Recuperação da Efacec pelos alemães da Mutares levará três a cinco anos, admite Governo

  • Lusa
  • 11 Junho 2023

Se o fundo alemão "vender a Efacec antes desse prazo é porque a recuperação correu melhor", refere secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio.

O secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio, admite que a recuperação da Efacec pelo fundo alemão Mutares, que ganhou a corrida à privatização da empresa portuguesa, demore três a cinco anos.

“A proposta creio que aponta num prazo de três a cinco anos”, afirmou, quando questionado sobre o tempo de recuperação da Efacec, numa entrevista conjunta à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, que será transmitida no domingo na íntegra na rádio no programa “Conversa Capital”.

Segundo Pedro Cilínio, se o fundo alemão “vender a Efacec antes desse prazo é porque a recuperação correu melhor”.

Quanto ao valor da venda ou do capital a investir pelo fundo Mutares, o secretário de Estado da Economia recusou-se a divulgá-lo, alegando que tal será feito “no momento certo”, uma vez que “estão a ser fechados aspetos para a assinatura do contrato”.

Confrontado com as críticas do PSD, que acusa o Governo de agir com opacidade no dossiê da privatização da Efacec, Pedro Cilínio respondeu que o ministro da Economia, António Costa Silva, “está a conduzir o processo e certamente, quando entender ser oportuno, irá divulgar a informação necessária”.

O PSD anunciou esta semana que vai pedir o agendamento para a próxima quarta-feira de um debate parlamentar de urgência sobre a privatização da Efacec, por considerar que o Governo agiu com opacidade e que o ministro da Economia deixou várias perguntas por responder.

Em declarações na quinta-feira à Lusa, o deputado social-democrata Paulo Rios de Oliveira disse que as declarações do ministro deixaram “perguntas, preocupações e perplexidades”.

“Primeiro, não anunciaram a venda, anunciaram o projeto de venda. Quanto é que vai pagar? Não sabemos. Qual é o projeto? Não sabemos. Qual é a necessidade de envolvimento de mais credores para o projeto ser aceite? Não sabemos. Qual é o modelo criativo que vai permitir ao Estado recuperar aquilo que lá pôs? Não sabemos. Até que ponto? Não sabemos”, enumerou Paulo Rios de Oliveira.

Na quarta-feira, em conferência de imprensa, em Lisboa, o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, afirmou que a proposta do fundo Mutares foi “meticulosamente analisada”, assegurando que dá ao executivo conforto quanto ao futuro e manutenção da Efacec enquanto “um grande projeto industrial e tecnológico”.

A 11 de abril, a Parpública anunciou ter recebido propostas vinculativas melhoradas de quatro candidatos à compra de 71,73% da Efacec, no âmbito do processo de reprivatização da empresa.

As propostas vinculativas melhoradas foram apresentadas por Mutares, Oaktree, Oxy Capital e Agrupamento Visabeira-Sodecia.

O Governo aprovou em novembro um novo processo de reprivatização da participação social do Estado de 71,73%, com um novo caderno de encargos, depois de ter anunciado em 28 de outubro que a venda da Efacec ao grupo DST não foi concluída por não se terem verificado “todas as condições necessárias” à concretização do acordo de alienação.

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O teletrabalho veio “salvar” os recursos humanos. Nem tanto o planeta<span class='tag--premium'>premium</span>

O teletrabalho tem sido uma forma de atrair e reter talento. Também tem benefícios ambientais, mas esses estão menos estudados e parecem pesar menos na decisão de adotar este regime.

A pandemia trouxe o teletrabalho muito para além das fronteiras das profissões ligadas à informática, dentro das quais se encontrava, até então, “confinado”. E, mesmo com o fim da pandemia, este é ainda um tópico dominante no mundo do trabalho, que não quis abrir mão desta nova solução. Depois da crise pandémica, o mundo passou a acartar com outra crise, a energética, e nunca deixou de ter uma terceira a pairar: a ambiental. É neste contexto que o teletrabalho surge também como uma possível forma de poupar energia e, consequentemente, o planeta. No entanto, de acordo com os recrutadores ouvidos pelo Capital Verde, as questões ambientais ainda não têm um peso considerável na hora da adoção destas políticas– as empresas estão sobretudo a usar o teletrabalho como argumento para atrair e

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ECO no Parque. Temos tecnologia, faltam competências e enquadramento para o sucesso

ECO no Parque, um menu, cinco convidados à volta da mesa e um 'business lunch' para discutir tecnologia, investimento e economia.

Quando um gestor de um banco, uma gestora de telecom, um gestor industrial, uma gestora de saúde e um advogado entram num restaurante, o que é isso? Uma discussão animada sobre o estado do país, as barreiras ao crescimento e as oportunidades e prioridades para afirmar a economia portuguesa, as igualdades de oportunidades e a prosperidade económica e social. O ECO no Parque é um ‘business lunch’, mensal, promovido pelo ECO em parceria com o Praia no Parque e a Altice, e neste primeiro encontro juntou Miguel Maya, Ana Figueiredo, Filipe Botton, Isabel Vaz e Pedro Siza Vieira. Para conversar sobre tecnologia, investimento e economia, enfim, sobre o país que existe e aquele que poderia existir, um menu, portanto, para todos os garfos.

 

A tecnologia é uma oportunidade, até porque Portugal tem competências únicas do ponto de vista de infra estruturas, para se posicionar e para aproveitar estes ativos que tem, mas há um problema, que não é de somenos: Faltam valências, competências, a vários níveis. A visão dos cinco decisores nem sempre é consensual, mas há uma linha que os une: O país “alimenta a ideia de que todos os agentes económicos, sobretudo os mais dinâmicos, todos os decisores públicos são criminosos em potência” e isso justificou “a criação de freios institucionais, desde autoridades independentes ao Ministério Público e Tribunal de Contas que tolhe a capacidade de aproveitarmos as oportunidades que existem“.

Nas infraestruturas, Portugal está bem posicionado, mais adiantado do que países mais desenvolvidos na Europa como a Alemanha, e essa é uma avaliação transversal a setores de atividade. A banca, a saúde, a indústria, mas é preciso competências digitais, e aí há debilidade. “As competências digitais são fundamentais, as básicas, as moderadas e, no fundo, as avançadas. E Portugal tem carências em todos os níveis, admitem. Mas são apontados dos grupos a exigir uma intervenção. A população mais idosa, no apoio às suas experiências mais básicas, e a nova geração de jovens. Aqui, as empresas têm um papel relevante, de preparação. E, claro, na aproximação entre a academia e as empresas”.

A resposta das universidades tem de ser outra, apontam, embora reconhecendo que cada universidade é um caso. “Os diretores das escolas deveriam ter experiência empresarial“, passar um período dentro de uma empresa. É um desafio, ao qual acrescentam outro, o fim dos silos, das barreiras entre domínios do conhecimento. Mas há esperança, porque é um tema geracional. “As gerações novas que estão a aparecer nas empresas são mais abertas, e nas universidades também, há uma abertura para discutir as necessidades… Há a vontade dos dois lados, coisa que não existia“. Pessoas, pessoas, pessoas.

As competências digitais são fundamentais, as básicas, as moderadas e, no fundo, as avançadas. E Portugal tem carências em todos os níveis, admitem. Mas são apontados dos grupos a exigir uma intervenção. A população mais idosa, no apoio às suas experiências mais básicas, e a nova geração de jovens. Aqui, as empresas têm um papel relevante, de preparação. E, claro, na aproximação entre a academia e as empresas.

Primeiro, o vinho. Depois, chegam os pratos principais. E a conversa deslocava-se para as novas gerações, as tais que são as mais bem preparadas de sempre. E isso será suficiente? Nem por isso. Há outro fator crítico, que limita o potencial do país. O enquadramento. Leu bem. Enquadramento legal, institucional, regulamentar. E é atirado um exemplo para a mesa. Na resposta ao Covid, a tecnologia foi essencial em todas as áreas de negócio, mas havia, houve, um enorme “mas”, e não é um problema exclusivo de Portugal, embora mais severo. “Sob a bandeira da proteção do consumidor, que acho essencial, alinhamos pelo menor denominador comum“.

Uma regulação em excesso que traz problemas. “Limita-se tanto a capacidade de utilização da tecnologia que, para resolver o problema da pessoa que, de facto, não tem literacia e que pode ser enganada, as instituições têm de cumprir este processo para todos os clientes. Isto é um erro total. É por isso que os Estados Unidos disparam. É por isso que a China dispara e que Europa e Portugal andam muito atrás“. O nível de exigência em Portugal é ainda superior. “As condições em Portugal obrigam a um nível que vai limitar fortemente o uso da tecnologia, num mundo que é cada vez mais global também na economia. Os outros países e blocos, como os EUA, a China e o Japão, vão utilizar a tecnologia com muito maior capacidade e criar vantagens competitivas para essas indústrias, ao contrário da Europa e em particular de Portugal.”

Como é que se chegou até aqui? Temos uma mentalidade que hoje em dia assenta na suspeição generalizada dentro da sociedade. “Isto é muito destrutivo. Não se pode… Uma economia moderna é uma economia de rede, é uma economia de colaboração, de partilha, de confiança”. Mas há mais. “Há um sistema em que se alimenta a ideia de que todos os agentes económicos, sobretudo os mais dinâmicos, são suspeitos, todos os decisores públicos são criminosos em potência, senão mesmo em realidade, acabou por criar um conjunto de freios institucionais, desde autoridades independentes, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, que tolhe a capacidade de aproveitarmos as oportunidades que existem“.

O mundo não vai esperar por Portugal, sobretudo no novo contexto geopolítico. “Há uma inversão muito significativa dos princípios que nortearam a organização da economia mundial nas últimas décadas“, alerta um dos convidados. É que há uma nova política global, ou políticas, “uma nova forma de organizar a economia mundial, com uma revisão das regras, dos tratados de comércio, dos tratados de investimento“, enfim, com a ideia do regresso da política industrial, porque as pessoas perceberam que temos muitas dependências e, pior, tornaram-se armas políticas. “E depois, estamos a ficar para trás no domínio das tecnologias emergentes e, ao ficarmos para trás no domínio das tecnologias emergentes e das cadeias de abastecimento de energia, seremos tomadores de tecnologia e, portanto, o nosso empobrecimento [europeu] é evidente“. A consequência mais evidente está no domínio da concorrência e dos auxílios de Estado, em que os europeus sempre foram dos mais fundamentalistas. “E tudo isso está a ser muito rapidamente posto em causa“.

Onde ficará, nesse contexto, a regulação? É outro ponto de consenso à mesa, o papel excessivo dos reguladores. “Os nossos reguladores, a AdC, a Anacom, chegam lá fora, vão àquelas conferências, veem o que deve ser a prática e depois querem meter isso cá. E ficam todos contentes de dizer que aplicaram não sei quantas coimas“.

Ainda assim, insistem, as oportunidades são enormes. Portugal foi um dos perdedores da globalização, especialmente com a entrada da China na Organização Mundial do Comércio — embora este pressuposto não seja totalmente consensual, porque, no final, faliram empresas tradicionais, mas nasceram outras, assentes em mais inovação e tecnologia nesses mesmos setores –, mas as mudanças estruturais são profundas. “Quem diz que o PIB está estagnado, está a olhar para a média. A composição [do PIB] é completamente diferente e houve neste período grandes choques”. Isso resultou de uma enorme limpeza empresarial e de uma alteração do PIB. Tudo o que está em Lisboa e é orientado para o mercado interno caiu muito, e o que é que cresceu? As exportações, e as multinacionais a escolherem países como Portugal… “Se tivermos a justiça a funcionar e a regulação adequada“. Nem tudo é perfeito…

As conversas são com as cerejas (embora a sobremesa, desta vez, não tenha sido responsabilidade da Praia no Parque, mas de um dos comensais, Filipe Botton, que não perde uma oportunidade, nem um, para “vender” os seus gelados Santini). A cada oportunidade, um desafio. Além da atração, Portugal tem um problema de retenção. E neste caso estão à mesa gestores de empresas com competências e decisão em Portugal, mas com capital estrangeiro. “É difícil convencê-los a continuar a investir e continuar a apostar. Eles dizem “olha, com o mesmo capital aplicado noutro país, a rentabilidade seria muito maior“. E arrisca dizer até que, hoje, provavelmente, não voltariam a entrar em Portugal. É o resultado disto: “O retorno sobre o capital em Portugal, num mercado mais maduro, com níveis de crescimento relativamente escassos, tem que ser mais elevado, porque temos muitos setores também em que o custo de capital é superior ao retorno sobre o investimento“. Quem perde será o consumidor, mas não só. Também o talento, que vai embora (já está a ir), porque não temos uma economia competitiva.

O papel dos empresários também tem de mudar. E a auto-crítica é severa. “Os empresários em Portugal são medíocres, somos medíocres, mal preparados”. Mas reconhece-se que o ambiente e contexto de negócio não é o mais favorável a empreender. “É mais confortável trabalhar para os outros”. Mas há dois países, admitem. No Minho, no Norte, há outra cultura, uma cultura de risco, que vem do tempo do minifúndio, mas, claro, depois faltam competências”. Sempre as competências.

Exportações, sim, mas ainda não se tinha falado de turismo à mesa. E, afinal, o que está a puxar as exportações? “Isso é só uma parte da história, há outra parte, os serviços. O setor que mais cresceu foi as tecnologias de informação e comunicação, por exemplo a Altice exporta muita engenharia a partir de Aveiro“, dizem, apontando para Ana Figueiredo (a publicidade não foi feita em causa própria). E há mais experiência à mesa.

E, afinal, o que está a puxar as exportações? “Isso é só uma parte da história, há outra parte, os serviços. O setor que mais cresceu foi as tecnologias de informação e comunicação, por exemplo a Altice exporta muita engenharia a partir de Aveiro”.

Um dos problemas é mesmo uma certa esquizofrenia, muito portuguesa, dos melhores do mundo ao inferno. Entre os emigrantes que fogem e os estrangeiros, o talento que quer viver em Portugal. Mas não, Portugal não é assim tão procurado. Há quem arrisque mesmo dizer que isso é um mito, uma falácia. “Acho que aqui nós andamos entre dois polos, ou somos muito bons ou somos uma catástrofe. E achamos que toda a gente quer vim para cá, mas noutros países também há muita procura de talento”.

A conversa vai longa, e talvez com uma dose de pessimismo que não combina com os gelados, já na mesa. “Gastámos demasiadas energias a identificar o que está mal e muito pouca focagem naquelas coisas que fazemos bem e em que os miúdos não precisam de ir para fora“. “Isso, tens razão”, ouve-se. Ah, e os impostos? Em França, um miúdo ganha três vezes mais, mas não só. Também as perspetivas de crescimento das empresas, que servem para reter os melhores.

Falou-se pouco de Estado, do seu papel, mas falou-se. Para lamentar a destruição da capacidade instalada, por exemplo com a multiplicação de institutos e outras formas de organização jurídica, que na prática levaram ao outsourcing de muitas competências. Mas também para um papel do Estado que deve regular, sim, mas sem intrometer-se. A prioridade deve estar nos incentivos, e isso cabe ao Estado, os incentivos corretos para os agentes económicos, as empresas e as famílias.

Afinal, qual é a vocação do país? Uma pergunta difícil, já no final do primeiro ‘business lunch’ ECO no Parque. “Eu acho que a nossa vocação são mesmo as ligações. Estabelecermos plataformas de ligação entre continentes, culturas, tudo o que seja investir em infraestruturas de ligação com competências e conversão em setores que beneficiem da ligação, podemos fazer coisas excelentes, com níveis de produtividade muito elevados e a pagar muito bem”. Há esperança. E café na mesa.

ECO NO PARQUE

E qual foi a escolha de menu deste primeiro ECO no Parque, um ‘business lunch’ promovido pelo ECO em parceria com a Altice, sem restrições à discussão e apenas com uma regra: O princípio de “Chatham House Rule”, isto é, a promoção de uma discussão aberta e transparente, a utilização da informação partilhada, mas sem a identificação dos seus autores.

  • PÃO, AZEITE VIRGEM EXTRA, MANTEIGA COMPOSTA, DIP
  • PICANHA BLACK ANGUS (250G)
  • TÁRTARO DE NOVILHO, BATATA FRITA DE DUPLA FRITURA
  • ATUM, MOLHO TONATO, TOMATE, AZEITONAS
  • ÁGUA LUSO E VALLADO DOURO

E para terminar, gelados Santini (oferecidos por Filipe Botton) e café.

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Benfica compra Kökçü por 25 milhões. É a contratação mais cara de sempre em Portugal

SAD do Benfica anuncia contratação de médio por cinco temporadas. Acordo pode chegar aos 30 milhões de euros e cláusula de rescisão está fixada em 150 milhões de euros.

O Benfica fez a contratação mais cara de sempre do futebol em Portugal. Os encarnados compraram Orkun Kökçü, aos neerlandeses do Feyenoord, por 25 milhões de euros. O médio será jogador do Benfica por cinco temporadas, segundo comunicado divulgado pela SAD (Sociedade Anónima Desportiva) dos encarnados neste sábado.

Durante o período do contrato, o clube da Luz poderá vir ainda a pagar até mais cinco milhões de euros pela contratação do jogador mediante cumprimento de objetivos desportivos, não detalhados no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Os encarnados referem ainda que o Feyenoord “terá ainda direito a receber uma percentagem do valor de uma mais-valia obtida numa futura transferência” de Kökçü “dependendo essa percentagem do valor pela qual essa futura transferência venha a ser realizada”.

Na última época, o jogador nascido na Turquia participou em 46 jogos, tendo marcado 12 golos e contribuído com cinco assistências.

O jogador está ‘blindado’ com uma cláusula de rescisão de 150 milhões de euros, igualando o valor mais elevado de sempre para um jogador em Portugal, no caso, Darwin Nuñez. O avançado uruguaio era, até agora, o detentor da transferência mais cara de sempre em Portugal. Na época 2020/2021, os encarnados desembolsaram 24 milhões de euros para contratar Darwin Nuñez ao clube espanhol Almería.

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Metro de Lisboa circula até às 3h na noite de Santo António

Linhas Verde e Azul vão funcionar até às 3h da madrugada - em vez de fecharem à 1h - na noite de 12 para 13 de junho com comboios com seis carruagens.

O Metro de Lisboa vai fazer horas extraordinárias na noite de Santo António. De 12 para 13 de junho, as linhas Verde e Azul vão funcionar até às 3h da madrugada – em vez de fecharem à 1h da madrugada. As duas linhas vão contar com comboios com seis carruagens, segundo informação divulgada nesta sábado pela transportadora.

A estação Avenida, da linha Azul, ficará encerrada a partir das 00h30 por motivos de segurança, tendo em que conta que é o local por onde passa o desfile das marchas populares.

Nesta noite, as linhas Vermelha e Amarela irão encerrar à 1h da madrugada, como habitualmente.

“No período do prolongamento da circulação, a empresa contará com o reforço dos seus trabalhadores nas estações, procurando, deste modo, satisfazer da melhor forma possível, as expetativas dos seus clientes”, refere a empresa em comunicado.

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📹 Que nota dão os portugueses aos apoios do Governo para enfrentar o aumento do custo de vida?

No mais recente Eurobarómetro, a maioria dos portugueses registou uma diminuição da qualidade de vida e considera que os apoios do Governo ficaram aquém das necessidades.

O ano de 2022 ficou marcado pelo início da guerra e pressões inflacionistas na Europa, fenómenos que se refletiram no aumento do custo de vida, tendo especial incidência sobre os preços da energia.

No mais recente Eurobarómetro, foi apurada o nível de satisfação dos cidadãos face aos apoios governamentais, nacionais e comunitários, disponibilizados. Do lado dos portugueses, os resultados indicam que 61% dos inquiridos registou uma diminuição da qualidade de vida e 70% considera que os apoios do Governo ficaram aquém das necessidades.

http://videos.sapo.pt/A2RGB2A13eDTWZRjE3sj

 

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Zelensky admite “ações contraofensivas” na frente de batalha

  • Lusa
  • 10 Junho 2023

As palavras de Zelensky seguem-se às do Presidente russo, Vladimir Putin, que afirmou, na sexta-feira, que a grande contraofensiva ucraniana destinada a expulsar as tropas de Moscovo já tinha começado

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu neste sábado a existência de “ações contraofensivas” do seu exército na frente de batalha sem, no entanto, esclarecer se se trata do grande ataque preparado por Kiev há vários meses.

Ações contraofensivas e defensivas estão a ter lugar na Ucrânia, e não falarei com mais pormenores”, declarou o Presidente ucraniano numa conferência de imprensa, citado pela agência France-Presse (AFP).

As palavras de Zelensky seguem-se às do Presidente russo, Vladimir Putin, que afirmou, na sexta-feira, que a grande contraofensiva ucraniana destinada a expulsar as tropas de Moscovo já tinha começado.

“É necessário ter confiança nos militares e eu tenho confiança neles”, acrescentou hoje Volodymyr Zelensky.

O exército russo deu conta de ataques em grande escala, principalmente na frente sul do país, nos últimos seis dias.

No entanto, Vladimir Putin garantiu que o exército ucraniano não conseguiu “alcançar os seus objetivos” durante esses ataques e sofreu pesadas perdas.

As autoridades ucranianas, por sua parecem ter minimizado a extensão dos combates na frente de batalha nos últimos dias, embora permaneçam vagos relativamente à divulgação da sua estratégia.

No sábado, o porta-voz do comando “oriental” do exército ucraniano, Sergii Tcherevaty, afirmou na televisão que as tropas ucranianas conseguiram avançar 1.400 metros em torno de Bakhmut, no leste, um território reivindicado por Moscovo em maio.

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City e Inter jogam a final da Champions. Diferença de milhões no plantel será decisiva?

Manchester City e Inter de Milão disputam a final da Liga dos Campeões. Os italianos já foram três vezes campeões, os ingleses perseguem título inédito. Diferença de milhões no plantel será decisiva?

Manchester City e Inter de Milão jogam este sábado a final da Liga dos Campeões no estádio Atatürk, em Istambul. Os ingleses perseguem o tão desejado título de campeão europeu na sequência de anos consecutivos de investimento em jogadores de classe mundial. Os italianos procuram o seu quarto troféu e voltar à vitória na competição depois de em 2010 terem batido o Bayern de Munique no estádio Santiago Bernabéu, com José Mourinho aos comandos da equipa.

Inter de Milão x Manchester City: final inédita na Liga dos CampeõesLídia Leão

O Inter vai disputar pela sexta vez o título de campeão europeu e chega este ano à final depois de deixar para trás o FC Porto e Benfica, nos oitavos e quartos-de-final da prova, respetivamente. Para o City esta é a segunda presença na final da Liga dos Campeões depois da derrota no jogo decisivo de 2021 contra o Chelsea, no estádio do Dragão.

Segundo dados do Transfermarkt, plataforma especializada em estatística e valores de mercado de futebol, o Manchester City é a equipa mais valiosa da prova com um valor a rondar os 1051 milhões de euros. O plantel do Inter vale praticamente metade: está avaliado em 534 milhões de euros e é a 12ª equipa mais valiosa das 32 que disputaram este ano a competição.

No plano individual, Erling Haaland domina as atenções tanto a nível financeiro como desportivo. Na época de estreia pelos citizens, o ponta de lança norueguês conta com uns impressionantes 52 golos marcados em 52 jogos. Argumento mais que suficiente para justificar o seu valor de mercado: 170 milhões de euros. Seguem-se Phil Foden (110 milhões de euros), Kevin De Bruyne, Bernardo Silva e Rodri (todos avaliados em 80 milhões de euros) na lista dos jogadores mais caros do Manchester City.

Do lado italiano, o campeão do mundo argentino Lautaro Martínez é o jogador mais cotado, com um valor estimado de 80 milhões de euros, mas um desempenho mais modesto: 28 golos em 56 jogos. De acordo com o Transfermarkt, Nicolò Barella (70 milhões de euros), Milan Skriniar (60 milhões de euros) e Alessandro Bastoni (55 milhões de euros) são os seguintes na lista dos jogadores mais caros do plantel nerazzurri.

Numa final de uma competição como a Liga dos Campeões, é difícil apontar um favorito. Ambos os finalistas partem com a motivação no máximo, recolhendo o mérito de terem alcançado o jogo decisivo da competição. Os ingleses chegam à final de Istambul em “alta rotação” depois de serem campeões na Premier League e conquistarem a Taça de Inglaterra nas últimas semanas. O Inter falhou a revalidação do título na liga italiana, mas conta com anos de experiência nas competições europeias e o peso histórico de ter sido campeão europeu por três vezes.

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Chanceler alemão diz que pretende conversar “em breve” com Putin sobre a Ucrânia

  • Lusa
  • 10 Junho 2023

A condição prévia para uma "paz justa" é que a Rússia retire as suas tropas da Ucrânia, salientou o chanceler alemão, Olaf Scholz.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou neste sábado que pretende voltar a conversar “em breve” com o Presidente russo, mas ressalvou que a condição prévia para uma “paz justa” é que a Rússia retire as suas tropas da Ucrânia.

“Não há problema em negociar. A questão é saber com quem e sobre o quê”, respondeu Scholz a uma questão colocada durante a sua intervenção num fórum de discussão do Congresso da Igreja Evangélica Alemã, que está a decorrer em Nuremberga (sul da Alemanha).

O líder alemão recordou que já falou com o Presidente russo, Vladimir Putin, em várias ocasiões, inclusive desde o início da invasão russa da Ucrânia, e que tenciona voltar a fazê-lo em breve.

À questão de uma hipotética negociação, respondeu que cabe à Ucrânia decidir como e em que condições, enquanto país vítima de uma guerra de agressão “que partiu da Rússia”.

Olaf Scholz sublinhou que a condição prévia para uma “paz justa” é que a Rússia retire as suas tropas.

Uma paz justa, acrescentou, significa o respeito pela integridade e pela soberania territorial do país, bem como o fundamento do direito internacional de que as fronteiras de um país não podem ser “violadas pela força e não podem ser alteradas”.

Scholz aproveitou a oportunidade para reiterar os princípios da posição de Berlim em relação à guerra, bem como os seus planos para evitar uma nova escalada do conflito.

“Era e é correto que atuemos de forma coordenada em tudo o que fazemos. Que consideremos cada passo e que não atuemos sozinhos. Estamos comprometidos com este princípio desde o início”, declarou o chanceler.

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“Não podemos nunca deixar de criar riqueza”, avisa Marcelo para o Governo

Presidente da República usa exemplos do passado para dar recados no presente a António Costa. No 10 de junho, falou da necessidade de "cortar ramos mortos" aos fundos externos "sem investimento".

Em 15 minutos, Marcelo Rebelo de Sousa procurou motivar os portugueses para o futuro mas não perdeu a oportunidade para distribuir recados ao Governo de António Costa. No discurso do 10 de junho, na cidade de Peso da Régua, o Presidente da República deixou o apelo para a necessidade de continuar a criar riqueza e de não perder a oportunidade dos fundos externos.

“Temos um peso no mundo muito muito maior, de longe, do que o nosso território terrestre. No território marítimo e aéreo, a nossa responsabilidade cobre áreas canadianas, norte-americanas e canadianas muitas vezes superiores à nossa superfície terrestre. Mas pergunto: de que nos serve termos essa influência mundial se entre portas sempre tivemos e temos problemas por resolver? Mais pobreza do que riqueza. Mais desigualdade do que igualdade. Mais razões para partir às vezes do que para ficar”, atirou o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa não atirou diretamente ao Governo mas os exemplos do passado foram suficientemente compreensíveis para se perceber que havia recados para o Governo de António Costa. Na parte financeira, Marcelo lembrou “as eras em que as finanças estavam certas mas a liberdade, a saúde, a educação, a segurança social ou não existiam ou eram para um punhado de privilegiados“. “Tudo isto foi e às vezes ainda é verdade“, assinalou o Presidente.

Também se falou sobre fundos comunitários, com a história a fazer lembrar a execução do Plano de Recuperação e Resiliência: “foi longa e penosa a restauração da independência do país. Tal como longas e penosas tinham sidas as insensatas expulsões dos não-cristãos; o delírio do ouro, da pimenta, da prata, antepassados de alguns fundos externos a entrarem e a saírem sem investimento, fixação de gente e de riqueza“.

Com João Galamba a apenas alguns metros de distância, Marcelo Rebelo de Sousa pediu aos portugueses – e com foco em António Costa – para pegarem “os douros que nos desafiam todos os dias” e os momentos em que é preciso “darmos novo viço ao que disso precisar. Semearmos, plantarmos e podarmos. Cortarmos ramos mortos que atingem a árvore toda”.

Marcelo apelou à resistência dos portugueses e disse mesmo: “não podemos desistir nunca de criar mais riqueza, mais igualdade, mais coesão, distribuindo essa riqueza com mais justiça. Só isso nos permite e permitirá podermos ter e continuarmos a ter projeção no mundo, que é o nosso desígnio nacional. A nossa vocação de sempre”.

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Galamba vaiado à chegada à cerimónia militar do 10 de Junho na Régua

  • Lusa
  • 10 Junho 2023

Mal foi anunciado pelos altifalantes, os populares presentes no local começaram a assobiar, com alguns a gritarem “ganha vergonha”, “vai embora” e outras palavras depreciativas da conduta do ministro.

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, foi vaiado neste sábado à chegada à cerimónia militar comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorre hoje no Peso da Régua.

Acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e pela ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, João Galamba chegou ao local onde decorre a cerimónia militar, na Avenida do Douro, por volta das 10:35.

Mal foi anunciado pelos altifalantes, os populares presentes no local começaram a assobiar, com alguns a gritarem “ganha vergonha”, “vai embora” e outras palavras depreciativas da conduta do ministro João Galamba.

Já o primeiro-ministro, António Costa, que chegou pelas 10:50, acompanhado pela mulher, Fernanda Tadeu, foi aplaudido.

João Galamba encontra-se atualmente no centro de uma polémica relativa aos incidentes que decorreram, na noite de 26 de abril, no ministério das Infraestruturas.

O referido caso envolve denúncias contra Frederico Pinheiro, ex-adjunto de Galamba, por violência física no Ministério das Infraestruturas e furto de um computador portátil, já depois de ter sido exonerado por “comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades” inerentes ao exercício das funções.

A polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na recuperação desse computador.

Este episódio gerou uma divergência pública entre o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, em torno da manutenção no Governo do ministro das Infraestruturas, João Galamba, que apresentou a sua demissão, mas que António Costa não aceitou.

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“O grande objetivo é termos 50% de alunos internacionais no fecho de 2024”

  • ECO
  • 10 Junho 2023

José Crespo de Carvalho, presidente do Iscte Executive Education, revela, em entrevista ao ECO, a aposta que tem sido feita no âmbito da sua internacionalização.

A internacionalização tem-se mostrado uma estratégia crucial para instituições de ensino superior em todo o mundo. Além de fomentar o crescimento das escolas, a aposta em mercados externos também tem contribuído para um melhoramento do mercado nacional.

No Iscte Executive Education, instituição de ensino especializada em programas de formação executiva, a aposta na internacionalização tem sido uma prioridade, até pela crescente procura por profissionais altamente qualificados num mercado de trabalho cada vez mais globalizado.

A instituição de ensino reconhece a importância de oferecer programas que preparem os seus alunos para os desafios internacionais e esta aposta tem colocado o ISCTE como líder global entre as escolas com maior número de alunos internacionais e diversidade de proveniências geográficas.

Em entrevista ao ECO, José Crespo de Carvalho, presidente da instituição, partilha as estratégias adotadas pela instituição para promover a internacionalização, bem como os desafios e benefícios desta aposta, quer para os programas do ISCTE, quer para os seus alunos.

Fale-nos do que há de novo e a sair para o mercado em termos de formação de executivos?

Estamos sempre a inovar ou estaríamos fora da corrida. Há um conjunto de temas que darão expressão a programas muito em breve: generative AI aplicado às várias dimensões da gestão (Open AI sem que por Open queiramos reduzir apenas a ChatGPT), vendas, desenvolvimento pessoal e profissional, mercados financeiros e bolsa, branding, qualidade e aceleração de empresas. Há ainda uma série de novos formatos. E haverá tudo isto se aplicado ao mercado internacional. Parados não estamos.

O Iscte Executive Education tem tido um grande crescimento internacional. Alguma mudança estratégica?

Temos, como veiculado em vários fóruns e meios e na nossa comunicação, uma aposta forte nos mercados internacionais. Isso faz, de resto, parte da nossa estratégia. Um dos pilares é precisamente o pilar da internacionalização que, felizmente, com o pós-pandemia e abertura dos mercados, tem tudo para ganhar expressão.

Fizemos um ciclo de quatro anos e mantemos relativamente inalterada a estratégia naquilo que são as suas principais dimensões/pilares. Muito foi incorporado em função de lógicas emergentes, umas decorridas da pandemia e outras da guerra na Europa e da subida das taxas de juro. Porém os pilares estratégicos estão inalterados:

  1. Internacionalizar;
  2. Abrir mais produtos e formatos em Open Enrollment;
  3. Apostar fortemente em Corporate.

Tanto o segundo como o terceiro pilar se pretendem também, parece-nos óbvio, em termos internacionais. Qual o grande objetivo desta formulação? O grande objetivo é termos no nosso universo de programas mais extensos e estruturados como Pós-graduações e Executive Masters, 50% de alunos internacionais no fecho de 2024. Ambicioso? Sim, porventura. Mas é o caminho definido e tem vindo paulatinamente a materializar-se. O caminho faz-se caminhando. E se há aspeto que demora é precisamente o da internacionalização. Estaremos a lidar com outros povos e culturas. Com outras formas de ver a educação e com outras formas de nos entendermos.

Porém, e é bom que se diga, os resultados são já palpáveis. Se se olhar aos resultados do Financial Times que saíram agora, Executive Education Rankings, somos a escola número 1 em Portugal quando combinamos número de alunos internacionais e diversidade de proveniências geográficas. Mais, somos a 14ª escola do mundo.

Por entre muito ruído, é preciso saber ler e ver o que está em causa. Uma estratégia de internacionalização demora, como dizia, muito tempo. E se já somos os décimos quartos no mundo (pertencendo aos vinte primeiros do ranking) e os primeiros em Portugal nesta dimensão penso que isso mesmo terá de ser ressaltado e sublinhado. Porque é por aqui que continuaremos o nosso caminho e a ascensão nos rankings e nas outras dimensões far-se-á pelo lado internacional.

Em que medida isso não corresponde a um desinvestimento no mercado nacional? Ou será deliberado abandonar o mercado internacional?

Antes pelo contrário. O mercado nacional e a sua diáspora sairá tanto mais rico quanto mais exposto estiver a um corpo docente cada vez mais internacional e a uma comunidade de alunos internacional. Teremos mais e mais mundo, traremos mais e mais cosmopolitismo global e seremos mais e mais fortes no contexto global e, por conseguinte, no nacional. Será que se deve pensar o mercado nacional como uma ilha ou como parte de um todo maior que é o mercado global? Fazer parte do todo é o que nos importa para já. E olharmos para o mercado nacional como parte do mundo. Empresas, individuais e comunidade em geral só terão a beneficiar. E o mercado nacional começa a olhar para nós como trazendo multiculturalidade e uma visão global do mundo a que juntamos o saber fazer, saber estar e ser. Sempre constantemente orientados à prática que é o que está na nossa génese. Não tenho qualquer dúvida de que será um long shot. E será uma corrida longa. Agora, os resultados que saíram agora no Financial Times não deixam margem para dúvidas. Primeiros em Portugal nas dimensões internacionais agregadas.

Se um dos pilares estratégicos é a componente corporate, como correm as aproximações às empresas?

Bem, felizmente. Em Portugal, o mercado tem aderido muito bem às nossas propostas de valor. O co-desenho e a co-criação dão resultados. A avaliação ex-ante e ex-post dão frutos e são muito bons. E clientes satisfeitos repetem pelo que temos, felizmente, conseguido repetir muitos programas – similares ou diferentes – para clientes que acreditam e apostam em nós. Há risco associado? Sem dúvida. Mas isto também é visível – e deve ser sublinhado para além da espuma dos grandes números – pelo que nos dizem os rankings do Financial Times: a formação de executivos que mais cresceu em apostas para empresas em Portugal foi a do ISCTE Executive Education e é já o 5º maior crescimento do mundo. Outra dimensão à qual deveríamos dar relevo se não fossem apenas números por números. Porquê? Porque estamos a trabalhar outro dos pilares da nossa estratégia. E, se repararem bem, em todos os pilares da nossa estratégia nós conseguimos ultrapassar os nossos belíssimos concorrentes, a quem felicitamos pelos resultados no Financial Times, posicionando-nos como escola na linha da frente naquilo que é o nosso pensamento e ação. Se prosseguirmos coerentemente a nossa estratégia teremos, seguramente e dentro de algum tempo – não esquecer que estamos a falar de long shots – resultados ainda melhores. Não há como não os ter.

Já agora, como tem corrido a abertura de catálogo, que é o terceiro pilar estratégico?

Os resultados são muito reveladores. Somos o número um em Portugal em programas abertos quanto ao que toca a dimensão internacional. O que significa que o nosso catálogo está a alargar não apenas para dentro de Portugal mas obviamente para fora. O Financial Times e os rankings são reveladores. As entregas que temos feito ao Médio Oriente, Ásia, Brasil, Estados Unidos, Europa e a África falam por si. Dir-se-ia que são produtos correntes noutros mercados. Eu diria que não. Que são novos produtos em novos mercados. O que estamos a fazer é uma diversificação concêntrica na tipologia de base dos produtos que já tínhamos mas que requerem redesenho e adaptação. Ou seja, o catálogo está a abrir e a crescer e sobretudo isso passou a ser muito visível para fora de Portugal.

Julga terem alguma idiossincrasia que vos faça ou torne diferentes das outras escolas de executivos?

Diria que a primeira diferença é a estratégia. E é aí que tem de estar a primeira diferença. Com farol no internacional. Depois o mindset orientado para a prática e para o saber fazer. Foi por onde começámos e é onde queremos estar. A isso somamos o saber ser e o saber estar. Se intersetarmos este pensamento com o que vem da estratégia, depressa temos um posicionamento claro: internacionalizar, lançar novos produtos e oferta, apostar em corporate solutions. Tudo em modo aplicacional. Mas procurando sempre outras geografias, de forma absolutamente ativa e conversora. É claro que, depois, mesmo que mimetizando a estratégia noutro lado, temos a nossa forma de fazer. E essa não se replica. É muito particular e muito própria.

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