Dívida pública pode atingir 70% do PIB em sete anos, antecipa Mário Centeno

  • Lusa
  • 9 Junho 2023

Portugal “está a convergir com a zona euro, em termos reais e económicos desde 2016”, e isso deve-se, segundo o governador, à “extraordinária transição educativa que se está a passar” no país.

O governador do Banco de Portugal (BdP) referiu esta sexta-feira que a dívida pública do país está a aproximar-se “muito significativamente” da média da zona euro, podendo situar-se, em sete anos, em 70% do Produto Interno Bruto (PIB).

Temos a dívida pública a aproximar-se muito significativamente da média da zona euro. Se até ao final desta década mantivermos os indicadores existentes em 2019 (saldo primário e diferencial da taxa de crescimento face à taxa de juro nominal) vamos aproximar-nos de níveis de dívida que estão na casa dos 70% do PIB, claramente abaixo da média do euro”, afirmou Mário Centeno, em conferência proferida na Universidade dos Açores, em Ponta Delgada.

A 31 de maio, o BdP comprou 3,1 mil milhões de euros de dívida pública portuguesa, uma redução de 84,5% face ao ano anterior, reflexo da viragem na estratégia de política monetária da zona euro. A diminuição para 3,1 mil milhões de euros de dívida pública portuguesa comprada pelo BdP significa uma redução de 84,5% face a 2021 e resulta do fim das compras líquidas de ativos, respetivamente, em abril (PEEP) e julho (APP).

Mário Centeno referiu que Portugal “está a convergir com a zona euro, em termos reais e económicos desde 2016”. O governador sustentou que isso deve-se, entre outros fatores, à “extraordinária transição educativa que se está a passar em Portugal”.

Centeno referiu que Portugal “estava na cauda dos países mais desenvolvidos em que os alunos concluíam pelo menos o ensino secundário (40%)” e, “20 anos passados, este número transformou-se em 85%”, estando-se “claramente acima da média da área do euro”.

O responsável pelo BdP considera que “esta revolução silenciosa começou nas famílias portuguesas, que são as obreiras dessa transição”, sendo “absolutamente essencial para se poder classificar o crescimento que existe hoje em Portugal como estrutural, porque ele está a transformar a estrutura produtiva portuguesa”.

O governador associou ao crescimento estrutural a “estabilidade nas políticas e financeira que finalmente se conquistou”, salvaguardando que a dívida portuguesa “paga menos do que a espanhola, que a belga, muito próxima da francesa”. Mário Centeno sublinhou que o risco “foi reduzido porque, pela primeira vez, num contexto de crise, as famílias e as empresas reduziram a sua dívida”.

“Nunca antes tinha acontecido em Portugal. Hoje, em 2023, a dívida líquida de depósitos das famílias e das empresas é inferior à que tínhamos em 2019”, afirmou, tendo salvaguardado que “Portugal, hoje, não é a mesma economia”.

No país, quando comparado o primeiro trimestre de 2019 com igual período de 2023, dados da Segurança Social revelam que existem “mais 348 mil empregos”, sendo que 112 mil “foram criados nos setores da informação, comunicação, imobiliário, consultoria e ciência”, que “eram minoritários” e representavam há quatro anos 10,8% do emprego total, apontou.

Durante a crise pandémica e, depois na sua recuperação, estes setores “são responsáveis por mais de um terço dos empregos criados em Portugal”. O governador apontou que o turismo (alojamento, restauração e transportes) “não é responsável pela maior fatia da criação de emprego, antes pelo contrário”, tendo este “crescido menos”, gerando 44 mil postos de trabalho, quando, em 2019, estava em valores acima dos setores agora em crescimento.

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Boris Johnson renuncia ao cargo de deputado

  • ECO
  • 9 Junho 2023

O antigo primeiro-ministro britânico está de saída do parlamento britânico enquanto ainda decorre um inquérito sobre se participou em festas em Downing Street durante a pandemia.

Boris Johnson renunciou esta sexta-feira, com efeitos imediatos, do cargo de deputado no parlamento britânico enquanto decorre uma investigação sobre as festas em Downing Street (Partygate), a que terá assistido enquanto primeiro-ministro, em violação das regras Covid.

Esta investigação “ainda não produziu um fragmento de evidência de que enganei conscientemente ou de forma imprudente” os deputados, indicou o antigo primeiro-ministro britânico em comunicado citado pelo Politico. As conclusões do comité encarregue do inquérito ainda não foram publicadas, mas poderiam causar a suspensão de Johnson da Câmara dos Comuns se fosse considerado culpado de enganar os deputados.

“Sou deputado desde 2001. Levo minhas responsabilidades a sério. Não menti, e acredito que o comité sabe disso. Mas escolheram deliberadamente ignorar a verdade”, refere ainda na nota.

A saída do ex-líder britânico de parlamento vai obrigar a uma nova eleição no círculo de Uxbridge e South Ruislip, na Grande Londres, que elegeu o político conservador em 2019.

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Donald Trump acusado de 37 crimes

  • Lusa
  • 9 Junho 2023

Trump é acusado de colocar em risco a "segurança nacional" dos EUA ao manter na sua posse segredos nucleares norte-americanos após a sua saída da Casa Branca.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi esta sexta-feira acusado de 37 crimes por manipulação de documentos classificados, que levou para a sua mansão na Florida após deixar a Casa Branca.

De acordo com a acusação histórica, Trump colocou em risco a “segurança nacional” dos Estados Unidos ao manter na sua posse segredos nucleares norte-americanos após a sua saída da Casa Branca.

O documento divulgado pelo Departamento de Justiça, que é a confirmação oficial da acusação que o próprio ex-presidente (2017-2021) avançou na quinta-feira, também implica Walt Nauta, antigo assistente de Trump que foi visto a retirar caixas com documentos classificados da mansão Trump, em Palm Beach.

Trump é acusado de perjúrio e de ter combinado com Walt Nauta a ocultação de documentos solicitados pela polícia federal norte-americana, o FBI.

O ex-presidente foi acusado num tribunal de Miami de 37 crimes federais, incluindo retenção ilegal de segredos do governo, obstrução da justiça e conspiração. A sua audiência em tribunal está marcada para a próxima terça-feira.

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Coligação à esquerda acaba com protagonismo de Podemos

  • Lusa
  • 9 Junho 2023

A coligação eleitoral da esquerda espanhola foi formalizada depois de semanas de negociações entre o movimento de Yolanda Díaz, o Somar, e mais de dez partidos, entre os quais o Podemos.

Os partidos à esquerda dos socialistas espanhóis vão apresentar-se juntos nas legislativas de 23 de julho liderados pela dirigente comunista e ministra do Trabalho Yolanda Díaz, que assim acaba com a hegemonia do Podemos neste espaço político.

A coligação eleitoral da esquerda espanhola foi formalizada esta sexta-feira, no último dia permitido pela lei, depois de semanas de negociações entre o movimento de Yolanda Díaz, o Somar, e mais de dez partidos, de âmbito nacional, regional e local, entre eles, o Podemos, que só esta sexta-feira disse que se juntava às outras forças, embora com críticas e lamentando as condições que lhe estão a ser impostas.

Foi já ao início da noite que o Podemos assinou um acordo para entrar na coligação eleitoral do Somar, segundo fontes dos dois partidos citadas por diversos meios de comunicação social. Antes, a secretária-geral do Podemos, Ione Belarra, numa declaração transmitida nas redes sociais, tinha garantido “a assinatura” do partido na coligação eleitoral, mas pediu um “acordo justo” em relação às listas de candidatos, que podem ser apresentadas até 19 de junho, sem vetos de nomes por parte do Somar e com a garantia de que haverá deputados eleitos da força que lidera.

“Com a última proposta que nos fez a equipa de Somar, o Podemos poderia ficar sem representação no Congresso dos Deputados”, disse Ione Belarra. A direção nacional do Podemos aceitou integrar a coligação liderada por Yolanda Díaz após dias de pressão nesse sentido por parte das estruturas regionais, num isolamento da cúpula do partido.

O Podemos, fundado em 2014 por Pablo Iglesias, faz parte da coligação que governou Espanha na legislatura que agora termina, liderada pelo Partido Socialista (PSOE). O partido tem liderado e dominado o espaço à esquerda dos socialistas na última década e transformou a política de Espanha, contribuindo para acabar com a hegemonia do PSOE e do Partido Popular (PP, direita) e com um bipartidismo de 40 anos.

Porém, nas eleições regionais e municipais de 28 de maio, o Podemos teve um resultado considerado desastroso, com perda de votos e poder institucional por todo o país. Desapareceu, por exemplo, do parlamento autonómico de Madrid, Valência ou Canárias e ficou sem representação em autarquias como a da capital espanhola.

O resultado do Podemos em 28 de maio foi o culminar do desgaste dos protagonistas do partido que fazem parte do Governo, em especial, a ministra da Igualdade, Irene Montero, a cara de uma agenda e um discurso considerado radical por boa parte dos espanhóis, de uma fação dos socialistas e de outros partidos da esquerda.

Irene Montero foi também a protagonista de leis polémicas, como a que mudou os crimes sexuais, que diminuiu penas de mais de 1.200 violadores e recebeu críticas das Nações Unidas e do Tribunal Supremo espanhol, num dos casos que mais afetou a imagem do Governo nos últimos meses.

Na declaração desta sexta, a líder do Podemos assumiu que há um veto ao nome de Irene Montero nas listas eleitorais de 23 de julho por parte do Somar, o que considerou inaceitável, injusto e “um tremendo erro político”, por a ministra da Igualdade “ter levado mais longe as transformações feministas do que qualquer outra pessoa antes” em Espanha e ser “o principal ativo político” do partido.

O Podemos tem também protagonizado divisões internas e com outros partidos da plataforma Unidas Podemos (UP), a estrutura que liderava e que formou a coligação governamental com o PSOE. Uma dessas divisões deu-se, precisamente, com Yolanda Díaz, que há alguns meses criou o movimento Somar e recebeu o apoio da generalidade dos partidos que estavam na UP, num isolamento do Podemos.

Yolanda Díaz, uma política da Galiza, era praticamente desconhecida no resto de Espanha quando, no início de 2020, Pablo Iglesias a levou para o Governo nacional como ministra do Trabalho. Segundo sondagens publicadas antes das eleições regionais e municipais de 28 de maio, Yolanda Díaz é o elemento do Governo como mais popularidade e uma das políticas espanholas que mais simpatia gera no eleitorado.

Não foi, porém, ainda a votos, o que acontecerá em 23 de julho, nas eleições legislativas que o primeiro-ministro, o socialista Pedro Sánchez, decidiu antecipar depois da derrota da esquerda no escrutínio de maio. Sondagens publicadas nos últimos dias dizem que a direita do PP vai ganhar em 23 de julho, mas sem maioria absoluta, que só conseguiria com uma aliança com a extrema-direita.

Segundo as mesmas sondagens, uma coligação que junte toda a extrema-esquerda conseguirá eleger mais deputados e com isso ameaçar a possibilidade de maioria absoluta da direita e extrema-direita. O grupo parlamentar da Unidas Podemos tinha 35 deputados no parlamento dissolvido na semana passada.

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Novo máximo histórico nacional de precipitação registado na Madeira

  • Lusa
  • 9 Junho 2023

O novo extremo absoluto diário da precipitação nacional é agora de 497,5 milímetros, sendo que o anterior máximo era de 346,8 milímetros, registado a 8 de abril de 2008.

A ilha da Madeira registou no início da semana um valor máximo histórico de precipitação a nível nacional, durante a passagem da depressão Óscar pela região, divulgou esta sexta-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

De acordo com o IPMA, numa nota publicada na página da Internet, o novo extremo absoluto diário da precipitação nacional é agora de 497,5 milímetros, sendo que o anterior máximo era de 346,8 milímetros, registado em 08 de abril de 2008.

“Até ao meio da tarde de dia 06 [terça-feira] foi registada precipitação forte e persistente, por vezes acompanhada de trovoada, visibilidade reduzida e vento forte do quadrante sul (as maiores rajadas foram da ordem de 100 km/h, nas terras altas e 80 km/h nas regiões costeiras), com maior impacto nas vertentes sul e nas terras altas da ilha da Madeira”, descreve o IPMA.

A costa sul e as regiões montanhosas da ilha da Madeira estiveram sob aviso vermelho entre as 15:00 de segunda-feira e as 15:00 de terça-feira, devido à chuva forte e persistente por causa da passagem da depressão Óscar. O mau tempo provocou 95 desalojados, levou ao encerramento da atividade letiva na terça-feira e de diversos serviços públicos e privados e condicionou o movimento no aeroporto da Madeira, com o cancelamento de dezenas de voos, tendo afetado milhares de passageiros.

O Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira reportou mais de 160 ocorrências, sobretudo relacionadas com deslizamentos, quedas de árvores e inundações, que mobilizaram 168 meios e 436 operacionais. Na terça-feira, durante uma conferência de imprensa, o delegado regional do IPMA, Victor Prior, indicou que o limite do aviso vermelho – 60 mm/6 horas (60 litros por metro quadrado em seis horas) tinha sido “largamente ultrapassado” durante o temporal.

Foram registados 180 mm no Chão do Areeiro [serra sobranceira ao Funchal] em seis horas, foi três vezes mais”, disse na altura, explicando que nas regiões montanhosas a precipitação atingiu em acumulado de 600 mm em 24 horas, o maior valor desde que há registo.

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Costa responde a Montenegro e recusa demitir diretora das secretas

  • ECO
  • 9 Junho 2023

Para Costa “resulta claro” de toda a documentação e informação, que está na posse da comissão de inquérito parlamentar à gestão da TAP, que “o SIS não agiu sob ordens" do Governo.

O primeiro-ministro já respondeu à carta do presidente do PSD para frisar que “obviamente” não vai “demitir a secretária-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa [SIRP], embaixadora Graça Mira Gomes”, segundo a missiva citada pelo Público.

Para António Costa “resulta claro” de toda a documentação e informação, que está na posse da comissão de inquérito parlamentar à gestão da TAP, que “o Serviço de Informações de Segurança não agiu sob ordens, instruções ou orientações de qualquer membro do Governo, mas por decisão própria – e correta”.

Uma decisão que o primeiro-ministro diz que foi tomada pela “direção” do SIS “em articulação com a Secretária-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa”, concluindo que “é absolutamente infundada a acusação de abuso de poder por parte do Governo, de qualquer dos seus membros ou colaboradores”. E aproveitou para enviar a Luís Montenegro dois documentos classificados para reiterar que o Governo não teve qualquer envolvimento na recuperação do computador de um ex-adjunto do ministério das Infraestruturas.

O primeiro-ministro acrescenta ainda que “em 8 e 18 de maio” manifestou “total disponibilidade, assim como a da Secretária-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa”, para reunir com Luís Montenegro para prestar “pessoalmente toda a informação que tivesse por conveniente sobre a atuação do Serviço de Informações de Segurança”.

António Costa escreve que, “em nenhuma destas ocasiões”, Luís Montenegro “aceitou”, levando o governante a assumir que o líder do PSD “não tinha necessidade de qualquer esclarecimento complementar”.

Por isso, Costa acusa o líder do PSD de ter a intenção de “fazer combate político ao Governo” através do SIRP, lê-se ainda na carta a que a agência Lusa também teve acesso, e que também foi enviada ao Presidente da República, para conhecimento.

Por fim, o primeiro-ministro sai em defesa da embaixadora Graça Mira Gomes considerando lamentável e inaceitável que o presidente do PSD ponha em causa a seriedade dos serviços de informações e do Conselho de Fiscalização, alegando que tal acontece porque este órgão “não validou uma narrativa falsa”.

“O que não é aceitável é que ponha em causa a seriedade e fiabilidade do mecanismo que propôs e aprovou só porque… não validou uma narrativa falsa sobre a atuação dos Serviços”, lê-se no documento citado pela Lusa.

Costa recorda ainda que o atual regime de fiscalização parlamentar dos Serviços de Informação foi aprovado sob a forma de lei orgânica em 2014 e resultou de um diploma com origem nas bancadas do PSD e do CDS-PP, num período em que Luís Montenegro era líder parlamentar dos sociais-democratas e foi um dos seus subscritores.

“O Conselho de Fiscalização que por unanimidade considerou não haver indícios de ilegalidade na atuação do SIS foi eleito por maioria de dois terços na Assembleia da República, integrando, designadamente, um elemento indicado pelo Grupo Parlamentar do PPD/PSD, que V. Exa. bem conhece, desde logo porque foi seu colega na bancada parlamentar do PPD/PSD entre 2002 e 2015”, disse, referindo-se a Joaquim Ponte.

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Portugal é destino preferido dos brasileiros na Europa

  • Lusa
  • 9 Junho 2023

“O Brasil é um dos mercados estratégicos para Portugal enquanto destino turístico e é atualmente o 6.º emissor de turistas para o nosso país”, segundo o Governo.

Portugal é o “destino número um dos brasileiros na Europa”, captando 15,8% das preferências destes turistas, de acordo com dados enviados pelo Ministério da Economia e do Mar, que vai promover o país num evento no Brasil. “O Brasil é um dos mercados estratégicos para Portugal enquanto destino turístico e é atualmente o 6.º emissor de turistas para o nosso país”, refere o Governo, num comunicado.

Segundo a tutela, “os mais recentes números são reveladores da sua importância e crescente recuperação”, sendo que, “no primeiro trimestre de 2023, em comparação com período homólogo de 2019, as dormidas e os hóspedes ficaram apenas a 4% dos valores pré-pandémicos”, mas assiste-se a “um incremento muito significativo das receitas, na ordem dos 42,5%”.

“Portugal é o destino número um dos brasileiros na Europa”, indicou. Questionado pela Lusa, o Governo referiu que em 2022, o top 10 dos destinos dos turistas brasileiros quando viajam para o estrangeiro era: “EUA (16,3%), Portugal (15,8%), França (12,5%), Argentina (10,0%), Itália (7,6%), Espanha (6,8%), México (4,0%), Uruguai (3,6%), Reino Unido (3,4%) e Chile (3,0%)”, segundo os dados da Globaldata, publicados no portal de estatísticas do Turismo de Portugal.

Por outro lado, o “Brasil continua a ser uma aposta estratégica para o turismo português, com enorme potencial de crescimento, tanto em termos de consumidor final, como no segmento empresarial”. O secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, participa, entre esta sexta e domingo, “no maior evento de promoção do turismo no Brasil, o ‘Portugal 360’, que se realiza em São Paulo”, uma iniciativa promovida pelo Turismo de Portugal, apresenta a oferta turística portuguesa, de acordo com o comunicado.

Para o governante, “o Brasil é um mercado estratégico para o turismo português” que “dá resposta a três grandes desafios – turismo todo o ano, em todo o território e crescimento em valor, pois tem estadias longas e receita média alta. Este evento visa reforçar a notoriedade de Portugal como destino de excelência”, referiu, citado na mesma nota.

O evento contará com mais de 400 agentes de viagem e operadores brasileiros “que vão estar em contacto com empresas portuguesas e com as regiões de turismo de Portugal”, segundo a mesma nota.

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COTEC quer capacitar empresas tecnológicas portuguesas para internacionalização

Co-financiada pela COTEC Portugal (Associação Empresarial para a Inovação) e pelo programa COMPETE 2020, a iniciativa pretende abranger cerca de 150 empresas até ao final do ano.

Capacitar as empresas tecnológicas portuguesas para a entrada em mercados internacionais, acelerando o desenvolvimento e crescimento dos seus negócios” – é este o objetivo do programa CONNECT 4.0, uma iniciativa promovida pela COTEC, cujo lançamento decorre durante o mês de junho.

Jorge Portugal, diretor geral da COTEC Portugal, explica, citado em comunicado, que o programa “será um importante contributo para reforçar as condições de internacionalização do tecido empresarial português no setor 4.0, incentivando a soberania digital, o aumento das exportações tecnológicas e a visibilidade internacional do nosso país na indústria 4.0”.

Para isso, o programa conta com o apoio de empresas de grande dimensão – como a Altice, a Brisa, a Glintt ou a Siemens – que vão funcionar como empresas “âncora”, ao tirarem partido da sua posição internacional. O objetivo é que se aproveite um “efeito de arrastamento”, tendo em conta que estas empresas maiores já têm acesso a mercados externos.

Estas empresas vão assim receber nas suas instalações eventos de apoio à capacitação de PME para a internacionalização, estando a primeira sessão agendada para terça-feira, dia 13 de junho, no Altice Labs, em Aveiro. “Adicionalmente, o programa pretende utilizar plataformas e marketplaces online para estimular e concretizar interações eficientes entre potenciais parceiros de negócios, promovendo a formação de novos ecossistemas de soluções direcionados a mercados internacionais”, explica-se em nota de imprensa.

A plataforma CONNECT, que será lançada durante o mês de junho, será o “veículo operacional” que permitirá “capacitar e treinar as empresas tecnológicas no desenvolvimento de técnicas de marketing e comerciais online e nas interações com empresas estabelecidas em mercados internacionais”.

Esta plataforma permitirá ainda a “abordagem do ‘processo de capacitação’ voltada para a atuação prática e para a experimentação, valorizando a aquisição de conhecimento empírico combinado com ferramentas de análise e partilha de experiência de especialistas acessível sobre a forma de conteúdos (escritos ou vídeos)”, adianta-se em comunicado.

Segundo os dados avançados, no mesmo comunicado, o setor das tecnologias de informação nacional é composto por cerca de 24 mil empresas, 147 mil colaboradores qualificados (3,6% do emprego em Portugal) e por receitas superiores a 21.101 milhões de euros (o equivalente a 5,4% do total do volume de negócios das empresas portuguesas).

Esta iniciativa surge, no entanto, tendo em conta que em 2020 as receitas provenientes de mercados externos foram de 4.410 milhões de euros, o que corresponde a 24% das receitas totais do setor, valor “substancialmente inferior ao peso médio das exportações na economia nacional“.

Neste sentido o projeto é encarado pela pela COTEC Portugal “como uma oportunidade para a promoção da oferta tecnológica, estimulando novas formas de internacionalização do setor 4.0 nacional mais eficientes e que tirem maior partido da realidade global dos marketplaces digitais“.

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EUA anunciam novo pacote de ajuda militar à Ucrânia de 2,1 mil milhões de dólares

  • Lusa
  • 9 Junho 2023

O novo pacote de assistência incluirá financiamento para mais munições para mísseis Patriot, sistemas e mísseis de defesa aérea Hawk e pequenos 'drones' Puma.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos (Pentágono) anunciou esta sexta-feira uma nova ajuda militar à Ucrânia de longo prazo no valor de 2,1 mil milhões de dólares (cerca de 1,95 mil milhões de euros, no câmbio atual). O novo pacote de assistência incluirá financiamento para mais munições para mísseis Patriot, sistemas e mísseis de defesa aérea Hawk e pequenos ‘drones’ (aparelhos aéreos não tripulados) Puma que podem ser lançados manualmente.

A mais recente injeção de financiamento – um dos maiores pacotes já fornecidos pelos Estados Unidos da América (EUA) – ocorre quando há sinais de que a Ucrânia está a começar ou prestes a começar a tão anunciada contraofensiva para tentar recuperar território ocupado pelas forças russas.

Ao contrário dos equipamentos, armas e munições que são enviadas com mais frequência das reservas do Pentágono e entregues rapidamente a Kiev, este novo montante será fornecido através da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia e deve ser gasto nos próximos meses ou até próximos anos para garantir futuras necessidades de segurança da Ucrânia.

Em comunicado, o Pentágono informou que o pacote mostra o compromisso contínuo dos EUA “tanto com as capacidades críticas de curto prazo da Ucrânia, quanto com a capacidade duradoura das Forças Armadas da Ucrânia de defender o seu território e deter a agressão russa a longo prazo”. A ajuda também incluirá munições para foguetes guiados a laser, uma quantidade não revelada de cartuchos de artilharia e financiamento para treino e suporte de manutenção.

Vários funcionários do Governo reconheceram que os combates na Ucrânia se intensificaram nos últimos dias, mas grande parte do foco voltou-se no início desta semana para o colapso da barragem de Kakhovka no rio Dniepre (no sul da Ucrânia).

A Casa Branca (Presidência norte-americana) e o Pentágono insistiram na quinta-feira que ainda estão a trabalhar para tentar determinar quem causou a destruição parcial da barragem, que desencadeou graves inundações e uma situação de emergência na região, com milhares de pessoas retiradas e desalojadas. Embora os EUA estejam dispostos a fornecer milhares de milhões de dólares em armas militares e outras ajudas, o Governo do Presidente Joe Biden deixou claro que não haverá forças de combate norte-americanas em território ucraniano.

Nesse sentido, o general Pat Ryder, secretário de imprensa do Pentágono, disse na quinta-feira que os militares não tinham planos de fornecer transporte ou outro tipo de apoio direto nas áreas danificadas pelo colapso da barragem. O Governo de Biden forneceu mais de 37,6 mil milhões de dólares (35 mil milhões de euros) em assistência de segurança à Ucrânia desde a invasão da Rússia.

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Sondagens da extrema-direita fazem soar alarmes na Alemanha

  • ECO
  • 9 Junho 2023

Desde o ano passado que o apoio à Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, tem vindo a crescer passando de 10% em junho de 2022 para 18% no mesmo mês deste ano.

Numa altura em que se aproximam novas eleições regionais, a forte ascensão da extrema-direita está a assustar e a gerar preocupação à classe política da Alemanha.

Desde o ano passado que o apoio à Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, tem vindo a crescer, de 10% em junho de 2022 para 18% no mesmo mês deste ano, segundo as sondagens analisadas pelo Político.

Só nos últimos três meses, o AfD teve um aumento de quatro pontos percentuais, passando a ser a terceira maior força política, ligeiramente atrás dos social-democratas do chanceler Olaf Scholz, em segundo lugar, e do bloco de oposição de centro-direita CDU/CSU em primeiro lugar.

Mas há duas sondagens recentes, do Insa e do Infratest dimap, onde o AfD surge ao mesmo nível dos sociais-democratas de Scholz, com 19% e 18%, respetivamente.

Especialistas e políticos estão a fazer soar os alarmes em Berlim, tendo em conta, sobretudo, a história da extrema-direita na Alemanha e, de acordo com o Político, há conselheiros de Scholz que estão preocupados que o partido populista de direita anti-imigrante e que nega as mudanças climáticas possa ganhar mais força.

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#43 “Somos o país dos cafezinhos e lucrozinhos”

  • ECO
  • 9 Junho 2023

Convidado surpresa desta semana lança provocações sobre o país que pensa pequeno, e onde a cultura da opinião publicada é hostil aos lucros. Mas há mais mistérios neste episódio.

Convidado surpresa desta semana lança provocações sobre o país que pensa pequeno, e onde a cultura da opinião publicada é hostil aos lucros. Mas há mais mistérios neste episódio: a privatização da Efacec é uma fraude política? O governo fez um favor aos bancos no corte dos certificados de aforro? Espaço ainda para a boa e a má moeda, num episódio que começa com uma pergunta: estamos a vender a TAP à pressa?

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Putin diz que contraofensiva militar da Ucrânia já começou mas falhou objetivos

  • Lusa
  • 9 Junho 2023

"Todas as tentativas de contraofensiva efetuadas até ao momento fracassaram até agora, mas o regime de Kiev ainda dispõe de um potencial ofensivo", disse o presidente russo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou esta sexta-feira que a grande contraofensiva que a Ucrânia prepara desde há meses “começou” na frente, mas garantiu que as forças de Kiev “não atingiram os objetivos” traçados. “Podemos afirmar plenamente que esta ofensiva começou, pela prova da utilização das suas reservas estratégicas”, declarou Putin num vídeo difundido na plataforma Telegram por um jornalista da televisão publica russa.

Putin referiu que os combates se prolongam há cinco dias, garantindo no entanto que as tropas ucranianas “não atingiram os objetivos em qualquer dos campos de batalha”. “Todas as tentativas de contraofensiva efetuadas até ao momento fracassaram até agora, mas o regime de Kiev ainda dispõe de um potencial ofensivo”, acrescentou Putin, assegurando que a resposta russa “será baseada nessa constatação”.

O Exército russo relatou nos últimos dias intensos combates no sul da Ucrânia, afirmando ter repelido diversos ataques ucranianos que seriam o prenúncio da vasta contraofensiva que está a ser preparada há vários meses pelo Estado-maior ucraniano.

As autoridades ucranianas, que possui modernos equipamentos ocidentais, parecem ter minimizado os combates, e a manter a reserva sobre a sua estratégia. Segundo a vice-ministra ucraniana da Defesa, as forças de Kiev conduzem “operações de combate ativas” perto da devastada cidade de Bakhmut (leste) e “batalhas de posição” no sul, onde as tropas russas promovem “operações defensivas”.

Na terça-feira, o Exército russo reconheceu a morte de 71 dos seus soldados nas operações destinadas a repelir os ataques ucranianos em toda a frente. Esta sexta, Putin assegurou que as perdas ucranianas são “na ordem de três para um” em favor da Rússia.

Em paralelo, o Presidente russo anunciou o envio de armas nucleares para território da Bielorrússia a partir de 07 de julho. “Tudo prossegue como previsto. Nos dias 07 e 08 de julho vão ser preparadas as instalações para este envio. Depois poderemos iniciar medidas para a obtenção de diversos tipos de armamento. Tudo está planeado”, assegurou o líder do Kremlin.

Em 25 de março passado, Putin anunciou que, após um pedido da Bielorrússia, iria deslocar armas nucleares táticas para o país vizinho “seguindo o exemplo do Estados Unidos e seus aliados”. Indicou ainda que em 1 de julho estaria disponível uma instalação de armazenamento para armas nucleares em solo bielorrusso. Moscovo já enviou para a Bielorrússia mísseis “Iskander”, que podem transportar ogivas nucleares, para além de outro equipamento, em particular munições especiais.

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