundamentais.

 

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Amazon oferece seguros cibernéticos com programa ágil

  • ECO Seguros
  • 20 Junho 2023

A Amazon Web Services (AWS) lançou o programa AWS Cyber Insurance, que promete agilizar o processo de obtenção de seguros cibernéticos. Promete respostas em até dois dias.

A Amazon Web Services (AWS) anunciou o lançamento do programa AWS Cyber Insurance, com o objetivo de agilizar o processo de obtenção de seguros cibernéticos para os seus clientes.

A iniciativa visa simplificar a cotação de seguros, garantindo aos clientes uma resposta em até dois dias. O programa utiliza o AWS Security Hub para fornecer relatórios de postura de segurança às seguradoras treinadas pela AWS, o que facilita a avaliação e a cobertura adequadas. A AWS pretende reinventar a indústria de seguros cibernéticos, que atualmente enfrenta processos demorados e falta de coerência das operações na Cloud.

O programa AWS Cyber Insurance está aberto não apenas a seguradoras, mas também a corretores e mediadores que contactam várias empresas. Pretende-se criar um ecossistema diversificado de fornecedores de seguros cibernéticos, especializados em diferentes níveis de risco e categorias de negócios.

Os parceiros do projeto não precisam de passar por certificações ou validações específicas, basta oferecer serviços de segurança, como avaliação e aconselhamento, para participar do programa. A AWS também atuará como facilitadora na integração entre parceiros do canal e seguradoras cibernéticas, incentivando oportunidades de vendas com base nas recomendações de segurança feitas pelas seguradoras.

Com a iniciativa, a AWS procura ainda modernizar o processo de obtenção de seguros cibernéticos, trazendo agilidade e eficiência para os clientes. O programa já está disponível na Austrália e na Nova Zelândia, através de parceiros locais, e espera-se que mais parceiros sejam adicionados.

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Valor do apoio à renda vai ser confirmado em função do IRS de 2022

  • Lusa
  • 20 Junho 2023

Criado com o objetivo de mitigar o impacto da subida dos preços, este apoio dirige-se a pessoas cuja taxa de esforço com a renda excede os 35%, podendo ir até 200 euros por mês.

Os valores do apoio à renda, que foram calculados com base nas declarações de rendimentos de 2021, vão ser confirmados em função da liquidação do IRS de 2022 e ajustados para os meses subsequentes, avançou hoje a AT.

“O apuramento do Apoio de 2023 vai ser confirmado com base nos rendimentos declarados e liquidados relativamente ao ano de 2022 e também com base nos critérios definidos para determinação do universo de beneficiários, sendo os pagamentos dos meses subsequentes àquela confirmação ajustados”, afirmou fonte oficial da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), em resposta à Lusa.

O subsídio mensal de apoio à renda começou em maio a ser pago a mais de 30 mil famílias, tendo esta segunda-feira começado a ser pago a cerca de 150 mil famílias, produzindo em ambos os casos efeitos retroativos ao início do ano. Este apoio, criado com o objetivo de mitigar o impacto da subida dos preços, dirige-se a pessoas cuja taxa de esforço com a renda excede os 35%, podendo ir até 200 euros por mês.

Quando a medida foi lançada e começou a ser paga, o valor do subsídio foi calculado tendo por base a declaração anual de rendimentos de 2021, em linha com o definido no decreto-lei de 22 de março, que determina que “a liquidação do IRS a considerar é a referente ao último período de tributação disponível”.

Por este motivo, o apoio que está a ser pago, relativo ao ano de 2023, teve “em conta os rendimentos relativos ao ano de 2021, uma vez que ainda está a decorrer o prazo para a entrega e para a liquidação do IRS de 2022”, refere a mesma fonte oficial da AT. Uma vez terminados aqueles prazos e concluída a campanha do IRS relativo a 2022, o apuramento do apoio será, assim, confirmado à luz desta nova declaração de rendimentos e ajustada em conformidade.

Na prática isto significa que poderá haver situações em que o apoio pode ser reduzido ou aumentado face ao valor que agora está a ser pago ou que pessoas que antes não eram elegíveis passem a sê-lo e vice-versa. Atualmente, e no conjunto das mais de 185 mil famílias apuradas como elegíveis para a medida, o valor médio do apoio ronda os 100 euros.

Para receberem o apoio, os beneficiários têm de ter o IBAN registado junto da AT e da Segurança Social, sendo que na carta que lhes foi enviada com os cálculos é referido que “caso os cidadãos identifiquem alguma desconformidade devem solicitar os devidos esclarecimentos para a entidade titular da fonte de informação” devendo usar o endereço de email [email protected].

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PS quer cobrar adicional ao IMI a proprietários de casas devolutas e exclui russos dos vistos gold empresariais

  • Ana Petronilho
  • 20 Junho 2023

Socialistas alargam aplicação do adicional ao IMI a proprietários com imóveis devolutos, independentemente do valor das casas, e excluem russos dos vistos gold por via de investimento empresarial.

O Partido Socialista (PS) quer que os proprietários de casas devolutas passem a pagar o Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (AIMI) para “reforçar os incentivos à reabilitação desses imóveis”.

O AIMI passou a ser aplicado em 2017 para substituir o Imposto de Selo e tributa, a pessoas singulares e empresas, imóveis acima de um milhão de euros. Agora, de acordo com as propostas a que o ECO teve acesso, o PS quer alargar a aplicação deste imposto a proprietários com imóveis devolutos, independentemente do valor das casas.

Esta é uma das alterações apresentadas pelo maior grupo parlamentar ao pacote Mais Habitação proposto pelo Governo, tendo os socialistas submetido igualmente várias mudanças e recuos às medidas inicialmente previstas para o arrendamento coercivo.

Depois da polémica gerada pelo arrendamento coercivo – com o Presidente da República a duvidar da constitucionalidade da medida – o grupo parlamentar do PS vem agora dizer que, apesar de manter a “disponibilidade para continuar a discutir” o assunto, a proposta do Governo será alterada para que esta “ferramenta” seja utilizada a “título excecional e supletivo”.

Além disso, as autarquias que decidam não recorrer ao arrendamento coercivo vão poder “continuar a acionar as taxas agravadas de IMI para edifícios devolutos, preservando assim uma prerrogativa dos municípios, bem como a receita que decorra da sua aplicação”. Esta alteração contraria a intenção do primeiro-ministro, que queria impedir as câmaras de cobrarem IMI agravado caso decidissem não aplicar o arrendamento forçado em casas devolutas há mais de dois anos ou de transferir para o IHRU as receitas do IMI agravado arrecadadas pelas autarquias.

Russos e bielorussos excluídos de vistos gold por via de investimento empresarial

Outra das propostas submetidas pelos deputados do PS diz respeito a uma alteração aos vistos gold. Apesar de ser posto um fim a este regime através do investimento imobiliário, mantém-se a possibilidade de atribuição deste visto “para efeitos de investimento empresarial com criação de postos de trabalho ou investimento em cultura e investigação científica”.

No entanto, os socialistas introduzem uma norma para excluir totalmente dos vistos gold pessoas de países terceiros que são alvo de sanções da União Europeia, ou seja, no imediato, os russos e os bielorussos.

Até à data, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) ainda não recebeu do Governo qualquer despacho ou regulamentação para sustentar legalmente a suspensão dos vistos gold a cidadãos provenientes da Rússia e da Bielorrússia.

A medida não passou de uma ordem verbal, através de telefonemas informais com a direção do SEF, que se seguiram ao anúncio da medida feito na televisão pelo ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, a 26 de fevereiro de 2022. Foi, aliás, através da televisão que o diretor nacional do SEF à data tomou conhecimento da decisão do Governo, escreveu o Negócios.

Desta forma, o SEF – a entidade responsável pela atribuição da Autorização de Residência para Atividade de Investimento (os chamados vistos gold) – tem estado impedido de tomar qualquer decisão sobre os processos de russos e bielorussos que deram entrada.

Outra proposta de alteração do PS passa pela redução em cinco pontos percentuais do IRS aos senhorios que reduzam o valor da renda “em pelo menos cinco pontos percentuais” face ao valor da mensalidade prevista no contrato de arrendamento anterior.

Para o alojamento local, os socialistas querem reduzir de 20% para 15% a contribuição extraordinária, que passa a ser aplicada apenas “a frações autónomas, isentando os particulares que utilizem a sua habitação própria permanente para efeitos de alojamento local até 120 dias por ano”.

O pacote legislativo Mais Habitação desenhado pelo Governo foi discutido e aprovado na generalidade em plenário no dia 19 de maio, o prazo para os partidos submeterem propostas terminou na passada segunda-feira. O PS está ainda a afinar a redação dos documentos que podem levar a alterações e ajustes às propostas entregues pelo partido.

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Neeleman acusa Governo de pressões “duras” e “inaceitáveis” sobre gestão da TAP

  • Lusa
  • 20 Junho 2023

Antigo acionista dá como exemplos o "caso grave" do bloqueio à dispersão do capital da companhia aérea em bolsa ou o pagamento de bónus aos gestores.

O antigo acionista da TAP David Neeleman acusa o Governo socialista de, em vários momentos, ter procurado pressionar a administração da empresa, criticando “erros grosseiros” durante a gestão pública e as “graves acusações” do ex-ministro Pedro Nuno Santos.

Ao longo de 35 páginas a que a agência Lusa teve acesso, David Neeleman respondeu às 80 perguntas que lhe foram enviadas pela comissão parlamentar de inquérito à TAP, entre as quais se “houve tentativas de interferência do Governo na operação da TAP”.

“Eu não era administrador executivo e, portanto, não estava envolvido na operação diária. Mas é público e notório que o Governo em vários momentos procurou pressionar a administração e/ou a Comissão Executiva“, refere, dando depois um conjunto de exemplos.

Entre estas tentativas de pressão está, segundo o antigo acionista, o “caso grave” do bloqueio da oferta pública de venda, “em que, sem razões objetivas, o Estado/Parpública em incumprimento claro com o que tinha assumido no Acordo Parassocial, impediu que a empresa fosse colocada em bolsa [IPO]”.

os administradores nomeados pelo Estado não atuaram com independência e no melhor interesse da TAP e decidiram vetar o IPO. Optaram por tomar uma decisão assente em juízos de oportunidade política de curto prazo.

David Neeleman

Empresário da aviação e antigo acionista da TAP

“Infelizmente, os administradores nomeados pelo Estado não atuaram com independência e no melhor interesse da TAP e decidiram vetar o IPO. Optaram por tomar uma decisão assente em juízos de oportunidade política de curto prazo e de agradar a um eleitorado específico”, critica.

Neeleman lamenta ainda que se tenha transformado num “caso público” o pagamento de remuneração variável aos trabalhadores, o que diz ser “um incentivo normal no mercado e um importante fator de alinhamento de interesses entre empresa e trabalhadores”.

“Durante esses dias, o Governo pressionou a nossa Comissão Executiva e em particular o CEO, de uma forma lamentável e inaceitável, para que não pagasse as remunerações variáveis. Foram pressões muito duras através de mensagens de telemóvel e reuniões com o próprio Ministro das Infraestruturas. Felizmente, o CEO teve coragem para não ceder às pressões e a Comissão Executiva acabou por pagar as remunerações variáveis, que eram devidas”, recorda.

O Governo pressionou a nossa Comissão Executiva e em particular o CEO, de uma forma lamentável e inaceitável, para que não pagasse as remunerações variáveis. Foram pressões muito duras.

David Neeleman

Empresário da aviação e antigo acionista da TAP

Outro exemplo, segundo Neeleman, é a “definição de determinadas rotas internacionais”.

“Havia grande dificuldade em perceberem, no Governo de então, que uma coisa é o Estado ter uma palavra a dizer na estratégia de uma empresa, outra muito diferente, é interferir numa gestão independente e que, precisamente porque é independente, está em melhores condições de cumprir com a sua obrigação fiduciária de proteger, em primeiro plano, o melhor interesse da companhia”, refere.

Questionado sobre a relação com o ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação Pedro Nuno Santos, o antigo acionista começa por referir que o socialista foi “sempre bastante transparente nas suas intenções e foi sempre respeitador no trato pessoal”.

“Mais recentemente, fiquei muito dececionado com ele por ter feito graves acusações na sua audição na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação contra a minha honra e reputação, dizendo que poderíamos ter enganado todos os Governos, fundamentando a sua acusação numa avaliação que ninguém conhece sobre preços de aviões feita sete anos depois da data da compra e contrariando nove avaliações (3 por cada modelo), feitas por entidades independentes”, escreve.

Segundo o Neeleman, “tamanha irracionalidade” só pode ser entendida “por necessidade de desviar as atenções dos contribuintes portugueses dos erros grosseiros cometidos nos anos de gestão pública da TAP“.

“Até posso entender que no contexto de um processo de reestruturação da TAP, como o que está a decorrer, pretendam renegociar com a Airbus os preços então acordados, mas não posso aceitar que o façam à custa da minha honra e reputação”, avisa.

Na audição de 06 de junho, Pedro Nuno Santos disse que “é possível” que o país tenha sido enganado com o negócio dos aviões Airbus para a TAP, e que, a confirmar-se, é preciso exigir a revisão dos contratos.

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Registos vão ter 300 novos trabalhadores e 25 milhões de investimento tecnológico

  • Lusa
  • 20 Junho 2023

Concurso reforça as conservatórias de todo o país com 240 novos oficiais de registo e 50 novos conservadores ainda em 2023. Propostos mais oito conservadores de registo para serviços na Madeira.

O Ministério da Justiça (MJ) anunciou a contratação de quase 300 profissionais para os serviços dos registos e um investimento de quase 25 milhões de euros para os sistemas e equipamentos informáticos destes serviços.

“Foi hoje lançado o concurso que vai permitir reforçar as conservatórias de todo o país com 240 novos oficiais de registo e 50 novos conservadores, ainda em 2023. Além destes, foram propostos pela Direção Regional da Administração da Justiça mais oito conservadores de registo, para ingressarem nos serviços de Registo da Região Autónoma da Madeira”, adiantou o MJ em comunicado.

O MJ refere ainda o processo em curso de contratação de 25 técnicos superiores, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e de assistentes técnicos, em parceria com as autarquias, o que leva a que o Instituto dos Registos e Notariado (IRN) vá integrar “ao longo deste ano, mais de três centenas de novos trabalhadores”.

“Os serviços do IRN vão ainda ser robustecidos com o maior investimento de sempre em tecnologia, materializando a revolução nos ciclos de vida dos cidadãos e das empresas, previstos no PRR para a área da justiça, até 2026”, referiu o MJ, destacando projetos destinados a empresas, fundações e cidadãos.

“Nesse sentido, foi ontem [segunda-feira] publicada a portaria que autoriza o Instituto a assumir o encargo orçamental de 21,5 milhões de euros para a aquisição de serviços de consultoria e desenvolvimento de ‘software’ destinados a reformular os sistemas de informação de registo. Foi também lançado, esta terça-feira, o concurso para a aquisição de 2.000 computadores, no valor de 2,8 milhões de euros, com o propósito concluir a renovação total do parque informático até final do ano”, adiantou a tutela.

O MJ dá ainda conta de investimentos para melhoria dos edifícios, referindo que “desde 2018, o IRN investiu mais de nove milhões de euros na requalificação das suas instalações, no âmbito de um plano que, em 2023, se estende a 46 conservatórias e Lojas de Cidadão, tendo já sido concluídas 13 destas intervenções”.

O anúncio de investimento no setor acontece uma semana depois de o Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e Notariado (STRN) ter emitido um comunicado a acusar o Governo de fazer propaganda com o PRR e não concretizar o investimento anunciado na melhoria tecnológica das conservatórias, “onde falta tudo”.

Nesse comunicado o sindicato denunciava que o investimento anunciado pelo executivo no PRR, “contrasta com as reais condições no terreno, ou seja, nas conservatórias, onde falta tudo” e onde o “parque informático obsoleto” obriga a “constantes paragens e reiniciação” do sistema, uma operação que pode demorar 15 minutos e condiciona o trabalho. Computadores e impressoras com mais de 15 anos e sistemas operativos desatualizados são alguns dos problemas apontados pelo sindicato.

No comunicado desta terça-feira, o MJ recorda que o PRR “prevê um investimento de 266,9 milhões de euros para a componente Justiça Económica e Ambiente de Negócios, alocados a 50 projetos relacionados com a digitalização e modernização, e de 55 milhões de euros, destinados à expansão do sistema de informação do cadastro simplificado e à universalização do BUPi”.

“Do investimento PRR total previsto nestas duas componentes da Justiça (321,9 milhões de euros) estão contratados 69,6 milhões de euros e no mercado cerca de 47,3 milhões de euros, o que representam 36% do investimento”, precisa ainda o comunicado.

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Lucro da Parpública sobe para 155 milhões de euros em 2022

  • Lusa
  • 20 Junho 2023

A Parpública, empresa que gere as participações do Estado, fechou o ano passado com lucros de 155 milhões de euros, acima dos 137 milhões de euros registados em 2021.

O grupo Parpública obteve um resultado líquido consolidado de cerca de 155 milhões de euros em 2022, valor que supera os 137 milhões de euros de 2021, anunciou esta terça-feira a empresa, em comunicado.

O resultado compara ainda com lucros de 139 milhões de euros do ano anterior à pandemia, em 2019.

“O grupo continua a evidenciar uma capacidade de resiliência e flexibilidade, comprovada pelo facto de todos os segmentos de negócio terem apresentado resultados positivos, num ambiente adverso ditado pelas consequências da pandemia covid e da guerra na Ucrânia, com impactos na atividade e na dificuldade de acesso aos meios de produção, com o agravamento dos seus custos”, pode ler-se na nota à imprensa.

Segundo a Parpública, para os resultados foi importante “a estratégia de organização e gestão do grupo, cada vez mais suportada pelas novas tecnologias, facilitando a disponibilização de informação e a comunicação, bem como a capacidade de adaptação e exploração de sinergias”.

O investimento global do grupo atingiu cerca de 262 milhões de euros em 2022, um aumento de 39% face a 2021, uma evolução que “evidencia o dinamismo e a capacidade de crescimento do grupo”, realça.

Quanto às contas individuais da holding Parpública, o grupo destaca o resultado líquido de 2022 de cerca de 16 milhões de euros, a par do incremento do capital próprio de 241 milhões de euros, passando para os 4,2 mil milhões de euros.

A atividade em 2022 “permitiu manter níveis elevados em termos de solvabilidade e de autonomia financeira, com 93% dos ativos da holding financiados por capitais próprios”, indica a Parpública.

A Parpública é uma sociedade de capitais públicos, que constitui um instrumento do Estado para a gestão de ativos mobiliários e imobiliários.

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