Línea Directa lança primeiro seguro para danos por “Okupas”

  • ECO Seguros
  • 13 Junho 2023

A seguradora direta espanhola propõe mais 10 euros por ano no seguro habitação para cobrir os múltiplos danos que a invasão e usurpação de casas estão a causar em Espanha.

A Linea Directa, maior operadora de seguro direto em Espanha, acaba de lançar o Hogar Despreokupado, o primeiro produto multiriscos habitação com cobertura específica para responder ao fenómeno de ocupação ilegal de casas em Espanha, que está a registar a uma média de 40 casos por dia.

É o primeiro seguro integral para danos de “Okupas” afirmam Diego Ferreiro, diretor comercial e Mar Garre, diretora de Pessoas, Comunidades e Sustentabilidade, da Línea Directa.

A resposta deste seguro tem foco nos primeiros seis meses de ocupação, pagando até 300 euros por mês as despesas de água, eletricidade e gás, 800 euros mensais se for necessário realojamento do proprietário ou por perda de receitas de arrendamento e até 7.500 euros por danos causados a vizinhos.

O seguro garante igualmente aos proprietários o reembolso, até 10.000 euros, de todas as despesas de apoio legal e jurídico, fundamentais para conseguirem desocupar as casas, incluindo notários, procuradores, peritos e ainda ao pagamento a um advogado nomeado pelo proprietário de um valor até 5.000 euros.

A seguradora, cujos maiores acionistas são o Bankinter e Jaime Bótin, tio de Patrícia, a presidente do Banco Santander, quer dar resposta por mais 10 euros por mês no seguro multirriscos, “a uma nova necessidade social que é proteger casas de serem invadidas e usurpadas” transmitindo maior “tranquilidade aos proprietários”, até ao valor de 39.900 euros por cada ocorrência.

A Linea Directa considera ser a primeira seguradora a apresentar um produto específico de proteção financeira para enfrentar o movimento “Okupas”, e que outras companhias não dispõem de resposta integral para o problema.

A Linea Directa conta com cerca de 3,5 milhões de clientes, 86% dos quais por relação digital e tem um volume anual de prémios emitidos próximo de mil milhões de euros.

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Rússia ameaça abandonar acordo sobre a exportação de cereais ucranianos

  • Lusa
  • 13 Junho 2023

As exportações russas de fertilizantes e produtos alimentares continuam limitadas por obstáculos relacionados com as sanções impostas pelos países ocidentais após o início da guerra na Ucrânia.

A Rússia está a considerar abandonar o acordo sobre a exportação de cereais ucranianos, principalmente porque, segundo Moscovo, as cláusulas sobre a exportação de fertilizantes russos não foram respeitadas, disse nesta terça-feira Vladimir Putin.

“Estamos agora a pensar em retirar-nos deste acordo sobre cereais (…). Muitas das condições que deveriam ser aplicadas não foram respeitadas”, disse Vladimir Putin durante um encontro televisivo com correspondentes de guerra russos.

Putin acusou ainda Kiev de utilizar os corredores marítimos previstos no acordo para atacar a frota russa com drones.

O acordo permitiu exportar, nos últimos dez meses, mais de 30 milhões de toneladas de cereais ucranianos e aliviar a crise alimentar global causada pela guerra.

Moscovo afirma que, apesar de as exportações de cereais ucranianos terem sido retomadas, as exportações russas de fertilizantes e produtos alimentares continuam limitadas por obstáculos relacionados com as sanções impostas pelos países ocidentais após o início da guerra russa na Ucrânia, em fevereiro do ano passado.

No mês passado, as autoridades da Federação Russa avisaram que só se manterão no acordo depois de 18 de julho se forem levantadas as sanções sobre as exportações dos fertilizantes russos.

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Líder da NATO espera que contraofensiva ucraniana encoraje Putin a negociar

  • Lusa
  • 13 Junho 2023

"Quanto mais terreno ganharem [os ucranianos], mais provável é que o Presidente Putin compreenda que tem de se sentar à mesa das negociações e concordar com uma paz justa", afirmou Jens Stoltenberg.

Uma contraofensiva bem-sucedida da Ucrânia poderá levar o presidente russo, Vladimir Putin, a “sentar-se à mesa das negociações”, afirmou nesta terça-feira o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, no canal de televisão CNN.

“Quanto mais terreno ganharem [os ucranianos], mais provável é que o Presidente Putin compreenda que tem de se sentar à mesa das negociações e concordar com uma paz justa e duradoura”, afirmou o líder da NATO, que deverá ser recebido hoje pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Esta reunião terá lugar apenas algumas semanas antes da Cimeira Anual da NATO, em Vílnius, na Lituânia, teoricamente a última em que participará Jens Stoltenberg, cujo mandato termina no Outono.

“Estou absolutamente convencido de que (os 31 países membros da NATO) encontrarão um excelente sucessor”, disse o norueguês, assegurando que a sua “prioridade de momento [é] liderar a aliança até ao fim do [seu] mandato”.

Há muita especulação sobre quem sucederá a Jens Stoltenberg, se este prolongará o mandato, se será nomeada a primeira mulher para ocupar este cargo, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, ou se o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, será uma escolha embora diferente.

Recentemente, Joe Biden afirmou que Ben Wallace era “muito qualificado”, mas que teria de ser encontrado um “consenso” no seio da NATO, uma organização por vezes repleta de tensões, como ilustrado pelo complicado processo de adesão da Suécia.

Há treze meses que Ancara bloqueia a entrada da Suécia na Aliança Atlântica, criticando a Turquia a Suécia por acolher militantes curdos no seu território.

Jens Stoltenberg garantiu que, apesar de tudo, está “muito confiante” e sublinhou os esforços feitos pela Suécia para chegar a um acordo com a Turquia.

Na segunda-feira, a Suécia anunciou a extradição para a Turquia de um militante do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), condenado no seu país por tráfico de droga, cumprindo assim uma condição imposta por Ancara para a entrada deste país nórdico na NATO.

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HBO Max custa mais dois euros por mês a partir de julho

  • ECO
  • 13 Junho 2023

Plataforma de streaming aumenta mensalidade de 5,99 para 7,99 euros na próxima renovação. Maiores custos de aquisição justificam subida de 33%.

A assinatura do HBO Max vai custar mais dois euros por mês a partir de 13 de julho. A plataforma de streaming está a comunicar o aumento de 33% na mensalidade junto dos subscritores através de mensagens de correio eletrónico. O aumento de custos com a aquisição de conteúdos é a principal justificação para a subida da mensalidade.

Ou seja, a partir de 13 de julho, a mensalidade vai custar 7,99 euros em vez dos atuais 5,99 euros. Para os subscritores com a promoção vitalícia, o preço vai subir dos atuais 3,99 para os 5,32 euros, refere a plataforma em resposta às dúvidas dos utilizadores.

Estamos a aumentar o preço mensal face aos maiores custos de aquisições, criação de conteúdo e desenvolvimento de produtos, para que possamos continuar a investir no conteúdo e nos produtos de alta qualidade que procuramos fornecer aos nossos clientes”, justifica a plataforma na mensagem aos subscritores.

Quem não concordar com os novos preços pode cancelar a subscrição até ao dia 13 de julho, refere a empresa.

O aumento da mensalidade ocorre dois meses depois de a Warner Bros. Discovery anunciar a fusão dos conteúdos da HBO Max e da Discovery+ num novo serviço de streaming: Max. Em Portugal e no resto da Europa a mudança deve chegar em 2024.

Neste novo sistema de streaming, os subscritores vão poder continuar a ver séries como “Succession,” “The Last of Us” ou “House of the Dragon” e ainda conteúdos da Discovery, HGTV, Food Network, ou TLC que vão desde programas relacionados com natureza, obras ou lifestyle até sobrevivência.

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Viana do Castelo vai ter novo parque empresarial mesmo sem fábrica de 150 milhões de euros

  • Lusa
  • 13 Junho 2023

Viana do Castelo terá uma nova área empresarial, em Vila Nova de Anha, independentemente de não avançar a construção de uma fábrica de aerogeradores de 150 milhões de euros, garante autarca.

O presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, assegurou esta terça-feira que o concelho terá uma nova área empresarial, em Vila Nova de Anha, independentemente de não avançar a construção de uma fábrica de aerogeradores de 150 milhões de euros.

“Sem dúvida [que se não for a fábrica será um parque empresarial]. Disse sempre isso quando avançámos para a suspensão [do Plano Diretor Municipal (PDM)]. Dei sempre essa fundamentação também para dar segurança a quem está a decidir, não só na câmara como na Assembleia Municipal”, afirmou Luís Nobre.

O autarca socialista, que falava aos jornalistas no final da reunião ordinária do executivo municipal na qual foi interpelado sobre o assunto pelo vereador do PSD Eduardo Teixeira, adiantou que na revisão do PDM aquela área é proposta para parque empresarial“.

“Antecipou-se o processo por causa do novo projeto industrial”, disse, referindo-se à aprovação, em janeiro, por maioria, da suspensão parcial do PDM. Segundo Luís Nobre, a nova área empresarial integra a estratégia do município para os próximos 10 anos.

A criação do novo espaço estava identificada pelo investimento que foi feito no novo acesso ao porto de mar, pelos investimentos que o próprio porto de mar concretizou nas suas infraestruturas. O próximo plano que estamos a desenvolver com a Administração dos Portos do Douro Leixões e Viana do Castelo (APDL), para encontrar o perfil do porto de mar, vai evidenciar necessidades.

Luís Nobre

Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo

“A criação do novo espaço estava identificada pelo investimento que foi feito no novo acesso ao porto de mar, pelos investimentos que o próprio porto de mar concretizou nas suas infraestruturas. O próximo plano que estamos a desenvolver com a Administração dos Portos do Douro Leixões e Viana do Castelo (APDL), para encontrar o perfil do porto de mar, vai evidenciar necessidades”, acrescentou.

A proposta de suspensão parcial do PDM e o estabelecimento de medidas preventivas foi aprovada com os votos favoráveis do PS e do CDS-PP, a abstenção da CDU e os votos contra do PSD. Em causa está uma nova unidade de produção de pás para aerogeradores, com uma área de 25 hectares, que ficará situada na freguesia de Vila Nova de Anha, próxima do porto de mar, na margem esquerda do rio Lima.

A suspensão parcial do PDM abrange um total de 29,3 hectares, o equivalente a 30 campos de futebol. A fábrica deverá entrar em funcionamento em junho de 2024, prevendo-se um volume anual de exportações de 200 milhões de euros e a criação de 2.000 novos postos de trabalho.

O investimento, anunciado em dezembro de 2022 à agência Lusa pelo autarca Luís Nobre, representa “cerca de 49% do investimento atraído entre 2013 e 2021, e 36% dos postos de trabalho criados no mesmo período, sendo que o volume estimado de exportação representa 24% do valor das exportações, registado no concelho em 2021″.

Fizemos uma avaliação e uma proposta aos proprietários. Já tivemos proprietários que concordaram, outros que rebateram. É um processo normal de expropriação que queremos que seja amigável como aconteceu com as outras zonas empresariais.

Luís Nobre

Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo

O início da construção da unidade industrial estava previsto para este mês, mas ainda decorrem negociações. “Estão a decorrer reuniões de aprofundamento do projeto. Já assumimos um documento de confidencialidade e, por esse facto, não podemos dar muitos detalhes sobre o processo. Estamos a trabalhar, a reunir com frequência; ainda este mês, isso voltará a acontecer”, especificou.

Luís Nobre adiantou que o município já iniciou algumas diligências para, que quando o investidor tomar uma decisão, “tudo seja muito rápido”. A expropriação de 29,3 hectares dos terrenos foi, segundo Luís Nobre, um dos procedimentos já iniciados com as “dezenas de proprietários”.

“Fizemos uma avaliação e uma proposta aos proprietários. Já tivemos proprietários que concordaram, outros que rebateram. É um processo normal de expropriação que queremos que seja amigável como aconteceu com as outras zonas empresariais”, frisou. “É um diálogo que deve ser feito com descrição, entre a câmara e os proprietários (…) Temos um conjunto significativo de proprietários que se manifestaram, aceitando o valor. Temos pedido sempre rigor aos avaliadores”, completou.

No período antes da ordem do dia, o vereador do PSD Eduardo Teixeira questionou o autarca sobre o valor das expropriações, avançando com um valor “entre os quatro e os cinco milhões de euros“. Questionado pelos jornalistas, Luís Nobre escusou-se a confirmar aquele valor: “Neste momento não posso confirmar porque pode ser inferior ou superior (…) Há um processo negocial que tem de acontecer”, apontou.

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📹 Da autonomia à reciclagem, tudo o que precisa de saber sobre as baterias dos carros elétricos

  • ECO
  • 13 Junho 2023

Autonomia, carregamento e reciclagem são apenas alguns dos temas que levantam ainda várias questões sobre estas baterias.

Embora se encontrem cada vez mais carros elétricos nas estradas portuguesas, continuam a existir alguns mitos e várias dúvidas sobretudo sobre as baterias destes veículos. Será que a autonomia é suficiente? E quanto tempo demora o carregamento?

Autonomia, carregamento e reciclagem são apenas alguns dos principais temas que ainda levantam várias questões. Mas vamos a uma lista de curiosidades, apresentada pela Mobi.E, a empresa pública que gere a rede de mobilidade elétrica.

Esclareça as suas dúvidas sobre as baterias dos carros elétricos.

http://videos.sapo.pt/ZwYRMFsEPsaNIS2YQe41

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Terminal de contentores de Alcântara avança para segunda fase de modernização

  • ECO
  • 13 Junho 2023

Construção do novo edifício de manutenção e apoio, repavimentação da restante área do terminal e renovação de todo o parque de espera são as obras previstas na segunda das quatro fases das obras.

Arranca na quarta-feira a segunda das quatro fases da modernização do terminal de contentores de Alcântara. Será assinado um protocolo entre a Administração do Porto de Lisboa (APL) e a concessionária Yilport, na presença do ministro das Infraestruturas, João Galamba.

Nesta fase, está prevista a construção do novo edifício de manutenção e apoio, a repavimentação da restante área do terminal e a renovação de todo o parque de espera, refere comunicado divulgado nesta terça-feira pela APL.

“Este é mais um importante marco para o Porto de Lisboa e para o país, sendo o concretizar de uma obra de maior importância estratégica nacional, a modernização do Terminal de Contentores de Alcântara traduz um plano de investimentos que visa obter ganhos de competitividade e de sustentabilidade e, consequentemente, o reforço do posicionamento do Porto de Lisboa no contexto das rotas marítimas transatlânticas e europeias”, destaca o presidente do conselho de administração da APL, Carlos Correia.

A modernização do terminal de contentores de Alcântara implica um investimento privado de 122 milhões de euros. Concluídas as obras, o terminal poderá movimentar 662. 347 contentores por ano e as emissões de dióxido de carbono irão baixar em 88%. A Yilport irá operar este terminal até 2038.

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Spotify com multa de 5 milhões por não cumprir proteção de dados na UE

  • Lusa
  • 13 Junho 2023

A multa foi imposta pela Autoridade Sueca de Proteção de Dados na sequência de uma queixa apresentada em 2019 por informações incompletas sobre a utilização dos dados dos utilizadores da plataforma.

A plataforma sueca Spotify foi multada em cinco milhões de euros por não ter respondido adequadamente aos pedidos de informação sobre a recolha de dados dos seus utilizadores, anunciou nesta terça-feira a ONG austríaca Noyb, que processou a empresa.

A multa foi imposta pela Autoridade Sueca de Proteção de Dados na sequência de uma queixa apresentada em 2019 pela Noyb, que já ganhou processos contra outras plataformas digitais por violação dos direitos de privacidade dos utilizadores, esclareceu a ONG Noyb em comunicado.

A Noyb apresentou uma queixa em janeiro de 2019, alegando que a plataforma de música sueca Spotify “não lhe disponibilizara informações completas sobre a utilização dos dados dos seus utilizadores, tal como exigido pelas regras da União Europeia (UE)”.

A queixa foi apresentada na Áustria e o caso foi enviado para as autoridades suecas, uma vez que a Spotify tem sede no país nórdico.

Quatro anos depois, em que Noyb teve mesmo de litigar com as autoridades suecas de proteção de dados pela sua inação, foi finalmente aplicada uma multa de cinco milhões de euros à plataforma Spotify.

“É um direito básico de cada utilizador obter informações completas sobre os dados que são processados a seu respeito. No entanto, o processo demorou mais de quatro anos e tivemos de entrar em litígio com a Autoridade Sueca para a Proteção de Dados para obter uma decisão”, explicou Stefano Rossetti, advogado da Noyb.

A legislação europeia em matéria de proteção de dados sobre a vida privada não só dá aos clientes o direito de obter uma cópia dos seus dados, mas também de conhecer a sua origem, os destinatários das informações pessoais ou os pormenores sobre as transferências internacionais de dados.

Noyb, que significa “None of your business”, é uma iniciativa do ativista austríaco Max Schrems, conhecido porque um dos seus processos anulou o anterior acordo sobre a transferência automática de dados pessoais dos cidadãos da UE para os Estados Unidos.

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Extrema-direita entra num segundo governo regional em Espanha, na Comunidade Valenciana

  • Lusa
  • 13 Junho 2023

Depois de Castela e Leão, Partido Popular e VOX fecham acordo para governar Comunidade Valenciana e autarquia de Elche, levando a extrema-direita à liderança de uma das 20 maiores cidades do país.

O partido da extrema-direita espanhol VOX alcançou um acordo com o Partido Popular (PP) para governarem a Comunidade Valenciana, depois de em 2022 ter entrado pela primeira vez num executivo regional em Espanha, em Castela e Leão. O acordo foi anunciado pelo líder do VOX na Comunidade Valenciana, em conferência de imprensa, e depois confirmado em comunicado pelos dois partidos.

Também esta terça-feira, os dois partidos anunciaram também um acordo para governarem a câmara municipal de Elche, uma cidade de 234.000 habitantes da Comunidade Valenciana (leste de Espanha), sendo este pacto entre PP e VOX o primeiro que levará a extrema-direita ao executivo de uma das 20 maiores cidades do país.

Estes acordos são feitos tendo em conta os resultados das eleições de 28 de maio em todos os municípios espanhóis e em 12 das 17 regiões autónomas, que o PP venceu na Comunidade Valenciana, embora sem maioria absoluta; e que o partido socialista (PSOE) tinha ganhado em Elche, também sem maioria absoluta.

Segundo o líder do VOX na Comunidade Valenciana, Carlos Flores Juberías, o acordo garante que a extrema-direita presida ao parlamento regional, enquanto o executivo autonómico será liderado por Caros Manzón, do PP. De acordo com o dirigente, seguir-se-ão agora, após este acordo de princípio, negociações sobre a formação do executivo e as pastas que terá cada partido.

O próprio líder do VOX na Comunidade Valenciana, um professor universitário de Direito Constitucional condenado em 2002 por violência doméstica (violência psíquica, injúrias e vexações à ex-mulher), ficará fora do governo, depois de declarações de dirigentes nacionais do PP que condenavam a possibilidade de o seu nome integrar o executivo.

Segundo Carlos Flores Juberías, foi alcançado com o PP um acordo que permitirá uma “participação decisiva” no governo valenciano ao VOX, um partido com propostas habituais da extrema-direita, relacionadas com a imigração ou os direitos sociais consideradas securitárias, xenófobas e discriminatórias de diversos grupos.

No comunicado a confirmar o acordo, VOX e PP (direita) disseram querer um governo para “defender e recuperar” as “marcas de identidade” da região, promover o desenvolvimento económico, reforçar a saúde pública e os serviços sociais e criar mais apoios para “fomentar a natalidade, a segurança e a promoção das famílias”.

Em 28 de maio, houve eleições em 12 das 17 comunidades autónomas de Espanha e os resultados foram, globalmente, uma derrota para o PSOE e toda a esquerda e uma vitória para o PP, levando o primeiro-ministro, o socialista Pedro Sánchez, a convocar legislativas nacionais antecipadas para 23 de julho.

O PSOE liderava os governos de nove das regiões que foram a votos e foi o partido mais votado em quatro (Astúrias, Canárias, Extremadura e Castela La Mancha). No entanto, só tem garantia de continuar a governar Castela la Mancha, onde alcançou a única maioria absoluta, e já perdeu as Canárias, por causa de um acordo anunciado na semana passada entre a Coligação Canária (CC, regionalista) e o PP, que foram a segunda e a terceira forças mais votadas, respetivamente.

o PP conseguiu duas maiorias absolutas (Madrid e La Rioja) e em cinco regiões depende de apoios de outros partidos para conseguir governar, sendo a expectativa saber em que casos negociará ou contará com o VOX, como já está confirmado na Comunidade Valenciana.

As sondagens sobre as eleições legislativas gerais de 23 de julho dão nova vitória ao PP, mas sem maioria absoluta, que conseguiria com um acordo com o VOX. A esquerda transformou nas últimas semanas a ameaça da entrada da extrema-direita no governo espanhol como a principal bandeira da pré-campanha eleitoral.

As eleições espanholas estavam previstas para dezembro, quando terminaria a atual legislatura, que ficou marcada pela primeira coligação no Governo de Espanha, entre o PSOE e a plataforma de extrema-esquerda Unidas Podemos.

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Jerónimo Martins multada em 36 milhões de euros na Polónia por campanha “enganadora”

Regulador polaco para proteção do consumidor condenou a cadeia de supermercados da Jerónimo Martins no país a pagar uma multa de 36 milhões devido a "publicidade enganosa".

O grupo Jerónimo Martins foi condenado a pagar uma coima superior a 160,9 milhões de zlotys (36,2 milhões de euros) pela prática de políticas de preços enganadores nas lojas dos supermercados polacos da marca Biedronka, de acordo com um comunicado divulgado esta terça-feira pelo regulador polaco para a proteção do consumidor (UOKiK).

O regulador entendeu que a campanha realizada nas lojas da cadeia entre abril e junho de 2022 transmitia uma “mensagem de marketing enganadora destinada a atrair multidões de consumidores às lojas da cadeia Biedronka”. Além de ser “enganadora”, a campanha continha “regras complicadas” e “benefícios desproporcionais”.

A campanha tinha como slogan: “se encontrar um produto na nossa lista de 150 produtos comprados com mais frequência com um preço mais baixo em outra loja, devolvemos a diferença”. Na ótica do regulador polaco, liderado por Tomasz Chróstny, “as mensagens publicitárias foram formuladas de forma a atrair a atenção dos consumidores e dar-lhes a impressão de que os produtos oferecidos são os mais baratos do mercado”.

Na sequência deste procedimento, o presidente da UOKiK emitiu uma decisão considerando que a Jerónimo Martins Polska violou os interesses coletivos dos consumidores.

Os consumidores expressaram opiniões negativas sobre a campanha nas redes sociais, inclusive no perfil da empresa no Facebook. A UOKiK quer ainda obrigar a Jerónimo Martins Polska a publicar um comunicado sobre a decisão do regulador no site da empresa, no perfil de Facebook da Biedronka, em estações de televisão e nas lojas da cadeia. No entanto, a decisão não é definitiva e o grupo de origem portuguesa deve recorrer.

Com quase 3.400 lojas em todo o país, a Biedronka esta na Polónia há mais de 25 anos, emprega mais de 80 mil pessoas e fatura quase 18 mil milhões de euros por ano, de acordo com o site da Jerónimo Martins.

(Notícia alterada às 09h12: Por lapso foi escrito 18 milhões em vez de 18 mil milhões. Pedimos desculpa aos leitores)

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Inflação nos EUA desce para 4% em maio. É o menor aumento em mais de dois anos

  • ECO
  • 13 Junho 2023

Na maior economia do mundo, os preços recuaram de 4,9% em abril para 4% em maio. Reserva federal deve fazer pausa na subida da taxa de juros na reunião desta semana.

O índice de preços no consumidor nos EUA travou para 4% em maio numa base anual, tendo subido apenas 0,1% na comparação mensal. Os dados publicados esta terça-feira, na véspera da decisão da Fed, revelam assim o menor aumento da inflação desde março de 2021.

Os números publicados pelo Labor Department dos EUA mostram que para esta descida contribuiu sobretudo o recuo de quase 12% nos preços da energia, depois dos valores elevados atingidos na sequência da guerra na Ucrânia, com os preços alimentares a crescerem 6,7%, igualmente numa análise a 12 meses.

O índice anual atingiu o valor máximo de 9,1% em junho de 2022, quando registou o maior aumento desde novembro de 1981. Apesar da descida registada nos últimos meses, a inflação continua bem acima do valor de referência (2%) para a Reserva Federal, que só termina na quarta-feira a reunião de política monetária.

A expectativa dos analistas é que o organismo liderado por Jerome Powell, considerando igualmente o abrandamento no mercado de trabalho, venha a anunciar esta semana uma pausa na subida das taxas de juro, pela primeira vez desde março de 2022.

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Vila Velha de Ródão terá unidade de hidrogénio verde num investimento de 161 milhões de euros

  • ECO e Lusa
  • 13 Junho 2023

Vila Velha de Ródão vai ter uma unidade industrial de produção de hidrogénio verde, que deverá criar 60 postos de trabalho diretos, no âmbito de um investimento estimado de 161 milhões de euros.

“Este projeto representa um investimento total estimado de 161 milhões de euros e prevê a criação de 60 postos de trabalho diretos e 200 indiretos, dos quais 80% correspondem a postos de trabalho locais”, avançou esta terça-feira o presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, a propósito da instalação de uma unidade industrial de produção de hidrogénio verde.

Segundo a autarquia, a empresa DH2 Portugal, Unipessoal, Lda pretende instalar “uma central de produção de hidrogénio verde, através da tecnologia de eletrólise da água, na zona de atividades económicas de Vila Velha de Ródão”. Assim como criar “dois parques solares fotovoltaicos para produção da energia elétrica necessária ao funcionamento da central, a instalar em Vale Pousadas e na Urgueira”.

Em comunicado, a autarquia referiu ter assinado recentemente com a empresa “um contrato promessa de compra e venda de um terreno na zona industrial de Ródão, para a instalação de uma unidade industrial de produção de hidrogénio verde”. O terreno, com cerca de 56 mil metros quadrados, é propriedade da autarquia, tendo ficado estipulado no contrato promessa “a aquisição do mesmo, por parte da empresa, pelo valor de 100 mil euros“.

Este projeto representa um investimento total estimado de 161 milhões de euros e prevê a criação de 60 postos de trabalho diretos e 200 indiretos, dos quais 80% correspondem a postos de trabalho locais.

Luís Pereira

Presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão

O autarca de Vila Velha de Ródão considerou ser do interesse do município apoiar o projeto, “face aos benefícios para o concelho apresentados pela empresa, que incluem, além do crescimento económico e da criação de emprego, o surgimento de novas soluções tecnológicas, com elevadas sinergias com o tecido empresarial local e nacional“.

No seu entender, este é um projeto que contribuirá para o aumento da competitividade e para o desenvolvimento da economia local.

A câmara e a Assembleia Municipal de Vila Velha de Ródão já tinham deliberado aceitar a emissão da declaração de interesse municipal para a instalação desta unidade industrial. “Uma medida que apenas incidiu sobre a instalação da central de produção de hidrogénio verde na zona de atividades económicas de Vila Velha de Ródão, sem compromisso da viabilidade, ou não, da instalação dos parques solares indicados na proposta apresentada pela empresa”.

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